Completamente Seu escrita por Gaby Uchiha


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, sou nova no site, esta é a primeira fanfic que eu escrevo, sinceramente eu não sei se escrevo bem, acho que isso é uma pergunta que deve ser feita para os leitores e não para o escritor. Espero que gostem da história e comentem depois. É uma história feita sobre um casal que eu tenho muito carinho e espero que os fãs ou haters deles também gostem.



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Lá estava eu, olhando para o mar azul brilhante além da porta da varanda do quarto. As cortinas brancas voavam ao ritmo que o vento atravessava o cômodo e acariciavam meu rosto.

Como eu havia parado ali, eu não sabia. Não me lembrava que havia acordado aquela manhã e ido para uma casa ou pousada a beira mar. Aliás, ali era uma casa ou uma pousada?

Todos estes questionamentos ficaram sem sentido e sumiram da minha mente assim que uma pequena mão macia e feminina acariciou minha nuca, arrepiando-me completamente onde quer que ela me tocasse.

Virei-me completamente, a procura da pessoa que me tocou e ao virar-me dei de cara com Haruno Sakura.

Como eu e ela havíamos parado ali naquele lugar? Por que estávamos ali? Minha cabeça começou a dar voltas com perguntas sem respostas até que o toque dela me despertou novamente para a realidade.

Por seu corpo feminina e delicado ser menor que o meu, o seu esforço de pôr seus braços ao redor de meu pescoço e suas mãos acariciarem delicadamente minha nuca forçou-nos a nos aproximarmos mais do que já havíamos nos aproximado em toda nossa vida.

Não pude evitar ficar paralisado observando-a atentamente, os seus olhos esmeraldinos expressavam compaixão, seu meio sorriso era uma incógnita.

Sakura tinha atualmente 21 anos e nunca estivera tão bonita como agora. Seus traços femininos acentuaram-se surpreendentemente nos últimos tempos, de forma que nenhum homem ou mulher no mundo ninja poderia negar que ela havia se tornado uma linda mulher cobiçada por muitos, até eu, Uchiha Sasuke, não poderia negar tal blasfêmia, mesmo que nunca tenha expressado esse pensamento em voz alta, e claro nunca iria declarar isso, pois eu simplesmente era Uchiha Sasuke, um homem que nunca expressa suas emoções em público. Bom... nem tanto, pois quando assunto era uma certa rosada, minhas certezas não pareciam certezas.

– Onde estamos? – indaguei sem alterar minha voz com minha típica cara de não me importo com o que está acontecendo, mesmo que neste exato momento esteja sendo um pouco difícil manter a compostura pois meu corpo me trai com o enrijecer dos pelos onde seus dedos tocam.

– Quem se importa? – respondeu-me com sua voz plumada e completamente sexy em minha opinião.

Suas mãos percorreram maciamente minha pele desde a nuca até meu peitoral, onde parou e lá ficou. Minha pele sob minha camisa branca de botão esquentou instantaneamente.

Sakura esboçou um pequeno sorriso de satisfação como se houvesse percebido a alteração de meu corpo em reação ao seu toque. Aliás, aos olhos de uma ninja médica nenhuma alteração corporal passa despercebida, ainda mais quando esta mesma ninja médica é considerada simplesmente a melhor médica do mundo ninja, só empatada (segundo terceiros) com sua mestra Tsunade, mas em minha opinião Sakura já superou sua mestra a tempos.

– Com medo Sasuke-kun? – seu sorriso ficou muito mais provocativo. Deu um pequeno passo me contornando pela esquerda, segui seu movimento, intrigado com a nossa situação. Só após de um tempo percebi meu erro. Tsc, Sasuke como você não viu isso aí?, reprendi a mim mesmo. Sakura, com sua força sobre humana empurrou-me para trás, caí sobre uma superfície fofa completamente desarmado e derrotado pela garota. Só então notei que tinha caído em uma cama de casal de lençóis brancos. Tsc, de onde saiu essa cama? Como eu não vi isso aí? – Não precisa se preocupar, eu não vou fazer mal algum ao Sasuke-kun.

Disse a última frase enquanto subia na cama e engatinhava sobre mim até seu rosto ficar sobre o meu e ela dizer a última palavra de forma avassaladoramente melosa.

