Princess escrita por Milady Malfoy


Capítulo 1
Lies




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545614/chapter/1

Oito de Novembro de 1820

Eu corria como nunca. Corria na direção do vento. A paisagem não poderia ter sido mais bela, um campo cheio das mais variadas flores, de simples margaridas até as mais magníficas orquídeas. Corria como se fosse um pássaro, pronta para levantar voo a qualquer hora. Livre para fazer o que quiser. Naquela época, com apenas sete anos, a ideia de ser um pequeno pássaro era magnífica por causa da liberdade, coisa que eu nunca tive em minha vida.

– Rosalie! – lembro-me de ter ouvido minha mãe me chamando ao longe. Virei-me para lhe pedir para ficar só mais um pouco fora do castelo quando vi que tínhamos companhia. Uma mulher com um vestido rodado, tão belo quanto o de minha mãe, e um garoto, provavelmente da minha idade. Ajeitei meu vestido azul e recoloquei o meu laço da mesma cor, que tinha tirado para correr pelo campo. Fui caminhando de volta para a entrada do jardim com a leveza de uma dama, de uma princesa. Afinal era isso que eu era. A única filha do Rei Christopher e da Rainha Adele. A querida princesa do reino da Itália. Se a vida de princesa era difícil? Claro, porém a minha mãe tentava amenizar todas as obrigações para mim, porém tudo aquilo que me aguardava, nem ela poderia impedir.

– Rosalie, querida, você se lembra da Rainha Alexandra, da França, e do filho dela, Príncipe Maxxuel? – minha mãe perguntou-me, indicando nossos convidados. A Rainha Alexandra é uma mulher muito bonita, alta com cabelos negros e lindos olhos azuis. O garoto, também não pode ser considerado feio. Cabelos negros, alto e lindos olhos verdes amarelados como os de um gato, que supus serem os olhos do pai dele. Lembro-me de ter cumprimentado eles fazendo uma reverência, como minha mãe me ensinou umas semanas antes.

– Receio que não me recorde da Vossa Majestade. – respondi com a linguagem de uma dama. Odiava falar assim. Minha mãe como se lesse meus pensamentos, comentou.

– Não precisa falar tão polidamente Rose – ela usou o meu apelido na frente dos dois o que me apavorou só um pouquinho. – Alexandra e eu somos amigas de infância, e odiávamos as regras tanto quanto você. Pode ser você mesma na frente deles. São todos amigos muito preciosos, querida. – ela me deu um beijo na cabeça e saiu com a Rainha Alexandra para conversar em algum outro lugar, me deixando sozinha com o Príncipe Maxxuel.

– É um prazer conhece-la Princesa. – ele me cumprimentou formalmente. Lembro-me de ter pensado que, se a Rainha Alexandra odiava as regras, o filho dela deveria odiar também. Também me lembro de ter lançado um enorme sorriso para Maxxuel.

– Ora vamos Max, sem essas formalidades, venha vamos nos divertir. – assim que minha frase foi terminada o peguei pelo braço e saí correndo arrastando ele junto. No início ele hesitou, mas depois me deixou arrastá-lo por aquele imenso campo.

E foi aí que a nossa amizade começou.

_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____

Sete de Junho de 1823

Estava extremamente nervosa. Era o dia do meu aniversário de dez anos e, obviamente, vários reis e rainhas de muitos países foram convidados, mas eu só me importava com uma pessoa. Quando minha mãe me apresentou Max há três anos, jamais pensei que nós pudéssemos ser tão amigos. Na última semana de cada mês nós nos encontrávamos. Ou eu ia para a França, ou ele vinha para a Itália, claro sempre acompanhado de algum tutor. Ouço alguém bater na porta de meu quarto e logo em seguida ouço o rangido costumeiro de quando ela se abre. Quando a minha mãe entrou eu não consegui segurar o suspiro. Ela estava maravilhosa. Estava usando um vestido sem alças longo, azul marinho com detalhes prateados no busto. O sapato de salto preto estava quase sendo coberto pelo vestido. Seu brinco de penas azuis combinava com a sua maquiagem, uma mistura de azul claro com um azul mais escuro e um batom vermelho. Ela usava também o inseparável anel de noivado que meu pai lhe dera quando a pediu em casamento, ele era prateado com uma linda safira no meio, sendo circundada por pequenos diamantes. O seu cabelo, ruivo como o meu, estava preso em um coque elaborado. E, repousada com uma elegância invejável em sua cabeça, estava a coroa.

