E Se Fosse Verdade escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, geeeeeenteeeeeeeee!!!

Tô chegando com um capítulo bem meigo, dramático, nó na garganta e revelador para vocês!

Pero antes, uma ressalva. Vocês lembram quando o Sam ficou bêbado na festa da Mia em Recomeço? Que a Claire levou ele para o bunker e se aproveitou dele? Oi?

Pois é, no capítulo de hoje, teremos um flashback daquele momento. Se alguém quiser recordar tudinho, sugiro que leiam o capítulo 38 de Recomeço, ok?

Aliás, o capítulo de hoje está cheio de referências a Recomeço e a outras lembranças envolvendo Clammy e Deanalie. Vale a pena recordar!

Lá vai o penúltimo capítulo! Espero que gostem!



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Depois de dirigirem por quase três dias, Sam e Dean finalmente chegaram na cidade natal de Natalie Jones: Roseau, no interior de Minnesota. Foi lá que a loira viveu os seus curtos sete anos de vida.

O céu estava encoberto e o dia estava frio. Havia um clima triste e desolador no ar. Além disso, o local onde o Impala estava parado era deserto e silencioso. Fúnebre.

Sam olhou pela janela e observou os portões que cercavam o cemitério local. Depois voltou-se para o irmão e começou:

— Dean, você não disse nada durante a viagem inteira. Mal se alimentou. Não dormiu. Tem certeza que você quer fazer isso? Você só vai sofrer mais. Ela se foi. E a Claire nunca nasceu. Nós devíamos nos concentrar em descobrir quem ou o quê arruinou as nossas vidas desta forma, quem fez isso com elas... Eu acredito em você, Dean. Por favor, vamos embora daqui. Vamos tentar consertar tudo isso.

O Winchester mais velho olhava fixamente para o cemitério enquanto assimilava as palavras do irmão. Sem olhar para ele, Dean respondeu:

— Isso não tem conserto, Sammy. Quem ou o quê fez isso, pensou em cada detalhe e acabou com todas as minhas esperanças. Eu não consigo lutar, eu não consigo me concentrar em nada sem a Naty comigo.

— Consegue sim. — incentivou o caçula.

— Eu estou tão morto quanto ela. Acabou. — murmurou o mais velho com uma tristeza profunda.

— Dean... — recomeçou Sam, mas antes que ele prosseguisse, o irmão abriu a porta do carro e saiu.

Sam preferiu não impedí-lo e apenas observou o irmão se afastando. Instantes depois, ele empurrou o portão do cemitério e o adentrou com passos lentos e difíceis.

Enquanto Dean caminhava por um imenso gramado onde podia-se ver várias lápides espalhadas, Sam, movido por um instinto que ele não sabia explicar, resolveu ligar o rádio do Impala.

Em seguida, ele encostou a cabeça no banco e fechou os olhos. Quando começou a tocar The Scientist, do Coldplay, ele sentiu algo também inexplicável. Era uma sensação, um sentimento, uma emoção muito forte. E naquele momento, só uma coisa passava pela cabeça de Sam. Um nome. Claire.

Por que nos últimos dias aquele nome estava mexendo tanto com ele? Por que de repente Sam acreditou na história de Dean? Por que de repente o seu mundo não fazia mais sentido? Por que tudo parecia uma grande mentira? Ou seria uma dura verdade?

De qualquer forma, aquela era uma realidade onde a mulher que ele amava nem tinha chegado a nascer. Uma mulher que ele não lembrava que rosto tinha e como era o seu sorriso, mas que mesmo assim, de alguma forma, estava ali, em seu coração. Impregnada em sua alma.

Enquanto se perguntava essas coisas, se desligava do mundo ao redor e ouvia os versos daquela canção, Sam murmurou sem perceber:

— Nossa banda favorita...

De repente, ainda mais tomado por aquela sensação de déjà vu, o Winchester ouviu alguém sussurrar o seu nome ao longe:

— Sam...

Ele abriu os olhos e olhou para o banco do motorista, mas nada viu. Se virou e checou o banco detrás, porém também não havia ninguém ali.

Confuso e um tanto sobressaltado, ele se endireitou no banco e passou as mãos pelos cabelos. A voz feminina e suave ainda ecoava em seus ouvidos quando ele resolveu fechar os olhos de novo.

E não demorou muito para que ele voltasse a ouvir uma mulher chamá-lo com um tom de voz bem baixo e gentil:

— Sam, acorda. Sam?

