Vivendo ao perigo escrita por Rodrigo Freitas


Capítulo 2
O Velório


Notas iniciais do capítulo

A pior sensação é saber que seus amigos correm grande perigo, e não saber que está por trás disso tudo.



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Era triste ver um amigo de anos sendo levado aos sete palmos em baixo da terra, não conseguia segurar minhas lagrimas por isso em todo momento não tirei meu óculos escuro. A família rezava em um tom meio revoltante, ouvia a mãe dele gritando por que o filho dela foi levado dessa maneira, eu fazia a mesma pergunta... Quem será que fez esse ato de crueldade? Será que era um aviso ? Será que todos eram inocentes naquele enterro? Será que o assassino não estava lá, observando e rindo por dentro de tudo aquilo? Quando fui jogar uma flor, e um retrato que tiramos em um evento a um ano atrás, parecia que eu não chegava nunca era muito ruim de fato sentir tudo aquilo, imagine o que a família passava? Porem fui forte e cheguei ate o caixão .

– Poxa Thomas logo você, um menino tão idiota mas aquele idiota que alegrava as pessoas, quem fez isso contigo amigo? – Como se ele fosse falar, mas confesso que fiquei na esperança de ele dizer que era tudo zoeira, gritando pegadinha do malandro... Mas infelizmente tudo era real. – Que energias boas agora possam fluir em seu espírito, e que você possa ficar bem. – Joguei no caixão me virei com um aperto no coração e segui de volta as pessoas rezando e cantando musicas tristes de perca.

No exato momento que estava voltando aquela tontura que senti no evento, e que estava vindo toda hora alias, voltou. E eu novamente cai que nem um poste, mas desta vez foi mais pra gelatina, cai feio e mole. Ouvia risadas por toda parte naquele cemitério , e consegui ver Thomas sendo arrastado naquele mesmo cativeiro que vi pela primeira vez, ele gritava muito dava pra ver que estava com muita dor, de repente ele surgiu na minha frente cheio de sangue.

– Todos nós estamos em perigo, todos que praticam esse evento vai ter esse fim como eu. – Thomas dizia com uma risada irônica.
– Tho.. Thomas quem esta fazendo isso? – Ele simplesmente sumiu, e mais uma vez apaguei.

Acordei numa casinha que tem no cemitério me sentindo mais uma vez um doente mental.

– Ro? Ro? Ro? Ro? Ro? Ro? –Lorena totalmente preocupada e chorando me chamando.
– Calma Lore! Eu to bem, to vivo...Acho. – Fui sincero, alias não sabia mais se estava vivo ou não .
– Você esta bem? Bem mesmo? Bem Bem bem?
– Já falei que sim Lore. – Levantei meio bravo.
– Ro você esta com alguma coisa? E a segunda vez que já acontece isso. – Fe veio preocupado.
– Mano, to com medo. – Jojo apenas disse isso
– Larga a mão de ser medroso Jojo – Eu disse rindo. Alias quem tinha que estar com medo sou eu.
– Serio cara, você quando caiu no chão, começou a gritar THOMAS THOMAS. Eu quase urinei nas calças.
– Serio que eu falei isso gente? – Todos concordaram.

Contei tudo que vi quando estava desmaiado, Jojo já pulou na Lorena e todos falaram que era coisa da minha cabeça, e que eu mais queria é que fosse mesmo. Eu já estava bem e queria sair daquele local eu odeio cemitérios, mas me obrigaram a ficar mais um pouco de repouso.

–Mané Mané – Thay chegou com Erick e Rezende.
– Ai meu Deus... Acho que agora só vamos conversar quando eu estiver quase morrendo. – Me senti mais uma vez um nada naquele momento.
– Como você ta mano? – Erick chegou me abraçando.
– Ele ta bem, agora deixa eu falar com ele em particular. – Rezende chegou empurrando Erick. E me puxou de canto. – O que esta havendo? – Expliquei tudo mais uma vez e ele arregalou os olhos, dava pra ver que ficou totalmente preocupado com essa situação. – Talvez essas coisas sejam um aviso Ro, se isso acontecer de novo me ligue. – Balancei a cabeça como um ok.

Saímos de lá e fomos direto para o tradicional BK, mas desta vez tristes e cabisbaixos.