– Oh minha querida! – ela exclamou quando me viu. – Você está maravilhosa! Dê uma voltinha para mim, porfavor. – dei uma volta como ela pediu. Eu não estava tão bonita assim, nem chegava aos pés de minha mãe. Meu cabelo ruivo e longo estava preso em uma trança meio desajeitada que eu mesma fiz. Como minha mãe não me deixa usar maquiagem, eu só passei um gloss rosa. Meu vestido era para ser curto, mas como sou baixinha ele bate um pouco abaixo dos joelhos em mim. Ele era de um tom de verde clarinho que realçava a cor dos meus cabelos. Como também sou muito nova para usar saltos, coloquei uma sapatilha prateada que combinava perfeitamente com o anel prateado com um coração de rubis que estava usando. Os meus brincos eram pequenas flores negras, que combinavam com a minha pulseira de flores feitas com diamantes. – Eu estou com o seu presente querida. – minha mãe se agachou na minha frente e colocou algo em minha cabeça. Quando me olhei no espelho que tinha em meu quarto, vi que ela tinha colocado uma tiara em minha cabeça, com pequenas pérolas dependuradas na mesma. – Eu a ganhei da minha mãe quando fiz dez anos, e ela ganhou da mãe dela, que ganhou da mãe dela, e por aí vai. Essa tiara está na nossa família há gerações, e agora ela é sua. - me emocionei e abracei a minha mãe o mais forte que consegui.

– Muito obrigada mãe, eu nem sei o que dizer. –eu falei. Mas uma coisa ainda me incomodava. – Mãe, tem muita gente lá no salão? – ela olhou para mim e entendeu o que eu realmente queria saber.

– O Max já está lá. Ele estava querendo vir aqui, mas pedi para ele esperar um pouco. – eu já ia reclamar que queria falar com ele agora, mas minha mãe foi mais rápida. – Querida, pensa comigo. Você vai lá, cumprimenta todos e depois você pode passar todo o resto da sua festa com o Max. Tudo bem? – concordei com ela. – Vamos querida? – respirei fundo.

– Vamos. – saímos do meu quarto e nos dirigimos até a grande porta de carvalho do salão onde meu pai nos esperava. Ele estava impecável. Os cabelos loiros arrumados sem um defeito, o terno branco impecável com detalhes em azul, para combinar com o vestido da minha mãe. A coroa reluzia em sua cabeça, dando destaque aos seus olhos dourados. Ele olhou para nós e deu um grande sorriso.

– Aí estão as mulheres da minha vida. Vocês estão maravilhosas! – ele exclamou sorridente, e em seguida deu um selinho na minha mãe. Mesmo o casamento deles sendo arranjado, eles acabaram se apaixonando com o tempo. Acho a história deles maravilhosa, e sempre quis que acontecesse isso comigo. – Filha, você está deslumbrante. Pronta para ir? – assenti nervosa demais para falar. As portas se abriram e ouvi alguém, não me recordo quem, anunciar a família real da Itália com a aniversariante. Vi uma multidão lá, para me desejar os parabéns, e enquanto descia a escada que dava acesso ao salão só conseguia procurar os olhos de gato do meu melhor amigo, e quando os encontrei me senti mais corajosa. Ele sorriu para mim e senti como se nada mais importasse. Sorri de volta e terminei de descer as escadas. Assim que cheguei ao final da escadaria, os reis, rainhas e príncipes ali presentes fizeram um fila para me cumprimentar, e perdi Max de vista. Eu e meus pais cumprimentamos a realeza da Espanha, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Bélgica... e muitas outras que não me lembro. Os últimos foram o Rei Magnus e a Rainha Alexandra com Max.

