Pov Lydia

Desci as escadas apressada, iria chegar atrasada na escola e isso não seria nada bom, pois a primeira aula era com o treinador. Sinceramente, ainda não sei por que tenho aula de economia.

Fui até a cozinha vendo a mesa posta para o café, peguei uma torrada já dando uma mordida e indo em direção a porta, que foi aberta. Não deu tempo de desviar então minha mãe e eu colidimos uma com a outra. Ela tinha cartas na mão e todas elas voaram para cima com a trombada.

–Lydia! –Minha mãe me repreendeu.

–Desculpe mãe. –Disse me abaixando junto com ela e pegando todas as cartas que conseguia ver, entreguei a ela. –Estou super atrasada pra escola.

Já estava saindo, mas ela me chamou.

–Lydia, tem uma carta para você.

–Pra mim?

–Sim. –Ela disse me entregando a carta. –Deve ser o seu novo cartão.

Rasguei o envelope vendo um pedaço de plástico ali, meu novo cartão de credito.

–Ah, é mesmo.

–Se quiser podemos ir ao shopping depois.

–Ãn... Não mãe, obrigada, mas hoje não tá? Tenho que correr. –Disse correndo até o meu carro.

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A campainha tocou três vezes seguidas, fazendo o barulho ecoar por toda a casa.

–Já vai. –Disse Teresa indo até a porta. George ficou de longe olhando.

Teresa abriu a porta e se deparou com um homem alto, bonito. Os cabelos castanhos bem cortados e uma camiseta em gola V. Deu um sorriso charmoso e se adiantou um passo, estendendo sua mão.

–Olá, sou Peter Hale. Posso entrar para conversarmos?

–Entrar para conversar? Sobre o que? –Perguntou George que tinha ido até a porta.

–Bem, eu soube que vocês tem... Bem, alguém digamos, hospedado aqui.

George o estudou com o olhar e tentou rapidamente fechar a porta, mas Peter estendeu a mão e sem muita dificuldade a escancarou de canto a canto.

–Podemos conversar do jeito fácil ou do jeito difícil?

Sem esperar resposta Peter adentrou a casa e a porta foi fechada pouco depois.

–O que você quer? É da policia?

–Primeiramente vocês tem que tomar cuidado. Dá na cara que estão escondendo alguém aqui. Não podem se desesperar e entregar tudo com o primeiro maluco que aparece na porta falando que sabe que tem alguém hospedado aqui. Deviam negar até a morte. –Disse enquanto caminhava pela casa, olhando os objetos. –Amadores. –Sussurrou.

–Vo-Você vai nos entregar?

–Entregar? Não. Vim ajuda-los. –Disse se virando para o casal.

–Nos ajudar? Não queremos ajuda, e porque iria querer no ajudar? Como vamos saber se podemos confiar em você?

–Não podem, mas sem mim em poucos dias isso aqui estará sendo invadido até pelos agentes da CIA se duvidar, ele é filho do xerife. Os dois podem ficar o resto da vida na cadeia, isso se não quiserem deixar os cadáveres de vocês apodrecerem la também.

Teresa engoliu em seco.

–E como você pode nos ajudar?

–Eu o conheço, e sua família, amigos e tudo o mais. Digamos que eles fizeram uma coisa nada gentil comigo e tenho motivos de sobra para deixa-los sofrerem com a morte do Stilinski, que alias fez coisas nada gentis comigo também.

–Queremos um motivo esclarecido, não “coisas nada gentis.” O que o garoto fez para você?

Peter fez uma expressão falsamente sofrida, mas Teresa e George não perceberam a falsidade.

–Ele matou minha querida filha, Malia.

–Filha? –Perguntou George descrente.

–Sim. Ele a seduziu e quando ela menos esperou, ele a matou depois de ela não querer mais nada com ele.

–Esse garoto é doente da cabeça! –Disse Teresa indignada.

–E não para por ai. Seu melhor amigo Scott McCall tinha uma namorada. Allison Argent. Ele a matou também. Os motivos ninguém sabe. O pior é que ele conseguiu convencer todos de que foi um acidente.

–Isso é horrível. –Disse George pensativo.

–Sim. E eu tenho uma gravação interessante das câmeras do hospital em um dos ataques misteriosos. Vou ficar por perto da família, os amigos e tentar saber, se um deles desconfiar de algo eu dou um jeito de que eles voltem a te absoluta certeza de que ele esta vivo.

–Tudo bem, pode nos ajudar. –Aceitou George.

Peter sorriu satisfeito.

–Eu quero vê-lo. Dar um alo. –Disse Peter.

Os dois o acompanharam até a a porta que dava para o cativeiro.

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POV Stiles

Ouvi a porta era aberta e meu coração saltou. Minha cabeça doía horrivelmente. Será que finalmente alguém tinha me encontrado? Será que a acarta finalmente tinha chego até Lydia e ela me encontrou? Minhas esperanças vacilaram quando avistei Peter entrar na sala.

Por um momento pensei que era uma alucinação. Como diabos Peter estava ali? Me arrastei no chão, me sentando e encostando as costas na parede.

–Como você...? –Comecei.

–Vocês deviam saber que nenhum prisão iria me prender por muito tempo. E não, antes que perguntei não vim tira-lo daqui. Pelo contrario. Vim transformar sua vida em um inferno maior.

Sentia raiva crescer dentro de mim.

–Você ira se arrepender. Lydia vai me encontrar!

–Seria uma pena se tivesse alguém. –Apontou para sí mesmo. –Para estar por perto de todos e despista-los a qualquer pista que acharem sobre você não é? Acho que você não será encontrado.

–O que vocês vão fazer comigo afinal?

–É uma surpresa. –Disse. Se virando e saindo da sala.

Droga, agora sim eu estava ferrado. Peter não era humano, então meus castigos não seriam mais tão humanos. E agora ele impediria que qualquer um descobrisse alguma pista sobre mim. Minha única esperança era uma carta estupida e garranchada.