Crooked escrita por blue devil


Capítulo 12
I'll never be your chosen one.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH ESSA RECOMENDAÇÃO FOI LINDA DE MAIS, ÇOCORR, NÃO SEI COMO RESPIRAR. Fdp me fez escrever esse capi mais cedo, Dennis te odeio -sqn, continue sendo lindo
Gente, sem zoeira... Acho que falta dois capítulos ou só um para a fic acabar. Eu sei, eu sei, é triste, mas eu já fiz o que eu queria fazer aqui, então só falta fechar os pontos e papom, chegamos no clímax. Estava pensando seriamente em fazer uma segunda temporada com uns três capítulos, maaaas repensei um pouco e vi que esses três capítulos poderiam ser enxugados num epílogo, então nada temam, vai ter extra sim e se reclamar vai ter dois! - mentira/
Eu ainda não decidi o que vou fazer depois que a Crooked acabar. Não sei se posto logo minhas originais ou um solangelo de terror que ALGUÉM ME FEZ ESCREVER NÉ, DONA IZA.
Ou uma "percico/valdangelo/solangelo/nicercy" musical, e nem me perguntem.
Em fim, aproveitem que esse capi tá bom (FINALMENTE CONSEGUI TACAR A BROKEN CROWN NESSA MERDA, SÓ ESCREVI ESSA FIC POR CONTA DESSA MUSICA)



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"I will not speak of your sin
There was a way out for him
The mirror shows not
Your values are all shot
And oh, my heart was flawed I knew my weakness
So hold my hand, consign me not to darkness."
– Broken Crown - Mumford & Sons



– Não vai dizer nada?

Reyna arqueou a sobrancelha. Percy suspirou. Estava cansado do olhar repreendedor dela, que havia o perseguido desde que voltara a Olímpia. Não só o seu, mas havia o olhar de ódio de Kronos, o olhar decepcionado de Lilo. O olhar quebrado de Nico. Engoliu a seco, sentindo um arrepio pelo corpo ao pensar nele. Como havia se apegado? Percy não sabia. Lembrava-se de admirá-lo quando eram mais novos, por tudo que ele passava com uma expressão tranquila no rosto. Obviamente, Percy sabia que ele estava mal, mas era fácil acreditar na máscara de Nico. De achar que ele era forte o suficiente para não precisar de ninguém.

Depois de conhecê-lo melhor, mesmo que pouco, ficou mais óbvio que não era assim. Nico não tentava ser forte, ele tinha que ser. Ele confiava nas pessoas, ele odiava as pessoas, ele mentia para si mesmo e, consequentemente, para elas.


E Nico as entendia. Importava-se com elas. Era exatamente o que Percy precisava e, agora, ele não tinha muitas dúvidas que Nico também precisava dele. Colocando desse jeito, tudo parecia mais fácil. Mas não era. Reyna continuava o encarando, esperando que ele retribuísse a longa explicação que ela lhe dera com, pelo menos, uma resposta decente.

– O que você quer que eu diga? Eu estraguei tudo quando sai daqui. E agora vocês estão pagando.

– Percy, entende que isso não é mais sobre você, certo? - Reyna suspirou pesadamente. Ela tinha bolsas de baixo dos olhos e a trança estava meia frouxa, demonstrando seu estado cansado para qualquer um que não fosse cego. - Eu poderia ficar do lado de Kronos. Ele e seu pai eram igualmente sujos. Mas eu quero fazer isso por... Por quem eu me importo. - ela lançou um olhar na direção dele rapidamente, notando que Percy prestava atenção. - Posso revirar a FVH se quiser, sou eu que manda naquela bagaça.

Percy riu. Aquela era a Reyna que conhecia.

– Já está revirada. - Percy suspirou, com dificuldades em manter o humor longe de Nico. Sem ele, não havia motivos para impressionar ou mudar o clima. Não importava. Olhou para o banco do jipe, verificando que Octavian continuava desmaiado e preso. - A gente devia ter o colocado no porta-malas.

– Acredite, já tentei. Ele chuta e sai rolando pela rua. - Reyna balançou a cabeça negativamente, recebendo um olhar confuso de Percy.

– Ookay... - Percy praticamente cantou, afundando-se no banco. Depois de alguns instantes em silêncio, ele franziu o cenho. - Espera, ele já traiu vocês mais vezes?

– Ele e o irmão. - Reyna grunhiu. - Quer dizer, isso é o que o senso comum diz. Octavian obviamente tem contato com as Comunidades e age de forma suspeita, contra a cidade.

– E Luke?

– Ah, Luke... - Reyna suspirou e levantou os ombros, para depois soltá-los demonstrando desconsolo. - O pai dele fugiu da cadeia e a mãe morreu no Genocídio que ocorreu na cidade. - Percy engoliu a seco. Fora nessa época que a mãe morreu pela a primeira vez, depois que Nico cometeu suicídio. Ele evitava pensar muito na data, pois ocorreram muitas mortes em sequência e não queria acreditar que estavam conectadas. - Ethan também morreu um pouco depois disso, como se lembra.

