—impressionante, você conheceu mais vampiros que eu em todos os meus anos de vida. –falou Carlisle.

—eu gosto de fazer amigos. –falei e sorri.

—nós ainda vamos caçar? –perguntou Rosalie.

—claro. –falou Esme. –você vem Isabella?

—podem ir, eu fico aqui. –eu falei.

Esme olhou pra mim desconfiada e eu revirei os olhos.

—eu tenho mais perguntas pra você Isabella. –falou Carlisle com ar curioso.

—temos a eternidade. –eu falei e ri junto com ele.

—então vamos e quando voltarmos continua a sessão pergunte a Isabella. –brincou Emmet e deu uma gargalhada.

Eles se levantaram e foram em direção a porta.

—você vai ficar aqui Isabella e se você sair vou atrás de você até o fim do mundo se for preciso. –falou Esme autoritária.

—sim senhora. –falei e ri.

Eles se despediram de mim e saíram de casa, quando fiquei sozinha olhei a sala e vi um piano. Se Esme fosse a dona não iria se importar de eu tocar nele. Fazia anos que eu não tocava e então eu não pude resistir, fui até ele e comecei a tocar. Primeiro toquei uma musica que fiz e depois Claire de Lune, quando estava quase acabando alguém bateu palmas e eu bati todas as teclas de uma vez fazendo um estrondo.

—que susto. –falei virando pra Edward.

—você toca bem. –falou ele.

—o que faz aqui? –perguntei.

—Esme me mandou de volta, disse que está com medo que você vá embora e ela nunca mais te veja. –Respondeu Edward.

Sai do piano e fui sentar no sofá.

—desculpe ter tocado sem pedir. Esse piano é de quem? –perguntei.

—meu, adoro tocar. –falou ele e riu.

—desculpe por tocá-lo. –falei com medo de ele não ter gostado.

—tudo bem, se você quiser pode tocar. E a ultima musica que você tocou era Claire de Lune? –perguntou Edward.

—conhece Debussy? –perguntei curiosa.

—sim, ela toca e compõe bem. –falou ele dando de ombros.

—ela é uma das minhas preferidas... –murmurei.

—bom, temos algo em comum. –falou ele e veio se sentar no sofá ao meu lado.

Olhei então para os olhos dele, que estavam pretos como a meia noite, um sinal da sede.

—acho que você deveria ir caçar, seus olhos estão pretos... –murmurei.

—Esme disse que se eu perder você de vista fico sem minha cabeça. –falou Edward dando uma gargalhada.

Eu ri, Esme ficou muito brava e mandona.

—muito bem, então eu vou caçar também. Queria ir sozinha, mas como não tem jeito. –falei me levantando.

—como podemos saber se você está com sede? –perguntou Edward curioso.

—meus olhos mudam de cor como o de vocês. –falei.

—então seus olhos não são pretos? –ele perguntou.

—não. Você conseguiria alcançar eles? –perguntei.

—sim, por que? –ele perguntou.

—não queria te deixar pra trás. Quer apostar corrida? –perguntei erguendo uma sobrancelha pra Edward que deu sorriso torto lindo.

—eu sou o mais rápido de minha família, acho que você vai perder. –ele disse convencido.

—é isso que vamos ver. E o que vamos apostar? –perguntei.

—não sei, você que escolhe. –falou Edward.

—que tal, se você ganhar fica com o meu carro preferido e se eu ganhar fico com o seu. –falei.

—fechado. –falou ele.

Nós andamos pra fora de casa e eu me posicionei ao seu lado para dar a largada. Eu tinha quase certeza de que eu iria ganhar dele.

—quando eu falar já. –falei.

—tudo bem. –ele falou e revirou os olhos.

—já. –falei e começamos a correr.

Nós demos um salto para cruzar o rio que ficava na propriedade e eu cheguei primeiro ao outro lado. Primeiro ele estava ganhando, mas depois começamos a correr lado a lado. Cada vez que ele aumentava a velocidade eu aumentava também.

Eu comecei a rir assim como ele. Eu adorava correr, correndo eu tinha a sensação de que eu era livre, que eu podia fazer tudo o que eu quisesse, que eu poderia ser feliz.

Eu estava na frente, mas então Edward se impulsionou numa pedra e tomou a dianteira, eu ri e acelerei. Ele arregalou os olhos e riu quando viu que eu o alcancei.

Eu então escutando os passos dos outros Cullens mais a frente puxei o braço de Edward pra que ele caísse, mas ele me segurou e nós fomos ao chão juntos.

Eu cai em cima dele e ri, me apoiei em meus braços e ainda rindo junto com Edward olhei pro rosto dele. Nosso riso morreu e eu me perdi nos olhos de Edward, eu não conseguia desviar o rosto dele, parecia que algo me puxava. Inconsciente do movimento nós dois estávamos aproximando nossos rostos.

—Edward, Bella? São vocês? –ouvi Esme chamando.

Eu me levantei puxando a mão de Edward para ele se levantar também e logo em seguida a soltei e ri.

—estamos aqui Esme. –falei um pouco mais alto para que ela ouvisse.

—desculpe. –falou Edward.

—eu é que tenho que me desculpar, eu trapaceei e então já que ninguém ganhou e eu fiz isso, eu te dou outro carro, mas ele não vai ser o que eu mais gosto. –falei.

—tudo bem. –falou ele.

—ah, vocês estão ai! Falou Esme quando nos achou.

—achei alguém que pode competir comigo nas corridas. –falou Edward.

—eu acabo de tentar trapacear e perder um carro para Edward. –falei rindo.

—venham, os outros estão esperando na campina. –falou Esme.

Corremos até lá e então uma Alice saltitante veio até Edward e o abraçou.

—obrigado por me dar o carro que você ganhou de Isabella. –falou ela.

—eu vou te dar o carro? –perguntou Edward.

—sim, eu vi isso. –falou Alice.

—e que carro que é? –perguntou Emmet.

—isso eu não vi. Qual é Natalie? –perguntou Alice.

—um Porsche 911 Turbo Amarelo Canário. –falei e Alice abriu a boca.

—eu amei. –falou Alice e me abraçou.

Eu apenas ri e retribuí o abraço.

—por que tenho a impressão de que ele é a sua cara? –perguntei e ri.

—tudo que é chamativo Alice gosta. –falou Rosálie revirando os olhos.

—que tal brincarmos um pouco antes de irmos caçar? –perguntou Alice.

—isso! – falou Emmet empolgado.

—não vejo problema nisso. –falou Esme olhando para Carlisle.

—podemos esperar um pouco. –falou Carlisle.