Seu kimono vermelho vivo, seu cabelo cor de rosa e seus olhos esmeraldinos eram as únicas cores que contrastavam com o ambiente branco e iluminado que nos encontrávamos.

Muitas mulheres já haviam se insinuado para mim, só que sempre as rejeitei saindo de cena ou dizendo alguma grosseria. Nunca me importei se as machucava ou não, só queria distância delas. O problema é que com Haruno Sakura eu não conseguia agir assim. Desde a primeira vez que a vi em Konohagakure eu simplesmente senti uma atração imediata pela garota, achei-a bonita de uma beleza exótica, mas ao mesmo tempo graciosa.

Tínhamos 7 anos e quando voltava para casa dos meus pais depois de uma manhã de solitários treinos acabei por coincidência passando por uma clareira na qual a garota de cabelos róseas colhia flores de uma pequena árvore no centro. Ela não percebeu minha presença, então pude me esconder atrás da árvore e ficar por um longo tempo observando ela trabalhar em seu buquê.

Com o decorrer do tempo descobrir que ela era como eu, não tinha amigos verdadeiros, era motivo de chacota pelos outros garotos por ter uma testa grande (o que eu acho uma grande mentira) e mais tarde que ela havia se interessado por mim, nunca fiquei tão vermelho em toda a minha vida do que no dia que descobri este fato.

Mas a vida é uma caixinha de surpresas e ela me reservou a pior delas. Perdi tudo, perdi minha família, a vontade de viver, desisti do amor, desisti de Sakura porque não queria voltar a sofrer. Isolei-me em meu casulo particular, mas apesar de tudo eu não conseguia evitar observá-la a distância quando ninguém estava vendo. Vi-a crescer, amadurecer, ter amigos e ser feliz.

Ao mesmo tempo que eu a queria, eu a odiava e a invejava...

Não sabia denominar o que sentia por ela, até que um dia expressei em uma simples palavra tudo, era simplesmente a palavra perfeita para os meus sentimentos.

Irritante...

Ela era simplesmente a pessoa mais irritante que existia na face da Terra, ela era capaz de me fazer querer pular na frente dela e entregar minha vida em troca da dela, fazia-me querer ser alguém bom, devido a isso eu neguei o poder do selo amaldiçoado para que ela não ficasse com medo de mim e chorasse novamente e mais do que tudo ela era a única pessoa capaz de me tirar do sério com as palavras.

Irritante, simplesmente irritante...

Nossas vidas mudaram, eu virei um nukenin procurado e odiado e ela a kunoiche mais poderosa e incrível que eu conhecia, discípula da Godaime Hokage e herdeira do poder dos Sanin Lendários.

Tsc, Sasuke. Como você conseguiu se controlar tanto?

No dia que nos reencontramos naquele esconderijo de Orochimaru eu simplesmente não acreditei no que via. Sakura ali na minha frente com seus 15/16 anos prestes a esmurrar aquele Sai (aliás odeio a ideia dele sendo meu substituto, simplesmente Uchiha Sasuke não pode ser substituído), eu não consegui controlar minhas ações, eu simplesmente não conseguia e não queria ser ignorado por ela, minha voz saiu sem minha permissão e eu pude balbuciar seu nome pela primeira vez em voz alta depois de muito tempo.

Aturdida de início, ela procurou a fonte da voz dos lados, depois de uma rápida procura, nossos olhos se encontraram pela primeira vez em anos. Seus olhos verdes me aprisionaram, mas eu pude ver neles que ela ainda me amava, que eu ainda tinha uma pessoa no mundo capaz de me amar verdadeiramente sem nenhum interesse. Todas as vezes que eu a reencontrava, não me continha, eu tinha que olhar no fundo dos seus olhos e balbuciar seu nome, para ter certeza que era ela mesma que estava na minha frente e que ela estava sã e salva.

Incrível, nenhum de nossos amigos ou ela ou mesmo Naruto, terem notado como eu tinha uma atenção especial e particular quando o assunto era Haruno Sakura.

