Shinno escrita por Amystar


Capítulo 1
Príncipe Imperial


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545873/chapter/1

Minha mãe costumava sempre dizer: "minha filha, quando for escolher um homem para passar sua vida inteira, olhe para dentro de seu coração, e não sua aparência. Nem sempre, ele é o que aparenta ser". Eu nunca discordei, sempre achei também que um relacionamento baseado na aparência não dura, pois, um dia todos vamos virar velhos e velhas feias. Mas, minha finada mãezinha, eu não me apaixonei por um daqueles adolescentes cheios de músculos que só pensam em ir para academia e beber suplemento para ficarem ainda mais sarados, como você dizia. Na verdade, foi completamente diferente do que você imaginava.

Mamãe, eu me apaixonei por um príncipe metido arrasador de corações.

Vou contar as coisas direito, depois que você morreu, nossa família se mudou do México, para a terra natal da sua mãe, a vovó. O papai também é daqui, então a adaptação para ele foi bem fácil. Na época, eu tinha 5 anos, e ainda estava no primário.

Uns anos foram se passando... E quando vi, já estava com 7 anos. A minha adaptação no fundamental foi bem difícil, as meninas me achavam muito estranha, mas até hoje eu não entendo, o que eu tinha de estranha? Bem, passei a ignorar este fato, e consegui um amigo. Seu nome era Bartolomeo. Todos os dias no intervá-lo, ele ficava sozinho olhando os meninos jogarem bola, ninguém se aproxima dele porque ele é feio e tem fama de encrenqueiro. Um certo dia percebi que o papai havia colocado coisas de mais no meu Obentou, e o chamei para comer um pouco. Por mais que ele continuasse carrancudo e mal-humorado, eu ignorava este fato e até que me dava bem com ele.

No ano seguinte, um garoto chamado Bellamy entrou na escola. De início, ele não se aproximava de ninguém, e dizia que não precisava de amigos. Mas um dia, quando precisamos fazer grupo de 3 pessoas para um trabalhinho da escola, eu o escolhi, porque eu sabia muito bem que ele afastava as pessoas para elas não terem chance de se afastarem dele, então ele queria fazê-lo antes. Nós conversamos, ele caiu na porrada com Bartolomeo, mas até que conseguimos ser bons amigos.

Até então, na minha escola eu só tinha dois amigos. Também tinha minha tia, que não tinha tanta diferença de idade comigo, e que estudava em outra turma mais avançada, e também o chapéu de palha e seus amigos, que são muito divertidos. Me lembro que era muito engraçado quando o Luffy-san dizia um simples "oi" para o Bartolomeo e ele se derretia em lágrimas de felicidade hahaha.

Mas então, no meio do ano "ele" chegou.

Não liguei muito para o fato de ter entrado um menino novo. Eu sou menina, e eu concordo, ele era muito bonito, mas não era por isso que eu iria ficar me derretendo por ele, e eu pensava também que mesmo que eu o admirasse, ele nunca iria notar minha mísera existência ali.

Cavendish era o seu nome.

Hakuba Cavendish...

Olhando de relance, qualquer um acharia que ele era uma linda garotinha, de cabelos longos e loiros, e olhos azuis que realmente são idênticos aos de uma garota. Sua pele era meio pálida, e ele aparentava não ser muito forte.

Aí chegou um dia, que eu ofereci a ele balas de caramelo como oferta de amizade.

Meio estranho, não acha?

Com o tempo, vi que assim como eu, como Bartolomeo, e como Bellamy, ele não tinha amigos. Claro, as crianças são cruéis, basta espalharem um boato de que ele é gay que todos começam a se afastar. A única coisa que ele tinha naquela escola eram suas fãs, e algumas pessoas que se aproximavam pelo seu dinheiro.

Para minha surpresa, eu não precisei ir tentar conversar com ele, ele veio conversar comigo. Érm... Tudo bem que ele veio me fazer uma pergunta estranha... Mas está valendo... Né?

