Rapunzel Prostituta escrita por Hannah Lancaster


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee gente, beleza?
Então, quero agradecer aos comentários nos outros capítulos, aos favoritos e aos acompanhamentos fantasmas, hahaha, amo vocês



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– Em, aqui sua batida. - Disse Daniel e virei-me para pegar a bebida. - Achei a vodca muito forte para você então pedi para baterem com limão, ok? - assenti com a cabeça. Forte, pra mim? Só podia ser brincadeira.

Dan foi cumprimentar os amigos e aproveitei para dar uma olhada para a boate. Da última vez que havia vindo ali, era tudo muito diferente. A boate em si melhorou em alguns aspectos como iluminação, som e atrações. Hoje, por exemplo, iria ter um show de strippers, e eu estava louca para ver, já que não era apenas mulheres que estariam no palco. O tamanho da boate também aumentou bastante, mas como sempre estava lotada, não era tão notável a diferença.

Voltei minha atenção nos meninos, que conversavam animadamente.

– Em, eles querem te conhecer. - disse Dan, me puxando para o meio da roda dos meninos. - Perguntem algo a ela, tenho certeza que vocês terão resposta em 90% das perguntas. - ele falou sorrindo e bagunçou meu cabelo. Concordei e eles sugeriram um jogo de perguntas, onde eu só poderia dizer "sim" ou "não". Simples.

T: "Você já transou com muitos caras?" Sim.

J: "Prefere mais velhos?" Não.

K: "Então gosta dos homens na sua idade pra cima, mas não muito pra cima?" Sim.

J: "Faz tudo que pedirem?" (Dentro do possível, pensei.) Sim.

K: "Já teve alguma relação com algum cliente, além da profissional?" - olhei para Dan, que sorriu e disse - Sim.

T: "Oral ou Anal?" Não era só sim ou não? - revidei a pergunta. Thiago riu e se desculpou, refazendo a pergunta: "Prefere Oral a Anal?" Sim.

*

Depois de fazerem as mais várias perguntas, conversar sobre tudo que é coisa, descobri mais um pouco sobre eles e me encantei com o jeitinho de cada um. Eram todos muito legais e lindos, e eu esperava (tentar) ser amiga deles.

– O vocês fazem da vida? - perguntei, depois de tomar mais um gole da minha terceira(?) caipivodca. Era como se já fossemos amigos de infância. Conversávamos por horas.

– Eu trabalho numa empresa no centro. - Disse Thiago. Ele parecia tudo, menos empresário, era difícil de acreditar, mas sorri assentindo.

– E eu nas forças militares, outro canto da cidade. - Respondeu James, sorrindo. Ele tinha porte de militar. Pelo pouco que se podia ver com a iluminação da boate, seus músculos eram grandes e pareciam rígidos e fortes. Mesmo com a carinha de príncipe, deveria ser um ótimo militar.

– E o senhor, Killian? - perguntei, sorrindo para ele.

– Quem você acha que faz todos os passeios de cruzeiro mais chiques de Storybrooke? - rebateu ele, com todo seu charme. Killian continuou - Eu, é claro. Digamos que eu sou o Capitão dessa cidade. - ele fez uma reverência na minha frente, beijando minha mão. - Capitão Killian Jones, à seu dispor. - depois se recompôs, sorrindo.

Não era possível. Só faltava o Gancho. Patético.

– E vocês são comprometidos? Por que se eu fosse namorada ou esposa de algum desses príncipes, jamais deixaria vocês irem pra farra - falei, sorrindo para eles, que retribuíram. Todos eram verdadeiros príncipes. - Pelo menos não sem mim... - acrescentei, trazendo risadas gerais. - Dan, você trabalha com seu pai né? - ele apenas fez que sim com a cabeça. Baguncei o cabelo dele de brincadeira e ele me puxou, me abraçando.

– Eu sou solteiro! - pronunciou-se Thiago. - Falando nisso, to muito afim de chegar em alguma gatinha hoje. - ele deu uma risada folgada e bebeu um pouco de sua cerveja.

– Digamos que eu estou de rolo com uma menina lá da cidade. - disse James. - Um doce em pessoa, acho que vocês se dariam super bem. Ela é professora e mora junto com a madrasta, Regina, você deve conhecer. Nossa prefeita. - ele piscou, sorrindo. - Partidão, né? - confirmei com a cabeça.