Agora ela estava de quatro em cima de mim e eu completamente hipnotizado por seu olhar cheio de luxúria. Afinal desde quando Sakura tinha um olhar de luxúria? Ela era a doce e gentil Haruno Sakura, não a esquentadinha Haruno Sakura.

Seu dedo indicador direito começou a percorrer minha pele do pescoço até meu abdômen entre as junções dos botões, quando ela encostava em um botão facilmente arrebentava o fio sem tirar a mão da minha pele ou seus olhos dos meus, seu dedo abriu toda a minha camisa, indo tão embaixo quanto eu gostaria. Por um momento, pensei que ela abriria minha calça também, só que o jogo dela só estava começando, e a provocação e a expectativa são a alma do negócio quando se trata da sedução.

Com um leve puxão ela arrancou minha camisa do meu corpo, um pequeno sorriso provocativo esboçou em seu rosto.

Eu não sabia por quanto tempo mais aguentaria aquela provocação, decidi fazer o que eu melhor fazia, rejeitar e sair de cena. Movi minhas mãos na tentativa vão de me levantar, mas Sakura como uma kunoiche habilidosa como era, interceptou meu movimento segurando meus pulsos acima da minha cabeça com sua força sobre humana, impedindo-me de consegui qualquer maneira de escapar.

– Já quer fugir, Sasuke-kun? – disse com um tom de falsamente ofendida, mas logo substituiu sua cara de triste por um sorriso provocador – Eu acho que você não quer.

A afirmação de Sakura me atingiu como uma espada perfurando o meu peito, ela tinha razão, eu não queria fugir, eu queria ficar ali e senti todas as sensações que Sakura poderia me proporcionar. E a cada beijo que ela traçava do meu abdômen até o pescoço eu tinha mais certeza disso. Eu simplesmente não era mais eu quando estava com ela.

A Haruno simplesmente me fazia sentir ser outra pessoa, quando estava com ela eu não era mais Uchiha Sasuke, o maior vingador do clã e o mais odiado homem das nações e ela não era mais Haruno Sakura, a incrível e admirada ninja médica do mundo ninja. Naquele momento não erámos como a luz e as trevas, o bem e o mal, o doce e o amargo que erámos em outros momentos, erámos apenas Sasuke e Sakura, duas simples pessoas, sem um clã, uma vila ou uma vida, sem um passado ou um futuro. Naquele momento só erámos o presente e então porque não viver este momento que ela queria me proporcionar?

Se naquele instante ela era tão minha...

NÃOOOO!

Ela não era minha, EU ERA DELA, completamente dela, completamente seu...

Ino, Karin e tantas outras fangirls eram por mais que eu não quisesse, minhas. Mas Sakura não era como elas, ela era diferente, ela me tinha. Eu era seu escravo e ela minha senhora, eu era capaz de fazer qualquer coisa por ela, até morrer por ela.

A verdade veio a minha mente como um jarro de água fria, forte e esclarecedor. Eu buscava um mundo sem dor e de felicidade para os outros, mas negava a minha, como tão paradoxo eu poderia ser por um medo infantil de sofrer novamente. E o meu típico sorriso de canto que só Sakura sabia retirar de mim apareceu em meu rosto, o mesmo sorriso que eu dei pra ela durante a 4° Grande Guerra Ninja, completamente encantado por ela.

A garota de cabelos róseas me olhou confusa por um segundo, mas logo compreendeu meus pensamentos e um largo sorriso aprovador surgiu em seu rosto, ela compreendeu que eu iria entrar em seu jogo.

Com um golpe rápido eu troquei nossos corpos de lugar, agora era eu que estava por cima, sem pensar em mais nada decidi satisfazer todas as minhas vontades e desejos, mas principalmente satisfazê-la.

Beijei-a calorosamente, um beijo que eu reprimia e desejava durante toda minha vida. Ela me correspondeu na mesma intensidade, nossas bocas, lábios e línguas pareciam ser feitas para o outro.

Sem pestanejar, com a minha mão direita dobrei um pouco a perna esquerda de Sakura, o suficiente para ser descoberto pelo kimono e eu poder deslizar minha mão pela superfície macia de sua perna, desde seu calcanhar até o topo de sua coxa onde a apertei um pouco forte o suficiente para ficar um hematoma (um homem precisa deixar sua marca).