– AO THOMAS! – Yash Gritou.
– AO THOMAS! Todos gritaram, brindamos com um copo de coca cola.
– Eae Ro, esta bem? – John veio com uma leve risadinha.
– Triste. – Respondi seco, pelo fato da risadinha dele.
– A morte é uma grande aventura amigo. – Ele tomou um gole de sua coca.
– Não desejo boa aventura pra ninguém então.

Nisso chegou o castellano, Dimmy, abraçando o John e brindando. Pude ouvir o Dimmy falando baixinho no ouvido dos dois:
– Um brinde a nos né ? - Eles brindaram e deram uma leve risada.
Fiquei bravo com aquela situação e sai da mesa, fui ate o terraço da lanchonete e fiquei pensando, e ao mesmo tempo tomando um ar. Eu sinceramente estava muito triste com tudo que estava rolando, meio que me senti culpado de não dizer meu sonho a ele assim mesmo eu não sabendo absolutamente nada do sonho, já não sabia se tinha um sentido tudo aquilo mas fixei na minha cabeça se eu tivesse mais um sonho daquele eu ia começar a investigar. Não demorou muito e ouvi passos e a porta se abrindo, estranhamente meu coração começou acelerar como o Ayrton Senna, e minhas pernas começaram a ficar moles.

– Mané? – Thay chegou me cutucando
– Ai deuses, que susto Thay. – Tentei fingir que não tinha ouvido nada.
– Fiquei preocupada com você hoje de manha, todos nos estamos muito triste pela perca do Thomas, mas parece que você ficou mais afetado. Você tem um coração muito bom Ro, tenta esquecer esses sonhos. – Thay me abraçou, eu não queria mais largar aquele abraço gostoso, fechei os olhos e por alguns minutos me senti muito bem, uma felicidade fora do normal.
– Tha... Thay. – Quase disse que estava completamente apaixonado por ela, mas resolvi calar a boca.
– Oi? Ela quebrou o silencio.
– Voce é a melhor Mané do mundo. – Fiquei olhando para os olhos dela.
– Você também é o melhor Mané do mundo, seu mané ! – Rimos

Uma semana se passou e aqueles sonhos de fato tinha sumido, estava voltando a minha vida cotidiana finalmente. Porém nesse dia eu ia lembrar novamente de algumas coisas, alias era a missa de sétimo dia de Thomas machado, diferente de uma semana atrás eu estava mais ciente da situação, e pensei comigo que não tinha nada haver o sonho com o ocorrido, e sim uma tremenda tragédia. Na missa pude encontrar Martinato e Neves meio que de Love, então deixei os dois lá e fui falar com os brothers de sempre.

A missa durou rápida, todos seguiram seu rumo e foram para suas casas. Estava me despedindo da galera, quando pude ver a Thay ficando com um menino na hora queria fugir de tudo aquilo, quando fui olhar direito o menino era o John, nesse momento me deu vontade de chorar eu de fato não acreditei que a pessoa que amava estava ficando com um amigo meu, eles me viram e logo pararam de se beijar, John deu uma risadinha irônica e saiu. Quando Thay chegou correndo me abraçando. ( Pra ela estava tudo bem, alias ela nunca imaginava que eu gostava dela).

– Maneee! - Me deu um abraço forte.
– Oi, não sabia que você estava ficando com o John. – Fingi que tava nem ai.
– Ele foi um amor comigo, acabou rolando...
– Entendi, eu vou indo aqui já esta meio tarde... Se cuida manezona. – Sai meio mal, acho que fui meio grosso porque virei as costas e nem dei um tchau descentemente.

Estava saindo da igrejinha, quando ouvi um ‘’psiu’’ Virei pra traz e tinha um envelope no chão perto de uma arvore, como sou curioso logo peguei e comecei a ler.

‘’ Oi pra você que teve a honra de ler isso, a morte de Thomas Machado
foi apenas o começo, alias foi o portal para os assassinatos,
todos vocês que frequentam os eventos, vão morrer
ninguém estará salvo, alias... Começa a se preocupar com a pessoa que ama
talvez ela seja a próxima, já viu o filme Jogos Mortais caro amigo?
O que vai acontecer com vocês é trinta vezes pior,porque eu amo
cortar cada parte do corpo, não adianta parar de ir eventos agora
eu conheço a carinha de cada um, bem vindo ao meu jogo.

* Viva o perigo''


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Notas finais do capítulo

Esse envelope de fato me deixou completamente assustado, o que esta por vir?



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