"Garota do cabelo rosa, por acaso você é lésbica? É a única garota que não fica encantada com minha beleza estonteante."

"Não é porque você é bonito que eu vá ficar te admirando e puxando o saco o tempo todo."

"Gostei de você."

A daí nasceu um forte amizade.

Com o passar do tempo, continuamos apenas amigos, mas então, quando eu fiz 13 anos, comecei a me apaixonar por esse...

Esse...

Esse príncipe lerdo.

Cavendish é esperto, e está sempre atento à detalhes. Ele é inteligente e ágil. Mas, todo ser humano tem algum defeito. O dele é ser muito vaidoso, cabeça quente, e um tanto metido.

Mas então você me pergunta: por que lerdo? Você não acabou de dizer que ele era esperto?

Sim. Ele é esperto. No entanto, não em relação a mim e aos meus sentimentos, Cavendish me enxerga como um de seus amigos, ou como seu melhor amigo pra ser mais precisa... Ele não me enxerga como garota!!

Agora... Agora você entende mamãe?

Ah... Se pelo menos ele tivesse uma personalidade parecida com a do papai, acho que poderia conquistá-lo bem mais fácil.

Mas é assim que ele é né? Fazer o que...

*

*

*

*

Como sempre, eu tinha o acompanhado em sua sessão de fotos. Acho que não comentei, ele é modelo, e está fazendo bastante sucesso entre as jovens. Não gosto disso, mas estou tentando lidar, se quero ter ele como meu namorado tenho que me acostumar com isso desde agora.

Há uns dias Cavendish terminou seu relacionamento com uma garota lá, não me lembro o nome dela, só sei que ela era um estorvo pra minha vida, nunca vi garotinha mais enjoada, acho que seu nome era Baby 5... Estanho né? Contudo, eu planejo tentar conquistá-lo a partir de agora. Como o Luffy diz: se quer algo, e não lutar por isso, nunca o obterá. Tendo isso em mente, decidi que estava de hora de ir a batalha.

- Ahh minha beleza está cansada, vamos Rebecca, quero ir numa lanchonete. - ele comentou mexendo em seus cabelos, enquanto se olhava no espelho.

- Lanchonete? Você? Não é você mesmo que diz que ficar comendo coisas de lanchonete o deixará gordo? - impliquei pegando minha bolsa e vendo as mensagens que as meninas tinham deixado.

- E ainda penso assim, mas estou cansado e com vontade de tomar um suco. Há algum mal nisso?

Nós começamos a descemos do estúdio e entramos no carro. Paramos numa lanchonete e pedimos um suco pra viagem. Cavendish me levava pra casa.

- Hey, eu ganhei uns ingressos pro show da banda Magnector. - ele comentou sem deixar de olhar pra frente, claro, se ele me olhassem provavelmente iria acontecer um acidente.

- Ah, é aquela banda de rock, onde tem um cara chamado Eustass Kid, certo? Incrível. Quantos você ganhou?
- Uns 5.

- Hmmm...

Na verdade, eu nem gostava muito dessa banda, eu só queria mesmo que ele me convidasse pra ir com ele.

- Quer ir comigo? - ele perguntou indiferente.

- Sério? - meu olhos brilharam discretamente.

- É, aí vamos eu, você, o mugiwara, o frango verde e a hiena loira.

N/A P.O.V

- Ora Cavendish, não chame Bartolomeo e Bellamy desse jeito, eles são nossos amigos. - ela suspirou, suas esperanças de um encontro romântico tinha desaparecido.

- Hum, não são meus amigos, são meus seguidores!

- Haha deixe-os saber disso, cabeças irão rolar e começará uma nova briga. - ela riu, esses três eram uns idiotas mesmo. Rebecca queria ter uma chance com Cavendish, queria conquistá-lo, mas não custava nada desejar uma investida do mesmo... - e eu Cavendish?