Desgrudei nossas bocas para que eu pudesse provar seu pescoço. Quando chupei a região abaixo de sua orelha esquerda, seu corpo estremeceu e arqueou em minha direção como uma resposta de prazer.

Ela balbuciava meu nome com o sufixo –kun repetidas vezes, eu adorava ouvir aquilo e não queria decepcioná-la em nada. Porém a voz dela começou a ficar abafada e distante, um tom estranho para quem estava ao meu lado. Escutei um último Sasuke-kun antes de tudo escurecer.

Abri os olhos, minha visão demorou para se acostumar com a escuridão do local.

– Sasuke-kun? – ouvi Sakura dizer ao meu lado.

– Sakura? – indaguei focalizando minha visão em uma Sakura completamente diferente da anterior, ela estava com a roupa ninja tradicional, sua blusa vermelha, o short ciclista curto demais para o meu gosto (se for para eu olhar tudo bem, o problema é quando os outros homens a olhavam), cinto feminino para o equipamento ninja, cotoveleiras e joelheiras rosas, sandálias de cano curto e a bandana de konoha. Ela estava completamente encharcada e tremendo, hematomas, arranhões e sujeira estavam em sua pele.

– Sasuke-kun – disse aliviada enquanto jogava seus braços em torno de mim.

– O que aconteceu?

– Você não se lembra?

Neguei com a cabeça. Sakura suspirou e começou a contar o que havia acontecido, disse que havíamos ido a uma missão juntamente com Kakashi e Naruto no País da Terra, no meio do caminho lutamos com vários ninjas com jutsus do elemento terra e um desses justus fez com que eu e Sakura caíssemos em uma enorme cratera que foi tampada logo em seguida. Eu bati a cabeça enquanto caía perdendo a consciência (essa parte foi humilhante), a sorte é que ambos caímos no lago em uma gruta, onde estamos presos agora. Sakura me carregou e cuidou de meus ferimentos enquanto estive desacordado, não procurou uma saída mas diz ter visto uma passagem que ainda não verificou para onde vai.

Enquanto Sakura contava a história eu me lembrei do meu sonho, infelizmente havia sido um sonho, pior, foi uma fantasia. Só me faltava essa, já me acho estranho, agora sou mais estranho ainda porque tenho fantasias eróticas com minha companheira de time. Tsc, eu sabia que não deveria ter lido aqueles livros que Kakashi havia me dado no meu último aniversário.

Ativei o sharigan e analisei a distância a passagem que Sakura havia dito, era uma passagem que nos levava a um labirinto. Esbocei um pequeno sorriso ao pensar que era melhor nós dois ficarmos ali presos juntos, no escuro, até que eu me recuperasse completamente do machucado na cabeça.

Olhei para Sakura sentada ao meu lado, ela não era nada parecida com a Sakura das minhas fantasias. Ela não tinha o olhar e sorriso sedutores, nem a roupa luxuosa e pele macia, a original porém tinha um olhar de compaixão, as marcas recentes em sua pele mostravam que era guerreira e seu sorriso por mais que ela não estivesse mostrando agora era o sorriso mais lindo e encantador do mundo, o sorriso que eu sempre buscava ganhar e observar. E sinceramente eu prefiro a original.

Sakura deve ter visto meu pequeno sorriso, porque começou a indagar que eu não deveria estar feliz por estar em uma situação como aquela. E do jeito tagarela que ela é, seu discurso demoraria mais algumas horas. Puxei para os meus braços, seu rosto ficou ruborizado e ela calou-se com a minha atitude inesperada. Naruto e Kakashi poderiam muito bem resolver pelo menos uma vez na vida uma missão sem mim, porque agora eu estava muito ocupado em uma outra missão. Uma missão particular que intitulei de minha restauração do clã. Meu sorriso de canto aumentou com a ideia, a minha expressão fez surgir em seu rosto o riso que eu tanto amava. Encarei-a profundamente antes de dizer:

– Tsc, Sakura. Como você é irritante!


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Notas finais do capítulo

Se você está lendo isso agora, nossa, muito obrigada por ter lido a história, espero que tenham gostado e que comentem. Elogios e críticas são bem vindos. Obrigada novamente pela atenção!