– Max! – exclamei e animadamente dei um abraço no meu melhor amigo. Ele retribuiu o abraço calorosamente.

– Feliz Aniversário Rose! – o Rei desejou. – Espero que goste do presente. – ele me entregou um pequeno um pequeno pacotinho vermelho, e lá continha um broche com uma rosa de rubi.

– Muito obrigada Vossa Majestade, é lindo! – agradeci e coloquei o presente no meu vestido.

– Com licença, se vocês não se importam vou retirar a minha rainha para dançar. – meu pai falou. Ele fez um sinal para a orquestra e eles começaram a tocar uma valsa suave. Logo, meus pais já tinham incentivado todos os adultos do salão a dançar também, e sem ninguém perceber, Max e eu nos esgueiramos até o jardim. Ah, o jardim. Era o meu lugar preferido em todo o castelo. Não só porque conheci Max ali, mas também porque era o único lugar no castelo que me fazia sentir que eu tinha uma vida normal. Eu e Max deitamos no campo, lado a lado, observando as estrela.

– Eu tenho um presente para você. – Max falou subitamente.

– E o que é? – perguntei curiosa. Ele tirou um pacotinho prateado do bolso e me entregou. Quando abri não consegui conter a surpresa. Era um colar, e o seu pingente era um floco de neve, com pequenos diamantes e pequenas safiras o enfeitando.

– Eu sabia que a sua estação favorita é o inverno, porque você ama a neve, e quando eu vi esse colar lá em uma loja na França achei que combinava com você, então pedi para minha mãe comprar para dar-lhe de presente. – ele falou gesticulando muito como se estivesse nervoso, mas eu estava boquiaberta demais para responder. – Você não gostou? – ele falou quase a beira do desespero, então eu recobrei a consciência.

– Eu amei. – dei um beijo na bochecha dele, e ambos ficamos muito vermelhos. – Coloca em mim? – pedi. Ele assentiu ainda constrangido por causa do beijo. Ele pegou o colar que estava em minha mão, e fez um sinal para eu afastar a minha trança. Fiz o que ele pediu, e em seguida o senti deslizando o colar para o meu pescoço e senti uma sensação de formigamento onde seus dedos tocavam. Franzi o cenho. Estaria doente? Afastei os pensamentos, deveria ser outra coisa. Ele foi fechar o colar e suas mãos demoraram um pouco mais em minha nuca. Quando nós nos afastamos senti um friozinho onde suas mãos antes estavam. Talvez eu estivesse doente. Depois pensaria nisso. Só deitei de novo e aproveitei a companhia de Max, já que ele teria que ir embora amanhã.

– Rose? – ele quebrou o silêncio mais uma vez, mas na hora nem me importei, só queria saber o que ele tinha a dizer.

– O que foi Max? – respondi com uma curiosidade que sempre me foi característica.

– Eu gosto muito de você. – eu não sabia o porquê, mas aquelas palavras me fizeram sorrir. Um sorriso tão grande, que eu tinha minhas duvidas de como ele cabia em meu rosto.

– Eu também gosto de você Max. – respondi. – Muito.

_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____*_____

Quatorze de Setembro de 1829

Eu corria pelos corredores do castelo. Tinha um sorriso gigante no rosto. Aparentemente, Max e sua família tinham vindo mais cedo me visitar. Não aguentava mais a saudade que tinha dele. Vi ele e seus pais entrando no castelo, com vários serviçais os ajudando a carregar várias malas. Quando ele me viu correndo em sua direção, sorriu e abriu os braços. Nem hesitei e me lancei de encontro ao seu peitoral tão familiar. Sorri. Ele tinha ganhado mais músculos desde a última vez que esteve aqui. Quando nos separamos, automaticamente minha mão foi até o colar que ganhei de aniversário dele há seis anos.

