Son of Poseidon escrita por Lady Lucy


Capítulo 2
Capítulo 1 - Tenho um irmão mais velho que é uma sereia


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo~
Nada a dizer~
Boa leitura semideuses~



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Capítulo um: Tenho um irmão mais velho que é uma sereia

O som de choro cortou a manhã praticamente calma no palácio em Atlântida, acordando assim o homem e a mulher que dormiam calmamente na cama ao lado do berço. Era cedo, muito cedo.

O choro era um som que não se ouvia a anos e assustou algumas criaturas que passavam perto do quarto, mas estas resolveram apenas ignorar, seriam avisadas se fosse algo que deveriam saber. Apenas continuaram com seus afazeres.

– Realmente, tinha me esquecido como bebês choravam alto – murmurou Poseidon enquanto puxava o travesseiro para cobrir os ouvidos ainda meio dormindo – muito alto.

Anfitrite se levantou, sonolenta e caminhou até o berço. Já que o Deus não iria sair da cama tão cedo.

Já mais acordada tirou o menino do berço e o aninhou em seu colo, balançando-o de um lado para o outro no intuito de parar o choro. O que deu certo já que o choro deu lugar a soluços suaves, que por sua vez deu lugar ao silencio. A mulher sorriu para a criança que observava o mundo a sua volta com curiosidade mal contida.

– Parou – disse Poseidon enquanto saia de baixo do travesseiro – Você faz milagres Anfitrite.

– Apenas costume, não se esqueça que eu já cuidei de Triton – falou enquanto procurava o porquê de Percy estar chorando – falando nele, quando você pretende falar com ele?

– Ah. É mesmo, vou falar com ele agora mesmo, ainda tenho que sair para resolver algumas coisas sobre Perseu – falava enquanto se levantava e caminhava até a mulher.

– Você vai sair? Então temos um problema.

– Como o que?

– Eu tenho reunião com o conselho, e você sabe que essas reuniões tendem a levar horas. E já que você vai sair, quem vai cuidar de Perseu?

– Isso é um problema e tanto – resmungou enquanto franzia a sobrancelha – você acha que Triton concordaria em cuidar dele?

– Bem, tentar não custa nada – disse enquanto pegava algumas coisas na cômoda ao lado do berço, equilibrando o menino nos braços.

– O que você está fazendo?

– Pegando as coisas para dar um banho nele – falou mostrando o macacão azul e a toalha que tinha pegado na gaveta.

– Quer ajuda?

– Não precisa, amenos que você queira ir tirando a fralda dele, mas lhe aviso, não está uma situação muito boa aqui.

Percy riu enquanto brincava com o sabonete.

– Estou bem aqui se é assim – riu enquanto levantava as mãos em defesa.

– Certo então, te vejo mais tarde – Disse Anfitrite enquanto de encaminhava ao banheiro do quarto.

Poseidon esperou que ela fechasse a porta para se virar e sair do quarto, seguiu pelos corredores em direção aos campos de treinamento. E como suspeitava, Triton estava lá treinando com alguns Tritões. Observou o filho imortal derrotar com graça os seus três oponentes e finalmente sentir sua presença. Ele se virou aos outros e balbuciou algumas palavras e em seguida veio em direção ao pai.

– Bom dia meu pai. O que o traz ao campo a essa hora? – pergunta enquanto seguia o Deus pelo caminho de pedras e corais que compõem os campos de treinamentos – aconteceu alguma coisa?

– Sim, aconteceu – Triton o olha assustado e com curiosidade – mas já está tudo sobre controle, na verdade, eu queria conversar com você meu filho.

– O que seria?

Poseidon olhou nos olhos do filho, ele sabia que ele não levaria a notícia de animo leve.

– Você tem um irmão mais novo – várias emoções passaram no rosto de Triton. Primeiro descrença, em seguida choque e então fúria total e mal contida – Ele é um semideus.

– O QUE? Você não machuca os sentimentos da mamãe com frequência suficiente? Você tem que trai-la também? E o que isso tem a ver comigo mesmo? – perguntou com sarcasmo.

– Bem, você vê... a criança está aqui em Atlântida – disse com receio.

– O que? A mamãe simplesmente aceitou esse bastardo?

– Ela ainda está chateada comigo mas percebeu que o menino não tem culpa, na verdade ele está com ela agora.

– E o que eu tenho a ver com isso?

– Nós dois vamos sair e precisamos que você cuide dele, Triton, lembre-se que ele não tem culpa de nada, então se quiser descontar em alguém que desconte em mim. Vá procurar sua mãe – disse enquanto saia em direção a porta da frente – ela está no quarto – e desapareceu.