- Você o que? - perguntou o loiro em tom indiferente, depois de parar o carro por conta do trânsito, enquanto isso ele penteava seus cabelos sedosos com a escova que sempre carregava consigo.

- Eu sou sua amiga? - ela olhou profundamente eu seus olhos azuis, aqueles lindos e misteriosos olhos azuis. Sempre quis decifrá-los, Rebecca pensava que se pudesse fazê-lo, poderia pelo menos ter uma ideia do que se passava na mente de Cavendish.

- Você me considera seu amigo que nem o Bartolomeo, Bellamy e o Mugiwara?

Ele não estava com aquele olhar superior e convencido.

Cavendish estava...

Normal.

Porém havia algo mais em seus olhos...

- É claro.

Ele voltou ao normal, voltando também a dirigir.

- Você é minha seguidora também.

Por um segundo, ela pensou que ele pudesse estar, nem que seja 1% interessado nela. Mas depois dessa resposta ela sentiu que ele tinha se afastado novamente.

Ótimo... Menos um ponto pra ela.

Estar com Cavendish era algo bem complexo. Você deve saber o que deve e o que não deve dizer, e também saber quem pode e quem não é autorizado a dizer tal coisa.

Elogios por exemplo, qualquer pessoa pode elogia-lo. Desde um bêbado sem-teto à um político importante.

Entretanto, uma crítica apenas as pessoas mais próximas podem fazê-lo. Como Rebecca, ou seus pais. Mesmo assim ele odeia que lhe deem ordens e que o critiquem.

- Chegamos. - ele anunciou parando o carro em frente a minha casa.

- Obrigada por me trazer. - ela sorri, quebrando o clima esquisito. A rosada saiu no carro, e antes de ele ligasse o motor, ela voltou a falar com ele. - nee Cavendish, não quer dormir aqui em casa?

- Eu? Pra que? Estou super cansado. Até ignorei minha vontade de comer mais coisas da lanchonete para ir pra casa logo.

- Ah, entendo. Tudo bem, vá pra casa então. Bom descanso. - ela acenou simpática.

- Hai. - ele ligou o carro e foi embora.

Calmamente, ela foi andando até a porta de sua casa, pegou a chave a abriu a porta. As luzes estavam desligadas, não tinha ninguém. Provavelmente seu avó e seu pai estavam trabalhando, como sempre faziam essa hora da noite. E é provável que Viola esteja bem ocupada na casa do Sanji, se é que me entende...

Subiu as escadas até seu quarto, lá tinha um banheiro e lá mesmo tomou uma ducha rápida pra tirar o suor, depois vestiu seu pijama mesmo. Já passava das 21:00. Percebendo isso Rebecca lembrou que tinha metade de uma pizza dentro da geladeira, poderia comer enquanto vê sua dorama das 9!
Ela andou até a cozinha, se arrepiado pelo contato do seu pé com o chão gelado. Chegando lá, teve uma surpresa inesperada.

- Oi.

Era Bartolomeo.

Típico.

De vez em quando ele fazia isso. Brigava com o Padrasto, e como sua mãe está sempre viajando nunca para em casa e nunca acreditara quando o mesmo conta que ele o expulsa de casa por um tempo. E quais eram as opções de Bartolomeo?

1: Ir para a casa do Luffy-senpai. Ace, Sabo e Luffy são bem receptivos, seria bem-vindo lá, mas Bartolomeo nega dizendo que seria muita ousadia de sua parte colocar o pé na residência dos irmãos.

2: Ir para a casa da doce e compreensiva Rebecca, que é uma ótima amiga e ótima conselheira, sem falar que é uma das únicas pessoas que conversa com ele sem medo.

Bingo! Essa era a melhor opção.

- Ora Bartolomeo, de novo? Você podia ter me ligado antes de vir. Não precisa invadir minha casa dessa maneira.

- Ahh se eu te ligasse antes não seria tão maneiro. - comentou o esverdeado jogando os braços atrás da cabeça. - eu comi tudo que tinha na geladeira, espero que não se importe.

