Ele está vindo até mim. O seu sorriso está lino como sempre, só que mais radiante, mais sedutor, mas ao mesmo tempo mais doce, mais cativante.

Ele estávindo até mim com uma levesa própria de quem não quer assustar, convidando-me a me aproximar. Estamos em minha casa, futuramente nossa casa.

Ele estende os braços parando mais ou menos no meio do quarto, convidando-me a o abraçar. Eu me levanto e vou até ele, me aconchegando em seus braços quentes, fortes. Ficamos alí em silêncio, sentindo nossos corpos juntos, um perto do outro, o calor passando de um para o outro.

Eu o olho nos olhos, sorrindo levemente. O que será que ele queria com essa aparição no meio da noite? Por quê essa atitude tão doce, o que essa expressão de criança que acaba de ganhar presente faz em suas feições tão belas?

Deslizo minhas mãos por seu peito, subindo até sua nuca, fazendo uma leve pressão convidativa. Ele vem, seus lábios estão macios, sedutores, pressionando os meus, suas mãos apoiadas em minha cintura. O beijo toma forma, sua língua pedindo passagem por entre meus lábios. Hoje ele me beija diferente, mais induzinte, convidando-me a um ponto ainda não descoberto.

Ele me pressiona contra seu corpo, num movimento normal, e desliza suas mãos pelas minhas costas até chegar à minha nuca, descendo novamente. Passo agora de seus lábios para seu pescoço, sem parar de beijá-lo, sentindo sua respiração profunda e rápida, seu coração fazendo sua jugular saltar em meus lábios.

Não sei se minhas reações ao seu toque eram as mesmas, estava tão concentrada em o beijar que nem prestei atenção em onde aquilo estava nos levando.