– Eu não sou machista. – Oliver entrou no quarto atrás dela, querendo se explicar, a encontrou deitada, com a cabeça enfiada nos travesseiros. – É que eu me surpreendi. – Falou, Felicity se sentou na cama olhou para ele. – Você aguentou 5 semanas, é guerreira, quanto tempo vai levar até você me agarrar? – Debochou, ela pegou e jogou os travesseiros nele, ele pegou e começou a jogar nela, pareciam dois adolescentes, sorriam, quando perceberam estavam próximos demais, suas bocas quase se encostando, trocando olhares, ela colocou a mão no ombro dele.

– Não se preocupe, você não faz meu tipo. – Ela mentiu, ele era exatamente o tipo dela, lindo, musculoso, sexy, pelos menos esses itens tinham na sua lista do homem perfeito.

– Como assim não faço seu tipo? Qual é o seu tipo? – Oliver sentiu seu ego ferido de novo.

– Vamos sair, não aguento mais ficar aqui. – Falou ela, pegando a mochila.

– É uma boa idéia, notei muitas mexicanas bonitas. – Felicity sentiu uma pontinha de ciúmes, mais nunca admitiria.

– Notei que tem muitos mexicanos bonitos aqui, não tinha pensado nisso, mais você me fez pensar. – Ela o retrucou.

– Então vamos. – Oliver e ela saíram juntos do quarto, quando saíram do hotel se depararam com até um homem mais velho, entregando alguns convites.

– Compareçam a charreria, vocês vão se divertir muito. – Falava o homem. – Que tal o belo casal aqui? – ele entregou um convite para Oliver e Felicity. – Vocês vão se divertir muito. – Falou, dessa vez baixinho, os dois sorriram. E continuaram a andar.

– Acho uma boa idéia ir a essa festa. – Falou Oliver, ela concordou.

– Tem o endereço no folheto? – Perguntou Felicity.

– Sim, mais é um pouco longe, vamos ter que ir de moto. – Eles voltaram ao hotel, e pegaram a moto, andaram durante meia hora e chegaram ao local, era divertido mesmo, tinha tudo haver com a cultura mexicana, rodeios, laço e o manejo do gado, a musica era agradável e a comida deliciosa, tinha barracas de vendas, e de brincadeiras.

– Quer um algodão doce? – Perguntou Oliver.

– Aceito. – Respondeu Felicity, ele foi até um vendedor e comprou o algodão para ela, continuaram conhecendo o local, andando um do lado do outro, rindo, e dividindo o algodão, Felicity notou o olhar das mexicanas para Oliver.

– É, você vai se dar bem, tem muitas mulheres bonitas aqui, e muitas delas não tiram os olhos de você. – Falou ela, Oliver apenas sorriu. – Vou achar um banheiro. – Felicity saiu de perto de Oliver, andou até achar o banheiro, quando saiu procurou por Oliver, até que viu ele dançando e rindo com uma bela mexicana, não quis atrapalhar, e se afastou, continuou andando pela festa, alguns homens a cantavam, mais ela não queria se envolver com ninguém, sentou-se em um banco e ficou observando uma mãe brincar com a filha, elas estavam felizes, os olhos de Felicity se encheram de lágrimas, ao lembrar da mãe, levantou-se e continuou andando pelo local, sentiu uma mão tocar suas costas.

– Acho melhor você vir comigo docinho. – Reconheceu a voz era Ramires, suas pernas estremeceram, sentiu uma coisa dura tocar em suas costas. – Se gritar eu atiro, primeiro naquelas ali. – Ele apontou para a mãe e a filha que Felicity estava observando. – Depois em você. – Sentiu seu coração bater mais rápido, queria gritar por Oliver, mais não podia, ela tinha certeza que se gritasse, Ramires atiraria, pra valer mesmo, ficou quieta e acompanhou ele. Levou-a para uma barraca vazia, a colocou em uma cadeira e amarrou suas pernas e suas mãos.

– Então Barbie, vai me dizer o porquê estava me investigando? Ou prefere levar um tiro nessa linda cabecinha? - Ele apontou a arma para ela.

– Eu Barbie? Que isso, que bom que fosse, digo, ela é perfeita, muitas tem inveja dela, e olha que ela é só uma boneca, quem me dera fosse perfeita como ela. – Ela começou a tagarelar, ele se levantou e colocou a arma na testa dela.

– Fala, eu não estou brincando, você sabe quanta gente eu matei, não custa nada matar você. – Ele apertou a arma na testa dela, que respirou pesadamente.

– Eu não queria, foi um homem que me mandou investigar você, ele estava comprando drogas das que você levava a Starling, e desconfiava de você. – Felicity respondeu.

– Quem era esse homem? – Ramires perguntou.

– Luis Bishop, é só o que eu sei. – Respondeu.

– Ele sabe o que você sabe? Sobre os assassinatos?

– Sim.

– Bom, agora é só começar a limpa, primeiro você, depois Bishop, é uma pena, estragar um rosto lindo como o seu. – Ele apontou a arma para Felicity, ela abaixou a cabeça, nunca passara por sua cabeça que morreria daquela forma, e agora quem ia cuidar da sua mãe. Escutou uma pancada, teve medo de levantar a cabeça.

– Felicity. – Uma voz murmurou.

– Oliver graças a Deus. – Falou, deixando as lágrimas cair, ele a desamarrou.

– Você está bem? – Oliver analisava todo o corpo dela procurando, algum ferimento.

– Eu to bem, temos que ir. – Antes de sair dali, Oliver a abraçou, ela apertou ele forte, se sentia protegida com ele.

– Você esta bem mesmo? Mais por que não ficou comigo? Se acontecesse algo com você, eu me culparia a vida toda, nunca mais saia de perto de mim. – Oliver segurou nas bochechas dela. – Entendeu?

– Sim, desde que você não esteja com alguém.

– Como assim? – Perguntou.

– Eu ia ficar com você, quer dizer ficar perto de você, mais você estava com uma mulher, eu não quis atrapalhar. – Respondeu.

– Eu apenas estava pedindo uma informação á ela.

– Dançando é uma nova forma de pedir informação, por favor. – Ela gesticulou com as mãos. - Vamos sair daqui antes que ele acorde.

– Ei Felicity, espera ai. – Ele a segurou pelo braço notou o homem caído no chão erguer a arma em direção a eles, e disparar. Eles saíram correndo, pegaram a moto e voltaram para o hotel, Felicity viu que Oliver estava sangrando.