Lia Madniss
Passaram-se três dias e era o dia em que eu finalmente apresentaria meu último "show",como todos vocês devem saber e adivinhado,a Grifinória ganhou a segunda etapa. Eu fitava o teto do quarto ,não estava no clima de um showzinho para a BeauxBatons e Durmstrang,algo muito ruim me incomodava.
–Hey Madniss,você vai poder fazer a pegadinha com o Ranhoso agora?-Perguntou James quando eu sentei na mesa da Grifinória.
–Ta,ok- Eu disse com impaciência - Vamos acabar logo com isso...
Ele deu de ombros.
–Coloque esses Snap Explosives na mochila dele,ele está lá naquele pinheiro.

Eu chegava no pinheiro,cuidadosamente,não queria ser vista fazendo uma pegadinha contra um dos primeiros garotos que riram quando falei mal dos marotos.Ele se sentava meio recurvado,era estranho como ele se perdia nos livros,eu nunca tive tanta paciência.
Ele nem me notou quando passei rente a sua mochila,estava prestes a colocar os explosivinhos quando algo no arbusto fez um barulho alto.Era Pettigrew,ele caiu e apontou para uma grande abelha negra que voava acima de nossas cabeças,Snape levantou e olhou Pettigrew muito feio,eu continuava a olhar a abelha até perceber que era um pomo negro,muito estranho.

Petty(Pettigrew),veio para o meu lado,onde estava o pomo,eu peguei a varinha e gritei Accio pomo,e ele veio a minha mão,automaticamente,um gancho invisível prendeu-se em meu estômago,agarrei algo que estava do meu lado,o pomo me puxou forte,eu gritei e percebi que Snape e Pettigrew caíam junto comigo.

