Sniper Hero escrita por Haniel Lucas


Capítulo 20
Capítulo 20




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18:23

1 dia antes da reunião

Escritório de Camila

Papéis e papéis jogados na mesa da detetive. Ela está analisando casos de outros assassinatos pelo estado do Rio. Ela estava vendo um caso de um garoto que se auto-dominava Bill Bolly que matou uma garota de 15 anos, o motivo? Ele disse que foi mandado pelo Al-Qaeda para matar ela, senão o Al-Qaeda matava a família dele.

–Hahaha... mas que idiota. Se o Al-Qaeda pode matar a família dele então por que não mata a garota? --disse Camila

Ela foi sarcástica consigo mesma falando sozinha no escritório. Ela volta à fuçar os documentos novamente, até que ela passa por uma folha do caso do Rafael, o garoto que matou os pais de Júlio. De início ela apenas passa a folha, mas depois ela pensa novamente e retoma a folha, começando então à ler o documento.

Segundo dados de informações da polícia durante o interrogatório do garoto, ele disse que recebeu dinheiro de algum político para fazer isso. Mas os policiais descartaram essa hipótese pois o garoto já havia dito outras coisas antes disto e os policiais acharam que era um blefe e como os policiais viram que não podiam extrair nada dele, ou ao menos saber a real verdade, eles o liberaram. Não só o fato dele provavelmente estar mentindo, mas também as leis do Brasil não permitem que se faça muito com menores.

''Ora que estranho.''

1 dia depois da reunião

O Complexo onde Rafael morava continua sua rotina de sempre. Camila estava indo visitar a casa da mãe do Rafael. Ela bate a porta da casa dela calmamente.

–Quem é? --perguntou uma criança

–Eu sou detetive do Rio de Janeiro. Poderiam deixar-me entrar? Tenho algumas perguntas à fazer. --disse Camila

–Quem? --disse a criança

''Droga Camila, o que está fazendo? falando desse jeito com uma criança?''

–Deixa que eu atendo, João. --disse uma mulher

A Porta se abre e se revela uma mulher parda com cabelos negros e lisos, uma descendente indígena.

–Sim? --disse a mulher

–Eu sou a detetive Camila Freitas. --disse Camila mostrando o distintivo-- Estou aqui para investigar mais sobre a morte de seu filho.

A mulher fica em silêncio por alguns segundos olhando para Camila

–O que foi, senhora? --perguntou Camila

–É que você é a primeira que aparece para me fazer perguntas da morte do meu filho sem que eu esteja na delegacia. --disse a mulher

Camila sabia que o assassino era Júlio, mas esta pobre mãe não sabe de que a detetive é a principal testemunha desse assassinato.

–Eu posso entrar, senhora? --disse Camila

–Sim, é claro. --disse a mulher

Camila entra dando uma olhada na casa, com a criança encarando-a com um olhar neutro e com o dedo na boca.

–Não quer se sentar? --disse a mulher

Camila estava distraída com a casa num estado um tanto que ruim

–Ah, sim, é claro. --disse Camila

A Detetive se senta colocando as pastas na mesa e a mulher se senta do outro lado da mesa.

–Seu nome é: Carla Fonseca de Mello, certo? --disse Camila olhando um documento

–Sim. --disse a mulher

–Pois bem senhorita... --Camila deu uma pausa--... é senhora ou senhorita?

–Perdão? --disse Carla

–Desculpe o termo. É que geralmente não usamos muito esse diferencial de senhora e senhorita mas o que eu quero perguntar é se a senhora é divorciada. --disse Camila

–Sim. --disse Carla

Camila anota cada informação em um bloco de notas

–Certo... Senhora Fonseca, por acaso a senhora sabia de algum envolvimento de seu filho com tráfico de drogas ou algo parecido?

–Não. Eu conheço o meu filho mais do que ninguém e consigo dizer isso com toda certeza do mundo de que não.

