Take My Pain Away escrita por Larissajau


Capítulo 1
Normal Days


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE: Para ler a fic, considerem que os episódios iThink They Kissed (Episódio que Carly descobre o beijo Seddie em iKiss), iOMG, iLost My Mind, iDate Sam & Freddie, iCan't Take It e iLove You (Episódios do namoro Seddie) nunca existiram.
OBS: Carly, Freddie e Sam tem 16 anos na fic.

Então, preparados para ler? Boa história :)

Se encontrarem algum erro de ortografia, ou acharem algum parágrafo confuso, por favor me avisem.



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Era noite. O filme que o trio estava a assistir havia acabado de terminar. Enquanto Carly levantava-se do sofá para desligar a televisão, observou que Sam havia pegado no sono. Instantaneamente, notou que a garota estava recostada sobre um dos ombros de Freddie. Ele, por sua vez, parecia estar perdido em devaneios, dedicando-se apenas a observá-la enquanto acariciava suas madeixas loiras. Seu sorriso de satisfação era inegável.

Carly ficou admirando a cena por alguns segundos até Freddie perceber que estava sendo observado e ficar embaraçadíssimo com a situação. Nesse instante, mesmo contra a vontade, a morena resolveu acordar Sam.

– Então Sam, gostou do filme? – Carly perguntou sarcástica a amiga que continuava a dormir – Acorda! – Disse falando mais alto dessa vez.

– Hã... Carly? O filme acabou? – Sam perguntou desorientada.

– Sim.

Percebendo que estava encostada em Freddie, Sam logo tratou de levantar-se, indo até a geladeira pegar mais refrigerante. Ele, olhando para seu Peraphone, viu que já estava tarde, motivo pelo qual resolveu avisar as garotas:

– Bem, já vou indo porque minha mãe já deve tá surtando lá em casa. Tchau pra vocês duas.

– Tchau Freddie, até amanhã – Carly disse acenando com a mão.

– Já vai tarde babaca – Sam disse ríspida, sem sequer olhar para o garoto.

Freddie fez uma careta para Sam e ignorou o comentário, indo para seu apartamento. Logo depois que o moreno foi embora, Carly falou:

– Vou ir ao banheiro colocar o pijama. Vai subindo pro quarto porque a gente vai dormir lá.

Concordando, Sam foi para o quarto da morena, porém, sem antes pegar mais algumas porcarias para comer.

Após alguns minutos, Carly entrou em seu quarto e se deparou com Sam sentada em sua cama comendo salgadinho.

– Sam, quantas vezes eu já te disse que não é para trazer comida pro meu quarto? – Carly falou indignada logo depois de entrar no cômodo.

– Chega de chatice, você tá parecendo o Freddie com aquelas regras dele sobre “não tocar nos equipamentos do iCarly”.

Carly revirou os olhos com o comentário e acabou ignorando a presença de comida em seu quarto. Aproveitando o momento, resolveu cutucar Sam:

– E por falar no Freddie, o que foi aquilo de dormir no ombro dele? – Carly perguntou maliciosa.

Sam avermelhou-se instantaneamente. Tentou se explicar, mas as palavras não saiam de sua boca de forma compreensível. Algum tempo depois, ela finalmente conseguiu dizer:

– Eu peguei no sono, não sabia o que estava fazendo.

– Sei... Mas acho que ele sabia que estava acariciando seu cabelo e quase babando em você.

– Espera, então não foi um sonh...

– Então você estava sonhando com ele? – Carly disse interrompendo a amiga.

– Não... É que...

– Sam, admita logo que você gosta do Freddie.

– Eu não gosto daquele nerd! – Sam falou esbravejando.

– Não mesmo? – Carly falou com um tom sarcástico.

– Claro que não, você tá me chamando de louca? Só loucos podem gostar daquele ser.

– Então porque vocês se beijaram naquele dia na saída de incêndio?

– Agora eu vou matar o Freddie por ficar espalhando mentiras! – A loira falou irritada, indo em direção da porta principal.

– Você não vai matar ninguém não! – Carly disse tentando segurar Sam pela gola da camiseta – Fui eu que vi tudo.

– Sério? – Sam disse com um tom de voz mais baixo.

– Sim. Então, qual é a explicação? – A morena perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Você sabe... Ele e eu nunca tínhamos beijado e queríamos experimentar para acabar com aquele assunto – Sam disse toda embaraçada.

– Você acha que eu sou tonta? Você podia ter beijado qualquer garoto desse planeta, não necessariamente ele. Além do mais e aquele namoradinho idiota que você tinha? Que tipo de namorados não se beijam?

Sam ficou sem respostas para aquela enxurrada de perguntas. Ao invés de se justificar, disse:

– Que saco, eu já falei que eu não gosto do Freddie!

– Engraçado como já fazem mais de dois anos que vocês se beijaram e até hoje você não teve outro namorado e nem beijou mais ninguém.

Sam grunhiu de raiva por não ter mais argumentos e se jogou de bruços no colchão ao lado da cama de Carly. Já deitada, respondeu para sua amiga:

– Eu não me importo com o Freddie e nem gosto dele.

– Garanto que se o Freddie estivesse em apuros ou morrendo, você ficaria em pânico ou começaria a chorar feito neném. E diria coisas do tipo “meu amor, não vá!” – Carly falou, dizendo a última parte entre risadas.

