Conexão escrita por MylleC


Capítulo 9
Capitulo 9 - O ultimo fio de esperança esta se rompendo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oieee, gente me sinto mal e culpada kkk desculpem mesmo, prometi que ia postar essa semana, ono começo dela e não no fim kkk mas tive alguns imprevistos, fiquei doente e estava super nervosa com os resultados dos vetibulinhos e tals. Tentei mesmo postar antes, mas não consegui.
kkk Infelismente tive que dividir o capitulo em duas partes porque ficou enorme! Se eu não dividisse iria dar umas 6 mil palavras, sem brincadeira kkk olha la se eu não tiver que dividir em 3, mas vamos ver.
Desculpem qualquer erro, não tive muito tempo de revisar muito bem, só revisei meio por cima.
Enfim, espero que gostem, Boa leitura!



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Lagrimas inundavam meus olhos, vindo e descendo pelo rosto, imperceptíveis. Algo formigava em meu abdômen, um formigamento estranho, mas não sentia dor. Meus ouvidos estavam abafados e minha visão embaçada, por isso não escutava nada a minha volta e não conseguia mover meus olhos para olhar o que acontecia. Era como se uma parte do meu cérebro dormisse, a parte que comandava minha locomoção e meus sentidos, mas minha mente continuava funcionando, me permitindo ver apenas o teto acima de mim. Meus olhos estavam pesados e eu deveria fecha-los, porque não fecha-los não é? Eles queriam, porque eu lutaria contra minas pálpebras exigentes?

Mas talvez fosse errado, eu deveria novamente me conectar com o mundo a minha volta, me situar com o que tinha acontecido e lutar contra... Contra o que eu estava lutando mesmo?

Sentia meu corpo cansado, pesado. Como se uma grande força viesse de algum lugar que eu não conseguia identificar e me puxasse para uma escuridão sem fim, mesmo com os olhos ainda abertos manchas pretas começavam a surgir no meu campo de visão.

Uma cabeleira ruiva entrar em meu campo de visão e quebrar o nada que eu observava acima de mim. Sentia meu coração pulsando alto, o barulho batendo forte em meus ouvidos, me impedindo de ouvir o que quer que ela gritasse para mim.

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Horas antes

POV Lydia

Senti Peter me jogar com brutalidade no chão e algo gelado envolver meu pulso esquerdo junto a um barulho metálico. Eu gritava e me debatia, lutando o máximo que podia para me libertar. Então ele finalmente retirou o saco de pano preto da minha cabeça e pude enxerga-lo na minha frente. Ele se inclinou, pegando meu rosto com agressividade.

–Escuta aqui, considere-se com sorte por não estar morta ainda, vou decidir o que fazer com você.

–Não ouse tocar nela! –Ouvi a voz atrás de Peter.

Todos os meus pelos se arrepiaram e automaticamente parei de lutar contra as correntes. Peter saiu da sala, abrindo meu campo de visão para um Stiles incrivelmente sujo, magro, olheiras profundas e hematomas.

Minha mente girava e meu estômago se embrulhou, minha mente doía e minhas mãos começaram a tremer ligeiramente. Estávamos os dois ali, cara a cara depois de quase três meses completos. As lagrimas banhavam meu rosto silenciosamente, a incredulidade e ao mesmo tempo o sentimento glorioso que começava a crescer em mim. Ele estava ali, na minha frente. Vivo!

Stiles parecia estar no mesmo estado de torpor que o meu, e como se lêssemos a mente um do outros nos jogamos para frente ao mesmo tempo e uma tentativa falha de chegar até o outro, de nos tocarmos, abraçar. Sentimos um ao outro respirar, falar, chorar. Mas isso não era possível e no meio de todos aqueles sentimentos nos sufocando começamos a despejar palavras ao mesmo tempo, quase gritando de desespero um para o outro.

As palavras no meio das frases me misturavam. “...sua falta” “...que estivesse morto” “Senti.” “...Te machucar” “...Aconteceu?” “...pai e Scott?”

Nós riamos e chorávamos, de bruços no chão, as mãos esticadas a milímetros de distancia sem conseguirem se tocar, os dois soluçávamos e apesar das circunstancias eu estava feliz por ele estar vivo, eu estava certa o tempo todo, ele estava vivo, na minha frente.

–Stiles... –Balbuciei em meio ao choro compulsivo, eu queria tanto correr para seus braços e o abraçar como nunca e finalmente beija-lo e admitir a ele o que eu devia ter feito há muito tempo, dizer a ele o quanto eu o amava e o quanto foi insuportável ficar todo esse tempo longe dele, eu precisava disso.