- Não como muito mesmo, não estou nem aí. Também eu sei que você não achou minha pizza...

- Pizza? - ele se interessou.

- Sim, eu sempre a deixo lá no fundo da geladeira e ninguém acha. - sorriu. - você não bebeu meu refrigerante de melão, bebeu? - perguntou a Riku abrindo a geladeira.

- Não, eu sei o quanto você adora esse refrigerante então não bebi.

- Ótimo, então vamos comer pizza e beber refrigerante!

*

*

*

Logo estavam os dois esticados no sofá comendo pizza... Bartolomeo estava vestindo uma camisa preta com apenas a Jolly Roger dos Mugiwara como detalhe, e também vestia uma bermuda vermelha.

- Nee, Bartolomeo.

- Hmm?

- O que você acha do Cavendish?

- Acho que ele é um boiola.

Rebecca riu.

- Não quis dizer assim... Quero saber se você o acha uma boa pessoa ou não.

- É... Até que não é tão ruim, ele só é muito metido.

- Verdade, mas isso é dele mesmo, não há como mudar. Foi assim que ele foi criado e ensinado desde pequeno. - explicou a menina de cabelo rosa. - mas... Sabe Bartolomeo, ele melhorou bastante comparado àquela época. - sorriu.

- Hee? Vai ficar falando essas coisinhas de garota apaixonada pra mim? Desse jeito eu vou me sentir sua Best Friend Forever. - reclamou enquanto colocava o dedo no nariz.

- Ahh Bartolomeo!! - ela gritou corada.

*Ding Dong*

- Êh? Quem será a essa hora? - Rebecca estranhou, tinham certeza que nem seu pai e seu avô voltariam, será que Viola tinha brigado com Sanji e voltou pra casa? Não, seria muito difícil...

A garota nem olhou pelo olho mágico, no impulso abriu a porta mesmo.

Dando de cara com ninguém mais, ninguém menos que...

...seu príncipe...

- Cavendish? - ela ficou surpresa. - o que está fazendo aqui essa hora? endoidou? Está caindo uma tempestade! - não gostava de bronquear com o jovem loiro, mas as vezes era preciso.

- ... - ele levantou o rosto, que até então era tapado por sua franja. Revelando-se com uma expressão ofegante, ele estava com as bochechas vermelhas e parecia meio tonto. - Re...becca...

E do nada, desmaiou.

- Cavendish! CAVENDISH!! Acorda! Anda! O que aconteceu?! Por que você caiu-

- CALA A BOCA MULHER!!!

Bartolomeo gritou irritado com a rosada. Ele pegou o jovem modelo e o colocou nas costas, levando-o até o quarto da menina, provavelmente colocaria o rapaz na cama dela.

- Bartolomeo...

*

*

Rebecca estava ao lado de Cavendish há algumas horas. Ele dormia calmamente, porém ainda estava com febre, mesmo não estando com mais de 37 graus, ainda a preocupava. Cavendish ficava doente muito facilmente. Algo bem simples, como um resfriado, por aumentar pra algo bem maior ao pronto dele ter que ficar internado no hospital. Nunca iria esquecer de quando isso aconteceu quando eram crianças.

Pouco a pouco, enquanto Rebecca se via com a cabeça apoiada no peito do rapaz lembrando-se de coisas passadas, Cavendish ia acordando. Ele concentrou os olhos nos cabelos cor de rosa a sua frente.

- Rebecca?

Ela levantou no mesmo instante, com uma leve vergonha por estar há uns segundos atrás com a cabeça em seu peito.

- Ara, Cavendish! Você já acordou.

- Sim... Ei, que roupas são essas?

- Achei que você não gostaria que eu te trocasse, então pedi por Bartolomeo trocar você de roupa. Estava toda molhada, pus pra lavar. - comentou. - ah, esse pijama era do meu pai, de quando ele era adolescente.

- Hm... Aff, minha cabeça ta doendo pra caralho.

