Acordou e percebeu que um braço envolvia sua cintura, o tirou com cuidado e virou-se de modo que podia vê-lo dormindo não pôde deixar de notar como ele parecia um anjo uma expressão leve sem qualquer sinal de crueldade, deitado ali não parecia um monstro como todos diziam era apenas Jonathan, seu Jonathan.

Acariciou levemente os fios loiros, não queria que ele acordas se, olhou para si mesma e viu que usava uma camisa dele e isso a fez se dar conta da besteira que havia feito, não podia não com ele, foi com esse pensamento que se levantou da cama pegou suas roupas deixou apenas a blusa que estava inutiilizada.

Destrancou a porta , olhou mais uma vez para ele e então saiu.

Foi para o próprio quarto, tentou voltar a dormir mas não conseguiu, saiu do quarto e foi em direção a cozinha

– Noite divertida, não? -Jace disse ao chegar

– A ligação demoníaca -ela disse mais para si do que para ele

– Também, mas a roupa que está usando, o barulho que fizeram a noite, e outras coisas -ele disse irônico

– Mas é uma pena, não? -ela disse

– O quê? -ele disse

– Descobrir que essa é a maior aproximação que pode ter comigo -ela disse irônica

– Aí é que você se engana, se eu quisesse você já estaria aos meus pés -ele disse no mesmo tom

Ambos não falavam sério, para qualquer pessoa que visse aquela seria uma situação bem sexual, ela usando apenas duas peças de roupa sendo uma delas uma roupa íntima e ele uma camiseta e uma calça de moletom e tendo aquele

diálogo, mas para os dois não significava nada, os dois estavam bem envolvidos com outras pessoas, mesmo que ela não quisesse admitir sua situação com Jonathan havia mudado na noite passada.

– Quando vai buscar a ruivinha? -ela disse

– Se por ruivinha quis dizer Clary, entre hoje e amanhã eu acho -ele disse

– O que Sebastian fez a você para defendê-lo daquele jeito na casa de Luke? -Jace disse

– Não quero entrar em detalhes mas posso dizer que ele me salvou de várias maneiras possíveis -ela disse

...

Havia saido um pouco para caminhar não sabia como olhar para ele agora, tinha a certeza que para ele não foi nada de mais e esse era o problema esse era seu medo não queria que isso tivesse acontecido porque no fundo não queria que fosse só mais uma noite sem importância, não com ele.

Toda a sua atenção se voltou para a pessoa que viu naquele momento, não acreditava que pudesse ser ele, fazia muito tempo, nem tanto assim mas considerava dessa maneira.

Então ele começou a andar em direção à ela.

Começou a correr, não queria falar com ele, era uma parte do seu passado e isso era o que mais queria esquecer

– EMILY POR FAVOR ESPERA -ele disse ainda tentando alcançá-la

– EU SINTO MUITO, EU NÃO QUERIA QUE A CLAVE TIVESSE FEITO AQUILO, EU TENTEI TE AJUDAR, EU JURO -ele continuava a falar e cada palavra a machucava ainda mais por ser forçada a lembrar-se de tudo

Não achou ruim o que a clave fez a ela apenas as coisas e pessoas que perdeu por isso e Thomas era a principal.

Seus pensamentos acabaram distraindo-a e acabou perdendo o ritmo o que fez com que fosse alcançada

– eu não quero ouvir nada -ela disse

– Ems por favor -ele disse

– Não me chama assim tá legal? você faz parte do meu passado e ele é tudo que eu quero esquecer , será que dá pra entender isso? -ela disse

– Três anos, três, não foi tanto tempo assim e você me chama de passado, PASSADO? -ele disse incrédulo

– Decepcionado? pois fique um pouco mais, você e todos que eu conheci naquela época viraram passado para mim no dia que eu fui obrigada a ir embora -ela disse com um tom surpreendente firme, náo achou que naquele momento conseguisse isso

