Estávamos dentro do carro indo em direção ao Palace Hotel, eu e Pam estávamos no mesmo carro, enquanto Megan e Dorothy estavam em outro, e outro carro carregava nossas malas e alguns seguranças, assim que o Palace entrou em meu campo de visão, várias pessoas entraram junto com ele, algumas eram jornalistas e outros fãs, alguns meus e outros da Pam, segurando cartazes e gritando nossos nomes, descemos do carro sendo acompanhados por gritos de fãs e de jornalistas já fazendo perguntas, estava uma confusão, mais os seguranças estavam nos protegendo, fazendo tipo uma fileira para que nós conseguisse passar em meio a tanta gente, subimos nos degraus das escadas da entrada do Palace, acenemos para todos, e entramos pra pelo menos conseguir respirar, 20 minutos depois descemos para atender alguns dos fãs que continuavam a gritar os nossos nomes, não sei como eles conseguiam gritar por todo tempo, e alguns jornalistas também.

Assim que chegamos lá embaixo todo mundo queria chegar perto da gente, atende alguns fãs e depois Pam foi dá uma entrevista pra um dos jornalistas e eu pra outro.

_ Jonas como você se sente de volta ao Rio de Janeiro ? sua cidade natal - um dos jornalistas perguntou.

_ Eu vim pela Lagoa, e não lembrava de como aqui é lindo- eu responde.

_ JONAS, MEU FILHO .

NÃO, eu não ouve aquela voz, eu to delirando, por favor Jesus.

Olhei pra trás pra mim deparar com dona Gláucia Beatriz Pacheco Marra, de braços abertos, com um sorrisinho falso nos lábios.

_ Não vai abraçar sua mãe, Jonas ? - a mesma diz.

Um dia depois.

Estou em São Paulo, vim fazer uma palestra num encontro de tecnologia, e vou te falar to adorando, é bom ser o centro das atenções, ter todo mundo querendo ao menos um aperto de mão teu, um sorriso, um abraço, enfim brasileiros tão calorosos, e assim que eu gosto mesmo, estava na minha sala mim preparando pra fazer minha palestra, enquanto pensava sobre isso.

Verônica Monteiro.

EU SOU LOUCA.

Como é que eu vou aceitar fazer uma coisa dessas ? pelo amor de Deus, eu não entendo nada, absolutamente nada de tecnologia e de repente to eu aqui numa feira de tecnologia, mim preparando pra entrevistar ninguém mais, ninguém menos que JONAS MARRA, o guru da tecnologia, o Mago da tecnologia, graças a Deus eu tenho o Vicente pra mim ajudar, mais não sei se isso dele ficar soprando as perguntas pra mim pelo fone de ouvido vai dar certo, não duvide nada que eu comece a falar com ele normalmente no meio da entrevista, ai o cara vai mim achar totalmente louca, e os outros jornalistas vão falar pra Débora, e ai ela vai mim demitir, e eu vou ter que voltar a ser de novo a garota do Barata, pra poder pagar minhas contas, e voltar de novo a ser a garota do Barata ....

NÃO.

Definitivamente isso não é uma opção, essa entrevista tem que da certo, com esses pensamentos saio andando pela aquele espaço, quase correndo e não percebo quando alguém vem em minha direção, só sei que esbarrei na pessoa e quando eu ia caindo a pessoa segurou meu braço e mim puxou pra cima, e eu fiquei a centímetros de distância de lábios rosados, presos numa linha fina.