Percy não sabia o que fazer. Ele nunca pensou que isso poderia acontecer. Na verdade ele estava tão preocupado com a filha que esqueceu que Annabeth estava indo para o acampamento. Ele nunca pensou que voltaria ver Annabeth em uma situação igual a essa. Zoe se afastou do ombro dele e olhou para frente, procurando o motivo que fez com que ele parasse. Percy viu quando ela franziu as sobrancelhas, mas não disse nada.

Annabeth olhava para os dois sem saber o que fazer. Ela tinha avisado ao Grover que ia para o acampamento para o caso de Percy não querer que ela chegasse perto da filha. Ela sabia que ele tinha esse direito, mas agora, ali. Fez com que toda a tristeza que ela sentiu nos últimos anos fossem embora.

Zoe levou a mão ao estomago e se inclinou um pouco sobre o pai.

– Papai, eu não... – Zoe não terminou a frase, ela começou a vomitar.

Percy jogou a mochila no chão e a ajeitou para que pudesse vomitar. Ele a apoiou no braço e deixou que colocasse tudo para fora. Quíron ia se aproximar, mas Percy fez um sinal para que ele ficasse longe.

– Pronto, está tudo bem. – ele disse passando a mão suavemente nas costa da filha. – Já vai passar, amor.

Zoe levantou a cabeça e olhou para o pai. Percy viu que ela estava assustada e com medo. Ela nunca tinha vomitado desse modo antes. Ele também estava, mas não podia demostra.

– Papai. – ela choramingou.

– Tudo bem, Anjo. Vamos lavar a sua boca.

Eles foram até o banheiro. Depois de lavar a boca dela e saiu. Ela ia precisar de um banho, de fato, ele também.

– Quíron você pode pedir para alguém limpar isso? Eu vou para a casa.

Ele passou por Annabeth que ainda estava no mesmo lugar. Ela tinha dado um passo à frente quando Zoe começou a vomitar, mas achou melhor não se intrometer. Percy seguiu até a casa. Depois de dá banho e trocar a roupa da filha, ele a dentou e foi pegar um suco de laranja.

– Aqui, Anjo. Beba isso, vai fazer você se sentir melhor.

Zoe bebeu tudo em silêncio. Ela manteve os olhos no pai. Percy conhecia a filha o bastante para saber o que ela estava pensando, ele sabia que ela reconheceu Annabeth das fotos e dos sonhos que tinha, mas não podia dizer com certeza o que ela achava sobre o fato de Annabeth está no acampamento, tão perto dela. Ele mesmo não sabia o que pensar. Parte dele queria pegá-la e esfregar na cara dela o que ela tinha deixado para trás. Outra parte queria saber se ela estava disposta a finalmente dá uma chance para a filha que eles tinham. Ele sabia que Zoe precisava de uma mãe, e quem melhor do a mãe dela para assumir o papel que nunca deveria ter deixado? Ele se sentia tão confuso. Ele tinha medo do que essa visita de Annabeth poderia significar para filha.

Olhou ainda prestava bastante atenção no pai. Ela sabia que aquela moça que estava parada na Casa Grande era a mãe dela. E que ela provavelmente não foi ali para vê-la. Ela queria poder conversar com a mãe, perguntar o que ela tinha feito de errado e falar que ela podia voltar para seu pai, por que ele ainda a amava, que ela não seria um problema. Ela não a incomodaria. Mas, ela sabia que mundo dos adultos não era assim tão fácil.

– Melhor? – Percy perguntou quando a Zoe terminou o suco.

– Sim. – Zoe ficou um tempo olhando para o nada até ter coragem para falar. – Aquela moço é a minha mãe?

– Sim.

Zoe mordeu os lábios. Ela podia ver que seu pai estava com os pensamentos longe dali, Mas tinha uma pergunta que não queria se calar em sua mente.

– O senhor poderia ver se ela quer... – ela parou. Ela não tinha o direito de pedir isso para nenhum dos dois. – Nada, esquece.

– Você quer que eu veja se ela quer vim te ver? – Percy perguntou acariciando o rosto dela.

– Eu... Apenas queria saber... Eu queria ouvi da boca dela, por que ela me deixou. – ela disse sem encarar o pai. – Eu sei que o senhor me disse que ela tinha uma espece de depressão, mas eu queria saber.

– Eu posso ver, amor. Não sei se ela vai quer vim te ver. – Percy sorriu para a filha.

– Mas o senhor não vai ficar triste?

– Claro que não. Pro mal ou pro bem, ela ainda é a sua mãe. – Percy se levantou e deu um beijo na testa da filha. – Eu já volto.

Percy saiu do quarto, e ficou um tempo parado encostado na porta. Ele sabia que isso era importante para a filha, ele sabia que ela precisava falar com Annabeth, mas ele tinha medo. Medo do que essa conversa poderia causa em suas filha. Ele sabia que Annabeth nunca colocaria Zoe contra ele, e mesmo se tentasse não conseguiria. Ele também sabia que não importa o que acontecer, Zoe era tão filha de Annabeth quanto era dele. Ele respirou fundo e desceu as escadas. Ele foi até a Casa Grande, Annabeth estava sentada em uma cadeira conversando com Quíron. Percy notou como ela mudou nos últimos anos, ela continuava bonita, apenas diferente. Depois de suspirar mais uma vez ele foi até eles.

– Desculpa interromper. – ele disse chamando atenção para ele. – Zoe quer falar com você. Se não quiser tudo bem, ela entender as coisas, sabe que nem sempre as coisas são como queremos, ela não vai ficar chateada.

– Eu posso? – Annabeth perguntou hesitante. – Você não acha ruim o fato de falar com ela. Sei que ela pediu para falar comigo, mas se você não estiver a favor...

– Ela quer falar com você. Eu não posso impedir. E de qualquer modo, você é a mãe dela. Ela precisa ter essa conversa com você. – ele suspirou. – Se for, vamos logo. Como você viu ela está doente e não pode ficar sozinha.

– Claro.

Os dois seguiram em silêncio. Ele simplesmente não sabiam o que falar. Essa não era a maneira que eles queriam se reencontra.

– Podemos conversar depois? – Annabeth perguntou quando eles chegaram na frente da casa. – Eu ai deixar uma carta com Quíron, mas já que você estar aqui...

– Tudo bem.

Eles entraram em casa e foram para o quarto de Zoe.

– Filha? – Percy abriu a porta. – Annabeth está aqui, vou deixar vocês conversarem.

Annabeth hesitou antes de entrar no quarto. Mas quando o fez não pode deixar de se emocionar. Ali estava sua filha, ali estava seu bebê.