Save me escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oneshot de presente para minha querida e amada leitora número Mandy Cullen... Como não cumpri seu Desafio do Balde de Gelo, fiz essa história mega clichê para você.

Desculpem qualquer erro ortográfico.

BOa leitura.



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Save me (Hanson)

Amo você como nunca amei ninguém antes

Preciso de você para abrir a porta

Se implorar pudesse, de alguma forma mudar a maré

Então me diga, eu tenho de tirar isto da minha cabeça

Nem mesmo a tempestade que desabava sobre sua cabeça, molhando-o completamente, ou o vento congelante que chicoteava seu corpo eram capazes de pará-lo. Nada faria-o desistir de seu objetivo. Já estava atrasado há muito tempo, anos na verdade.

Era incrível como um homem como ele, acostumado a ter tudo e todos aos seus pés, estivesse totalmente perdido e desesperado por causa de uma criatura minúscula e totalmente irritante como àquela mulher que virou sua vida de cabeça para baixo.

Apressou os passos e as lembranças inundaram sua mente mais uma vez.

*-*

Estava com uma terrível dor de cabeça, seu dia que havia começado maravilhosamente bem, havia transformado-se em um caos. Como um dos melhores advogados do país, Edward Anthony Cullen, em seus 28 anos era sempre requisitado para os casos mais complicados. E o mais recente era o divórcio do excêntrico, Aro Volturi com sua vigésima quinta esposa, que exigia uma pensão milionário do marido.

E aquele caso já estendia-se há meses, tudo porque Aro não aceitava as exigências da jovem esposa, o que culminava sempre em discussões cansativas e desnecessárias.

Escutou a porta de sua sala sendo aberta, fazendo com que bagunçasse os cabelos acobreados e suspirasse cansado.

- Bom dia meu amor. - Bella disse com aquele sorriso capaz de iluminar qualquer escuridão. Não conseguia entender como ela sempre parecia estar de bem com a vida. - Estava com saudades.

- Não tem nem três horas desde a última vez que nos vimos. - Respondeu indiferente, fazendo com que a mulher a sua revirasse os olhos. - O que está fazendo aqui, Isabella? Não deveria estar trabalhando? - Indagou sem tirar os olhos dos papéis em suas mãos.

- Poderia ao menos fingir que está feliz com a minha visita. - Bateu o pé no chão. - E olhe-me quando falar comigo!

- Para de gritar Isabella! - Grunhiu irritado massageando as têmporas. Odiava esses ataques dela.

- Eu não estou gritando! - Respirou fundo e mordeu o lábio inferior. O que ela sempre fazia quando estava nervosa. - Você se lembra o que combinamos para hoje não é mesmo?

Edward olhou-a sem nada entender. Claro sem demonstrar qualquer sentimento em sua bela face, fazendo-o parecer indiferente.

- Eu não acredito que esqueceu o nosso aniversário de namoro, Edward! - Murmurou frustrada. - Droga! Dá para pelo menos uma vez na droga da sua vida fingir que se importa comigo!

- Eu não esqueci, Isabella! - Oh! Como ele era idiota. Era óbvio que havia esquecido a data mais uma vez, mas nem sob tortura assumiria isso à ela.

- Jura? - Questionou cética, encarando-o com a sobrancelha arqueada e os braços cruzados. Os olhos verdes água estudando-o minuciosamente. - Eu não acredito em você!

- Hun. - Ele sabia o quanto aqueles monossílabos dele irritavam-na. - Se você não acredita... Eu não posso fazer nada.

- Eu estou cansada disso, Edward. Estou cansada de sempre ceder as suas vontades, a sempre perdoar seus "esquecimentos". - Bella respirou fundo e espalmou os olhos na tentativa de conter as lágrimas que queriam sair. - Você prometeu que hoje ficaríamos o dia inteiro juntos, que seria um dia só nosso. E olha onde estar.

Droga! Como odiava vê-la chorar. Como odiava fazê-la chorar. Como poderia ter esquecido aquela data que era tão especial para ela? Não que não fosse para ele. Porém, para Isabella a data do aniversário deles era mais que sagrada.

- Bella... Se acalme. Eu não...

- Quer saber? Eu não me importo mais... Se para você nosso namoro não significa nada. Aliás, se eu não significo nada para quer lembrar não é?

Àquela altura Bella já soluçava e tudo que Edward desejava era acalentá-la em seus braços e dizer o quanto ela era especial e importante em sua vida. No entanto, seu maldito orgulho não permitia.

- A gente conversa em casa, Isabella. Quando você estiver mais calma e parar de fazer drama.

- Drama!? Claro! Querer que pelo menos uma vez no ano, seu namorado demonstre que a ama e que se importa com ela, com certeza é um drama de quinta. - Apertou a alça da bolsa.

