Lords Of Heaven escrita por Death, Pedro Aleak


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey Ghosts! Como vão? O que acharam desse ultimo capitulo? Espero que gostem desse e que não tentem me matar ou coisa do tipo.



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Lilian, eu preciso que você acorde, querida. Lily, eu tenho um recado para sua mãe. – aquele homem me livrou de um de meus pesadelos e me pôs em outro, praticamente: eu estava rodeada de neblina, num lugar frio e escuro. Eu não conseguia ver o seu rosto, mas suas roupas estavam aos farrapos e ele era alto e dava pra ver que ele já foi muito forte e poderoso um dia, mas agora aparentava estar totalmente fraco e exausto, físico e psicologicamente. – Querida, você pode fazer isso por mim? Diga a ela que sua tarefa se aproxima. Diga a ela que eu a protegerei. Diga a ela que eu sinto sua falta. Diga a ela a seguinte frase: "Seu na vida, seu na morte."

– Mas quem é o senhor? Como o senhor me protegerá? Como o senhor sabe disso? Como conhece a minha mãe?!

– Ela saberá. Agora vá, não tenho forças para te tirar de mais pesadelos e saiba que este foi o ultimo. Estou fraco demais, tenho que ir. Acorde, criança. Acorde...

Ele começou a repetir "Acorde." e a voz dele foi se tornando mais rouca, assustadora e logo um monstro – ou o que quer que seja – apareceu e veio em minha direção. Eu corri, corri, corri e despenquei de um penhasco.

Quando abri meus olhos, arfando, suando frio e mortalmente assustada, dei de cara com um par de olhos brilhantes me observando da escuridão. Depois um segundo par de olhos apareceu, era Lycan, que começou a rosnar e o primeiro par de olhos desapareceu. Assim que Lycan se virou pra mim, meu pai apareceu na porta do meu quarto e entrou correndo.

– Lily! O que aconteceu, minha princesinha?! – "Princesinha"...? Oh-ow... Alguma coisa estava muuuuuuuuito errada. Papai só me chama assim quando ele sabe que não estou bem e sabe o motivo... – Outro pesadelo, não é? Ah, minha querida...

– Pai... O senhor estava em minha mente, não é? Você viu o que eu vi. Ouviu tudo o que eu ouvi, não é? Quem era aquele homem? O que eram todas aquelas coisas?! Pai, eu estou com medo! – Sim, eu comecei a chorar feito um bebê. Meu pai me abraçou e começou a cantarolar uma das minhas músicas favoritas, a qual eu não citarei. Logo Anthony irrompeu pela minha janela – sim, ele fez isso mesmo... – e ele estava de pijama e com uma cara péssima. O pijama dele? Uma regata branca simples e uma calça escura.

– Anthony, não é por nada não, mas o que você está fazendo aqui à uma hora dessas? – disse meu pai, "calmamente".

– Eu... Eu... Tive um pesadelo. Definitivamente estou me cagando de medo porque tinha alguém ou algo no meu quarto. Era uma presença sombria, maligna, poderosa e muito antiga. Se não fosse por Nightmare, aquela coisa poderia ter me matado em um estalar de dedos. – Eu me afastei do meu pai e olhei para Lycan, que havia se transformado em homem.

– Eu também senti isso. E tinha algo aqui. Lycan o espantou... Pai! Chame a mamãe, agora!

Quando meu pai saiu, uma outra coisa entrou voando pela minha janela, parecia até um meteoro. Era um homem. Ele estava curvado no chão, ajoelhado e Lycan o ajudou a levantar. Quando o homem levantou, eu vi os olhos dele. Mas não era possível.

– Nightmare? – eu perguntei, totalmente atordoada. Aquele homem era moreno, tinha cabelos castanhos, quase loiros e uma postura firme, mas ao mesmo tempo serena. Mas os olhos dele... Eram tempestuosos. Não tinha como aquele homem ser aquele cavalo estressado.

– Sim, sou eu, criança. – Devo dizer que tanto eu quanto Tom estávamos completamente confusos, perdidos. Aí minha mãe chegou.

– Lily! O que houve? – ela ignorou todo mundo, menos a mim.

– Um homem... Ele mandou um recado pra você. Eu não sei quem ele é, ele não disse. Ele me tirou do meu pesadelo, disse que já estava fraco, não poderia fazer aquilo de novo. Ele pediu que eu te dissesse umas coisas. Ele disse que minha tarefa se aproxima – nessa hora olhei para Tom e ele parecia que iria desmaiar –, disse que me protegerá e que sente sua falta. Eu perguntei quem ele era, mas ele disse que você saberia, ele pediu também para que eu te dissesse o seguinte: “Seu na vida, seu na pós vida” ou coisa do tipo... Quem é ele, mamãe? – Ela ficou pálida, parecia que tinha visto um fantasma. Ela levantou rápido demais e esbarrou em uma cadeira. Nunca vi minha mãe daquele jeito, assustada.

– "Seu na vida, seu na morte."... Não pode ser... É impossível! Ele morreu há tantos anos!

– Quem, mãe?! – mamãe percebeu meu desespero e respirou fundo, se controlando. Quando me olhou de novo, sorriu.

– Não há nada com que se preocupar. Se ele disse que a protegerá, confie.

– Quem é esse homem, mamãe?!

– Não se preocupe. – Ela simplesmente saiu. Não falou mais nada.

