Vivendo ao perigo escrita por Rodrigo Freitas


Capítulo 7
Maníaco do DuniDuniTe


Notas iniciais do capítulo

Se preparem pequenos gafanhotos, agora é tudo ou nada.



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– Acorda – Castellano falou jogando um balde de água. – Sabe que dia é hoje? O dia de nos alimentarmos. – Ele riu e fez uma cara de louco.

Notei que estava em outro local, ainda na casa porém não mais naquele quarto. Estava amarrado, e do meu lado tinha mais Seis pessoas. Lyu,Martinato, Yokota,Felipe,Fredine e Nick. Todos amarrados um do lado do outro, machucados.

– Estamos de partida essa noite cavalheiros. – John chegou com uma faca enorme – Estão suspeitando que nessa casa tem coisa... – Ele riu – E tem mesmo né? Porém aqui seria passageiro mesmo, esse local só foi para vocês morderem a isca. O local que vamos nos divertir é outro. Porém... – John riu novamente e olhou para o Dimmy. – Ele está com fome, e prometi que um de vocês vai ser o alimento dele.

Nesse momento todos entraram em desespero, nossas bocas estavam amarradas então só ouvi os suspiros de terror do meu lado. Eu sinceramente não me abalei, é ele me solta que vou pra cima sem medo, aliás eu já não era mais o mesmo. Porém estava sendo muito idiota.

– Vai Dimmy escolhe um ai, e já começa a comer. Não temos tempo. – John deu a faca a ele e saiu.
– DuniDuniTe Salame Mingue – Dimmy ia apontando o dedo em cada um, com uma cara de psicopata, sempre brincava dessa brincadeira mas nunca ia imaginar que um dia estava dois passos de ser devorado por um maníaco do DuniDuniTe. – O sorvete colore o escolhido foi você. – Ele apontava diretamente em minha direção, fechei os olhos e as mãos e estava pronto, foi quando o Dimmy continuou. – Mas como eu sou muito teimoso eu escolhi este daqui... – Mas uma vez caiu em mim, não estava com sorte mesmo, porém mais uma vez ele continuou. – Cala a boca japonês quem manda na minha boca sou eu – Tudo ficou em silêncio, ele começou ficar em câmera lenta e comecei a suar frio. – Um, Dois, Três e JÁ! – Eu era o ‘’ e ‘’ quem estava do meu lado era o Nick, o escolhido. Olhei pra cara dele, e ele olhou para minha com os olhos cheio de água, Dimmy pegou o facão e decaptou Nick e começou a corta-lo inteiro o comendo.

Aquele cena foi horrível, me deu um enjoou e um começo de desespero mas me controlei. Olhei para os outros e pude ver o Yokota chorando. Eles nos deixaram lá até o Dimmy comer o último resto de Nick. Ele parecia um vampiro ou um bicho demoníaco cheio de sangue na boca.

– O Chefe disse se eu tivesse mais fome, eu podia matar mais um. – Dimmy começou a rir descontroladamente e desmaiou. Aliás ele comeu um corpo inteiro.
– Já esperava por isso, ele é nosso bichinho de estimação – Castellano deu uma risada escrota.
– Ai que horror gente, o Nick já era feio imagine o gosto que essa praga deve ter. – Dimmy você é nojento – Pietro chegou com um taco de madeira.
– Cala a boca Pietro, se não hoje te deixo sozinho no meu quarto. – Caique deu um leve sorriso malicioso e veio até a minha direção. – Hora de dormir Baby.

Acordei com uma forte dor de cabeça, e notei que estava em movimento tentei me mexer mas a dor estava insuportável, olhei para os lados e minha visão estava meio embaçada. Mas notava um certo movimento.

– Alguém está ai? - Perguntei com a voz meio fraca.
– Ro? –Olhei fixamente e era o Thalles.
– Thalles? Como você está? – Pude ver uns machucados nele.
– Estou bem. Alias nem tanto. A Log sumiu e não vejo ela a dias. – Ele deu um leve suspiro.
– Pra onde estamos indo? – Tentei me levantar mas cai.
– Não sei, mas pelo que eu ouvi estamos indo para uma fazenda.
– Ro? Thalles? – Mapa ergueu a cabeça. – Como vocês surgiram do meu lado? Ela estava meio machucada, mas melhor que a gente.
– De onde você surgiu menina? – Thalles levou um susto.
– Não sei também, lembro que a última vez que estava acordada o Pietro estava matando a Bia Carmo, depois disso não lembro mais de nada. – Eu juro que parecia que ela tinha dado uma risada marota.
– Quantos será que já se foram para o reino de Oxalá? – Thalles abaixou a cabeça e suspirou mais uma vez.
– Gente, não podemos chegar até a fazenda, temos que tentar fugir. Mapa, não tem mais ninguém do seu lado? – Estava cheio de saco de lixo por isso perguntei.
– Deixa eu ver. – Mapa começou a dar tapa nos lugares vazios. – È, acho que só somos nós mesmo.
– Thalles vou rolar até você, tenta me desamarrar. – Rolei até ele e dei de cara na Mapa, fiquei olhando pra ela feito um idiota como um apagão mesmo.
– Olha por onde ‘’ Rola’’ Ro. – Mapa fixava o olhar em mim.
– Desculpa atrapalhar o clima, mas estamos indo para uma fazenda deserta, e não para nos divertimos, somos os pratos especiais dos ‘’ Aniversariantes’’.
– Desculpa. – Rolei até oThalles e fiquei de costas. - Sem viadagem em.