Suspirando Triton começou a ir em direção ao quarto dos pais, “Por que eu tenho que cuidar desse filho bastardo?” pensava.

Chegando em frente a porta do quarto deixou a espada em algum lugar por ali e bateu na porta. Ouviu um fraco entre e abriu a porta, assim entrando.

Anfitrite estava sentada na cama mexendo em algo que estava deitado sobre a cama. “O meu maninho” pensou secamente. Ela se virou, ainda segurando o menino.

– Ah, meu filho, venha, venha conhecer seu irmão – ela tinha um doce sorriso nos lábios e Triton se perguntou o que o bebê fizera para deixa-la assim – estou terminando de vesti-lo.

Ele chegou mais perto da cama e observou a mãe pegar um macacãozinho azul Royal claro e começar a vestir o bebê. Olhou mais atentamente o menino – realmente a cara do seu pai – ele estava brincando com um peixinho de borracha, o levando a boca e mordendo, porém toda vez que ele fazia isso Anfitrite tirava o brinquedo dele, logo devolvendo quando percebia que ele ia começar a chorar. Em uma dessas vezes o brinquedo rolou para a berrada da cama em que ele estava e o menino olhou para ele com olhos lacrimosos. A mãe estava ocupada demais tentando abotoar os botões do macacão. Triton alcançou o brinquedo e entregou para ele. O bebê deu uma gargalhada seguido de um borbulho feliz que fez com que a raiva e o ódio que Triton tinha acumulado se espalhassem como água evaporando, lentamente mais eficiente. Devagar ele colocou a mão na bochecha do menor, percebendo o quanto era macia. Anfitrite já avia terminado de trocar ele e olhava ambos com um misto de curiosidade e amor.

– Você quer segurar ele? – perguntou, assustando o filho que apenas acenou com a cabeça.

Ela pegou percy no colo e ensinou o maior a segurar um bebê daquela idade. Por fim entregou o menino.

– Não, você tem que apoiar a cabecinha dele também, já que ele não tem força para fazer isso sozinho – ensinou delicadamente, ajeitando os braços do filho – assim.

– Ele é muito pequeno – disse olhando o bebê – parece muito frágil.

“E tem uma cicatriz bizarra no pulso direito” acrescentou mentalmente.

– E é – disse suavemente – você precisa ter muito cuidado com ele, mas vai se surpreender em quão rápido ele vai crescer.

– Mãe...

– Sim?

– Qual é o nome dele? – perguntou sem desviar os olhos do menor.

– É Perseu Jackson.

– Hnm

Poseidon andou rapidamente ao encontro do irmão mais velho. Estava escrito que um não poderia ir ao domínio do outro, mas não dizia nada sobre eles se encontrarem em outros lugares. Suspirando, chegou ao prédio combinado e entrou no elevador, clicou no botão do andar ao qual Hades escolheu. Ele não olhou para ninguém e foi o mais rápido que podia. Ele não queria deixar o Percy com Triton por muito tempo, apesar de algo lhe dizer que ele ficaria bem.

Saiu do elevador e caminhou pelo corredor até achar o quarto combinado. Entrou e seguiu para a sala. Encontrou Hades lendo um Gibi – Um assassino em NY – jogado em uma poltrona de couro preto.

– Hades - chamou o irmão ganhando a atenção do mesmo imediatamente.

– Irmão – disse presunçosamente – não imagina a minha felicidade quando você pediu para que nos encontrássemos – sorriu – Você tem estado bem estressado ultimamente, você está enchendo o meu pátio. Pobres mortais inocentes.

– Me poupe essa conversa fiada Hades, preciso ter uma conversa séria com você.

Hades franziu o cenho diante afirmação.

– E o que seria?

– Eu sei que Zeus fez muito mal a você no passado...

– e?

Poseidon pensou bem em suas palavras, já pensando no chilique que Hades faria quando tocasse no assunto. E ainda mais quando dissesse que tinha quebrado o Juramento.

– Eu, quero saber o que aconteceu com sua amante – Hades se endireitou melhor na poltrona, não desviando um segundo o olhar de seu irmão – Quero saber o que aconteceu com a Maria.

– E por que diabos você acha que eu vou dizer alguma coisa?

– Olha, ele matou minha amante também – disse enquanto fitava o irmão – e teria matado nosso filho se eu não tivesse conseguido salva-lo.

– O que você quer dizer com seu Filho? Você quebrou o juramento Poseidon? Você está louco? Eu sou o único capaz de permanecer em um acordo? – disse com certo veneno na voz – Você? O único que veio com essa ideia? Sinceramente, Poseidon...

