Depois de ver as cinzas dela cair, de certo fato percebi que nunca conseguiria deixa lá, ela sempre será eterna. Sempre será minha pequena Tris

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Quando voltamos para casa minha mãe está me esperando, depois que ela saiu da cidade veio morar comigo até achar um lugar para ela. Eu gosto de sua companhia, tenho ficado muito sozinho nesse apartamento. Já se passaram 2 anos e meio da morte de Tris mas acho que ainda não consigo ficar sozinho ou talvez não queira ficar com alguém que não seja minha mãe. Ela esta tentando me agradar e eu gosto disso ela sempre fazia isso depois que Marcus meu pai saia de casa e ficava apenas eu e ela.Ela tem um dom para comida e esta fazendo uma que esta um cheiro maravilhoso tenho que admitir. Mesmo sendo da abnegação ela sempre dava um jeito de deixar tudo que fazia mais saboroso.

–Oi Evelyn- Digo largando a chave do carro em cima da mesa.

–Oi Tobias, estou fazendo um almoço para nos dois, em agradecimento por ter me deixado ficar com você- Responde ela largando a colher que estava mexendo a panela em cima da pia.

–Não se preocupe com isso mãe, nos dois somos uma família agora.- Eu perdoei ela porque ela é minha mãe e sinto a necessidade de um amor fraterno. Sentamos somente eu e ela na mesa ela me serve colocando um pouco de massa (Isso é uma comida que nos mostraram quando chegamos aqui, na abnegação comer o mais simples possível era a única coisa) com molho que aparenta esta com uma cara muito gostosa. Me deitei um pouco e peguei no sono.

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Depois de comer com minha mãe, e dormir eu sai para dar uma volta talvez esteja ainda muito abalado por ter deixado Tris ,de largar suas cinzas ou talvez porque hoje seja o dia da escolha. Encontro Christina, ela virou uma dos meus melhores amigos , as vezes eu sinto que tenhamos nos unido pela dor.

–Tobias ! - Grita ela vindo na minha direção - Eu tava te procurando preciso falar com você .

–Pode falar

–Chegou uma nova habitante aqui na cidade, vem ver quem é

Eu vou mas não sei o porque Christina queria me mostrar uma mulher. Caminhamos até o departamento central e enxergo ela.Tris. Entrei em pânico olhei de novo e apenas vi uma menina simples , magra , loira e de olhos azuis.

–Christina quem é essa! - Digo suando limpando minhas mãos na calça que estou usando hoje, me segurando pra não gritar.

–Você tem que se acalmar pelo amor de Deus !

Caminho rápido em sua direção.

Qual é o seu nome? - pergunto tentando ignorar o quanto a olhar dói no meu peito. Quando ela se vira entro em pânico.Tris. Minha pequena Tris aqui bem na minha frente , não sei se estou tendo alucinações ou se é verdade.

–Tobias ! Amor - Diz ela chorando em prantos , não sei se é verdade ou se estou maluco

–C..como.. Tris - Antes de terminar ela já esta me beijando e quando os seus lábios estão encostando nos meus percebo que é ela, por quem sofri todos esses anos, por quem sofri sua morte, por quem chorei tanto tempo.

– Não é possível! TRIS você morreu por mais que eu queria pelo amor de Deus você morreu eu não estou louco.

–Por favor Amor você tem que entender eu estava lá, sobrevivi ao soro da morte levei alguns tiros e o David me disse que se eu fugisse nada aconteceria com você nem com Caleb nem com ninguém por favor você tem que entender, eu estou aqui agora. Me desculpa. Eu te amo !

– Seis! - uma voz gritou. Tris fechou os olhos e respirou fundo.

–Me espera aqui - ela tocou meu rosto como se tivesse medo que eu desaparecesse,e foi em direção a um homem. Olhei incrédulo para Cristina.

–É ela? -perguntou Christina num fio de voz.

–É - falei sentindo as lágrimas tomarem meus olhos -É a nossa Tris.

Christina sorriu,também

chorando.Perdeu muitos amigos,e o amor de sua vida, e agora tinha a chance de ter sua melhor amiga de volta.

–Já chega David! - ouvimos Tris gritar - A missão acabou! Não vou ser mais um dos seus soldadinhos! Deixe a mim e minha família em paz! - ela voltou pisando com raiva.

–Tris! - Cristina correu para abraça-lá

– Você é de verdade?

–Sou eu Christina! - ambas choravam - Não é um sonho! Eu voltei!

Suas palavras me pegaram despercebido. E se fosse um sonho? E se fosse apenas meu subconsciente tentando superar a dor de me afastar de suas cinzas,a única parte que ainda restava de Beatrice Prior?

–O que houve Tobias? - ela me fitou com os olhos azuis,e decidi me perder neles. Se fosse um sonho, ótimo. Eu adoraria nunca mais acordar, adoraria me perder naqueles momentos onde poderia estar do lado dela, nem que fosse por apenas algumas horas.

–Nada - eu sorri a abraçando - Que bom que você voltou.