- Afinal, como você ficou doente assim? Eu fiquei muito assustada! - Rebecca disse sincera. Se preocupava muito com Cavendish. - se lembra da ultima vez que você chegou desmaiando na minha porta? Você acabou por ser internado!

- Está bem, está bem... Eu vou te dizer. Apenas não grite. Eu já disse que minha cabeça está doendo. - ele fez uma careta, não gostava nada dos escândalos de Rebecca. - deite-se aqui do meu lado. - a rosada estranhou o pedido repentino, mas se levantou e se deitou ao lado dele. Esta bufou, pronta para ouvi-lo. - sabe aquelas duas fofoqueiras da agência? A loira que está sempre de óculos escuros e a ruiva que está sempre com a franja cobrindo o rosto?

- Ah sei... Domino-san e Sadi-chan.

- Pois bem, há tempos que essas duas mexem na papelada para descobrir meu endereço. Agora, acho que elas descobriram, e espalharam para todo o Japão! - exclamou. - agora, quando eu ia chegando em casa, vejo uma multidão de garotas rodeando a minha casa! Sorte que o muro é alto e tem cercas elétricas, senão, com toda certeza teriam invadido.

- Nossa... E então, o que você fez?

- Não podia entrar com o carro, pois ela iriam me barrar com toda certeza. Então, resolvi dar meia volta e vir pra cá de carro. Aí, do nada, o carro engi- ah.. Ah... Atim!! - ele espirrou.

- Saúde. E se acalme.

- Tá tá. Como o carro enguiçou, lembrei que o amigo do Mugiwara era um mecânico, e tinha o número dele no celular.

- Que amigo? O Super?

- Sim, esse mesmo. - respondeu Cavendish. - então ele foi lá e guinchou o carro, dizendo que arrumaria ele o mais rápido possível. Então decidi pegar um taxi, mas, fui assaltado.

- ASSALTADO? Cavendish, te feriram? Fizeram algo??

- Não não... Foram só uns molequinhos que passaram correndo e levaram minha carteira. Pra completar, meu celular descarregou e não consegui te ligar.

- Eu avisei que iria descarregar! Você ficava tirando fotos suas toda hora pro Instagram!

- Hum, isso não vem ao caso agora! - rosnou com raiva. Odiava estar errado. - então fiquei caminhando até agora!

- Ah Cavendish... - ela passou a mão nos cabelos loiros dele, realmente sedosos... Estava com pena dele. As vezes ele não tem sorte. - parte disso é culpa sua. Se não fosse tão galanteador, as mulheres não ficariam tão em cima de você. - respondeu com uma ponta de ciúme.

- Êh?! Tenho que ser galanteador com todas as jovens que reconhecem minha beleza estonteante. - respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- As vezes eu acho que você é muito convencido... - murmurou.

- Não sou convencido, só digo a verdade. Sou uma pessoa muito sincera. E estou sendo sincero quando digo que sou lindo. Se eu fosse feio, também diria. - do nada, começou a rir. - hahaha, eu feio... Que besteira. Se eu fosse feio não seria ninguém, todos me cercam por minha beleza.

- Todos? - Rebecca se sentiu ofendida. Entendia que Cavendish era convencido mesmo, não tinha jeito. Mas agora dizer que ela era igual essas peguetes dele por aí, que só olham para sua beleza e seu dinheiro? Ahh agora estava com raiva. Por impulso, ela ficou em cima dele, numa posição dominante. - vocês diz todos, Cavendish? Acha que eu sou que nem os outros? Não só eu, como Luffy, Bellamy e Bartolomeo? Nos nunca olhamos para sua beleza. Principalmente eu, eu jamais me aproximaria de você por causa disso.

- Se não foi por isso... Por que se aproximou de mim... Naquele dia? - ele estava sério agora.