Edward preferiu ficar calado, deixando com que Isabella dissesse tudo o que estava sentindo. Isso faria bem à ela, faria com que ela se acalmasse mais.

- Já percebeu que sempre sou EU quem abro mãos das coisas no nosso relacionamento? Que sempre sou EU quem faço de tudo para fazer-nos felizes? Que sempre sou EU quem diz "Eu te amo!"? - Balançou a cabeça frustrada. - Você nunca disse que me ama, Edward! Durante esses dois anos de namoro você nunca falou "Eu amo você".

Bella ficou alguns minutos em silêncio, com o olhar perdido. Seu choro já havia cessado, assimo como seus soluços.

- Claro. - Murmurou desolada. - Você nunca disse um "Eu amo você" por não me amar. - Soltou uma risada seca. - Você ao menos lembra a primeira vez que nos vimos? O que eu usava no nosso primeiro encontro? Nosso primeiro beijo? A nossa primeira vez? Qual minha cor, filme, música, autor preferidos?

Eu nunca pensei que estaria pronunciando essas palavras

Eu nunca pensei que precisaria dizer

Outro dia solitário é mais do que posso suportar

- É claro que não sabe não é? Porque perderia seu tempo com alguém tão insignificante como eu, não é mesmo? - Murmurou desolada. - Não se preocupe que não vou mais pertubá-lo, pode ficar com seu precioso trabalho.

- Bella... - Chamou-a, mas ela saiu batendo a porta com força.

*-*

Chegou cansado do trabalho naquela noite. Ficara o dia inteiro pensando na discussão com a namorada, mas não daria o braço a torcer tão cedo, mesmo que fosse o errado. Estranhou encontrar o apartamento na mais completa escuridão. Largou a maleta sobre o sofá e acendeu a luz da sala, dirigindo-se em seguida para o quarto que dividia com Isabella. Pensou que a encontraria deitada, assistindo algum filme meloso e com um pote de sorvete ao lado.

Ledo engano.

Tudo que encontrou foi o vazio. Chamou-a, mas não houve resposta. Bagunçou os cabelos acobreados mais uma vez e seus olhos verdes caíram em um envelope sobre a enorme cama de casal. Pegou rapidamente o envelope, abrindo-o e econtrando uma aliança delicada de ouro e um pequeno bilhete roso.

"Você está livre para fazer o que quiser da sua vida. Eu não vou mais atrapalhá-lo.

S."

Você não vai me salvar?

Pois a salvação é o que eu preciso

Eu apenas quero estar contigo

Edward não foi atrás dela, tudo porque tinha esperanças que Bella revesse seus atos e voltasse para casa. E os dias transformaram-se em semanas e nada. Nenhum telefonema. Nenhuma notícia. Até mesmo sua irmã, Alice havia parado de falar com ele.

Tudo havia perdido a cor. O apartamento era grande demais, as paredes frias e as sombras tenebrosas. Era agonizante entrar por aquela porta e não encontra-la com seu sorriso acolhedor e seus olhos amorosos.

Ele era um estúpido, cretino e imbecil.

*-*

Até que naquele dia chuvoso, deixou seu maldito orgulho de lado e resolveu lutar pelo perdão da mulher de sua vida. Tudo que ele queria era demonstrar seu amor à ela. Poderia ter agido como um idiota por tanto tempo, mas agora faria a coisa certa.

Preste atenção por favor, não saia pela porta

Estou de joelhos Você é o motivo pelo qual estou vivendo

E lá estava ele (após tocar a campainha) em frente a porta da casa dela. Parado, esperando-a aparecer.

Quando a porta abriu-se revelando-a, Edward sentiu seu coração bater alucinadamente.

- O que está fazendo aqui, Edward? - Ela surpreendeu-se ao vê-lo ali, no meio daquela chuva, todo molhado.

- Precisamos conversar, Bella! - Disse firmemente, fazendo-a estreitar os olhos.

- Não temos nada para conversar, Edward. Agora vá para casa antes que fique doente. - Fez menção de fechar a porta, mas Edward colocou o pé no meio.

- Eu só saio daqui quando conversarmos.

- Certo. - Viu-a respirar fundo e morder o lábio com força, abrindo mais a porta. - Espere aqui que vou pegar uma toalha. - Saiu rapidamente, voltando poucos minutos depois com uma toalha e umas peças de roupa. - São algumas das suas roupas suas que ainda estão aqui em casa. É melhor tomar um banho quente e trocar de roupa antes que adoeça.

- Bella...

- Você sabe o caminho... - Cortou-o. - Vai logo, anda.

Vinte minutos depois...

Quando voltou para a sala, encontrou-a sentada, olhando fixamente para o copo que segurava.

- Eu fiz chocolate, beba antes que esfrie. - Indicou a grande caneca fulmegante a sua frente.

