Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 110
Interrogando os assassinos


Notas iniciais do capítulo

Posso anunciar? Ok, lá vai. 1...2...3...Pronto! Anuncio aqui a data de lançamento da fic "A vingança de Doom"! 20/11, dia em que ficarei definitivamente livre do colégio (exato, quase um mês após o ENEM)
PS: Data sujeita a mudanças, dependendo de meu vício quanto à série da Jessica Jones, que será liberada no mesmo dia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544530/chapter/110

Após tanto tempo, estou de volta à enfermaria. Não lembra nem um pouco a enfermaria da antiga SHIELD, mas ainda há uma pessoa competente comandando o local. Sim, eu falo da doutora Jane Foster, atualmente chefe da equipe médica, o que a deixa livre para escolher se ela quer cuidar dos feridos em campo ou não. No meu caso, ela escolheu me ajudar.

Eu não estou numa roupa muito apropriada. Quer dizer, estou usando uma blusa regata - que realça meus seios, deixando-me um pouco incomodada - e um short. Por um lado faz sentido, já que preciso do corpo mais livre para por os curativos. Por outro, torço a cada segundo que nenhum agente surja de repente.

–Parabéns, você bateu seu recorde de curativos - Brinca ela.

–Obrigada por me ajudar, doutora.

–Obrigada por me fazer trabalhar hoje. E agradeça à sua clone também.

Ela tem razão, não lembro de ter tantos curativos em meu corpo. Braço, perna, coxa, mão, rosto, panturrilha...

Após alguns minutos, ela finalmente conclui com os curativos. Sinto ardência aonde estão os curativos, deve ser efeito colateral ou algo assim.

–Pronto, concluído. - Diz ela.

–Obrigada mais uma vez.

–Recebi uma mensagem do diretor Coulson, ele quer vê-la imediatamente. Eu sugiro que ponha outra roupa, porque... - Ela gesticula para os próprios seios.

–Entendi. Vou até o vestiário pegar meu uniforme da SHIELD - E pensar que eu devo passar pelo corredor assim...

–Tome - Acho que ela pensou a mesma coisa, pois me entregou um outro jaleco, localizado em seu armário. Ficou um pouco grandinho, mas dá para esconder o decote - Devolva-me mais tarde.

–Sim, senhora.

Caminho um longo tempo até o vestiário feminino (alguns assobios). Localizo meu armário e abro-o, pegando meu uniforme. Segundo mais tarde já estou arrumada dignamente e dobro tanto a blusa e o short quanto o jaleco, guardando-os no armário. Espero que remendem logo minha fantasia, esta roupa está um pouco mais apertada que eu lembrava - acho que fiquei mais gorda, melhor não pensar nisso agora.

Enfim, após mais um tempo caminhando, chego à sala do Coulson. Para minha surpresa, está trancada. Eu bato na porta, mas ninguém abre. Definitivamente ele não está aqui. Como é bem perto, vou ao laboratório da doutora Simmons. Sim, ela está aqui. Pergunto aonde está o diretor, e ela responde que ele está nas celas, juntamente com os Guerreiros Secretos e os prisioneiros.

E lá vou eu andar mais um percurso até as celas. São 7 celas no total, e 2 estão sendo ocupadas, uma do lado da outra. Eu já fiquei em uma delas e lembro-me bem que não há como contatar o vizinho, acredito que nem com código morse. Vejo 3 dos Guerreiros Secretos - Bobbi, Manto e Adaga - e o Coulson de frente para o Duende Macabro, que está desmascarado, mas sei que é ele por continuar com a fantasia medonha.

–Última tentativa, Duende. Quem te contratou? - Pergunta Coulson, com as mãos nos bolsos do paletó.

Ele fica em silêncio, de cabeça baixa e girando os dedos.

–Responda, Duende Macabro!

–Melhor chamá-lo de Kingsley - Sugiro. Todos olham para mim com cara de surpresa.

–Kingsley. Sem dúvidas não é o empresário Roderick Kingsley, deve ser algum parente.

–Pela fisionomia, parece o irmão mais novo, Daniel. - Comenta Bobbi. - O que mais você sabe, Jess?

–Acho que ele e o Halloween foram contratados pelo mesmo cara.

O Duende ri na própria cela. Foi uma risada de deboche.

–Disse algo errado?

