Eu ainda estava em completo pânico, quando Edward entrou pela porta acompanhado de Marcus Volturi, senti todo meu corpo estremecer na presença dele.

– Querida Bella há quanto tempo. Ele disse num tom sarcástico.

– Marcus. Eu sussurrei seu nome deixando o medo transparecer em minha voz.

– Bella retire-se. Edward disse enfático.

– Mas... Eu tentei argumentar mas Edward apontou para o andar de cima.

– Vejo que a pequena humana tem vontades próprias. Marcus disse debochado.

Enquanto subia as escadas pude observar Marcus me encarando atentamente, seu olhar era frio e cruel como o de um felino preste a matar sua presa, desviei meus olhos dos dele e continuei subindo as escadas em direção ao quarto de Alice, ela ainda estava tentando se recompor da visão assustadora, e por mais que eu tivesse tentando fazâ-la dizer algo, ela parecia estar abalada demais para dizer alguma coisa.

– Alice eu preciso saber o que você viu? Eu a indaguei novamente apavorada.

Ela me encarou com os olhos repletos de lágrimas, e esticou as mãos tocando meu rosto lentamente, como que para me acalmar, mas ela não disse uma palavra.

– Alice. Eu insisti

– Eu vou morrer, é isso? Eu a indaguei

– Bella. Ela sussurrou meu nome com ternura.

– DIGA LOGO, O QUE VOCÊ VIU? Eu gritei apavorada enquanto Carlisle e Edward se colocaram na porta.

– Acho que você devia se acalmar primeiro. Ela pediu

– Alice, você nunca escondeu nada de mim, por favor me diga o que você viu? Eu implorei.

– Eu a vi se entregando para Louis, mas não apenas no sentindo de sacrificar, vocês estavam juntos, e então ele a matou cruelmente. Alice sussurrou enquanto as lágrimas inundavam seu rosto.

– Não, eu nunca irei trair Edward. Eu retruquei

– Mas o fez, Bella, você o fez. Alice resmungou com a voz embargada

Me virei sabendo que Edward devia estar me encarando, seus olhos dourados estavam negros como a noite, e o ciúmes pareciam estampado em seu rosto, ele sabia que eu jamais faria aquilo com

ele, mas também sabia que por ser humana, eu podia ser facilmente manipulada por qualquer um deles.

– Não, eu não vou fazer isso. Eu respondi correndo para os braços de Edward.

– Acho que agora você entende porque estou disposto a evitar que você se entregue a Louis, mesmo que para evitar que ele nos mate. Edward disse enfático enquanto me envolvia em seus braços.

– Que cena mas romântica. A voz grave e debochada de Marcus soou atrás de Carlisle.

– Quem lhe convidou? Carlisle o indagou

– Me desculpe, velho amigo. Marcus respondeu

– Eu o trouxe . Edward respondeu encarando Carlisle.

– E os outros? Eu o indaguei

– Você realmente acha que meus irmãos se importam com o que acontece comigo. Marcus disse ironico.

– O recado está dado, porém acho que Louis não desistirá do seu propósito de tomar nosso reinado. Marcus respondeu enfático.

– Como vamos impedi-lo? Eu sussurrei enquanto envolvia cintura de Edward.

– Acho que você não entendeu, nem mesmo eu sei se posso lutar contra ele. Marcus retrucou

– Mas você não é o outro original? Eu o indaguei

– Sim, mas Louis soube se aprimorar, e ele foi o primeiro. Marcus respondeu

– Então isso significa que teremos que nos arriscar, Edward. Eu sussurrei

– Nem pense Bella, depois da visão da Alice, você realmente não espera que eu te entregue numa bandeja para Louis né? Edward respondeu amargo e frivolo.

– Mas como vamos para-lo antes que ele mate a todos ? Eu disse enfática.

– Nos daremos nosso jeito. Carlisle disse pondo suas mãos em meu ombro tentando me acalmar.

Eu sabia que Carlisle concerteza encontraria uma maneira de impedi-lo, mas meu medo era de que fosse tarde demais, que Louis já houvesse matado a todos que eu amasse, e eu simplesmente não podia continuar ali parada esperando que aquilo acontecesse, eu precisava agir, proteger Renne e Charlie de alguma maneira, proteger meus amigos, e principalmente proteger Edward, eu não suportaria perdê-lo novamente.

– Bella aonde você pensa que vai? Edward perguntou enquanto eu caminhava em direção ao nosso quarto.

– Preciso ver Renne. Eu menti tentando convence-lo, mesmo sabendo que Marcus podia ler minha mente e saber muito bem o que eu planejava fazer.

