True Love escrita por Sophia Potter


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hellou minhas amadas *--*
Demorei um pouco (bastante), então me desculpem!
Quero agradecer a vocês pelos reviews do cap passado, amei todos!
Espero que gostem desse tbm.
Hoje tem Guiana pa nóixx uheauhuhe *...*
Boa leitura minhas lindas!!



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P.O.V’s Ana Miller:

–Criatura, o que você tá fazendo de tão importante, para me deixar esperando até as duas da manhã?

“-To terminando meus trabalhos de faculdade e depois eu vou tomar um banho.” – Disse Sophia como se fosse óbvio.

Bufei com aquilo.

–Ta legal, me manda uma mensagem quando estiver chegando.

“Aham, tchau.”

–Tchau. – Desliguei o celular, e me joguei em um dos bancos. Ouvi a porta do PUB bater, e quando me virei, pude ver Guilherme vindo em minha direção.

–Vai mesmo esperar uma hora aqui? – Perguntou largando sua mochila na moto.

–Fala logo o que você quer. – Disse, colocando os meus óculos. – Minha cabeça está explodindo, e eu estou sem paciência para seu cinismo hoje.

–Já é quase uma da manhã, aqui não é um bom lugar para ficar, ainda mais para uma criança feito você.

–Só tenho 3 coisas a falar, 1) Aham, 2) Aham e 3) Aham. – Declarei e ele riu. – Serio, será que dá para você ir incomodar outra pessoa?

–E o que faz você pensar que eu estou aqui exclusivamente para incomodar você? – O moreno cruzou os braços e me encarou com o seu tipo sorriso cínico nos lábios.

Eu simplesmente não sabia o que responder, e eu detestava isso!

–Boa espera para você, e até amanhã! – Guilherme disse atravessando a rua.

Vi ele ir em direção a um boliche do outro lado da rua e fiquei me perguntando o porquê daquele ser humano, ir jogar em uma madrugada de terça-feira.

Eu estava procurando meus fones de ouvido completamente distraída, quando ouvi um estouro, olhei para o lado e avistei três marmanjões se aproximando de mim. Voltei a olhar para frente procurando por Guilherme, mas ele já havia entrado no tal boliche. Os três carinhas começaram a falar algo como “E ai gatinha?” e eu simplesmente gelei.

Ignorei cada instinto do meu corpo que dizia para não ir atrás daquele idiota e simplesmente fui. Atravessei a rua correndo e entrei no boliche. Porque diabos eu havia feito isso?

Parei subitamente quando avistei Guilherme em frente ao balcão, conversando com o frentista. Cogitei a hipótese de voltar, mas antes que eu pudesse mexer um dedo para sair dali, o moreno virou-se. Quando me viu seu olhos percorreram meu corpo todo, como se eu fosse um fantasma.

–O que vo...

–Nada, esquece. – Eu o interrompi, voltando para a porta.

Eu já estava saindo, mas a lembrança dos 3 carinhas passou pela minha mente, e eu simplesmente não consegui dar mais um passo para frente.

–Fala logo o que você quer garota. – Falou Guilherme quando voltei para dentro.

–É que... Eu ouvi um barulho, e depois três caras apareceram, e eu lembrei do que você falou. – Ele começou a rir. – Quer saber, esquece.

–E você está com medo? – Perguntou ainda sorrindo. Qual é a desse garoto?

–Você que me deixou com medo! – Exclamei indignada.

–Quanto você calça? – De que porcaria ele estava falando agora?

–O que?

–Você precisa de um sapato para jogar boliche.

–Quem disse que eu quero jogar? – Perguntei cruzando os braços.

–Tá bom! Então fica ai... – Disse o garoto dando as costas. Revirei os olhos e bufei.

–37! – Falei e ele voltou a olhar para mim, com seu sorriso cínico no rosto. – Pronto para perder? – Provoquei, passando por ele.

–Tá brincando né? – Ele perguntou e eu dei uma risada debochada.