– Isso foi uma merda.

– Pois é, imagine como Luke ficou. Annabeth mal conseguia falar com ele decentemente, e ela vivia dizendo que o trabalho dele estava ficando perigoso. E Octavian, que nunca serviu para nada além de ser ruim...

– Você acha que Octavian e Luke têm alguma coisa bolada? Junto com a Comunidade? - Percy pulou no banco do carona, a cabeça funcionando a mil por hora. - Precisamos voltar! Precisamos tirar...

– Segura esse instinto protetor, Romeu. - Reyna tampou o rosto dele com uma mão, empurrando para trás. Depois a colocou no volante, prestando atenção na rua. - Luke fez mais pelo o Nico, Ethan e Annabeth do que você jamais poderia ter feito, Percy. - aqui foi como uma flechada no olho. - Por que acha que eu ainda não mandei Octavian embora? E não diga que é por falta de mão de obra.

– Por que ele nunca destruiu a formação, como agora. - Percy respondeu com a boca seca, Reyna assentiu. - Eu entendo... Vocês não tinham pelo o quê lutar antes, não é? Por que se preocupar?

– Exatamente.

– Reyna, por que não foi embora? Seria uma ótima advogada, como queria. Alguns de vocês foram, não foram?

– Nem todos podem fugir, Percy. Eu entendo o seu ponto. Nós não estamos fazendo muito aqui, então por quê ficar, certo? Certamente, por que há forças maiores nos prendendo. Familiares, amigos, namorados... A cidade é feita de almas penadas, Percy, que não querem deixar o lugar que morreram.

Percy digeriu aquela informação. Ele realmente não podia argumentar com Reyna. Só o fato de ela aguentar mais do que ele já definia o fim da discussão. Sua mente girava como se uma criança estivesse brincando com quebra cabeças, tentando encaixar nos lugares certos. Se o que Reyna lhe contara for verdadeiro, então Percy não havia levado Nico até Olímpia por coincidência.

Alguém havia planejado tudo aquilo. E as coisas poderiam ficar piores, poderiam estar relacionadas com coisas mais assustadoras no passado, como o Genocídio... Se saísse do controle, a situação iria ficar feia. Talvez nem houvesse escapatória.

Percy foi tirado dos pensamentos quando Reyna parou no centro da cidade onde uma multidão de pessoas reuniam-se com placas em mãos, gritando e discutindo como se estivessem fazendo um protesto. Ele olhou para a amiga questionando o que ocorria, e Reyna estava tão desinformada quanto ele. Não demorou muito para pegar sua besta e descer do carro, sendo seguida por Percy.

– Percy! - Lilo exclamou, abraçando-o. Ele notou que ela tremia e não era de frio. Seus olhos verdes encontravam-se dilatados e o rosto estava branco, sendo que ela e Percy eram igualmente bronzeados. - O vovô, ele...

Percy entendeu que Lilo não iria conseguir explicar nada. Ele a abraçou e beijou a sua testa, murmurando: "Entra no carro". Reyna já avançada entre o aglomerado de pessoas, empurrando-as para ganhar espaço. Percy correu atrás delas, ganhando espaço imediato quando os cidadãos reconheceram quem ele era. Ao chegar no centro, ele entendeu o nervosismo da irmã.

Haviam sete pessoas aparentemente normais no centro de um palco improvisado amarradas e de joelhos, temerosas e humilhadas. Kronos andava ao redor delas e falava com o aglomerado de pessoas, como um político em época de campainha.

– Foram nossos amigos, nossos companheiros, nossos maridos e esposas, pelo amor de Deus! - ele levantou a voz para dar ênfase. - Mas eles se foram. Nós choramos pela a perda, sentimentos falta. Mas isso se passou. Eles se foram e nunca poderiam voltar! Por que "voltar" não é o natural, o natural é a morte e o nascimento, nada no meio disso. Nós sempre pensamos assim, não foi? - as pessoas gritavam em reposta. - Esse foi o ensinamento de Deus que nossos ancestrais passaram para nossos avós, e nossos avós para nossos pais, e dos pais para nós; esse era o natural do Mundo! E em 2009 para 2010, o Renascimento aconteceu. Não os aceitamos, não o entendemos. E por que deveríamos? Aqueles entes queridos não eram mais nossos. Eles nos matavam, destruíam tudo que ajudaram a construir. Eles perderam o caminho de uma alma feliz. Mas então chegaram os homens de branco, e eles prometeram restaurar o que se fora. Só que o que se vai, não volta. A única coisa que volta, é a que ficou desde o começo. Essas criaturas! - ele apontou para as pessoas ajoelhadas. - Elas não passam de ilusões do que perdemos! - as pessoas berraram nesse ponto. - É por isso que não podemos deixar que dominem as nossas vidas. Eles estão aqui contra a lei, e nada que é contra lei é cem por cento correto, ou é?