– Bella deixe com que eu te leve lá amanhã. Edward pediu

– Não, eu preciso ver minha mãe ainda hoje. Eu retruquei enquanto entrava no quarto e começava a arrumar minha mochila.

– Por favor Bella me ouça. Edward pedia

– Não, se Louis vai matar todos nós, então ao menos me deixe passar uma tarde com minha mãe. Eu retruquei revoltada.

– Você não irá sair dessa casa sozinha. Edward disse enfático , levantei meu rosto o encarando e seus olhos estavam vincados e me encaravam atentamente.

– Eu vou, e você não irá me impedir. Eu gritei enquanto passava por ele.

– Bella, por favor me ouça. Carlisle tentou intervir, mas eu estava decidida.

Eu sabia que se Edward resolvesse me impedir concerteza, eu não teria chance alguma de sair dali, e foi o que ele fez, parou na minha frente, impedindo minha passagem, enquanto Carlisle agia como um verdadeiro pai, me pegando pelo braço, e me pondo dentro do quarto.

– Você não pode fazer isso comigo. Eu gritava

– Posso sim, e você ficara ae dentro até entender que se deixarmos sair por aquela porta, pode ser a última vez que a veremos. Carlisle disse enfático antes de fechar a porta do quarto.

Me sentei na cama, enquanto as lágrimas começavam a inundar meu rosto, eu me sentia completamente impotente diante de toda aquela situação aonde eu simplesmente não passava de uma presa, e todas as pessoas a quem eu amava estavam condenadas a morte por minha causa.

Naquele momento me deixei pensar em Emmet aonde ele estaria, como estaria suportando a morte de Rosie, então senti a ferida se rasgar em meu peito novamente, e as lágrimas desceram como um rio pelo meu rosto, por minha causa Rosie havia sido morta, por causa do meu sangue todos a quem eu amava iriam morrer, eu precisava fazer algo para evitar aquilo, mas era como se os Cullens estivessem disposto a me manterem numa redoma de vidro, aquela luta não era deles, e sim minha, apesar de saber que eu não teria chance alguma, eu não podia permanecer parada.

De repente uma luz branca invadiu o quarto, iluminando tudo a minha volta, fora quando eu senti meu coração se acalmar, a luz tocou meu rosto delicadamente, fora quando eu reconheci as mãos que me acalentavam.

–Lunna. Eu sussurrei o nome com ternura.

– Minha querida. Ela respondeu aparecendo sua forma angelical.

– O que faz aqui? Eu a indaguei

– Vim lhe buscar. Ela respondeu esticando as mãos.

– Não posso, os Cullens me trancaram aqui. Eu disse

– Entenda-os, você não acha que eu também a deixarei se entregar a Louis. Lunna disse enfática.

– Mas como faremos para impedi-lo então? Eu resmunguei

– Venha, me reuni com alguns amigos e temos um plano. Lunna disse enquanto eu segurava suas mãos.

– Não acha melhor eu avisar Edward primeiro. Eu disse.

– Não, Bella apenas venha. Lunna disse enquanto eu a envolvia pelo pescoço.

– Segure-se. Ela disse antes de começar a ruflar suas asas pelo céu.

– Aonde iremos? Eu a indaguei enquanto voavamos pelas nuvens

– Para onde você não deveria ter saído. Lunna disse enfática enquanto pousavamos na varanda da mansão aonde Damon havia me levado.

– Pronto, agora entre, temos uma reunião. Lunna disse apontando para a porta.

– Que reunião? Eu a indaguei surpresa

– Espere e verá. Ela retrucou enquanto caminhava atrás de mim

– Aonde Damon está? Eu perguntei enquanto sentia meu coração disparar ao pronunciar o nome dele.

– Bella aprenda ter um pouco mais de paciência, agora entre na primeira porta á sua esquerda. Lunna disse enquanto eu empurrava a porta indicada.

A sala estava cheia, repleta de rostos desconhecidos, mas todos igualmente fascinantes e belos assim como Lunna, havia uma paz que pairava no ar,

apesar da angústia que estampava o rosto de todos, meus olhos vagaram em busca dos olhos ternos e azuis de Damon, não demorou para que eu

o encontrasse, em pé de costas para todos parado na janela observando o horizonte.

Me aproximei correndo quase que tropeçando nos meus pés, ele se virou abrindo os braços para me receber, me atirei em seus braços como uma criança

que busca o colo do pai, ele me apertou num abraço cuidadoso, olhei para cima o encarando, eu quase havia me esquecido o poder que ele tinha sobre

mim, não era nada comparado ao que Edward exercia em mim, mas ainda assim era poderoso e me deixava sem folêgo.