Ele manteve os olhos fechados porque sabia que aquela mulher não estava ali com ele, mas sim dentro da sua cabeça, em um emaranhado de memórias que por algum motivo tinham sido roubadas dele, mas que agora estavam começando a ganhar força e a se mostrarem presentes.

— Sam. — chamou ela de novo o deixando arrepiado.

O Winchester se manteve firme, concentrado naquela lembrança, deixando-se levar por ela até algum lugar oculto do seu cérebro. Sentia-se sonolento e um tanto bêbado. Não era capaz de responder ao comando daquela voz que mais uma vez tentou acordá-lo dizendo suavemente e de uma forma carinhosa:

— Sam? Acorda. Eu não vou conseguir te carregar. Sam.

De repente, o silêncio reinou absoluto e o rapaz se perguntou se aquela memória tinha escapado de alguma forma, se dissipado como uma miragem. Mas logo Sam percebeu que a lembrança ainda estava lá. E que agora ela se fazia presente na sua pele. Mais precisamente nos seus lábios.

Sam sentiu o seu corpo estremecer diante daquele toque sútil e doce em sua boca. Uma respiração suave e quente tocava o seu rosto.

Ele abriu os olhos devagar e não estava mais no Impala, estava dentro daquela lembrança, a vivendo de novo.

Sam estava em outro carro e outra música do Coldplay tocava. Mas ele era incapaz de se concentrar na música com o rosto daquela garota tão perto do seu. Colado ao seu. Os lábios macios dela perfeitamente encaixados na sua boca, acelerando o seu pulso, dificultando a sua respiração, disparando o seu coração.

Aquele momento pareceu eterno, como uma cena que vemos em câmera lenta, repetidas e repetidas vezes. Mas em dado momento, a garota abriu os olhos lentamente e percebeu que Sam havia acordado. Constrangida, afastou o rosto devagar.

Mesmo bêbado, Sam ainda sentia o efeito daquele beijo reverberando por todo o seu corpo. Mas ele era incapaz de raciocinar naquele momento, de perguntar qualquer coisa ou mesmo de beijá-la. O efeito do álcool também reverberava por seu corpo e por sua mente. Sam estava confuso, surpreso, inegavelmente feliz, mas era incapaz de demonstrar qualquer coisa.

— Chegamos. — ela avisou com os olhos fixos nos dele, como se não tivesse feito nada de mais, como se não tivesse lhe roubado um beijo enquanto ele dormia.

Sam a olhava sem piscar. Seu rosto era lindo. Delicado e incrivelmente sexy. Ela era linda. Mas não era só isso. Ela era especial. Era uma mulher forte e destemida. Corajosa e apaixonada. A mulher que ele amava. E que o amava também.

— Claire... — murmurou Sam enquanto abria os olhos, saindo daquela lembrança, mas sendo invadido por uma série de outras memórias, mais marcantes e intensas.

Tudo veio como uma espécie de avalanche. Ele se lembrou do dia em que conheceu Claire em Stanford. Ela tinha mechas roxas nos cabelos castanhos e os dois se esbarraram na biblioteca. Lembrou de quando invadiu a casa dela, anos depois, e de ter desmaiado quando Claire acertou um vaso em sua cabeça. Lembrou da confiança mútua que eles estabeleceram rapidamente. Lembrou da viagem até o bunker dos Homens das Letras. Lembrou de quando ele atendeu a porta do quarto de hotel, onde se hospedaram por uma noite, e ela ficou vermelha ao vê-lo de toalha. Lembrou da atração que houve entre os dois desde o começo, da forma como eles se compreendiam, se sentiam bem perto um do outro. Lembrou de como ele consolou Claire quando ela perdeu a mãe de uma forma tão cruel. Lembrou de "um quase primeiro beijo", quando infelizmente Dean os interrompeu. Lembrou do primeiro beijo oficial, pouco depois dele ensinar Claire a atirar. Lembrou da primeira noite de amor e de como ele se sentiu naquele momento: amado, aceito, mais apaixonado e ainda mais feliz. Lembrou do Natal que passaram juntos e da dolorosa separação, quando Claire recusou o seu pedido de casamento.

Mas em seguida, lembrou da reconciliação em Topeka. De como ele tentou resistir, porque estava magoado, mas não conseguiu porque quem ama perdoa. E Sam perdoou Claire do fundo do seu coração porque a amava muito.

