Seus braços eram quentes e aconchegantes. Pedro estava apertando Karina em seu corpo com força, mas ela não estava incomodada com a força do abraço muito pelo contrario, ela estava amando e apertou mais ainda Pedro em seu corpo. Quando ela viu Pedro parado na entrada da faculdade correu para os seus braços, e agora que estava neles não queria mais sair de lá, mas ela se obrigou a sair do abraço. Olhou para Pedro e ele estava com aquele sorriso largo e lindo que ela amava. E então Karina começou a bater no peito do garoto.

– Au! Ei! O que é isso Karina? – Pedro a segurou pelos pulsos a olhando surpreso.

– Você nem pra me avisar que ia voltar pra São Paulo!

– Desculpa! Mas eu to aqui de volta, e é pra ficar tá bom? – e a puxou para um abraço novamente.

– Acho bom mesmo – Karina se aconchegava nos braços do garoto abrindo um sorriso.

– Então isso quer dizer que a gente ta bem de novo? – perguntou Pedro com um pouco de medo da resposta da garota.

– Se com bem você quer dizer que eu te perdoei – Karina se afastou novamente e olhou para Pedro – então sim, eu te perdoei sim Pedro.

Pedro abriu um sorriso com a resposta da garota e a puxou dando vários selinhos na garota que sorria.

– Que fofos – disse João chamando a atenção para ele – agora desculpa atrapalhar, mas é que a gente tem aula – ele apontou para a entrada da faculdade.

– Pode ir Johnny. A gente não vai pra aula hoje – disse Pedro olhando para Karina.

– A gente não vai não é? E aonde a gente vai? Posso saber? – perguntou Karina.

– Não sei ainda, mas pra aula não vai ser – os dois sorriram com a resposta do garoto.

– Bom, eu vou. Até! – disso João indo em direção à entrada.

Pedro e Karina foram andando agarradinhos até acharem uma praça perto da faculdade. Eles sentaram em um bando de frente um pro outro e Pedro começou a fazer carinho nas pernas da garota.

– Porque você foi pra São Paulo? Eu fiquei chateada por você não falar comigo antes – confessou Karina timidamente com a cabeça baixa.

– Ficou é? – Pedro sorriu – pensei que você tava com raiva de mim pelo que aconteceu no banheiro.

– Não né. Eu queria era te pedir desculpas por aquilo, não sei o que deu em mim.

– Eu sei. Eu sou irresistível né? Sou muito gostoso – disse passando as mãos no corpo fazendo bico e os dois riram.

– Para palhaço! – pediu Karina enquanto empurrava Pedro de leve – Eu to falando sério.

– Eu também – Karina revirou os olhos – ok já parei – uma das mãos de Pedro foi para o rosto da garota a fazendo carinho – eu não tenho nem o que desculpar Esquentadinha. Ta tudo bem linda – e a beijou. Parecia fazer uma eternidade que ele não a beijava. O beijo era cheio de saudades e ele não terminaria aquele beijo nunca se não precisasse parar para respirar, e quando o fez e foi beija-la de novo Karina se afastou para falar.

– Então me conta, porque mesmo você foi pra São Paulo? – perguntou Karina e Pedro paralisou, ele ainda estava pensando no beijo e agora tentava se concentrar para achar alguma coisa pra contar o mais rápido possível.

– É que... é que meu pai casou! Tive que ir pro casamento dele – disse Pedro relaxando um pouco.

– Ué, mas ele já não tinha casado há um tempo? – Pedro ficou tenso, ele não sabia que Karina sabia do casamento de seu pai.

– Sim! É é é é – gaguejou Pedro – é que dessa vez foi na igreja.

– Nossa, eu não sabia que o seu Marcelo era religioso.

– E não é, mas a esposa dele é, e muito – explicou Pedro.

– Entendi – Karina então sorriu para o garoto que relaxou finalmente – agora vem cá – Karina puxou o rosto do garoto o beijando, um beijo bem mais intenso que o outro que fez o corpo dos dois se arrepiar completamente.