–Hey... –Ele sussurrou. –Esta tudo bem Lyds. –Sua voz saiu embargada, também pelo choro e era visível o seu alivio estampado em seus olhos.

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Pov Xerife

Não sei ao certo quanto tempo faz que estou deitado no chão no meio do quarto de Stiles, minha mente em um certo torpor, mergulhada num mar de lembranças e dor, ela doía horrivelmente. Olhei a garrafa de bebida ao meu lado, eu não estava bêbado, não tinha bebido nem a metade da garrafa, isso não seria o suficiente para me manter bêbado, mas eu me sentia como um.

Meu corpo estava mole e havia lágrimas nos meus olhos, ali, no meio do quarto. Isso tinha se tornado um costume, chegar do trabalho e me jogar ali no chão e ás vezes beber um pouco. Conseguia me sentir perto dele ali, em meio a suas coisas, suas fotos, era onde minha mente deixava o mundo real e se mergulhava no mundo paralelo. Peguei novamente a garrafa e já a estava levando aos lábios para outro grande gole, mas algo me deteve. Alguém abaixando a garrafa, impedindo que eu tomasse o liquido.

Olhei a pequena mão na boca da garrafa e levantei o rosto, a imagem não me assustou exatamente, apenas me confundiu e me deixou em um estado de torpor ainda maior. Olhei a face infantil do meu filho, parecendo não ter mais de nove anos. Ele me olhava sério, os cabelos castanhos caindo pelo seu rosto, acho que precisava de um corte. A franja estava quase passando de sua testa, e as laterais quase passando das orelhas.

Sorri involuntário vendo aquela criança que tinha me levado tanta alegria quando achei que meu mundo tinha acabado, quando a pessoa que eu amava morreu. Ele ainda me olhava serio, e com a voz firme, mas infantil disse:

–Esta na hora de parar papai. –Disse. Soava quase engraçado sua forma de falar, como se ele fosse o pai e eu o filho.

–Stiles...

–Você não pode beber, ela não iria querer isso, e eu também não.

Seus olhinhos inocente me olhavam, esperando que eu confirmasse que não beberia mais. Estava em completo estado de incoerência, não ligando se aquilo era real ou não, ou se eu deveria me preocupar com isso. A única coisa que eu pensava era que meu filho estava ali, na minha frente. Quem sabe todos esses anos que se passaram não passava de um sonho e essa é a verdadeira realidade.

Ergui a mão e toquei seu rosto, as lagrimas rolando pelos meus olhos e Stiles me olhou com curiosidade, talvez se perguntando o porque daquilo.

–Eu te amo meu filho, não vou beber mais.

–Promete?

–Eu prometo. –Granti.

Então seu sorriso se abriu e eu o abracei, o aconchegando em meu colo como se fosse um bebê. Me assustei ao sentir o tamanho dele ser ainda menor e os resmungos estranhos em meu peito, então se transformando em um choro aberto, choro de uma criança muito menor do que ele. Afastei seu pequeno corpo com cuidado do meu e encontrei ali um bebe, enrolado em uma camiseta de Stiles, um Stiles muito maior do que aquele bebê. Mas o Bebê ainda era Stiles.

Minha mente começou a trabalhar, gritando para mim que aquilo não era real, que eu precisava acordar. Senti mãos em meu ombro e uma voz me chamar ao longe. Tudo a minha voz girou e se tornou escuro.

Abri os olhos encontrando Scott ali, parecendo completamente transtornado.

–Aconteceu uma coisa! –Disse desesperado. Novamente eu teria ser o xerife, teria que ser forte e me manter racional.

–Peter sequestrou Lydia! –Gritou.

–O que? –Perguntei surpreso, me levantando do chão do quarto. Todo o torpor que eu sentia em meu corpo antes se dissipou e obriguei minha mente a se manter alerta.

Não, nada poderia acontecer com Lydia, Stiles a amava e eu tinha que protegê-la com a minha vida. Por ele.

–E tem mais... Stiles ele... Ele está vivo!

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POV Scott

Dirigia rapidamente em minha moto com a cabeça inundada de pensamentos e perguntas sem respostas.