Então ele lembrou dela lhe pedindo em casamento na manhã seguinte, da cerimônia semanas depois, da festa, da lua de mel, de tudo que eles enfrentaram desde que se conheceram, de tudo o que ele sentia por Claire, de tudo o que eles viveram.

As lembranças da sua antiga vida, da sua infância, adolescência e de toda a sua trajetória como caçador também estavam pulsando no seu cérebro.

Mas apesar do choque e do alívio por finalmente ter as suas memórias de volta, uma dor invadiu Sam logo depois. Porque Claire não estava ali com ele. Claire não existia naquele mundo. E ele era incapaz de viver sem ela, mas não sabia como poderia mudar aquela dura realidade a sua volta. Só sabia que amava Claire. Muito. E que precisava dela mais do que tudo. Como ele viveria sem ela? Como?

XXX

Enquanto isso, Dean finalmente encontrou o túmulo que procurava. Não que ele quisesse encontrá-lo de verdade. No fundo, ainda tinha esperança de que aquilo fosse mentira. De que Natalie não tivesse sido morta pelo demônio que possuiu Henry Jones, o pai dela, há mais de vinte anos.

Mas infelizmente, era verdade. O demônio havia matado Sarah, mãe de Natalie, depois matou a filha, e por último parou o coração do pai antes de abandonar o seu corpo. Tudo isso por pura maldade. Por pura diversão.

Dean olhou para a lápide onde estava escrito:

"Natalie Jones

Nascimento: 1985

Óbito: 1992"

Seu coração ficou ainda mais apertado e um nó cresceu em sua garganta. Ele sentiu os seus olhos arderem, tomados por lágrimas que queriam rolar por seu rosto, mas com muito esforço conseguiu conter a vontade de se entregar ao desespero que sentia.

Olhou para cima, buscando coragem para prosseguir, e depois para os lados, tentando não se sentir tão sozinho e desolado. Mas nada adiantou. Dean sentia-se completamente perdido sem Natalie, sem chão e profundamente triste pelo destino que ela teve.

Em dado momento, ele respirou fundo, voltou a fitar a lápide e começou:

— Oi, baby. — em sua mente, Dean recordou o som da voz de Natalie, seu sorriso e tudo o que viveu com ela. Sentiu-se ainda mais triste. Respirou fundo novamente e passou as mãos pelos olhos antes de continuar: — Eu não sei se eu vou conseguir fazer isso, mas eu precisava vir até aqui e ver com os meus próprios olhos que isso é mesmo verdade. — Dean colocou as mãos nos bolsos da calça e mordeu os lábios tentando ser mais forte do que aquele nó em sua garganta. Então ele prosseguiu pausadamente: — Sabe... Eu devia ter imaginado algo assim. O Sammy está certo... Este é mesmo o mundo real. Alguma coisa mudou tudo, mas não significa que não é verdade. A dor que eu sinto... Não pode ser uma ilusão. Então é isso... Este é o meu mundo agora. Eu nunca me tornei caçador e, portanto, nunca estive na sua casa naquela noite. Eu nunca te encontrei naquele quarto, embaixo da cama... Nunca falei com você... — Dean parou de falar mais uma vez e fechou os olhos por alguns instantes. Cada palavra era muito difícil de ser dita, mas ele reuniu forças, abriu os olhos e recomeçou: — Eu não estava lá, Naty. Quando você mais precisou, eu não estava lá. Eu sinto muito. Eu realmente sinto muito... Mas... Eu te amo. Eu te amo tanto. Mesmo sem ter te conhecido, mesmo sem ter conseguido te salvar... Eu te amo muito. Você se tornou... Ou melhor, teria se tornado a única mulher que eu sou capaz de amar de verdade... Porque você não era só linda, você... Você era tudo. Insuportável, às vezes, mas o meu amor, a minha baby. — mais uma vez, Dean se interrompeu. Sem conseguir mais lutar contra aquela dor e aquela sensação de vazio que o destroçava por dentro, ele deixou que as lágrimas o vencessem. Chorou em silêncio e instantes depois, com a voz embargada, ele finalizou: — Me perdoa, Naty. Me perdoa por não ter estado lá, por não ter conseguido te salvar, por não ter segurado a sua mão e te tirado daquela casa. Eu daria qualquer coisa para consertar tudo, para voltar no tempo, para... Ter te salvado aquela noite, mas... Eu simplesmente não sei como fazer isso. Eu não posso. Eu não tenho mais forças para lutar contra isso, seja lá o que isso for... Eu sinto muito.

