A doença chamada solidão. escrita por TOMATE
Notas iniciais do capítulo
Oiiiiee geenteee :D acho que tudo que tinha a falar deixei no Disclaimer, então se quiserem saber de algo, deem uma olhadinha lá :D. Boa leitura.
_Que nome irão dar á ela?
Perguntou o médico, segurando um bebê sadio em seus braços, quase não chorava, apenas resmungava.
_Estávamos pensando em Ariela, não é querida?
A mulher apenas consentiu, haviam pensado isso antes e preferiram dar um nome único á pequena neném.
_É meio diferente, bem...
O doutor notou algo de errado neles, não pareciam realmente felizes com o ganho, pelo menos a mulher pareceu considerar aquele acontecimento como um encosto para sua vida pessoal.
Talvez mais um caso de “acidente”, ou não.
Paulo – o médico – apenas fez uma careta e deu a menina ás enfermeiras, que se propuseram á limpá-la e a vestir adequadamente. Dona Vera – a mãe – se debruçou na cama hospitalar como quem pedisse para não ser perturbada, já havia passado por aquilo e sempre foi cansativo, até da segunda vez.
_Depois quero ter uma conversinha com você.
Ditou com um tom extremamente seco, Cristiano – o pai – queria acertar as contas com ela, que apenas resmungou como quem sabia o que iria acontecer, mas não estava nem um pouco afim de “saber” novamente.
Eles definitivamente não estavam em um momento bom do casamento, e ter uma filha, com toda certeza foi um tiro em cheio para desencadear um futuro não muito bonito.
_Ela está pronta, olha que linda! É a bebê mais linda que já vi.
Exclamou uma enfermeira simpática chamada Sônia, entrando na sala toda saltitante com a menina no colo, ela transmitia alegria, e aquilo era evidente.
_Hum, me dá ela aqui.
Sônia nunca havia visto uma mulher tão seca na presença de sua recém nascida. Vera a pegou no colo, e mecanicamente lhe deu o que mamar.
_Senhor Cristiano, preciso falar com o senhor sobre algo sério.
O médico disse sorrateiro, entrando misteriosamente no quarto, tomou cuidado para que apenas o homem – que estava no canto observando - ouvisse. Então os dois saíram do quarto, sem que desconfiassem, e foram até um canto mais afastado do hospital, conversando sobre banalidades até lá - o doutor e o Senhor eram grandes amigos á algum tempo.
_O que houve?
_Há algo de errado com sua filha.
Disse logo em seguida pigarreando, a situação ficaria tensa. Cristiano apenas o olhou com cara de desentendido, não era uma criança sadia?
_Ela não é normal, algo nos olhos dela me intriga, e no relacionamento dos pais dela também.
_E?
Forçou-lhe á continuar, não parecia ligar para aquilo.
_Queria saber o que há de errado entre você e sua esposa.
_Apenas estamos brigados, nada demais.
_Sei que há algo de errado rapaz, eu conheci muitos casais em intrigas aqui. E sei que o que há entre vocês não é uma simples briguinha.
O homem já estava começando a ficar nervoso, estava suando frio.
_Não é da sua conta.
Na cabeça dele, ser mal educado nessas horas convém mais do que contar um segredo.
_Tudo bem, não posso forçá-lo á nada, mas lembre-se: tudo que você e ela fizerem refletirá na menina que não tem nada a ver com isso, está consciente?
Apenas respondeu com desdém, não levava isso muito á sério.
_Ok. Era só isso que queria falar, de saúde sua filha já é bem estruturada, e receio que vocês dois tem uma vida financeira instável. Então sua mulher poderá pegar alta hoje mesmo.
_Tudo bem.
Paulo virou as costas indignado com o desdém do pai, mas já estava acostumado com isso, porém com adolescentes imaturos. Sempre é tempo para coisas novas.
Cristiano continuou parado ali, imóvel, pensando no motivo de seu nervosismo.
_Quando vou pegar alta?
_Ah você está aqui.
O homem se virou rapidamente, e encontrou sua mulher parada em sua frente, com o neném em colo. Sem nenhum aviso prévio desviou um tapa em sua face, Vera quase se desequilibrou e caiu, mas agüentou e começou a voltar ao normal regressivamente, mantendo o olhar de ódio.
_Sua vadia, eu disse que queria ter uma conversinha com você.
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Até o próximo :) e não esqueçam, se gostaram deixem suas pegadas :D