Durante semanas Lydia tinha tentado me alertar sobre Stiles. Dizendo que ouvia coisas, sentia coisas, sonhava com coisas. E apesar de nunca conseguir provas concretas de que ele estava vivo ela não tinha desistido disso. A culpa e raiva de mim mesmo que me consumia era cruciante. Estava preso em minha própria dor que não quis ter o mínimo de esperança de que ele estivesse vivo. Me neguei a acreditar por duas semanas e meia e quando finalmente estava sobrevivendo a dor de ter perdido meu melhor amigo, meu irmão. Lydia surgia dizendo que achava que Stiles estava vivo. Briguei comigo mesmo por ter me deixado acender uma pequena esperança, e tentei ao máximo fechar essa ideia e tira-la também da cabeça de Lydia. Tentando evitar mais dor e quando finalmente decidi ajuda-la. As vozes pararam e os pressentimentos e sonhos também, e então ela estava seguindo em frente também, tentando ignorar a dor e ai... Ao sair do treino e pegar meu celular nunca fiquei tão desesperado, pois a noticia era insana e maravilhosa e havia sido enviada não tinha mais de meia hora. Porque Lydia não estava ali?

Depois de muito me torturar naquele banco com mil pensamentos na cabeça decidi finalmente ir até a casa dela.

FlashBack

Cheguei em frente a casa de Lydia e encontrei a porta aberta. Olhei a garagem e o carro da mãe de Lydia não estava ali, mas o dela estava. Toquei a campainha receoso. Nenhuma resposta. Empurrei a porta sentindo o medo já crescer dentro de mim.

–Lydia! –Gritei a chamando, revirando todo o andar de baixo.

Chamei seu nome novamente enquanto subia as escadas olhando todos os cômodos. Ela não estava ali. Parei em seu quarto ao observar seu celular caído ao lado da cama. O peguei e olhei a cama, observando um envelope aberto ali. Peguei o papel que supus estar dentro do envelope garranchado e o li. Tudo pareceu fazer mais sentido e o desespero a crescer mais. Onde estava Lydia?

Tentei me manter calmo e racional, mas isso já não era mais tão fácil ultimamente, me descontrolo mais depois que... Enfim. Peguei meu celular do bolso relendo sua mensagem.

–Peter... –Teria que falar com Derek.

Que professora? Todos os professores da escola estavam la a anos, e todos eram loucos e... Sra.Hastings... Ela era a professora nova! Só pode ser ela. Agora eu teria que comunicar o xerife. Iriamos ate a casa da maluca e... Talvez Stiles estivesse la.

Minha mente trabalhava com velocidade, juntando fatos e suposições e não sabia mais ao certo o que eu deveria fazer. Respirei fundo tentando me acalmar. Xerife. Falaria com ele, pois ele tinha que saber.

Corri até minha moto e antes de liga-la tentei ligar para o pai de Stiles, mas caiu na caixa postal varias vezes, teria que ir até a casa dele. Derek! Ligaria para Derek e explicaria. Também avisaria Kira.

Flashback off

Incrível como todos resolveram ignorar a porta hoje. Andei até o andar de cima da casa de Stiles e abri a porta do seu quarto, não conseguindo evitar o bolo na garganta. Há três meses não entrava naquele quarto. Encontrei o xerife deitado no chão e murmurando alguma coisa. Corri até ele e o chamei, seus olhos estavam fechados e pressionados, como se estivesse tendo um pesadelo.

Depois de muito chama-lo ele acordou.

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Dirigindo com rapidez até o lofit de Derek expliquei tudo ao Xerife.

–Tudo bem, vamos até Derek e depois pegamos as informações sobre a tal professora e vamos até a casa dela.

Meu celular tocou e eu o peguei, era uma mensagem de Derek. O instrui para nos encontrar na delegacia.

–Vamos diminuir o tempo, Derek nos encontra na delegacia enquanto pegamos as informações dela.

–Tudo bem.

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Pagamos o endereço de Teresa enquanto Derek e Kira estavam atrás de Peter. Paramos algumas casas afastadas.

–É aqui? –Perguntei.

–Sim.

Respirei apreensivo com medo de que estivéssemos fazendo besteira.

–E se não for ela? Pode ser outro professor?

–Como quem? O treinador? Se fosse o caso ele sequestraria e torturaria Greenberg não meu filho.

Notei em como Stilinski falou, tendo já a certeza de que Stiles estava vivo, tendo se apegado rápido a ideia. Se algo de verdade acontecesse a Stiles agora, ele não suportaria. E nem eu.

–Vem, vamos. –Me chamou.

Saímos do carro, paramos antes de chegar na casa. Teresa e um homem saiam da garagem e iam até a porta, pareciam nervosos e agitados. Falando um com o outro, estressados. O homem abriu a porta e os dois entram.

–Pelo menos agora sabemos que eles estão em casa.

