Como se Diz Eu Te Amo escrita por Rayto Tsukishiro
Notas iniciais do capítulo
Essa fic não se encaixa em nenhum momento especial, mas definitivamene acontece antes de Ceres Koku!
Um agradecimeno especial à Terumi-chan por ter betado a fanfic de uma chata como eu, ainda que tivesse milhares de trabalhos da faculdade e uma prova de proficiencia para fazer!!
Domo arigatou, Teru-chan!!
Minha primeira Kurofay! Porque eu tenho certeza que a CLAMP os fez um para o ouro!
Kurogane não sabia se era percebida ou desejada sua aproximação, mas ele continuou a caminhar para a beira do penhasco onde Fay estava sentado. Muito além dali, o sol começava a se pôr, tingindo de dourado a cidade aos pés da montanha, antes de fazê-la mergulhar na ecuridão da noite. Aquele seria mais um mundo a ser visitado na jornada em busca das memórias de Sakura.
Parou ao lado do loiro e por uns instantes também ficou ali, mirado o lugar, para onde mesmo que estivesse olhando, Fay não via, imaginando o que o loiro poderia estar pensando. Era tão perceptível a tristeza que vinha do mago que o ninja desejava profundamente que ele gritasse, dissesse como estava triste e parasse de fingir como e era feliz e forte, podendo aguentar tudo sozinho. Tudo o que queria era ser alguém em que o mago pudesse confiar, a pessoa com o qual o loiro pudesse dividir sua tristeza, chorando quando tivesse vontade. Desejava também vê-lo um dia sorrindo com sinceridade.
Então Kurogane estendeu a mão esquerda e o chamou com um leve movimento dos dedos. O loiro virou e estendeu a cabeça, sorrindo para o moreno que continuava a fitar o horizonte longínquo, para em seguida estender o braço e tocar a mão que lhe ajudou a levantar.
Kurogane virou-se para ele e continuava a segurar sua mão. Fay apenas o olhava perdido e melancólico, há muito deixara de fingir ser o “sempre-alegre-Fay” na frente do ninja. A outra mão do guerreiro acariciou-lhe a face esquerda, fazendo o mago fechar os olhos e corresponder delicadamente ao toque daqueles lábios nos seus. O beijo foi rápido, e tão suave quanto Fay imaginou que seria o beijo daquele grandalhão, que ele e o restante do grupo sabiam ser insensível só na aparência.
O ninja soltou-lhe a mão e o envolveu com ambos os braços, no abraço mais apertado e desesperado de já dera em toda sua vida. Fay também envolveu o corpo do outro e desejou que o mundo desaparecesse para que pudesse ficar ali com Kurogane, quieto e protegido, pelo que haveria de ser a eternidade.
“Você pode chorar agora, Fay”, Kurogane sussurrou e beijou a cabeça do mago, ouvindo imediatamente o lamento do loirinho magricela em seu peito.
Mokona, à distância, observava os dois e silenciosamente pulou ao encontro de Syaoran, que montava o acampamento onde passariam a noite, enquanto vigiava Sakura, que cochilava encostada em uma árvore.
“Kurogane-san e Fay-san...?”, Syaoran perguntou à Mokona que havia saído para chamá-los.
“Estão conversando”, Mokona disse pulando no colo de Sakura, a despertando por um breve intante. “Acho que vão demorar.”
Syaoran assentiu com a cabeça. Os últimos acontecimentos havia deixado Fay mais pensativo do que o normal, mesmo que ele procurasse sorrir, uma tristeza avassaladora sempre transparecia em seu olhar e, ele sabia, somente Kurogane conseguiria consolar o mago.
Já não havia sol há muito tempo quando Syaoran ouviu o farfalhar de folhas secas sendo pisadas, vindo da direção do penhasco, seus olhos desviaram-se das labaredas que observava fixamente, para o local de onde vinha o barulho. Mokona, que antes fingia dormir ao lado de Sakura, levantou as orelhas e pulou no colo de Fay, fazendo-o sorrir e acenar para o garoto.
Kurogane encostou-se em uma árvore próxima e ficou a observar Fay que se deitara no local proparado por Syaoran.
“Você pode dormir um pouco, moleque”, Kurogane falou, desvindo os olhos para Shaoran. “Eu tomo conta por enquanto.”
“Obrigado, Kuronage-san”, o garoto respondeu se espreguiçando e escorregando para dentro do cobertor onde estava sentado.
Mokona olhou discretamente para Kurogane e Fay, vendo que ambos trocavam um olhar indecifrável e sorriu se aconchegando ao lado do mago que o abraçou carinhosamente.
O mago fechou o olho, mas sabia que não iria dormir. Não lembrava de ter se sentido amado daquele jeito algum dia. Não lembrava porque nunca houvera um dia como aquele. E o mago sabia o quanto era sincero o amor do ninja, mesmo que este não soubesse tudo sobre sua vida. Ficou a se perguntar se aquilo poderia mudar, caso toda verdade surgisse.
O ninja continuou a observá-lo discretamente, sabendo que, assim como ele, o mago não dormiria e ficariam em uma vigília simultânea. Por um tempo que lhes pareceu eterno estiveram de pé a beira daquele penhasco, abraçados, enquanto Fay chorava compulsivamente.
Ambos sabiam que aquele momento, aqueles gestos, equivaliam as mais doces e sinceras palavras palavras trocadas pelos mais apaixonados amantes. Talvez aquelas exatas palavras nunca fossem ditas por suas vozes, mas ambos sabiam que sempre seriam ditas diretamente a seus corações apaixonados.
FIM
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
A Fic veio em um estalo e eu resolvi escrevê-la por que achei que era kawaii... então o que acharam?