Thalles tentava desamarrar, porém não estava conseguindo, alias ele também estava amarrado. Pensei em começar a chutar a porta mas o barulho ia fazer o motorista parar, ou seja péssima ideia. Notei que já estávamos em uma estrada de terra, pois o carro balançava mais que Liquidificador, e graças a isso o Thalles conseguiu tirar o nó e consegui me libertar, no mesmo momento já comecei a procurar algo pontudo, ou seja algo que mate a pessoa que abrir. Nisso eu achei uma tesoura no meio dos sacos, que raio de psicopatas são esses que deixa uma tesoura do nosso lado? Cortei a corda do Thalles, depois da Mapa. Nisso eles também já começaram a tentar achar algo pontudo, aquela perua estava muito abafada parecia até uma sauna, estava com medo de desmaiar.Foi quando Thalles achou dois pregos enormes.

– Tive uma ideia! – Thalles parou e deu uma leve risada.
– Qual? – Perguntei meio com falta de ar.
– Se tivermos sorte, essa Perua talvez seja a ultima. – Thalles começou a Sussurrar. – Deve ter o motorista e mais um ou dois capangas do lado dele, vamos começar a chutar e gritar falando que algum de nós não está respirando, pelo que eu entendi desse jogo, o John não quer ver ninguém morrendo sem ele ou os outros terem o prazer de matar.
– Otima ideia, porém muito arriscada. – Mapa se agitou.
– Não temos muitas alternativas, e essa de fato é boa. – Concordei com a ideia do Thalles.

Nos juntamos e começamos a fazer o plano, chutamos forte a porta e tudo que estava na nossa frente, comecei a gritar que a Mapa não estava respirando, e que nós seriamos os próximos. De repente a Perua parou, comecei ouvir umas vozes e uma era do Dimmy, era fácil descobrir a voz daquele maníaco.

– Quem está desacordado aí? – Uma voz grossa perguntou.
– Na realidade é desacordada senhor, a nossa amiga Mapa. Não estamos conseguindo ajudar pois estamos quase desmaiando. – Thalles mentiu muito bem.
– Posso comer ela, ai o chefe pensa que ainda estava com fome, e quis experimentar uma carne Feminina. - Ouvi a voz do Dimmy, que dava um tom alegre. Nesse momento a Mapa abriu os olhos assustada.
– Calma – Sussurrei pra mapa, e segurei firme a tesoura.
– Vamos logo com isso então, todos já estão lá. - O capanga abriu a perua, e aquela claridade doía demais meus olhos. Olhei para o Thalles e ele já olhou pra mim.
– Só de olhar pra ela já me deu fome. – Dimmy começou lamber sua boca e aquilo me deu nojo.
– Precisamos de água. – Encarei os dois.
– Não temos água seus vermes, e vocês estão presos. Então somos os seus donos. – O Cara falou e começou a rir. Notei que ele estava sem nada na mão, mas o Dimmy tinha o seu facão.
– Ela esta morta, vou me alimentar. Prometo ser rápido. – Dimmy pegou o facão e já foi em direção ao pescoço da Mapa, bem devagar, no estilo psicopata e escroto dele.
– Agora! – Nesse momento eu e o Thalles avançamos, Dimmy levou um susto e se distraiu, foi quando Mapa deu uma pregada no braço dele e saiu correndo.
– Mapa espera! – Olhei pra ela no momento que levei um soco na cara, pude ver Dimmy indo atrás dela. Naquele momento lembrei da cena que a Thay morria nos meus braços, uma raiva fora do normal bateu em mim, o Capaganga estava matando o Thalles na porrada e o Dimmy foi atrás da Mapa com o facão, minha visão estava meio embaçada por causa do soco, mas levantei e dei uma tesourada na cabeça do assassino.
– Vou buscar a Mapa. – Olhei pro Thalles que estava todo machucado. – Pegue a chave da Perua, e espera trinta minutos. Se eu não chegar vai embora e chame a polícia. Fique bem Macumbest. – Sai correndo atrás dela.


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Notas finais do capítulo

Não vou deixar esse maníaco matar mais ninguém, desta vez ele não escapa. Mas aquele local ainda corríamos muito perigo.



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