Fomos rápido até a porta e toquei a campainha. Estava ansioso e nervoso, queria derrubar a porta e sair pela casa procurando Stiles e Lydia. Stilinski tocou novamente a campainha, varias vezes.

–Fique atento para que não saiam pela janela ou coisa assim. –Me instruiu e entendi. Atento com a audição de lobisomem, preparado para qualquer som deles saindo.

A porta se abriu devagar depois de alguns sussurros da parte de dentro. Teresa apareceu na porta e deu um sorriso extremamente forçado.

–Em que posso ajudar?

–Sou o xerife. –Disse Stilinski sério, erguendo o distintivo para provar, a outra mão em cima do revolver ainda no coldre. – E chegou a nós a informação de que estão mantendo uma pessoa aqui.

O homem que vimos anteriormente apareceu na porta com uma expressão nada agradável.

–Como assim mantendo uma pessoa?

Conseguia ver o quanto Stilinski estava se segurando para se mante profissional, mas parecia que explodiria a qualquer momento, e eu não estava muito atrás.

–Mantendo-a prisioneira.

–O que? Isso é um absurdo, nunca faríamos isso.

–Terei que fazer uma busca pela casa.

–O que? Não, de jeito nenhum. Não somo criminosos e não estamos mantendo ninguém aqui.

Senti seu coração disparar imediatamente.

–Então porque seu coração bate tão rápido? –Perguntei sem conseguir me manter calado.

Sentia algo pinicar minhas mãos e a dor começar a se espalhar. Minha unhas haviam crescido enquanto eu estava com os punhos cerrados. Respirei fundo me controlando e a senti voltarem ao normal.

–Se não esconde ninguém, então vou fazer a busca, não terá problemas se o que diz for verdade. -Disse Stilinski, com a voz já mais alterada.

–Não, eu não permito, que eu saiba precisa de um mandato para fazer isso não é?

Olhei Stilinski esperando uma reação, mas ela não veio. Ele parecia na duvida do que fazer e o homem a nossa frente sorriu vitorioso. Minhas garras cresceram novamente e eu sentia meus olhos queimarem. Não esperaria mais nada.

–É, mas eu não sou policial. –Eu disse. Sem muita força empurrei os dois para longe da porta e entrei na casa, ignorando seus protestos.

–Stiles! Lydia! –Gritei, olhando os cômodos. Sentindo o som de rosnado na minha garganta.

O homem tentou segurar meu braço, mas peguei sua mão com força e a torci, tentando ao máximo me controlar para não quebra-la. Ele gritou de dor e eu o soltei.

Um cheiro familiar tomou conta das minhas narinas, sim, aquele cheiro. Stiles. Olhei Stilinski que me olhava com expectativa.

–Ele esteve aqui. –Disse.

A expressão dele mudou para furiosa e se adiantou até Teresa e a algemou, ignorando seus protestos. Indo até o homem em seguida e fazendo os mesmo.

–Os dois vão a para a delegacia comigo. Scott, ele ainda esta aqui? Ache-o.

Segui meus instintos tentando localizar de onde vinha o cheiro. Fui até a cozinha e encarei uma das paredes, todas elas pintadas de branco menos uma onde tinha um papel de parede estranho e aparentemente velho e com pontas descolando. Fui até la e peguei uma das pontas do papel e puxei, encontrando uma grande porta cinza.

–Não faça isso! –Disse Teresa. –Não tem nada ai garoto.

Girei a maçaneta e abri a porta, o cheiro do local era forte e completamente sujo e escuro, conseguia enxergar pela luz que vinha da cozinha e batia ali. As paredes era de material ant-som.

–Isso se parece muito com um cativeiro pra mim, e tem o cheiro dele por todo lado.

–Onde ele está? –Gritou Stilinski para o homem e Teresa. –Onde esta o meu filho!

Fui até eles e parei de frente para Teresa.

–Onde ele está?

–Nunca vão descobrir! –Gritou o homem. –Ele merecia cada coisa e muito mais! Nunca vão descobrir onde ele esta!

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POV Stiles

Meus pulsos doíam pela força que eu ainda fazia tentando inutilmente me soltar das correntes.

–Stiles, para com isso. –Sussurrou Lydia. –Esta se machucando mais.

–Estou bem. –Sussurrei de volta, mas na verdade minha cabeça doía e tudo parecia girar. Meus estomago dava algumas reviravoltas querendo por pra fora o que quer que estivesse dentro dele. Minhas mãos tremiam levemente e não sentia qualquer força nas pernas. Eu havia gastado o pingo de energia que tinha quando surtei ao ver Peter joga Lydia ali comigo.