– Se acalme Hades – disse o Deus dos Mares – o que está feito não tem mais volta. Mas preciso mesmo saber sobre Maria. Preciso saber o que faz Zeus pensar que pode sair matando nossas amantes e nossas crianças.

Isso calou o Deus do Submundo. Ele pareceu pensar por um minuto mas acabou cedendo.

– Só dessa vez Poseidon.

Poseidon se assustou pelo irmão querer cooperar, logo se calou e ouviu a história que o outro contava, assustadoramente avia semelhanças entre os dois assassinatos, Hades contou como ele salvou Bianca e Nico e também que havia escondido os dois em um local seguro.

– Bem, eu sinto muito pelo que Zeus fez para vocês, Hades – começou a falar, suspirando algumas vezes – mas ele fez o mesmo para mim.

Hades acenou e pensou por um segundo.

– E o seu filho?

– Ele está bem. Está seguro em Atlântida agora.

– Isso é bom.

– Mas preciso ir agora, você pode cuidar de mandar Sally para Elysium? Promete?

– Só por que é você irmão – comentou com os cantos da boca curvados para cima, na sombra de um sorriso – Agora saia daqui! Você não estava com presa?

– Obrigado – disse enquanto desaparecia em uma nuvem de vapor, deixando para trás o cheiro de maresia e um Hades emburrado.

– Bem, eu não sabia que ele conseguia agradecer alguém...

Um choro cortou o ar novamente em Atlântida, pela segunda vez no dia.

Uma ninfa aquática caminhava apressadamente pelos corredores, carregava algo cilíndrico cuidadosamente nas mãos. Adentrou o quarto dos seus Senhores e encontrou Triton com a causa do choro estridente. Há este momento já não passavam de soluços baixos.

– Senhor – chamou, entregando o objeto a ele.

– Obrigado, pode ir.

A porta se fechou em um baque mudo e Triton voltou sua atenção ao bebê em seu braço. Este que olhava para a mamadeira com olhos aguados. Sorrindo ajeitou o menino em seus braços e logo ele já estava acabando com o conteúdo da mamadeira.

– Parece que estava com bastante fome maninho.

A única resposta que teve foi um chute fraquinho. Sorriu e terminou de alimentar a criança.

Foi até a janela e terminou de abrir a cortina, observou novamente Percy, que tinha olhos sonolentos.

– Não acredito que fiquei bravo por você ter nascido – Disse enquanto um sorriso adornava sua face.

Um resmungo veio em resposta. Perseu já havia praticamente pegado no sono. Triton colocou ele cuidadosamente no berço e o cobriu com uma cobertinha. Em alguns momentos ele já tinha a respiração calma, completamente apagado.

A porta se abriu assustando assim o maior que se virou rapidamente, na frente do berço de forma protetora.

– Ora, te assustei meu filho? – disse Poseidon enquanto caminhava em direção ao berço – Como ele está?

– Literalmente desmaiou assim que terminei de alimenta-lo.

– Entendo.

Os dois ficaram em silencio por alguns minutos, apenas observando o menino dormindo. Até que Anfitrite aparecesse e se juntasse a eles.

Triton foi até os campos de treinamento, atrás dos colegas que havia deixado esperando desde que havia saído para conversar com o pai. Anfritite e Poseidon ficaram no quarto junto ao recém-nascido.

– Como foi na reunião?

– O representante do oceano indico me questionou sobre a nova corrente que vem cortando os mares, assim como todos os outros.

– Uma corrente?

– Pelo que parece, ela apenas aparece em algum tempo em determinados momentos. Apareceu ontem à noite e hoje cedo, por incrível que pareça, na hora em que Perseu acordou.

– Seria possível que...?

– É uma chance na verdade. Ele é seu filho, assim tem controle sobre a água.

– Mesmo assim, criar uma corrente apenas por chorar... é inacreditável.

– Talvez.

Em um palácio, em um local desconhecido um moreno que aparentava ter aproximadamente vinte e cinco anos olhava o colar que continha seu símbolo. Um círculo com oito setas saindo do meio.

Estava perdido em pensamentos, perceptível através de seu olhar. Um menino de dezoito anos entrou na sala assustando-o.

– Senhor, achamos o escolhido.

– Quem é?

– Um menino, semideus.

– Onde ele está?

– Pois é. Este é o problema.

– Por que?

– Ele está em Atlântida.

“Isso sim é um problema” acrescentou mentalmente.

– Fique de olho nele e me diga se algo acontecer.

– Certamente senhor.


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