–Eu tenho cara de palhaça de circo?

–Bom, para falar a verdade... – Parei de caminhar, e o encarei, Guilherme franziu a testa. – Okay, vamos jogar!

Peguei os sapatos, e sai andando mas Guilherme cortou minha frente. O segui até as pistas de boliche que estavam completamente vazias, e me atirei na cadeira colocando os tais sapatos e o moreno fez o mesmo.

–E ai, qual delas você quer? – Guilherme perguntou.

–Pode ser aquela. – Apontei para a pista do meio.

–Ta, vamos jogar naquela. – Ele apontou para a última.

Revirei os olhos, porque esse garoto tem uma mania idiota de discordar de tudo que eu falo?

–Ta legal! – Disse e levantei indo até a tal pista. Peguei uma daquelas bolas, e caralho, como aquilo era pesado!

Ouvi os passos de Guilherme atrás de mim e me virei para jogar aquela coisa redonda de 300 kg.

–Não! – Ele disse.

–Não o que? – Perguntei.

O moreno parou na minha frente, impedindo que eu fizesse qualquer movimento.

–Eu vou jogar primeiro. – Ele declarou.

Alguém pode me dizer que diferença isso faz? Eu estou prevendo, até a Sophia chegar esse garoto vai estar morto.

–Ah claro, mulheres primeiro, eu tinha esquecido. – Sorri largando a bola no chão.

–Caralho garota... Você acertou o meu pé. – Ele exclamou fazendo uma careta.

–Ótimo, então joga logo.

Já estávamos lá fazia uns 20 minutos, e só para constar, o motivo de eu estar perdendo não era porque eu não sabia jogar, mas sim porque aquele idiota me atrapalhava toda vez que eu tentava acertar qualquer um daqueles pinos.

–Já chega! Eu preciso beber alguma coisa ou eu vou pirar... – Falei me jogando em uma daquelas mesas que ficam atrás das pistas.

–Vai desistir tão fácil assim? – Ele perguntou se sentando de frente para mim.

–Não estou desistindo. – Discordei, tentando chamar o garçom. – Só estou lhe dando um tempo para aceitar minha vitória.

–Vitória? – Ele riu pelo nariz. – Claro, depois de eu ter derrubado o dobro de pinos que você, como não pensei que você iria ganhar? – Eu podia sentir o sarcasmo em sua voz a km de distância.

–Só para constar, você está trapaceando. – Falei e ele franziu a testa.

–Eu não sabia que tinha como trapacear no boliche mas beleza.

Eu já estava abrindo a boca para retruca-lo, mas fui impedida pelo garçom, que com um notável mal humor finalmente decidirá ir até lá.

–Vocês vão querer o que? – Perguntou.

–Duas latinhas de coca. – Guilherme pediu e o garçom se retirou.

Ignorei o fato de que ele não havia nem perguntado o que iria querer e continuei.

–Mas mudando de assunto, o que vamos fazer em relação a ideia maluca do Jay?

E ai você se pergunta, que ideia maluca? Bom, meu querido chefe, para variar, resolveu ferrar com a minha vida e com a do ser humano estranho na minha frente.

De acordo com Jay, na Come Dark é tradição ter algumas noites inspiradas nos anos 60 a 80, até ai tudo bem. Mas para que complicar tudo?! Alguém pode me dizer? Sabe o que o Jay fez? Ele decidiu inovar, e colocar meu colega de trabalho e eu, servindo as pessoas com patins, quer dizer, partiu se esborrachar toda?!

E como se não bastasse, ele decretou que Guilherme e eu teríamos que dançar juntos! “Alguém tem que começar a dança, porque não vocês dois?” Caramba Jay! Eu preferia lavar o banheiro masculino!

–Não tem o que fazer, o primeiro ensaio é amanhã. – Guilherme disse e eu suspirei.

–Que droga! Esses ensaios vão ser os primeiros micos que vamos pagar. – Falei imaginando as deprimentes cenas.