- Porque, na primeira vez que reparei em seus olhos, vi que lá no fundo, tinha uma pessoa de bom coração. - Rebecca começou a ver embaçado, provavelmente por causa das lágrimas em seus olhos que insistiam em cair. - com o tempo, já estava mais isolada ainda das outras crianças, porque elas tinham inveja de "eu" estar ali, ao seu lado. Ninguém gostava de mim, a não ser nossos amigos. Mas eu não ligava, sabe por que? Porque eu gostava de você. Porque eu tinha você, meu melhor amigo. Não tinha me enganado, por trás de todo esse seu jeitão, você é uma boa pessoa. Então Cavendish, não me coloque nesse meio de pessoas se só olham para sua aparecia e para o seu dinheiro. Até porque.... *snif* NENHUMA DELAS AMA VOCÊ COMO EU AMO!

Cavendish não tinha palavras para descrever aquilo.

Estava chocado...

Rapidamente, ele a puxou para um beijo. Não um beijo calmo e apaixonante, era um beijo ardente, cheio de desejo e luxúria, um beijo...

...muito bom.

- ...o que?... - ela perguntou ofegante, depois de se separarem pela falta de ar.

- Eu... Sempre gostei... De você sua tonta... Mas você... Sempre dizia que eu era... Seu amigo que aqueles três... Então achei que não gostava de mim. - ele respondia ofegante e corado. Não por estar ainda um pouco doente, mas sim por dizer algo daquele tipo. Era muito orgulhoso.

- C-Claro que eu gosto... - ela apoiou a cabeça em seu peito, ouvindo os batimentos dele à mil. - na verdade... Eu te amo.

- Huh... Ér... Eu também te amo. - Cavendish retrucou, antes dela puxar a coberta e voltarem a se beijar. O loiro não estava nem mais com febre, ou achava, nem sabia mais, agora tudo que importava, era que tinha sua Rebecca ali, com ele. E claro, teriam uma noite quente, se é que me entende.

O que Rebecca não se lembrava, era do amigo Bartolomeo que estava lá fora. E, por acaso, viu tudo o que aconteceu por trás da fechadura.

======= Anos Mais Tarde ======

- ...e foi assim que sua mãe domou o seu pai. - Bartolomeo explicava detalhadamente para a criança loirinha em seu colo.

- O que quer dizer com uma noite quente, tio? - o menininho perguntou. Era a cara de Cavendish, cabelos loiros e olhos azuis. - Ahh já sei! Eles ficaram de baixo do cobertor e isso esquentou eles, não é?

Bartolomeo se segurou para não rir.

- Isso, dentre outras coisas...-

- O que está falando para o meu filho, crista de galo? - Cavendish chegou na casa, tirando os sapatos.

- Otou-chan!!! - o menino deu um pulo e correu para cima do pai, ficando agarrado em uma de suas pernas. - tio Bartolomeo tava contando pra mim como vocês se apaixonaram. Ele disse que vocês tiveram uma noite quente.

- Ah, Cavendish, você já chegou. - Rebecca, que estava com um barrigão de grávida, veio recebê-lo, e lhe deu um beijo. - Shinno! O que eu disse sobre ficar agarrado na perna do seu pai? - ela bronqueou.

- Deixa o menino, Rebecca. - esta suspirou voltando para a cozinha; ele era um pai muito mole. Cavendish andou se arrastando até o sofá. Tirou ele do seu pé, e o colocou no colo. - o que estava dizendo?

- Pra se apaixonarem, vocês tiveram uma noite quente né? - perguntou inocente.

- Nani? Claro que não. - Cavendish olhou com ternura para Rebecca, que lá na cozinha cozinhava junto das empregadas. - eu... Eu amo a sua mãe desde o primeiro dia que a vi.

Antigamente, isso era algo que ele nunca diria, mesmo que a amasse muito.

Um "eu te amo"... há! Isso era algo que ele nunca havia dito em sua vida toda.

Mas aquele sincero sorriso o fez mudar, felizmente pra melhor.

Rebecca era cada vez mais amada...

Por aquele Shinno.

Aquele príncipe imperial.

Fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram? Odiaram? Comentem, onegai *-*