Uma chuva fina começou a cair enquanto Dean olhava fixamente para a lápide do túmulo de Natalie e Sam saía do Impala. O Winchester mais novo se apoiou no capô do veículo, abaixou a cabeça e fechou os olhos. Sem perceber, as lágrimas também o venceram pouco a pouco.

Aquele vazio que ele sentia desde que começou a acreditar na história de Dean, agora havia se tornado um enorme buraco em sua alma. Um buraco que só Claire poderia preencher. Mas como? Se ela nunca tinha nascido? Como se aquela era a vida de Sam agora? Uma vida sem Claire. Uma vida vazia e sem amor.

— Como eu vou viver sem você? — perguntou-se ele antes de se virar, apoiar as costas no carro e olhar para o céu. — Como? — perguntou antes de fechar os olhos e deixar os pingos de chuva molharem o seu rosto.

Enquanto isso, Dean caminhou até a lápide e colocou uma das mãos sobre ela. Estava fria e úmida da chuva.

— Volta pra mim, Naty... Eu preciso de você... Por favor. Eu não posso continuar sem você... — murmurou Dean sentindo uma dor ainda mais intensa em seu coração.

Então ele fechou os olhos e deixou que o seu corpo caísse de joelhos diante do túmulo. Mas então algo aconteceu. Dean teve aquela sensação desconfortável de quando se está dormindo, ou quase dormindo, e então você tem a impressão de que está caindo e desperta assustado. Ele não sabia, mas Sam tinha tido aquela mesma sensação quase ao mesmo tempo que ele.

E quando os dois abriram os olhos sobressaltados, deram-se conta de que não estavam mais em frente ao cemitério de Roseau ou diante do túmulo de Natalie Jones. Os irmãos estavam em um tipo de galpão, um lugar muito escuro, úmido e frio.

Eles se sentiam fracos, suas mãos estavam amarradas com cordas e eles estavam pendurados pelos punhos em duas pilastras diferentes, mas próximas uma da outra.

Suas roupas estavam sujas e rasgadas em alguns pontos. Os dois estavam descalços e as pontas dos seus pés tocavam o chão gélido e imundo.

Ao lado de Dean, havia alguns corpos pendurados, em estado de decomposição avançada. E mais a frente, no chão, o corpo da criatura que ele e Sam tinham saído para caçar antes de todo aquele pesadelo acontecer.

Era um djinn, um ser sobrenatural que entra na mente de suas vítimas, as prende naqueles universos alternativos e se alimentam do sangue delas por dias.

Sam e Dean deduziram que quando a criatura foi morta, aquilo que os mantinha presos naquele pesadelo acabou. Mas isso foi tudo o que eles conseguiram deduzir naquele momento. Porque além de fracos, eles estavam emocionalmente abalados e não eram capazes de pensar em mais nada. Não só por tudo o que pensaram que viveram no "outro mundo", mas principalmente por terem acordado e dado de cara com Natalie e Claire.

As duas retiraram com cuidado as intravenosas que o djinn havia colocado nas veias dos braços dos dois caçadores e depois começaram a desamarrá-los.

— Sam, está tudo bem. Eu vou te tirar daqui. — tranquilizou Claire, embora estivesse visivelmente preocupada e aflita ao vê-lo naquele estado.

— Sr. Awesome... Eu não posso descuidar um minuto de você, não é? Onde já se viu, um caçador com anos de estrada cair em uma armadilha dessas? Francamente... — resmungou Natalie nervosa por Dean não ter sido cauteloso naquela caçada, mas no fundo aliviada por não ter acontecido o pior com ele.

Nem Sam, nem Dean disseram nada. Não conseguiam. Ainda estavam transtornados diante do que o djinn tinha feito com eles e por finalmente terem entendido o que havia acontecido.

Eles estavam caçando a criatura quando foram pegos de surpresa e capturados por ela. Tudo o que viveram não tinha sido real. Era uma ilusão projetada pelo veneno do djinn. Ele os envenenou, os prendeu e se alimentou deles. E de alguma forma, em algum momento, Claire e Natalie desconfiaram de que tinha alguma coisa errada, descobriram onde eles estavam e vieram resgatá-los.