– Se for sonho não me acorda – disse Pedro quando se separaram do beijo e Karina sorriu – você não sabe o quanto eu sonhei em ser seu namorado de novo Esquentadinha.

– Opa, peraí, quem falou em namorar?

– Nem vem com essa tá Karina! Eu sei que você ta doida pra ser minha namorada de novo.

– Você se acha né moleque? – Karina ria.

– Quer se minha namorada de novo ou não quer Esquentadinha?

– Hmmm... eu quero! – disse Karina.

Pedro levantou com as mãos para o alto. Ia passando uma senhora perto dele e ela a agarrou.

– Ela voltou pra mim! – gritava abraçado na senhora.

– Que bom meu filho! – disse a senhora que estava com um sorriso e meio assustada com a situação.

– O que é isso Pedro? – Karina falou gargalhando com a cena – larga a mulher seu louco!

– Desculpa senhora – disse ele sorrindo enquanto a largava. A senhora apenas balançou a cabeça e andou rapidamente para longe de Pedro. Pedro então olhou para Karina que tinha as mãos no rosto enquanto ainda ria – te amo – Pedro tirou as mãos de Karina do rosto e começou a tentar beija-la, mas ela não parava de rir – para de rir – pediu Pedro.

– Você é maluco! – Karina falou o puxando e dando um selinho no garoto – mas agora vamo né, porque eu to com fome.

– E o que minha namorada quer comer? – perguntou Pedro enquanto apertava os olhos e sorria olhando para Karina.

– Para bobo! – Karina ria – Hmmm... suco e sanduiche?

– Fechado! – Pedro segurou na mão de Karina entrelaçando seus dedos e os dois foram andando.

Eles foram lanchar no perfeitão e de lá foram para o apartamento de Karina assistir filme. Pedro estava sentando e Karina deitada nas pernas do garoto quando Gael entrou e Karina levantou rapidamente.

– Eu vi! – disse Gael apontando para Karina – não foi você que disse que não tinha nada com esse moleque?

– A mais de uma semana atrás né pai – respondeu Karina.

– E agora? – perguntou Gael com as mãos na cintura.

– E agora a gente ta namorando mestre! – contou Pedro sorridente enquanto abraçava Karina e Gael o olhava de cara fechada.

– Sem pegação no meu sofá – avisou Gael.

– Pode deixar mestre. Pegação só no quarto! – disse Pedro sorridente.

– Como é?! – Gael perguntou furioso.

– Nada não pai! – respondeu Karina enquanto repreendia Pedro com o olhar – o Pedro ta brincando.

– To de olho – falou Gael enquanto fazia o gesto e Pedro o imitava.

Gael tinha que voltar para a academia e agradeceu a tudo que acreditava quando João chegou e Pedro e Karina não iriam mais ficar sozinhos em casa. João sentou na poltrona e começou a assistir o filme com o casal.

– Vou pegar mais pipoca – disse Karina levantando dando um selinho no namorado que ficou olhando a bunda da garota enquanto ela ia em direção à cozinha.

– Se deu bem né maluco – disse João e Pedro sorriu.

– E muito bem meu amigo!

– Vem cá, tu não ta nem um pouco com medo dela descobrir – João parou e falou sussurrando – o plano?

– Claro que não! Já falei, é só a gente não tocar no assunto Johnny.

– E ela não perguntou nada sobre a ida a São Paulo?

– Perguntou, mas eu inventei uma coisa então ta tudo de boa.

– Então aproveita enquanto durar. Tu já escutou aquela de que a verdade sempre aparece? – João brincava com o amigo que já estava ficando irritado.

– Hahaha! Ô Johnny já chega tá bom. Se a Karina descobrir que eu sumi de mentira ela me mata, nem brinca com isso!

João olhou para o lado rindo, mas de repente paralisou arregalando os olhos e seu sorriso sumiu. Pedro seguiu o olhar do amigo rezando pra não ser Karina que estava ali, mas para o seu azar era ela sim e quando ele viu Karina o olhar furiosa gelou na mesma hora.

– Eu vou te matar mesmo seu idiota – disse Karina jogando a pipoca no chão.