Não queria que ela passasse por tudo o que eu passei, não suportaria vê-la se machucar, passar fome, sede, frio e medo como eu.

–Co-como você sabia? –Murmurei.

Lydia me olhou confusa por um momento, pensando na pergunta.

–Como eu sabia que estava vivo?

Assenti, respirando fundo tentando estabilizar meu estômago para que o mal estar passasse.

–Eu não sabia. –Respondeu. –Eu só... Senti, tive esperanças e... Eu te ouvia, a força que vinha de dentro de mim, gritando que você estava vivo e os sonhos, os pressentimentos. Simplesmente não pude ignorar. Tinha momentos em que eu questionava se não estava ficando louca sim, mas...Eu simplesmente não podia aceitar que você tivesse partido tão de repente.

Sorri, ela não havia desistido de mim, todas as vezes em que fiquei horas repetindo coisas desconexas só na esperança de um deles me ouvir, valeram a pena.

–Co-Como está o meu pai? –Perguntei temeroso do que ela iria responder.

–Mal. Se afundou no trabalho pra se manter ocupado, no começo não comia ou bebia ou sequer dormia. Mas, Melissa o ajudou, fez com que comece e dormisse outra vez, continuou afundado no trabalho, mas Melissa não o deixava se afundar de vez. Claro tem alguns momentos em que ela não pode evitar e tudo mais, mas agora ele está bem. No começo bebeu, mas novamente Melissa o ajudou. –Sorriu fracamente. –Ela esteve lá por ele.

Sorri. Era bom saber que meu pai não estava sozinho.

–Alguém... Alguém acreditou em você quando disse que eu estava vivo?

Lydia baixou a cabeça brevemente, respirou fundo e me olhou.

–Não. Eu não contei a ninguém, apenas a Scott e Kira. Não os culpo por não acreditar. A sua... Morte mexeu muito com todos nós e então finalmente voltamos à escola e a cada dia ficava mais difícil, e eu aparecer do nada dizendo que você estava vivo não foi uma coisa muito legal. Scott estava... Diferente. Era como se cada um de nós tivesse erguido uma grande barreira a nossa volta para tentar superar e seguir em frente. Quando comecei a sentir e sonhar as coisas as minhas barreiras quebraram imediatamente, pois era eu que estava sentindo. Contar a Scott sobre minhas suspeitas, depois de mais ou menos ver o que achávamos ser seu corpo, junto ao jipe com documento e os exames de DNA derem positivo, era realmente difícil de se acreditar. Eles acharam que eu apenas não estava conformada e isso estava mexendo com a minha cabeça me fazendo confundir com poderes de Banshee. –Sorriu sem humor. –Mas tudo bem, Scott meio que se convenceu por uma semana e realmente procuramos, mas foi quando você se silenciou e então ele... nós meio que deixamos quieto e isso estava me matando, então minha mãe achou a carta e tudo aconteceu. –Lydia me olhou intensamente e o sorriso que se abriu em seu rosto agora era verdadeiro. –Você está aqui agora, vivo. Pode não ser nas melhores circunstancias, mas estamos aqui, juntos.

Sorri para ela. Tudo que eu queria era ir até ela a abraçar e beija-la, dizer o quanto eu a amava, mesmo que ela não sentisse o mesmo, eu precisava dizer.

–Senti sua falta, Lydia.

Seus olhos brilharam e algumas lágrimas desceram por seu rosto.

–Eu também senti a sua, Stiles.

Ouvimos um grande barulho do outro lado da porta, logo em seguida um uivo, seguido de outro diferente logo depois. Reconheceria aquele uivo em qualquer lugar. Sorri e Lydia e eu nos agitamos. Eram Scott e Derek. Logo barulhos de tiros também se fizeram, gritos e barulho de pancadas.

–Hey! –Lydia e eu gritamos juntos. –Estamos aqui, Hey!

Um estrondo na porta e ela se moveu, mas não abriu. Outro estrondo. Alguém tentava arromba-la.


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Notas finais do capítulo

Eaeee, gostaram? Segurem o core e não morram kkk proximo capitulo esta insano. Vou posta-lo essa semana, pois na proxima vou viajar kk mas sme promessas dessa vez okay, posso postar la pra terça como também posso postar as 23:59 do domingo kkk mas que sai essa semana ah isso sai kkk. Enfim, comentem falando o que acharam, se quiserem me chingar mais um pouco também eu deixo kkk mas comentem! bjsss, até o proximo capitulo.



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