O garçom apareceu com os refrigerantes e nos serviu. Abri a latinha como se fosse a última do mundo, e comecei a tomar.

Vi Guilherme me observando, ele olhava diretamente para meus olhos, então eu fiz o mesmo. Era desconcertante encara-lo, seus olhos eram castanhos escuro como um poço de segredos, eram misteriosos. No entanto não era isso que me assustava, mas sim o fato de parecerem tão familiar.

Mas quanta besteira! Comecei a rir, e ele ergueu a sobrancelha.

–O que foi?

–Nada. – Falei, tomando o último gole do meu refrigerante.

Joguei a latinha sobre a mesa, e arrotei. Guilherme sacudiu a cabeça e começou a rir.

–O que foi? – Dessa vez fui eu quem perguntou.

–Você é estranha. – Ele disse e se levantou. – Vamos voltar a jogar? Para você continuar ganhando de mim?

Me levantei, e voltamos a última pista. Jogávamos em silêncio já a uns minutos, e isso estava ficando chato, então resolvi puxar assunto.

–Então porque você joga boliche a essa hora da madrugada? – Perguntei enquanto ele me passava uma bola.

–Silêncio, sem pessoas, ou seja, para satura minha paciência. – Falou simplesmente. – Mas é claro que as vezes aparecem pessoas como você, que são tão chatas que me fazem pensar porque eu ainda estou aqui.

–Só para lembrar, você que me convidou, e pelo que eu sei, você está livre para sair daqui quando quiser. – Falei, minha voz assumindo um tom grosseiro.

–Desculpa, mas não fui eu que apareci aqui morrendo de medo, a uma meia hora atrás. Mas se você quiser ir se divertir com os 3 caras lá fora, fique à vontade, eu retiro o meu convite.

–Nossa, você é um idiota. – Falei, enquanto o via derrubar os pinos mais uma vez.

–Um idiota que está ganhando de você!

Era minha vez, peguei uma das bolas e joguei e o milagre do século aconteceu, eu acertei todos aqueles pinos. Soltei um grito de alegria e dei um pulinho.

–E ai o que achou? – Perguntei a ele.

–Eu acho que eu continuo ganhando... Espera, eu continuo ganhando! – O sarcasmo estampado em sua voz. Revirei os olhos.

Ficamos mais um tempo jogando e foi a vez dele de puxar assunto.

–O que seus pais acham de você estar trabalhando em um bar, à noite? – Ele me perguntou e isso me pegou de surpresa.

–E-eu não sei... – Ele cruzou os braços, e pude ver seus olhos se estreitarem enquanto me encarava.

–Que feio, não contou para o papai e a mamãe que trabalha em um bar cheio de marmanjos... – Ele balançou a cabeça como sinal de reprovação. – Que feio... – Repetiu.

E aquilo me irritou muito.

–Sabe como é... É meio complicado contar alguma para seus pais, quando eles estão mortos. – Falei e vi o sorriso desaparecer de seus lábios.

–Fazer o que, pessoas morrem o tempo todo. – Ele deu de ombros e se virou para jogar. – Você não achou que eles iriam viver para sempre achou?

Mas o que? Naquele momento eu estava com tanta raiva, que eu simplesmente fiquei sem resposta. E nem consegui abrir a boca para falar, só fiquei lá parada, encarando aquele idiota que eu definitivamente detestava.

Senti meu celular vibrar no meu bolço, era uma mensagem da Sophia.

“Vou chegar daqui a pouco, esteja ai fora ou eu vou embora.”

Peguei minha bolsa e me direcionei a saída.

–Onde você vai? – Ele perguntou, mas eu continuei andando. – Eu não acredito, você ficou braba por causa daquilo que eu falei?

Parei de andar e me virei.

–Vai a merda!

–Eu não acredito mesmo! – Ele caminhou em minha direção. – Deixa eu pedir desculpas para a mimadinha, eu esqueci que eu tinha que ter pena dela.