Uma caixa passou voando ao lado da cabeça de Kronos, fazendo-o cair no chão pelo susto. As pessoas gritaram e se dispersaram, mas logo encontraram o causador da caixa voadora: Percy em cima do capô do jipe. Nem Reyna sabia como reagir com essa. Ele parecia um maníaco, com fogo brilhando nos olhos e no rosto vermelho, fervendo por todo o corpo. Ele desceu do carro e subiu até o palco, sem muitos problemas por que todos estavam meio estupefatos de mais para fazer algo.

Segurou a camisa de Kronos e sibilou:

– Já estou farto da sua baboseira, desde criança, você e o meu pai só sabem falar, falar e falar! Vocês deveriam ser os que sofrem com a doença, não essas pessoas. - Percy o largou antes que o socasse. Um murro e o velho estava morto. - Vou fazer um favor para vocês e para esses filhos da puta. Estão escutando?! A partir de agora, quem vai governar essa merda de cidade sou eu, pelo direito que tenho por conta do meu pai! Alguém tem considerações? Por que eu tenho mais caixas.

Houve um minuto de silêncio. Depois várias armas apontaram para Percy ao mesmo tempo. Ótimo.

xx


– Então... Você vomitou no carpete da minha avó. - Luke comentou, fazendo Nico o fuzilar. O loiro riu. - Achei que precisasse saber. Vai me ajudar a limpar esse carpete depois.

– Tanto faz, Luke. - Nico bufou. - Você realmente ligou para o Ethan?

– Fica tranquilo, cara. Sua babá vai chegar a qualquer instante.

– Deixa de ser idiota. Sabe que eu preciso falar com ele. - Nico desviou os olhos. - Por que diabos não me avisou dos efeitos colaterais? Eu emagreci de tanto perder líquido! Devo estar mais magro que a Noiva Cadáver.

– Por que eu não sabia. - Luke franziu o cenho, meio preocupado e meio ofendido. - Você sempre teve um organismo porreta, as drogas não te faziam mal como agora. Talvez... Talvez eu tivesse que ter me preocupado mais e não ter assumido que ia continuar forte depois de morto.

Nico soltou um tsk. Como Ethan conseguia conviver com ele?

– Agora já passou. - ele afundou na cama, as costas na cabeceira. - Não posso surtar mais o que já surtei. Preciso me controlar e...

– QUEM MORREU?! - Ethan A.k.a Exagerado Nakamura apareceu na entrada do quarto, aparentemente havia corrido até ali (mas ele não ofegava, então era difícil saber). Ele se jogou na cama na frente de Nico, apertando e puxando o rosto dele, como uma mãe descontrolada (só que sem a parte do amor materno, mesmo). - Você virou o Puro Osso. Que merda fez com ele, Luke?! Chupou o sangue?!

– Desde quando eu virei o vampiro? - Luke levantou as mãos, Nico revirou os olhos, apertando a blusa de Ethan.

– Esquece isso. Escuta, eu lembrei. Luke me deu um remédio para lembrar e ele tinha alguns... Efeitos colaterais? - a voz dele foi perdendo a força ao notar o olhar mortal de Ethan. Como um olho poderia ser tão assustador? - Olha, eu to bem...?

– Tá, calem a boca. - Ethan deu um tapa no próprio rosto, depois o tampou e o esfregou com vontade, sem levantar o tapa-olho. - Vamos pular sobre os meus sentimentos e falar do que importa.

– Eles acham que eu sou o Primeiro Renascido.

– Bom, agora fudeu. - Luke foi rápido em comentar. Ele ergueu as mãos. - Eles não "acham", se tiveram o trabalho de te sequestrar e drogar, é por que eles acreditam.

– O que isso quer dizer?

– Urghhh... - Ethan encontrava-se grunhindo por instantes à fio. - Quer dizer que você é a ovelha da religião macabra deles. - Ethan finalmente o encarou. - As Comunidades são grupos religiosos, liderados por "Profetas". Os caras simplesmente recitam uma parte confusa da bíblia e dizem que são especiais por que são zumbis que levantaram da cova, não infectados como os de ficção.

– Tá, e os primeiros que levantaram no Mundo são os mortos de Olímpia. Isso depois que houve uma sequência de mortes, depois de você se suicidar. - Luke complementou.

– Espera... O que tem o primeiro? - Nico questionou.

– É que na bíblia onde eles tiraram os versos avulsos... Estava escrito que haveria mais um Renascimento. - Ethan olhou seriamente para Nico, demonstrando o perigo da situação. - E para isso acontecer, o Primeiro dos Renascidos teria que ser morto numa determinada data. Depois que o Segundo morresse, por que o Segundo seria a besta que tentaria o primeiro.


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Notas finais do capítulo

TANTANTANTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAM
Tá bom, parei/
Vou responder o review de vocês - que são só duas pessoas, que eu adoro, mas qual é povinho lindo, mandar review não doi não viu
Beijos



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