– Bella... Ele sussurrou meu nome enquanto passava as mãos pela minha cintura.

– Senti sua falta. Ele disse sorrindo

– Eu tb, mas você precisa entender. Eu retruquei

– Quem sabe algum dia, agora temos coisas mais importantes para tratar. Ele respondeu enquanto se dirigia a cadeira vazia no circulo, aonde estavam todos.

– O que eles são? Eu perguntei curiosa

– Observe. Lunna respondeu

Meus olhos vagavam atentamente por cada um deles, quando de repente uma luz branca ofuscou minha visão, quando consegui recuperá-la, nada poderia

me preparar para o que eu estava vendo, asas imensas e brancas, todas abertas em volta do circulo.

– Anjos.....Sussurrei impressionada

– Sim, Bella, somos todos anjos. Lunna respondeu

– Mas o que anjos iriam querer com os vampiros, que eu saiba os inimigos dos vampiros são os lobisomens. Eu resmunguei ainda encantada.

– Não Bella, nos não somos inimigos dos vampiros, mas precisamos manter a ordem na terra. Disse o anjo que tinha os olhos da cor do fogo.

– Não pretendemos fazer mal aos Cullens. Lunna respondeu segurando minha mão.

– Eu sei. Sussurrei

– Nosso objetivo é exatamente o mesmo que o dos Cullens.. O Anjo que tinha os olhos da cor do fogo se levantou, ficando no meio do circulo.

– Derrotar Louis. Eu respondi.

– Sim, Bella. Lunna retrucou

– Mas como faremos isso, se ele quase matou eu e Edward quando o encontramos. Eu resmunguei

– Como? Damon me interrompeu

– Sim, nos o encontramos, e ele só não nos matou, porque queria que mandassemos um recado para Marcus Volturi, o outro original. Eu disse observando que todos pareciam surpresos com a revelação.

– Como vocês não sabiam? Eu os indaguei

– Não Bella, nos desconfiavamos que podia haver outro, mas nunca imaginamos que ele fosse um dos Volturis. Lunna me respondeu

– Então imagino que o que Louis pretende é bem maior do que apenas se tornar mais forte, com certeza ele deve estar planejando algum golpe contra os Volturis. Lunna disse enfática.

– Acho que ele quer o poder,a realeza de ter todos os vampiros do mundo em suas mãos. Damon se pronunciou pela primeira vez na reunião.

– E com certeza irá exterminar quem se meter em seu caminho. Eu resmunguei

– Sim, Bella, mas agora você está segura. Lunna respondeu

– Mas e aqueles que eu amo, você não acha que eu ficarei aqui assistindo a morte
de toda a minha familia, acha? Eu a indaguei amargamente

– Não Bella, mas entenda nos iremos proteger aqueles que pudermos, mas isso significa que nem todos irão sobreviver. Lunna retrucou sem perder a pose.

– Acho que vocês enlouqueceram, se não irão derrotar Louis, então eu irei me sacrificar e entregar a ele exatamente o que ele deseja. Eu gritei enquanto as lágrimas inundavam meu rosto sem que eu percebesse.

– Calma Bella, acho que poderemos encontrar um jeito de resolver isso. Damon disse tentando me confortar.

– Não Damon, não é justo que os outros paguem por que um vampiro idiota quer meu sangue mais que qualquer coisa. Eu resmunguei

– Não, eu não irei suportar que mais ninguém morra por minha causa, os Cullens já perderam um dos deles, com certeza não serei a causadora de mais uma morte. Eu cuspi as palavras antes que qualquer um pudesse retrucar.

– Bella, entenda nos iremos fazer o que nos é possível para impedir Louis de continuar com essa matança sem sentindo, mas não podemos garantir a segurança de todos. Lunna disse atenta ao anjo parado em meio ao circulo.

– Então eu digo que se for para morrer, eu prefiro estar ao lado daqueles que eu amo. Eu disse em meio as lágrimas que desciam pelo meu rosto.

– Bella acalma-se.. Damon sussurrou me embalando em seu abraço.

– Não, eu só quero que essa tortura termine. Eu disse tão baixo que nenhum humano teria ouvido.

– Vai acabar, eu prometo. Damon retrucou sendo gentil.

Eu sabia que tudo aquilo ainda estava longe de terminar, que muitas pessoas iriam perder suas vidas , até que Louis conseguisse o que quer ele planejasse.