Bati com tudo em um chão de pedra.
Peter gemeu de dor,assim como eu,Snape se levantou rapidamente,olhando em volta com terror nos olhos.
–Não estamos mais em Hogwarts- Disse ele baixinho.
Eu olhei ao redor,e estava muito escuro,era o jardim mal cuidado de alguma casa,provavelmente abandonada.
–O pomo era uma chave de portal-Eu digo impressionada-Que casa é essa?-Pergunto.
Peter estava com tanto medo que não conseguia falar.
Snape apertou os olhos para ler a placa do lugar em que estávamos.
–Little Hangleton.
–Ah...-Eu estava mais confusa que Petty,se isso pode ser possível.
–Mas p-porque o pomo era uma chave de portal?-Perguntou Pettigrew,quase infartando.
–Se soubesse mos,não estaríamos nos perguntando-Disse Snape severamente.
A vegetação do lugar,era bem pantanosa,o chão rochoso,não era à toa,que tudo parecia abandonado,o lugar fedia muito.
–Ele virá logo ,tenho certeza...-Disse uma voz familiar de dentro do casebre de madeira.
–Você já falhou com a gente ,Rossy -Disse uma outra voz fria de lá de dentro.
–Eu sabotei as garotas um monte de vezes,elas já deviam ter morrido,a mandrágora assassina no começo do ano,usei Império em duas garotinhas veelas que eu encontrei,elas vêm fazendo o papel sujo,no outro dia,era para a poção ter explodido,não tingir eles,foi um erro que não perdoei tão fácil e usei cruciatus,elas gritaram tanto-e ele riu.
Eu fui lentamente para a janela e com todo cuidado olhei para dentro.Todos usavam capas pretas estranhas,com máscaras,comensais.
Pettigrew fez um gemido de "ah não" e Snape estava em choque.Eu ouvia tudo como se fosse a coisa mais importante que pudesse acontecer na minha vida,e talvez fosse.
–Mas por que essas duas garotinhas,são importantes para o Lorde das trevas?-Perguntou um homem reencostado na parede.
–Elas são duas almas antigas,uma tem poderes da tristeza,depressão,e a outra tem astral,é por isso que o Lorde das trevas,as queriam mortas,seria uma grande arma para Dumbledore,mas se não podemos matá-las,teremos que tê-las,esses poderes são tão raros que só foram vistos da última vez em 1706.
–Então é para isso que o Lorde chamou dementadores?
–Pelo que eu entendi,os poderes da moreninha,a alegria,é desenvolvido mais rápido,e devo admitir que é muito grande quando se expressa de algmamaneira,ele quer usá-la,já que é um patrono vivo,os dementadores vão atrasa-la até que podemos prende-la,já a loirinha,a depressão,tem problemas sérios em desenvolvimento com seu poder.Mas os dementadores na loirinha só que presumo que ela queira ajudar sua amiguinha e ficará com ela,foi por isso que eu levei o pomo, fiz uma
magia para funcionar apenas com o toque delas,elas não andam separadas,se bem que...não,o plano dará certo.
–Esse plano o Lorde aprovou,Rossy?-Perguntou novamente a voz gelada.
–Ele disse para eu captura-las de qualquer jeito.
–E se o plano não daer certo?
–Ele morre-Responde a voz do homem ao seu lado,com um tom debochado.
–De que famílias são?São puro sangue?
–Milorde disse que isso só será relevante depois,a família da garotinha loira é Stwart,sangues-puros,a da moreninha é Madniss,é uma mestiça imunda,na minha opinião,o mestre a usará e a jogará fora,ele preferirá a loirinha.
–Uma sangue puro com poderes,isso deve ser muito atraente para o mestre.
Eu me agacho debaixo da janela,um choque me invade,meu cérebro corre a milhão,processando cada palavra dos comensais,uma lágrima corre o canto do meu olho (não sei exatamente o por quê),os garotos olham pra mim como se fosse declarado de que eu tinha uma doença grave e eu iria morrer em poucos segundos.
–O que você é?-perguntou Pettigrew com muito pavor.
–O que faremos?-perguntei,com medo de suas respostas.
–Você-sabe-quem está atrás de você?
–Não é culpa minha...eu...-pensei bem -Quer saber?Querem me entregar para eles?Entreguem então,só que se vocês ousarem dizer uma única vez que eu fui covarde na história,vocês vão ser punidos severamente pela enorme mentira,agora vamos sair daqui,antes que alguém nos veja-E assim,eu corri para trás de uma árvore,Pettigrew e Snape vieram atrás.
–Tá ficando frio não está?-Perguntou Petty.
Eu olhei para o céu,e vi milhares de sombras negras voando no céu,todas parecendo “sorrir” com as criancinhas a sua frente,prontas para ssugarem toda sua felicidade.
Pettigrew caiu no chão,os comensais saíram da cabana,eu paralisei,para mim naquela hora,podia dizer adeus ao mundo.
–Sabe fazer um patrono?-Perguntou Snape,tão aterrorizado que eu me surpreendi por ele conseguir falar.
–P-posso tentar-Eu disse,nunca havia feito um,exige muito de si. Mas os dementadores estavam me fazendo lembrar do dia em que minha avó Kathelyn morreu...mas sabia que tinha que encontrar coisas felizes...depois disso,a gente tomou um sorvete, e assistimos a um show de talentos de uma escola perto,e quando uma banda tocou no telão,uma ruiva,um garoto de cabelo azul,um baterista de cabelo comprido e um baixista emo tocaram,eu decidi que queria fazer música e deixar as pessoas loucas e animadas também,tinha,sete anos,esse dia foi muito bom.
Eu fiquei alegre,estava pronta.
Fechei os olhos,os dementadores não estavam me atingindo.
–EXPECTOR PATRONUM!-gritei com muita força na voz.
Snape também gritou,seus olhos fechados, apertados,conjurando uma linda corsa prateada.
Eu olhei para meu próprio patronum,e percebi que ele realmente era muito grande,ele exibia uma densa luz,que pode iluminar todo o local,era um imenso dragão,os comensais encaravam todos boquiabertos,os dementadores foram afugentados depressa, todos eles.Eu comecei a rir,gargalhar,era incrível aquela luz,era quase como se ela viesse de dentro de mim,o último dementador chegou mais perto e eu ri dele,de sua maneira inútil de intentar sugar minha alma.

E então eu percebi,essa era a mesma sensação que eu tinha quando estava em palco,isso é a felicidade,o sentimento de realização própria.

