Annabeth entrou na banheira logo depois de Zoe. Os olhos dela brilhavam. Annabeth sorriu para ela enquanto passava a mão nos da filha, para que ficasse no lugar. Zoe estava animada. Isso era uma das coisas que ela sempre quis fazer. Tomar banho com a mãe dela na banheira. Ela ficava feliz em saber que agora teria a mãe dela ao seu lado, sempre. Zoe nunca pensou que sua mãe fosse tão bonita. Seu pai sempre falou que a mãe dela tinha uma beleza sem igual, mas ela nunca pensou que sua mãe fosse tão bela. Agora ela sabia quem ela via quando se olhava no espelho, sabia de quem era aquele rosto, já que antes, sabia apenas de quem era os olhos.

– Mãe? – Zoe chamou olhando para ela com atenção.

– Oi?

– Você vai falar para o papai que aquela moça nos convidou para sair com ela?

– Querida, ela não nos convidou para sair com ela. – Annabeth disse sorrindo. – Ela nos convidou para ir em uma festa que vai ter na empresa que a mamãe trabalha.

– Mas, você vai falar com o papai?

– Claro. Assim que colocar você na cama. – Annabeth disse fazendo mais espuma.

– Por que?

– Porque eu tenho que conversar com seu pai, querida. – ela sorriu para a filha. – Não se preocupe com isso.

Zoe olhou para a mãe, mas não disse mais nada.

Annabeth riu. Ela nunca imaginou que a filha pudesse ficar tão parecida com ela quando contrariada. Ela estava olhando para uma mini versão dela.

As duas fizeram a maior bagunça no quarto. Ela jogaram água uma na outra, brincaram com os brinquedos de Zoe que tinha no banheiro, perderam a respiração de baixo d’água e depois tomaram banho de verdade no chuveiro. Annabeth tirou a filha da água e a enrolou, depois se enrolou. Quando ela saiu do banheiro Percy entrou no quarto.

– Desculpa. – ele falou olhando para o corpo dela de cima a baixo.

– Tudo bem. – ela disse corada. – Vou levar ela para o quarto.

– Não deixe que a troque. Pode ir se trocar. – ele disse sorrindo.

Annabeth apenas concordou com a cabeça, antes de ir até o lado dele e passar a filha para os braços do pai.

– Annabeth? – Percy chamou antes de sair do quarto.

– Oi?

– Você continua bonita. Aliais, mas bonita do que antes.

Percy saiu e fechou a porta. Annabeth ainda ficou um tempo olhando para a porta sem fazer nada, antes de sair do quarto e ir para o que estava. Annabeth se trocou lentamente. Quando ela terminou foi para o quarto da filha. Zoe Já estava deitada na cama e Percy estava sentado ao seu lado com um livro na mão.

– Mãe. – ela disse quando viu Annabeth na porta do quarto. – Estávamos esperando por você.

– Já estou aqui. – ela disse se sentando do outro lado dela.

Percy sorriu para Annabeth antes de abri o livro e começar a ler. Annabeth olhou para ele. Ela tinha certeza que com o passar do tempo ele ficaria cada vez mais bonito, mas nunca pensou que seria tanto assim. Ele estava mais alto, mas bronzeado e mais charmoso do que quando ela o deixou. Ela se odiava pelo que fez. Ela nunca iria se perdoar, mesmo Zoe e Percy tendo perdoado ela. Ela olhou para a filha que estava abraçada com a aranha de pelúcia. Annabeth sorriu, ela nunca pensou que veria uma filha sua, gostaria de uma aranha, mesmo que fosse uma de brinquedo.

– Ela dormiu. – Percy disse tirando ela de seus pensamentos.

– Dormiu. – ela disse passando a mão pelo rosto da filha. – Preciso falar com você.

– Vamos para a sala. – ele disse se levantando e pegando a baba eletrônica.

Os dois desceram em silêncio. Annabeth se sentou no sofá enquanto Percy foi para a cozinha pegara água para beber.

– O que foi? – ele perguntou se sentando ao lado dela.

– Hoje quando fomos ao meu trabalho, minha chefe mandou eu perguntar se você se importaria de ir na festa da empresa. Será nessa sábado. Ela disse que quer te conhecer e não precisa se preocupar com a Zoe, ela pode ir. Se você não quiser ir tudo bem. Eu falo com ela. Ela tem que intender que você não tem obrigação nenhuma com isso.

– Eu adoraria ir. – ele disse sorrindo para ela. – Será bom conhecer seu trabalho. Soube que você é uma grande arquiteta.

– Nem tanto, Percy. – ela disse rindo. – Eu queria ser melhor. E serei agora que tenho Zoe e você. Eu estou cheia de ideias.

– Como as que tinham quando namorávamos?

– Melhores. – ela disse sorrindo.

– Fico feliz com isso.

– E você? O que faz?

– Trabalho treinando os recrutas para meu pai e ajudo na formação de estratégias. Além de quando meu pai precisa assumo alguma batalha para ele. Mas isso só aconteceu duas vezes. Ele pensa em Zoe, mas já me confessou que me deu melhor com seus homens do que meu irmão, mas eu sou pai, ele não.

– Ele te trata mal?

– Não. Agora não. Antes sim, ele não podia me ver que falava alguma coisa, ou fazia, mas agora ele fica na dele.

Eles ficaram um tempo em silêncio, apenas se olhando.

– Annie? – ele disse olhando no fundo dos olhos dela.

– Sim?

– Eu te amo. – ele passou a mão no rosto dela.

– Eu também te amo. – ela disse se aproximando dele.

Os lábios dos dois se encontraram. Percy passou a mão na nuca dela e a outra para a cintura del, depois puxou ela para seu colo. Annabeth abraçou o pescoço dele. Ela sentiu tanta falta disso, tanta falta dos beijos dele. Percy a deitou no sofá ficando por cima dela. Ele passou as mãos pelas pernas dela, dando um leve apertão. Annabeth o puxou para mais perto dela, se isso fosse possível. Percy quebrou o beijo quando o ar acabou e começou a beijar o pescoço dela. Percy voltou para os lábios dela. Esse beijo se tornou mais urgente do que o primeiro. Percy sugou o lábio inferior dela, antes de quebra o beijo.

– Vamos para meu quarto? – ele perguntou se afastando dele.

– Claro. – ela disse passando a mão no rosto dele.