–Eu não quero que você tenha pena de mim. – Falei, minha voz começou a ficar alterada.

–Há não? Você só queria que eu dissesse que sentia muito, ou que eu falasse essas coisas que as outras pessoas falam para você se sentir melhor.

–Sabe o que eu queria? Que você calasse a boca! Mas não... Como você é um babaca, filhinho de papai, acha que pode sair por ai ofendendo as pessoas e fazendo o que quiser com elas.

–Olha a sabe-tudo falando... Vamos ver, o que mais você sabe sobre a minha vida? – Ele perguntou mas nem deu tempo para que eu respondesse. – Quer saber de uma coisa garota?! – Ele se aproximou mais ainda, nossos rostos ficando a centímetros de distância. – Presta atenção, 1) Eu não sabia sobre seus pais, 2) Qualquer que tenha sido a causa da morte deles, a culpa com certeza não foi minha e 3) Eu não sou obrigado a ter pena de você! – Ele estava gritando mas baixou a voz. – Entendeu?

–Nossa! – Ergui os braços em sinal de derrota. – Vai se ferrar! – Me virei e voltei a caminhar.

Escutei ele resmungar, alguma coisa que eu não entendi. Como resposta, a qualquer que tenha sido o comentário idiota, ergui minhas duas mãos, e lhe mostrei os dedos do meio, ainda caminhando para a saída, não me virei para ver sua reação porque eu realmente não me importava.

[...]

Acordei suada e com a respiração ofegante, demorou um tempo para eu perceber que eu realmente estava no meu quarto. Senti as cobertas grudadas em minha pele e as joguei para longe, mas permaneci por alguns instantes tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer.

E lá estava eu mais uma vez saindo de um pesadelo! Pude sentir o gosto da bile subindo por minha garganta.

Suspirei desesperadamente e levantei da cama, eu precisava de agua. No entanto assim que botei os pés no chão minha visão e eu cambaleei tonta para trás. Voltei a sentar tentando normalizar minha respiração. Antes que eu pudesse pensar no que fazer, a porta do meu quarto foi subitamente escancarada.

–O que foi? – Sophia perguntou, se não fosse a situação eu poderia rir, ela estava completamente descabelada e com um de seus cremes importados no rosto. – Ouvi você gritar do me quarto.

–Nada só mais um pesadelo idiota! – Falei e ela sorriu ternamente.

–Com seu pai outra vez? – Perguntou, vindo se sentar na minha frente.

–E com a morte dele! – Completei, aquelas cenas horríveis voltando na minha mente.

–Você está bem?

–Não... Mas vou ficar. – Sophia assentiu demoradamente.

–Você não acha tudo isso muito estranho? Quer dizer você nem estava lá quando ele morreu... – Ela constatou. Eu nunca tinha pensado nisso, mas ela estava certa.

–Sei lá... – Suspirei e olhei para o relógio do meu celular, 06:30, já estava na hora de levantar. – Já começou o café?

Sophia sorriu percebendo que eu já estava melhor.

–Eu não, quem faz o café aqui é você, afinal o seu é o melhor de todos. – Sorri e revirei os olhos, e ela deu uma risada.

Me levantei e Sophia fez o mesmo. Ela colocou seu braço sobre meus ombros, e fomos em direção a cozinha. – Sabe... Temos que conversar sobre algumas coisas. – Disse usando seu to de persuasão.

–Ai céus, o que você quer?

–Nós vamos fazer compras hoje, antes do trabalho. – Sophia declarou e começou a dar pulinhos.

–Há não! Não mesmo. – Discordei.

–Há sim! Sim mesmo. – Sophia retrucou.

E assim começou uma discussão interminável sobre como eu “deveria sair de casa e ser feliz de vez em quando”.


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Notas finais do capítulo

Por favor minhas amadas comentem! Isso vai me deixar muito feliz *----*
Obs: Os próximos capitulos, digamos assim, que serão mais especiais se é que me entendem! Haha!
Beijãããão e aguardo vcs nos reviews!



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