Suzanna Stwart

Três dias se passaram desde a última vitória de Hogwarts. Todos da Durmstrang nos comprimentam e falam conosco, ao contrário de Beauxbatons, que empinam o nariz e fingem ser as melhores. Mas não são.
Lily e eu vamos dançar Lady Gaga dessa vez. Nós escolhemos roupas loucas do clipes de Gaga e maquiagens neon.
Caminho pela escola de capa branca fechada para esconder a roupa e um capuz que quase chega aos meus olhos para que ninguém veja minha maquiagem.
Ao passar em frente à sala do professor de DCADT, ouço uma discussão e fico ao lado da porta para escutar. São vozes familiares. Uma é do professor de DCADT, Rossy e a outra pertence ao professor de Poções, Slughorn.
– Você está do lado errado Rossy! - Disparou Slughorn.
– Você sabe que só o Lorde das Trevas está certo! Dumbledore mente! Mente para todos! - Rugiu Rossy. Chego mais perto da porta.
– Como tem coragem de trair a confiança de Dumbledore? Como tem coragem de trair Hogwarts? - Disparou novamente Slughorn.
– Eu só estou do lado que ganhará a guerra! O lado que tem razão! O lado mais forte! Devia se juntar aos Comensais, Horácio. O Lorde das Trevas adoraria ter seu professor como seu seguidor.
– NUNCA! - Gritou Slughorn e eu me assusto.
– Deveria usar a razão Horácio. Pense nisso.
Ouço passos em direção à porta. Corro até uma sala de aula vazia bem a tempo dos dois professores passarem. Espero um pouco para sair de meu esconderijo.
– Comensais! - Sussuro.
Vou até o salão e dou de cara com Víctor.
– Oi! - Ele diz.
– Oi!
Lily chega ao meu lado.
– Que bom que você chegou! As Cats estão começando à apresentar! - Antes que eu possa falar algo, Lily me puxa.
– Lily! Eu estava falando com ele! - Choramingo.
– Desculpa!
As Cats terminam mais um número com Emelina Vance parecendo o Chuck e as outras parecendo Zumbis.
Lily e eu tiramos as capas e subimos no palco. Meu vestido é rodado com espinhos transparentes e Lily está vestida como no clipe Applause ( ou algo assim ).
Just Dance começa. Durmstrang, Hogwarts e o corpo docente grita. Beauxbatons se rende à música, grita e aplaude.
Não vejo Lia em lugar nenhum. Algumas meninas me disseram que ela estava nos jardins pregando peças no Snape. Algumas disseram que ela sumiu com Snape e Pettigrew. Espero que ela volte e me conte tudo. Por que dá última vez, ela não contou NADA.

Vou para os jardins, agora desertos.
– Professor Rossy, um Comensal da Morte! - Sussurro com medo de alguém ouvir, mesmo estando sozinha aqui.
– Pessoas que odeiam os Trouxas e Nascidos Trouxas, mas veneram os de Sangue-puro.- Continuo. Ouço um galho se quebrar, pego minha varinha, me levanto e viro.
– Ei, calma Anna. - Diz Víctor.
– Oi. Desculpa por antes... - Começo.
– Não tem problema! Aliás, sua roupa está muito legal.
– Obrigado. - Olho para o lado para que ele não veja que meu rosto está corado.
– Pode dançar para mim? - Ele diz e levanto a cabeça.
– Isso é sério? - Pergunto.
– Sim.
Nós rimos e eu atendo o pedido de Víctor. Penso em A Thousand Years e danço de improviso. Não sei como consigo fazer uma coreografia assim, do nada. Mas é um uma habilidade minha.
Ele me olha, atento à cada passo que dou, cada movimento, cada giro. Me permito sorrir na música lenta e
" triste ".
Volto ao Salão esperando encontrar Lia no palco com os The Dragons e cantando uma de suas músicas. Mas me engano. Lia não está lá. Pettigrew não está lá. E Snape também não. De repente sinto como se tudo à minha volta ficasse cinza. Sem vida. Todos pulam, riem e se divertem com as apresentações. Menos eu. Fiquei depressiva, triste de uma hora para outra. Mas logo esse efeito monótono passa, e tudo têm cor e vida de novo.
" Será que conto à Dumbledore sobre esse Comensal da Morte estar aqui?" penso.
" Não. É melhor não. Ele pode achar que sou louca." continuo.
Caminho lentamente até a biblioteca. Está vazia. Como sempre. Vou até uma prateleira e pego um livro.
– Criaturas Fantásticas e onde Habitam. - Parece maravilhoso.
Levo o livro até o quarto e leio ele pelo resto do dia.
No livro têm Centauros, dragões têm até Veelas.
As meninas chegam e nem me dou o trabalho de levantar os olhos do livro.
– Sabem onde está Lia? - Pergunto.
– Não. - Todas respondem em coro.
– Ok. - Respondo.
Todos vão dormir e sou obrigada a parar de ler por causa das luzes. Espero ter minha amiga de volta ao amanhecer.

Eu acordei,e quando cheguei no Grande Salão (ainda procurando Lia nos corredores lotados),percebi que todos estavam em absoluto silêncio.Dumbledore pigarreou e começou o aviso:

–Caros estudantes de Hogwarts,hoje entramos em um assunto não tão alegre para essa manhã.Três alunos desapareceram tarde anterior,seus nomes Alianah Madniss (esse é o nome verdadeiro de Lia,um nome que nem os professores falavam,pois pronunciavam o sobrenome).Peter Pettigrew e Severo Snape.As aulas continuaram,mas devemos pedir que não saiam para os jardins em hipótese alguma até descobrirmos o motivo pela qual,aconteceu os desaparecimentos.

Eu gelei.