–Completamente. - Ele responde, ainda de cabeça baixa - Nunca ele contrataria o Halloween, principalmente por eu ser mais fiel e mais prestativo.

–Sabe quem contratou o Halloween?

Ele ergue a cabeça, mirando cada um de nós. Sinto formigamento por um momento, aquele olhar é um pouco assustador.

–Talvez.

–É o suficiente para mim. - Diz Coulson, andando para a esquerda, aonde está outro prisioneiro.

Este está deitado na cama. Não sei quem ele é. É branco e bem loiro, com olhos castanhos-claro. Ele usa a roupa padrão para prisioneiros da SHIELD, o que me deixa confusa.

–Quem é esse? - Pergunto.

–Jason Macendale, o Halloween. - Responde Coulson, ativando o áudio externo - Fique em silêncio caso esteja me ouvindo.

–Não! - Responde.

–Ótimo. Jason, temos material suficiente para condená-lo à prisão perpétua. Assassinato, controle mental, violência sexual, espancamento, formação de quadrilha.

–Corte o blablablá e diga-me o que querem.

–Quem te contratou? - Pergunto.

–Alguém que você irritou muito. Você e aquele demônio atrevido de Hell's Kitchen.

–Quem eu irritei?

–Os grandes mafiosos de Nova York. Você irritou um em particular. Mas não contarei outros detalhes.

Um em particular...quem seria? Não faço ideia de quem eu irritei. Só se forem o Unicórnio e o Chicote Negro. Ou alguém maior do que eles.

Coulson não insistiu na conversa e desativou o áudio externo. Eu achei que caminharíamos mais para a esquerda, aonde teoricamente está o Mercenário. Estou enganada, pois eles estão saindo. Confesso que estou confusa, mas sigo-os do mesmo jeito.

–Onde está o Mercenário?

–Ele é um pouco mais complicado - Diz Coulson.

–Complicado como?

–Complicado do tipo que a agente Johnson não pode ficar por perto, senão teremos muitos tremores e uma nova base para procurar.

–Por quê?

–O Mercenário é responsável pela morte de um agente da SHIELD. E amigo de Daisy. - Explica Bobbi.

–Ele é extremamente perigoso, transforma qualquer objeto em uma arma mortal. - Continua Coulson - Você tem sorte, Jessica. Pelo que sabemos, poucas pessoas sobreviveram a um confronto contra ele. Aliás, suas perguntas me lembraram que quero ver tanto você quanto Cindy em minha sala.

Certo, mais um longo percurso a andar. Quer dizer, nem tanto. Pelo menos passeei por toda a base da SHIELD, coisa que nunca havia feito. Então, eu e ele chegamos à sua sala. Cindy já estava por perto, ela estava com a doutora Simmons.

Fecho a porta e Coulson começa a falar.

–Vou ser direto. Antes do treinamento, Cindy não estava confiante para participar. Eu disse que você é uma boa treinadora, mas mesmo assim ela não se convenceu.

–E o que a fez mudar de opinião? - Pergunto para ela, que está um pouco intimidada.

–Quero aprender a controlá-los, não a usá-los. - Ela diz. - Eu não quero ser como você, não quero ser uma super-heroína. Quero ser normal.

Agora faz sentido a Cindy ser menos corajosa do que eu quando tinha 17 anos. Na época eu já estava determinada a ser uma super-heroína, a usar meus poderes para salvar vidas. Ela tem medo de usá-los e quer ser normal, coisa que eu nunca quis ser. Pelo menos até ser sequestrada pela HIDRA, nunca quis ser normal. Estou surpresa.

–Tá. Então você não quer ser como eu, o que é contraditório já que você sou eu aos 17 anos.

–Eu sei, mas...

–Antes que esta conversa fique mais confusa, pensei em deixar a sua vaga na Universidade de Chicago para Cindy assim que ela aprender a controlar os poderes. O que vocês acham?

Eu não sei o que responder. Não posso ignorar minha própria vontade, ou melhor, a vontade da minha clone.

–Se ela quiser... - Digo.

–Sim, eu quero. Não sirvo para ser uma super-heroína como você.

–Ótimo. Agente Drew, Cindy, o prazo é de uma semana. Aprenda a controlar seus poderes neste período ou você ficará conosco. Estão dispensadas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro que encontrarem.