– Ainda o uso. – falei. Era uma brincadeira que inventamos. Sempre que nos encontramos eu falo que ainda uso o colar, para provar para Max que nunca me esqueço dele. Ele sorriu.

– Que bom. – ele respondeu. – Estava com saudades.

– Nos vimos há duas semanas. – brinquei, porém logo fiquei mais séria. – Também estava com saudades Max. – o abracei de novo, só para sentir o cheiro de alfazema que ele exalava. Senti um pigarro, e me separei de Max, a contragosto. Quando me virei vi o Rei Magnus meio encabulado com a cena que tinha acabado de presenciar e a Rainha Alexandra sorrindo.

– Olá querida. – me cumprimentou a Rainha. Sorri para ela. A Rainha era uma grande amiga. Quando ela vinha com Max me visitar, gostava de conversar com ela por um tempo. Ela é uma mulher muito sábia, seus conselhos já me ajudaram muito.

– Olá Rainha Alexandra, Rei Magnus. É um prazer recebe-los. A que devemos a honra da sua visita? – perguntei. Normalmente quando os pais de Max vinham para a Itália com ele era para tratar de negócios com meus pais. Lembro-me de Rei Magnus ter sorrido misteriosamente quando fiz aquela pergunta.

– Não se preocupe Rose. – meu pai falou chegando com minha mãe para cumprimentar os convidados. – São ótimas notícias, que serão anunciadas no jantar, assim que Magnus, Alexandra e Maxxuel se acomodarem em seus respectivos quartos. Porfavor me sigam que vou lhes mostrar onde vão ficar durante sua estadia. – meu pai fez um sinal para que eles os seguissem e foi isso que eles fizeram, mas antes Max me mandou uma piscadinha, que eu retribuo com um sorriso. Eles acabam deixando-me sozinha com a minha mãe, e ambas nos dirigimos até o jardim para esperar o jantar ser anunciado.

– Sabe querida, - começou a minha mãe, quando já tínhamos chegado ao jardim. – eu sempre tentei proteger você dessa vida de princesa, porque a minha mãe nunca fez isso. E eu sofria. Sofria muito, e desejava muito ser normal, apenas uma camponesa, poder casar com quem quiser. – ela fez uma pausa e olhou para o horizonte. – Então anunciaram que eu ia me casar com o seu pai. Eu fiquei aterrorizada. Como eu poderia conviver o resto da minha vida com alguém que eu nunca tinha conhecido? Então, quando eu tinha dezenove anos, e faltavam dois anos para o meu casamento, eu o conheci. No início, o odiei com todas as minhas forças. Ele era egoísta, arrogante e só se importava com o dinheiro e com o título de rei. Depois do nosso primeiro encontro, que foi desastroso já que ele era tudo o que eu odiava, eu vim para este mesmo jardim, e chorei. E seu pai veio me consolar. E eu enxerguei dois lados dele naquela noite. O lado que eu odiei, e o lado que eu amei. E então eu prometi para mim mesma que iria fazer um esforço, e amar aquele homem por completo. E eu consegui. Eu fiz de seu pai um homem melhor. E eu amo ele por isso. Mas às vezes eu me pergunto o que teria acontecido se a minha mãe tivesse me apresentado ele quando eu ainda era uma criança, se nós teríamos sido amigos, e se eu teria me apaixonado por ele antes e se teria sofrido menos.

– Eu não estou entendendo o que você quer dizer mãe. – e eu realmente não entendia. A história era linda, mas não entendia onde eu entrava nela. Quando minha mãe ia falar, Max entrou no jardim para anunciar que o jantar estava pronto. Minha mãe suspirou.

– Você vai entender agora querida. – ela me falou enquanto nos dirigíamos até a sala de jantar. Sentei-me á esquerda de meu pai e á direita de Max. Meu pai, que estava sentado na cabeceira da mesa, levantou para dizer algumas palavras.