– ENTENDA EU NÃO SEU PASSADO PORQUE ONDE QUER QUE VÁ VOCÊ TAMBÉM ESTARÁ COMIGO, EU SOU SEU PARABATAI E INDEPENDENTE DO QUANTO QUEIRA NÃO VAI PODER MUDAR ISSO -ele disse apertando ainda mais as mãos no braço dela

– Se for por isso podemos resolver isso agora- disse pegando uma lâmina de serafim

– Vai me matar, vai mesmo me matar ? vá em frente duvido que tenha coragem- disse soltando-a e abrindo os braços para que pudesse ser atingido livremente

* Flashback on

09 anos atrás

– Ems -disse um Thomas mais novo

– Já disse que esse apelido é ridículo -uma Emily de oito anos disse

– Já mas eu não me importo continuarei chamando porque é legal -ele disse simples

– Tá já vai que você não vai parar, mas o que você quer ? -ele disse

– Quer ser minha parabatai? -ele disse

– Sério?! -ela disse levantando sua cabeça que antes se encontrava na coxa do amigo e virando-se para encará-lo

– Claro -ela disse sorrindo

– Sabe eu decidi que nunca vou ficar longe de você -ele disse

– Eu acho que eu tenho que aceitar isso, não acha? -ela disse

– Não, não tem -ele disse

Tudo era tão simples, era feliz, seu sorriso não era como o atual que normalmente vinha unido a dor de outra pessoa, ao prazer de ver outra pessoa sofrendo

– Eu não quero perder você -ela disse

– E não vai -ele disse

– Nós nunca vamos nos separar -ele disse

*Flashback off

Segurou firmemente a lâmina e tentou reunir a força necessária para fazer aquilo, estava indo bem a arma já estava próximo ao pescoço, apenas um pequeno movimento e isso acabaria, mas não conseguiu apenas afastou a arma e a deixou cair no chão.

– Sabia, você não conseguiria -ele disse e a abraçou

– Talvez eu não consiga te matar mas isso eu consigo fazer- disse derramando um líquido azul sobre ele

Saiu de perto dele e deu as costas e saiu andando, ele tentou segui-la mas não conseguia se movimentar mais

– Relaxe daqui a pouco o efeito passa -ela disse conseguindo manter um tom de voz frio e confiante

– EU NÃO DESISTI DE VOCÊ EU DISSE QUE NUNCA IRÍAMOS NOS SEPARAR, POSSO NÃO TER CONSEGUIDO CUMPRIR, MAS ESTOU TENTANDO CONSERTAR TUDO, MESMO NÃO TENDO CULPA PORQUE EU ME IMPORTO COM VOCÊ -ele disse

Talvez conseguisse fingir para ele, mas para ela esse encontro foi terrível e ainda estava tentando entender como ele havia conseguido achá-la

Entrou no apartamento e naquele momento não sabia direito o que fazer e acabou esbarrando em alguém, novamente nele e isso nunca acabava bem

– Com quem estava? -ele perguntou

– Com ninguém -ela disse, tentando manter a voz firme ultimamente qualquer aproximação com ele já lhe trazia diversas reações

– Sei quando está mentindo -ele disse

– Bom pra você- disse tentando soltar-se

– Eu quero saber com quem estava -ele disse em um tom mais ameaçador

– Eu já respondi, mas acho que prefere a resposta eu não quero dizer -ele disse

– Não me importa o que quer ou não, no momento isso é o que eu quero -ele disse

– Eu não obedeço você -ela disse

– Não mesmo? -ele disse com um olhar estranho o que a fez presumir que coisa boa não vinha dali

eles fez sua costas encostarem em uma parede e assim estava encurralada

– Quer dizer que não me obedece? -ele disse diminuído ainda mais a distância entre os corpos

Começou a beijar o pescoço da caçadora

– Vai dizer que se eu mandasse me beijar agora não faria? -ele disse

Ela não conseguiu responder nada pois no mesmo instante já estava beijando-o , era completamente irracional , ilógico, mas não conseguia mais manter uma distância dele e dessa vez não estava bêbada nem drogada nem nada que pudesse alterar seus sentidos e isso lhe dava certo receio.