Camila balança a cabeça concordando com ela e anotando tudo

–Ele praticava roubos? --perguntou Camila

E com a cabeça abaixada, Carla responde:

–Sim

Camila olha para a mulher e balança a cabeça mordendo os lábios e anota a informação

–A senhora sabe como é que seu filho assaltava? --perguntou Camila

–Me desculpe, mas a senhora está aqui para saber do assassinato do meu filho ou saber sobre o passado dele? --perguntou a mulher

Camila ficou em silêncio por alguns segundos. Carla não falou isso com raiva, ela percebeu isso pela experiência que ela tem como detetive em saber ler as expressões corporais e a oralidade da pessoa. Carla parece estar triste, algo longe de raiva. A Detetive então fecha a pasta com os documentos e então dá 3 toques com o dedo indicador como se estivesse apertando uma tecla na pasta

–Eu sei que isso deve ser difícil para você, senhora Fonseca. Portanto vou deixar esta parte para mais tarde. Finja que eu sou apenas uma visitante, uma amiga sua que veio aqui conversar à respeito do ocorrido e então partimos para ocasiões mais... ''Desapontadoras''.

–Certo... --disse Carla

–Muito bem. Senhora Fonseca... a senhora sabe o provável envolvimento de seu filho com a política?

–Como você soube disso? --perguntou Carla levantando a cabeça

A Expressão facial e oral de Carla Fonseca mudou drasticamente com esta pergunta, Camila pode ver isso claramente.

–O que foi, senhora Fonseca? É alguma coisa que eu disse? --disse Camila

–Como você soube que meu filho tem envolvimento com político? --disse Carla

A palavra ''tem'' fez parecer com que esta pobre mãe ainda acreditasse que seu filho estivesse vivo.

–Bem... isto foi contado no interrogatório dele, mas os policiais descartaram porque acharam que era um blefe. --disse Camila

–Por favor me diga que não irá contar isto à nenhum político. --disse Carla segurando as mãos de Camila

Camila ficou em silêncio por alguns segundos

–Eu juro pela minha honra como detetive e pela minha família, senhora. --disse Camila

Carla solta as mãos de Camila, se levanta da cadeira indo para um quarto da casa. Camila espera ansiosamente na cadeira da mesa de jantar até que a mulher reaparece pouco tempo depois com algumas fotos e dinheiro, ela joga tudo em cima da mesa.

As fotos são 9 imagens diferentes dos pais de Júlio, alguns até mesmo aparecendo o Júlio, e há várias notas de 100 também. Camila não contou mas de visão parece haver entre 5000 e 10.000 reais

–O que é isso, senhora Fonseca? --perguntou Camila

–Isto é o dinheiro que meu fí recebeu de um vereador do UPS para matar essa gente. --disse Carla

Até Camila está chocada.

–A Senhora sabia disso? --perguntou Camila

–Não até ele ser pego por isso. --disse Carla

–Senhora Fonseca. Eu preciso saber o nome do vereador que deu o dinheiro para o seu filho. --disse Camila

Carla então se vira e diz

–Eu não posso falar...

–Senhora Fonseca, isto é importante, trata-se não só da vida de seu filho mas de outras pessoas também. --disse Camila

A Mulher permanece calada de costas para Camila com as mãos no rosto

Camila então se levanta da cadeira e vai até Carla, retirando as mãos de seu rosto.

–Carla... eu posso garantir segurança para você e seu ultimo filho, você será protegida pelos partidos rivais da UPS porque eles querem que esta história vá à tona e este tipo de concorrência que ajuda à mostrar como é realmente o partido, é ótimo para a democracia. Pois isto se trata de um favor até mesmo para o nosso país. Não deixa com que a morte de seu filho tenha sido em vão... --disse Camila

–Certo... --disse Carla

–Qual é o nome dele, Carla? --perguntou Camila com os olhos fixos nos olhos de Carla

–O Vereador Bruno Sousa. --disse Carla

–Muito obrigado, Carla. A Senhora não só fez um serviço para a justiça, mas para todo o país. --disse Camila

–Obrigada... --disse Carla chorando

–Eu virei aqui outro dia, podes me dar o seu telefone? --perguntou Camila

Com os olhos ainda em lágrimas, Carla pega um papel e uma caneta e anota o seu número no papel. Ao terminar, Camila pega o papel, se dirige até a porta e diz:

–Eu irei salvar a sua família, senhora Fonseca. --disse Camila saindo e fechando a porta


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