Cenas do Capitulo Anterior:

– Bom dia - cumprimento

– Bom dia - ela fala - O que tu quis dizer ontem ao Federico com "Fala pra ela que depois a gente se acerta"?

– Se tu não sabes, ele quase soube que tu foste pra cama comigo - ela arregala os olhos

– Tu o disse? - ela fala totalmente irritado - Seu ogro - ela tenta me bater mas eu a seguro

– Eu não o disse - falo - Quase me escapuliu mas eu consegui disfarçar, se dê por agradecida por eu não lhe ter dito - ela se acalma e se solta, de repente o elevador para e as luzes apagam

– O que houve? - Ela pergunta

– Faltou luz - digo

– O que quer dizer que.. - ela está a tremer

– Estamos presos - Completo a sua frase e ela faz uma cara de "Era só o que me faltava".

Capitulo de Hoje:

*Pov's León*

– MAS TU ÉS UM IRRESPONSÁVEL! - ela grita com raiva

– EU?! O QUE EU FIZ?! Não jogues a culpa em mim, eu só apertei o botão do 10º andar, talvez a luz caiu porque tu estás assombrante hoje - falo num tom brincalhão

– Ou então a luz se queimou porque tu sempre estás com mal cheiro - meu sorriso cai enquanto o dela luta pra não aparecer

Sinto como se tivesse o Diabo e um Anjo no meu ombro

*Enquanto tu estás a brincar com ela, ela está a te menosprezar, babaca*

*Se ela te disse algo parecido com tua brincadeira, é porque ela está a ir na onda, ela te ama*

Estou dividido, uma parte de mim pensa em lhe dar um fora bonito, gritar com ela, xingar-lhe, mas outra parte diz que, se eu gritar com ela, vou perdê-la de vez.

– León? Estás bem? - ela me tira do transe

– Sim - digo - Preocupaste-te comigo? - Pergunto sorrindo e ela cora

– N-Não, nada disto, n-nada a ver, não tem nada a ver - ela se enrola novamente, tento me aproximar mas ela se afasta - Sai, sinto teu fedor daqui - ela diz e nós dois sorrimos

– Tu gostas do meu "fedor" - falo e me aproximo mais

– Não, não e não - ela começa a ficar nervosa, quanto mais passos pra frente eu dava, mais pra trás ela dava

– Diz pra mim que tu gostas do meu cheiro - falo sensualmente e ela suspira. Ela bate com as costas na parede do elevador e fico um passo longe dela

– Não te aproximes - ela avisa

– Porque? - pergunto, levantando uma sobrancelha e cruzando os braços

– Porque sim - ela responde trêmula

– Eu sei porque não queres que eu me aproxime - digo e acabo com espaço que existia entre nós - Não queres que eu te beije pra que você não retribua - falo e aproximo nossos rostos

– Engano seu - ela olha nos meus olhos e, eu sei que ela está hipnotizada, sei que ela ama meus olhos verdes

– Diz que me amas tanto quanto te amo - eu não sei porque, mas tive de dizer isto, quero que ela saiba que eu a amo e eu estou disposto a mudar este meu lado mulherengo - Diz que me queres tanto quanto te quero - falo trêmulo, e várias imagens de nós transando aparecem na minha memória

– León.. - eu a paro com um rápido e suave selinho

– Se tu não me amas, olha nos meus olhos e diz me que tu não me quer - nos olhamos, estou desesperado pelas suas palavras e eu vou perder a cabeça se ela não as disser

– Eu não posso me entregar pois eu tenho medo de me magoar - ela diz e eu fico à mercê da tristeza - Mas posso te dar o meu melhor pois amor por ti é o que não me falta e eu quero-te desde quando pus meus olhos em ti pela primeira vez - ela termina e meu coração palpita. Nunca amei alguém assim, nunca tive medo nem piedade de magoar uma mulher, eu não me preocupava com nenhuma delas, nem na hora do sexo eu era piedoso, eu ia com raiva e dane-se se era virgem ou não. Mas ela despertou algo em mim que ninguém nunca conseguiu despertar.

Depois do que ela disse, seria crueldade se eu não fizesse nada. Levei meus lábios aos seus e desfrutei de cada segundo, o modo como seus lábios se mexem, como ela relaxa quando ponho minhas mãos em sua cintura firmemente, como sua pulsação acelera é o suficiente pra me deixar louco.

O ar começa a faltar e ela tenta se afastar, mas eu a prendo mais contra mim

– Ar.. - ela diz mas eu engulo suas palavras, aprofundando o beijo, e, enfim, me separei dela, nós dois totalmente ofegantes

– Eu sou.. um ser humano.. preciso de.. ar - ela fala pausadamente. Depois de um tempo, me sentei no chão do elevador e fiz sinal pra que ela se junta-se a mim, e assim ela fez. Quando ela finalmente se sentou, escorou sua cabeça no meu ombro, e lhe fiz carinho.

– Como sei que tu não me vais trair? - ela diz e olha pra mim, tirando a cabeça do meu ombro

– Meu amor é o suficiente pra que eu não preste atenção em outra, só em ti - respondo, quando íamos juntar nossos lábios, a luz ligou e o elevador voltou ao seu funcionamento, nos levando ao décimo andar. Logo nos levantamos e arrumamos as nossas roupas. Quando a porta abriu, parecia que nós éramos artistas, tinha uma cambada de gente em volta

– Vocês estão bem? - Meu pai, Jorge, questiona - Querem uma água

– Não - digo, que baba ovo!

– Sim, por favor - Vilu diz e logo lhe trazem um copo d'água

– Não imaginava que havia gente no elevador - Christian coça a cabeça

– Claro, se fosse tuas filhinhas lá dentro, por certeza que tu ias logo imaginar - digo rudemente

– León.. - meu pai me repreende

– Qual é a tua? Vais repreender-me só porque sou teu querido filho? Tu és um baba ovo disfarçado e ainda tens a capacidade de me chamar atenção na frente dos outros - Digo sarcástico para o meu pai e ele não dá uma sequer palavra, deixando-me livre pra ir pra minha sala

– Poderias ter sido mais simpático - Ouço uma voz feminina e meu sangue sobe, esta não foi a melhor hora pra ela ter aparecido aqui.