Sam viu que havia uma faca nas costas do djinn, provavelmente embebida em sangue de cordeiro. Era a única forma de matar criaturas como aquelas.

Em seguida, ele voltou a olhar para Claire e sentiu aquele vazio de antes ser totalmente preenchido pela presença dela. Seu mundo e sua vida ganharam sentido de novo.

Emocionado, Dean também observava Natalie. Sua visão estava um tanto turva, mas mesmo assim ele examinava atentamente cada um daqueles traços que formavam o seu rosto. Um rosto que ele achou que nunca mais veria e que agora estava ali diante dele, ao seu alcance.

Claire terminou de desamarrar Sam e o ajudou a se equilibrar nas próprias pernas. Mesmo fraco, ele fez questão de abraçá-la. Tão forte que ela ficou um tanto assustada com o gesto. Demorou alguns segundos para corresponder ao abraço. Como resposta, o caçador a abraçou ainda mais forte e acariciou os seus cabelos e rosto como se quisesse comprovar que aquilo era mesmo real e não uma miragem.

— Está tudo bem, Sam. Eu estou aqui. — disse ela tentando lhe transmitir calma.

Enquanto eles permaneciam abraçados, Natalie terminou de livrar Dean da corda que prendia as suas mãos e também foi surpreendida por um abraço tão forte e impulsivo que a loira só não caiu para trás porque Dean a segurou com firmeza antes disso.

— Sr. Awesome... — falou ela meio sufocada. — Se a sua intenção é quebrar cada osso do meu corpo, parabéns, você está no caminho certo.

Dean riu daquilo, mas não a soltou. Ao contrário, a prendeu ainda mais nos seus braços. Tinha medo de perdê-la de novo. Não podia nem pensar naquela possibilidade.

Natalie o abraçou de volta, um tanto desajeitada já que mal conseguia se mexer direito. Deu alguns tapinhas nas costas de Dean, o reconfortando. Olhou para Claire, por cima do ombro dele, e a amiga parecia tão assustada e confusa quanto ela.

Então Natalie moveu os lábios formando uma pergunta silenciosa: " O que deu neles?"

Claire mexeu os lábios para formar a resposta também sem som algum: "Eu não sei."

Em seguida, a morena foi surpreendida mais uma vez, quando Sam se afastou, apenas o suficiente para olhá-la de frente, e pressionou seus lábios contra os dela. Claire fechou os olhos instintivamente e envolveu o rosto do marido com as duas mãos de uma forma carinhosa.

Sam estava fraco, desidratado, seus lábios estavam ressecados e seu corpo tremia um pouco. Tudo isso fez Claire sentir o seu coração ficar ainda mais apertado. Ela o abraçou forte como se quisesse lhe dizer que tudo ficaria bem, que o pior tinha passado, que o pesadelo tinha acabado.

Enquanto isso, Dean diminuiu a pressão do abraço e fitou o rosto de Natalie, que o encarou sem saber o que pensar ou dizer.

— Você está viva... — balbuciou Dean enquanto seus dedos percorriam o rosto da loira como se ele ainda não acreditasse que ela estava mesmo ali.

— Claro que eu estou viva, seu idiota... E você também. Estamos todos vivos, aliás. — retrucou Natalie tentando disfarçar que no fundo estava comovida diante da forma como Dean estava agindo. — O que deu em você? O que você viu? O que o djinn colocou na sua cabeça?

Dean lembrou de todo o pesadelo que viveu e que chegou a acreditar que fosse mesmo real. Em seguida, ele a olhou nos olhos e afirmou:

— Algo que eu quero esquecer.

Natalie franziu o cenho esperando uma resposta mais esclarecedora do que aquela, mas ela não veio. Ao invés disso, o caçador também a beijou.

Os dois casais permaneceram abraçados, por um tempo totalmente irrelevante.


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Notas finais do capítulo

Yep! Eu tentei enrolar vocês, eu mencionei anjos em alguns momentos, mas no fim das contas, o que gerou toda esta confusão (assim como no episódio) foi mesmo um djinn! E aí? O que acharam?

Ai gente, eu sofri tanto escrevendo este capítulo. A parte do Dean no cemitério e do Sam se lembrando de tudinho. Vocês sofreram também?

Ainda bem que as coisas voltaram ao normal, né? Felizes?

Bem, no próximo capítulo, que será o final, teremos algumas explicações e momentos fofos entre esses casais que finalmente se reencontraram!

Inté lá!

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