Claro que eu conhecia a Regina. Todos meus clientes viviam falando de sua amargura, mas eu nunca sequer vira aquela mulher.

– Ela tem um filho, não é? - perguntei para James.

Ele apenas confirmou com a cabeça e acrescentou:

– Ele estuda com a Branca, - supus que esse seria o nome da menina. - inclusive. É engraçado já que eles não tem nenhum laço. Ela é tããão boa Emma. - ele disse, praticamente babando. Amigo apaixonado, que merda.

– Sua baba vai cair daqui a pouco, segura ai. - falei, dando um tapinha na cabeça dele, que devolveu me dando língua.

– Posso falar? - Killian se pronunciou. Thiago havia sumido tão rápido que nem reparei. Depois de olhar rapidamente a pista de dança vi ele conversando com uma menina de cabelos ruivos.

– Pode sim, Jones. - brinquei e depois me ajeitei no abraço de Dan, que estava completamente mudo. Talvez por tédio ou por... é, por tédio mesmo.

– Então, Swan... - ele falou, entrando na brincadeira. - Estou solteiro, digamos que, superando o passado. - ele olhou para o chão, respirou fundo e continuou. - Mas aberto a novos romances... - finalizou, olhando-me com um sorriso no rosto.

– E você Dan? - perguntei a ele, apesar de saber a resposta.

– Solteiro de carteirinha. - Cantarolou e depois saiu de onde estava apoiado e me virou de lado, saindo de seu abraço. Depositou um beijo na minha testa e sussurrou "Vou me curtir um pouco, fica ai com eles, gostaram de você pelo visto." Dan deu uma piscadinha e foi em direção a pista.

– E você, Swan? - perguntou Killian, me cutucando.

– Nunca me envolvi com ninguém. - falei a verdade. - Somente com meus clientes, é claro. - dei língua para Killian e trocamos sorrisos cúmplices.

– Ai gente, vou ver se consigo encontrar Branca acordada, tá bem? - disse James, despedindo-se de nós. - Aproveitem a noite por mim! - ele falou, já de costas para nós.

– Me explica como funciona esse Open Bar? - perguntei a Killian, que mexia em um de seus anéis.

– Ah é simples, pra quem entra normal, eles botam uma pulseira azul e a cada bebida, eles passam um código pela pulseira, depois passam a pulseira no caixa e a pessoa paga. - deu de ombros. Essa parte eu já sabia, mas deixei ele continuar. - Agora com a nossa pulseira - ele segurou minha mão, mostrando tanto a minha quanto a dele, as duas laranjas. - é mais cara tem lá aquelas vantagens de ter mais lugares para ir aqui dentro e tal, e em relação aos drinks você pega quantos quiser, mas tem um limite, a pulseira vai controlando esse limite, se você chegar nele, ela não passa mais. Simples né? - ele dirigiu a mim e olhei-o nos olhos pela primeira vez. Que olhos lindos, caramba.

– Uhum. - respondi. - Quantas bebidas você pode pegar?

– É tabelado. 25 bebidas por pulseira. Parece pouco né? - fiz que sim. - Mas não é não, as pessoas ficam cambaleando por aí com uns 5 drinks, pra mim não vale a pena. Por essas e outras que trago minha bebida de casa. - ele bateu na lata de metal. - Até porque, aqui não tem Rum. - e piscou pra mim.

Até nisso era igual? Ridículo.

– Se você traz de casa, por que tá entrando na área VIP, Killian? - perguntei.
– Por vocês, é claro. - ele se apoiou em um banco. - Não queria ficar sozinho na outra parte da boate, enquanto tava todo mundo aqui... - ele me puxou pela mão e sussurrou no meu ouvido. - Inclusive você, Swan. - me afastei um pouco e pude apreciar seus traços de perto, sorrimos cúmplices e me endireitei.

– Quer ir lá fora? Podemos voltar a qualquer hora, - ele disse, apontando para a pulseira. - vale a noite toda. Juro. Palavra de capitão. - e botou a mão no peito, como se fizesse um juramento, me fazendo gargalhar alto.

Nem preciso dizer que saímos naquele instante, preciso?


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Notas finais do capítulo

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