Depois dessa cena meio estranha, decidimos que Lycan ia buscar umas roupas para Anthony para ele usar durante o dia e para a minha apresentação, já que semanas haviam se passado e finalmente tinha chegado o grande dia. Não haveria aula, só as preparações para o show de logo mais a noite. Anthony pediu também que Lycan preparasse uma mochila com mantimentos, água e roupas, para prevenir, sem contar pedras encantadas, estelas, um kit estranho de poções para todo o tipo de coisas e um livro de feitiços, caso precisássemos. Nightmare fez o mesmo pra mim enquanto Tom e eu tomávamos banho e nos arrumávamos para ir ao colégio. Quando sentamos à mesa, o clima estava tenso. Foi a primeira vez na minha vida que ninguém fez nenhum comentário durante o café. Todos estavam pensativos.

Tomamos o café e fomos para o carro do meu pai. Lycan e Nightmare nos encontrariam no colégio, portanto no carro iam apenas Lucy, Vincent, eu, Tom, Luke e meu pai. Ao chegarmos, eu fui com Luke, Vincent e Lucy para o anfiteatro, para o ultimo ensaio geral e logo começaríamos a nos arrumar. Anthony foi para o escritório dele e lá permaneceu até a hora da apresentação.

O lugar estava lotado! Não havia um só espaço a ser preenchido! Eu estava ansiosa e feliz, havia esquecido o que aconteceu pela manhã na minha casa. Vincent estava eufórico e isso me contagiou. Logo as luzes na plateia se apagaram, deixando apenas o palco iluminado, as cortinas subiram e a peça começou. Eu tenho que admitir que estava linda, meu vestido era tão perfeito! E eu estava usando uma tiara com flores que "Romeu" havia me dado. Devo dizer que senti vontade de estapear os professores de Teatro e Anthony a cada vez (2 vezes) que eu tive que beijar meu irmão. Ergh.

Eu já estava muito mais calma e o ato final se aproximava. O anfiteatro estava silencioso, cheio de expectativa e emoção no ar, até que algumas palmas irônicas foram ouvidas.

– Bravo! Muito lindo! Mas receio ter que adiantar a morte de nossa tão querida e bela Julieta. – Vincent, que estava ao meu lado, ficou à minha frente e logo o porta-voz assustador e totalmente sem noção apareceu.

O cheiro que emanava dele fez meus olhos arderem e meu estômago se revirar. A plateia nada entendia, mas todos começaram a correr quando aquele homem abriu um buraco no chão e um clarão quase me cegou. O homem havia sumido, mas o buraco e a risada dele permaneceram. O buraco me puxava e Vincent estava desacordado e fora do palco graças àquele homem estranho. Aquilo parecia um grande aspirador de pó, só que muito, muito mais forte. Eu já estava na beirada e minhas unhas estavam ensanguentadas por terem sido usadas como âncoras em vão. Quando eu ia cair, senti uma mão me segurar e me agarrei a ela com todas as minhas forças. Anthony lutava para nos erguer, mas a força que nos puxava era forte demais para ele. Meus braços já estavam queimando com o esforço e imagino que Anthony devia estar pior que eu.

– Me solta, Anthony! Você não vai conseguir nos segurar por muito mais tempo! – eu tinha que gritar por cima do barulho para ser ouvida.

– Não! Não vou deixar você cair! Não vou deixar você sozinha! Se for pra alguém cair, que sejamos nós dois, Lily! A missão não é só sua, é minha também. Não deixarei você ficar com toda a diversão. – ele piscou e sorriu, um sorriso meio nervoso e forçado, mas isso não mudou o que eu pensava. Eu não deixaria que ele se sacrificasse, não mesmo.

Quando ele já não conseguia mais se segurar, ele me olhou e sorriu de verdade. Eu sabia que ou morreríamos, ou aquele era o início da nossa missão e estávamos apavorados, mas se ele conseguia sorrir, eu também conseguiria e foi exatamente o que eu fiz. Eu sorri. Ele soltou a viga na qual estava se segurando e me abraçou. Quando estávamos a dois metros abaixo da abertura do buraco, ele começou a se fechar quase que instantaneamente, mas eu pude ver claramente Lycan e Nightmare pulando no buraco segundos antes de ele se fechar. Estávamos em uma queda livre que parecia não ter fim. Eu esperava que não tivesse, pois temia que o que nos aguardava era terrível e mortalmente perigoso.

POV Autores

Quando o buraco se fechou, Luke estava ajoelhado no local exato onde a borda havia estado. Ele podia ter sido mais rápido. Poderia tê-los salvado, era o que pensava. Vincent havia acordado e estava olhando totalmente paralisado para o local onde Luke estava, ele viu quando Lilian caiu, ele sentiu o medo dela. Lilian era sua irmãzinha, ele devia tê-la protegido desde o início. Anna e Alejandro consolavam-se mutuamente e pediam aos anjos e a Deus que cuidassem de sua menininha, mas Anna pedia a outra pessoa em especial. Alguém em quem ela confiava cegamente. Esse alguém era seu pai. Ou pelo menos ela esperava que fosse ele. Se fosse seu irmão, as coisas poderiam ser muito piores. Ela temia por sua menininha, mas confiava que Lilian saberia se defender muito bem, como sempre se defendeu. "Que Deus e os anjos a ajudem...", pensou ela, pois ela poderia apenas pedir e implorar para que sua filha voltasse sã e salva do lugar para onde foi mandada.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Nos digam, caramba. Não sejam tão cruéis...



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