– Convidei o Rei e a Rainha da França para passar uma temporada aqui conosco porque temos uma grande notícia para dar a vocês Maxxuel e Rosalie. – ele fez uma pausa. – Para reforçar as alianças entre a França e a Itália, decidimos que o melhor seria dar a mão de Rosalie em casamento para Maxxuel. – paralisei. Ele estaria mesmo dizendo o que eu pensava? Eu teria que casar com Max? Sem nem pensar, corri. Enquanto corria, percebi o porquê de a minha mãe ter me contado a sua história. Ela fez comigo o que ela queria que a mãe dela tivesse feito. Ela me apresentou Max quando eu ainda era criança, ela me apresentou ele para nós nos tornarmos amigos para que nossa convivência quando casados não fosse estranha. Inconscientemente acabei chegando no jardim. Encolhi-me embaixo de uma macieira que tinha ali, e chorei. Porém, chorei de alegria. Iria casar com Max! Era tudo o que eu queria. Casar com o homem que amo. Sim, amo Max com toda a minha alma. Amo ele como nunca amei ninguém.

– Rose? – alguém me chamou. Virei-me e dei de cara com Max, que também estava chorando. Vê-lo chorando me quebrou. E sem pensar, abracei-o o mais forte que consegui.

– Está tudo bem Max, está tudo bem... – tentei tranquilizar ele, mas se não conseguia acalmar nem a mim mesma, como ele se acalmaria?

– Não está nada bem! – ele se soltou do meu abraço e começou a andar de um lado para o outro, ainda chorando. – O que eu vou fazer? Como vou contar para James?

– James? – James era um serviçal lá do palácio dele. Ele era muito legal comigo, e brinquei com ele algumas vezes. – O que James tem haver com o fato de que nós estamos sendo obrigados a nos casar? – eu não estava realmente triste pelo casamento, estava muito feliz, mas não iria demonstrar até Max se acalmar. Max ficou todo vermelho, talvez pelo fato de ter deixado escapar algo que não devia.

– É que, eu sei que devia ter te contado antes, mas, por favor, não fique irritada. – ele pediu antes de respirar fundo. – James e eu estamos apaixonados. – e então meu mundo ruiu. Eu me desequilibrei um pouco com a notícia e tive que me apoiar na macieira para continuar de pé. Não me importava o fato de que Max gostava de homens, cada um podia gostar de quem quisesse, independentemente do sexo, mas me importava o fato de que... Max jamais seria meu. Max jamais me amaria como eu o amo. Mas se ele estava feliz, eu também estaria.

– Certo. – me recuperei do choque que a notícia me causou. – Certo. – repeti. – Há quanto tempo? – perguntei. Ele coçou a nuca, meio aliviado por eu não o recriminar quanto a ele gostar de homens.

– Três anos. – ele respondeu sem graça.

– Certo. – falei. – Ele te faz feliz? – perguntei já com uma ideia em minha cabeça. Uma ideia que me faria sofrer, mas o faria feliz. Vi os olhos de Max brilharem como nunca.

– Mais do que eu jamais imaginei ser. – ele respondeu confiante. Respirei fundo.

– Bom, então acho que vamos ter que arranjar um lugar para James ficar no castelo, vocês podem se encontrar de noite e eu vou dar cobertura a vocês. Só temos que combinar direito o local e...

– Espera. – Max me interrompeu. Eu estava à beira de lágrimas, mas dessa vez não eram de alegria. – Você está sugerindo que, quando casarmos, daqui a cinco anos, James seja meu...

– Amante? - dessa vez quem interrompeu fui eu. – É. Eu estou sugerindo isso. – Max deu o sorriso mais brilhante que ele tinha, e eu soube que se ele estivesse feliz, não importava se eu estaria sofrendo ou não. Ele estaria bem. Max me abraçou e me girou no ar.

– Eu te amo Rose. – ele falou, e como eu desejei que ele me amasse do mesmo jeito que eu o amo. – Você é a minha melhor amiga, minha irmã. – então eu forcei um sorriso e olhei para ele.

– Eu também te amo Max. Você é como um irmão para mim. – e essa foi a maior mentira que eu já contei.

Porque é isso que princesas são.

Uma mentira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Princess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.