– Chega de graça e vem dormir – Sam disse revirando os olhos.

Carly obedeceu e deitou-se em sua cama se despedindo da amiga.

[...]

Eram 3:30 da manhã quando Carly acordou assustada. A garota sacudiu violentamente Sam, fazendo-a acordar.

– Ficou louca Carly? Por que você tá me acordando a essa hora da madrugada?

– Eu ouvi estrondos e gritos vindos da rua. O que tá acontecendo Sam? – Carly falava desesperada.

– Não tá acontecendo nada, você deve ter tido um pesadelo. Volte a dormir.

Repentinamente, o chão começou a tremer e um pedaço do teto partiu-se caindo atrás de Sam. Carly soltou um grito alto e fino e começou a apavorar-se, permanecendo estática.

– Vamos sair daqui antes que o prédio desabe! – Sam gritou tirando Carly do seu transe.

As duas desceram as escadas correndo e encontraram um Spencer desesperado na sala.

– Vocês estão bem meninas? – Spencer perguntou.

– A gente vai morrer! – Carly gritou histérica em meio a lágrimas.

– Vamos ficar bem Carly – Spencer disse acalmando-a.

Os três correram para fora do apartamento já praticamente destruído. Quando Sam viu que a porta do apartamento de Freddie continuava fechada, ficou preocupada e gritou:

– Precisamos salvar o Freddie!

– Calma Sam, ele já deve ter fugido – Spencer alertou.

Contrariando Carly e Spencer que continuaram a fugir, Sam arrombou o apartamento de Freddie procurando pelo garoto desesperadamente. Quando viu que ele ainda estava a dormir, ela berrou:

– Levante agora! O prédio tá desabando!

– O quê? – Ele perguntou desacreditado.

– Corre!

– Pare de me zoar – Freddie disse encarando-a irritado.

– Eu não tô te zoando! – Ela gritou nervosa.

Naquele momento, Freddie começou a sentir o prédio tremendo. Parte do teto de seu quarto começou a se desprender e a cair em sua direção. Vendo aquilo, Sam empurrou-o contra a parede, impedindo que o bloco de concreto atingisse-o. Freddie estava em choque.

– Me segue! – Sam disse para Freddie, que ainda tinha em seu rosto um par de olhos arregalados.

Instantaneamente, Freddie saiu correndo atrás de Sam. Na cozinha os dois deram de cara com Marissa pegando inúmeros objetos para “situações de emergência”. Freddie logo falou:

– Mãe, não temos tempo para isso, vem rápido!

Sem hesitar, Sam agarrou um dos braços de Freddie forçando-o a correr em seu ritmo. Marissa, alguns segundos depois, acabou desistindo de suas tralhas e também começou a fugir. Ele, olhando para trás, pôde ver os apartamentos e corredores sendo todos preenchidos por destroços do prédio.

– Não vamos sobreviver – Freddie disse nervoso para Sam

– Vamos sim.

Naquele momento, Sam ainda puxando Freddie pelo braço, começou a correr em uma velocidade sobre-humana, descendo todos os degraus do prédio como um tiro. A velocidade era tão grande, que os dois ultrapassaram Carly e Spencer que estavam até então na frente de todos. Freddie, embora conseguisse acompanhar a velocidade da garota, estava quase morto de cansaço. Quando os dois chegaram à portaria, passaram com sucesso pela saída. Carly, Spencer e Marissa ainda estavam a alguns metros de distância.

– Rápido! – Sam e Freddie gritaram uníssonos.

Todo esforço que os três fizeram foi em vão. Antes de chegarem à portaria, um grande bloco de concreto desprendeu-se do teto, bloqueando a saída. Todos os que ainda estavam dentro do prédio acabaram morrendo atingidos pelos destroços.

– Não! – Berrou Sam desesperada.

Sam olhou com tristeza para o prédio destruído e um nó formou-se em sua garganta. Ela se esforçou para não chorar na presença de Freddie, mas algumas lágrimas insistiram em cair. Um misto de raiva e tristeza se espalhou pela garota, que começou a socar violentamente os destroços espalhados pelo chão. Já Freddie, caiu de joelhos no chão sussurrando entre lágrimas:

– Mãe... Carly... Spencer...

Os dois continuaram desolados por um tempo incontável. Tinham descoberto, enfim, a incomensurável dor da morte. A pior de todas as dores. Em um certo momento, Freddie levantou-se do chão, ainda em lágrimas e abraçou Sam apoiando sua cabeça em seu ombro. Ela, surpresa com o contato do moreno, apenas correspondeu ao abraço.

– Obrigado por me salvar. Se não fosse por você, eu estaria coberto de escombros agora. Não sei como posso agradecer – Ele sussurrou no ouvido de Sam.

Ela encarou-o por um instante e enxugando algumas das lágrimas que percorriam seu rosto, disse:

– Apenas não agradeça.

Sam e Freddie continuaram mantendo contato visual e trocas de carícias por algum tempo, até Sam avistar uma cena catastrófica.

– Meu Deus, o que é aquilo?! – Sam disse boquiaberta apontando para a rua. Seu corpo paralisou instantaneamente. Nunca, em toda a sua vida, ela tinha visto algo parecido.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam? Querem me matar por causa das mortes? Gostaram? Odiaram? Estão ansiosos? O que vocês acham que Sam viu? Não deixem de comentar!