- Obrigado, mas eu não quero beber nada agora. - Bagunçou os cabelos molhados, enquanto sentava-se ao lado dela. - A única coisa que desejo nesse momento é pedir seu perdão, Isabella.

Estava nervoso, parecia um adolescente falando pela primeira vez com a garota que gostava.

Ela olhava-o surpresa e não era para menos. Edward nunca pedia perdão por nada. Mesmo que estivesse errado, seu orgulho era maior... Ele sempre arrumava outras formas de desculpar-se, sem precisar dizer as palavras "Desculpe" ou "Perdão".

Observando-a melhor, Edward percebeu as fortes olheiras arroxeadas que adornavam os olhos esverdeados, que encontravam-se um pouco inchados e avermelhados.

Sinais que ela havia chorado antes.

"Sua culpa, idiota!" Sua mente acusou.

- Antes que termine o dia. - Sussurrou tocando o rosto de porcelana com as pontas dos dedos, como se ela pudesse quebrar com a brisa mais suave. E para ele era assim.

- O que? - Indagou confusa, sentindo seu coração bater ainda mais forte.

- Seu filme favorito é "Antes que termine o dia". Você sempre o assiste nos dias chuvosos, com uma panela de brigadeiro ao lado. - Afagou os cabelos castanhos com devoção. - Você ama comida italiana, principalmente macarronada.

- Por que está fazendo isso, Edward? - Pediu baixinho, afastando-se delicadamente do toque dele.

Ah, se ela soubesse como aquilo cortava seu coração. Ficar longe dela era torturante.

- A primeira vez que nos vimos foi em frente ao Cartório... Você vinha correndo e esbarrou em mim, derramando chocolate quente em cima de todos os meus documentos.

Sorriu lembrando-se da cena, enquanto Bella corava, envergonhada por suas ações naquele dia.

- Se olhar matasse... Com certeza eu teria morrido àquele dia.

- Você me "perseguiu" o dia inteiro com pedidos de desculpas, mesmo depois deu tê-la mandado para o inferno. - Revirou os olhos. - E qual foi a minha surpresa ao abrir a porta do meu apartamento e encontrá-la com uma pasta cheia de papéis nas mãos e um enorme sorriso no rosto.

- Eu estava sentindo-me culpada por ter estragado todos os documentos que você havia conseguido sobre o caso daquela criança. - Suspirou e entrelaçou as mãos. - Então achei que o mínimo que poderia fazer era conseguir toda aquela papelada novamente.

- E até hoje não entendo como conseguiu. - E isso era verdade. Algo que ele demorou meses para conseguir... Bella em poucas horas já tinha em suas mãos.

- Eu tenho meus contatos. - Deu de ombros.

- Nosso primeiro encontro ocorreu duas semanas depois. Você estava linda naquele vestido verde escuro, que destacava ainda mais a cor dos seus olhos.

Segurou o queixo dela, fazendo com que seus olhares se encontrassem. Nunca se cansaria daquele mar esverdeado, que transmitiam tantos sentimentos.

- Depois de jantarmos, fomos dar uma volta no cais. Você ficou fascinada com a vista do mar, assim como o céu estrelado. - Sorriu nostálgico. - Lá foi onde nos beijamos pela primeira vez.

As lembranças daquela noite eram vívidas em sua mente. E percebia que para Bella também.

- Naquela mesma noite também descobri sua paixão por Nicholas Sparks e todas as suas obras literárias... Seus olhos sempre brilham quando descobre que ele lançou um novo livro e não sossega enquanto não o devora.

- E você sempre contribuindo para esse meu vício. - Sorriu para ele. - Principalmente, quando me apresentou a sua biblioteca.

- Você parecia uma criança em um parque de diversão pela primeira vez na vida. - Tocou com as pontas dos dedos o nariz pequeno e arrebitado. - Praticamente transformou o lugar em um santuário.

Bella somente sorriu e encolheu os ombros.

- Um mês depois do nosso primeiro encontro formal, começamos a namorar. Um mês porque eu dizia para mim mesmo que você era somente uma boa amiga e nada mais. - Franziu o cenho e apertou a mandíbula.

- Você me deu um fora quando eu disse que estava gostando de você. Insinuou que eu estava confundindo os meus sentimentos e que só me via como amiga. - Cruzou os braços e olhou para a frente.

- E você deixou o idiota do James beijá-la. Tem noção do ódio que senti quando vi aquele idiota tocando-a? - Trincou os dentes e respirou fundo.

- Claro. Você quebrou o nariz dele e ainda teve a cara de pau de dizer que eu era sua. - Revirou os olhos. - Você foi um ogro.

- Eu estava confuso. Jamais havia sentido ciúmes na minha vida. Jamais tive tanta vontade de matar alguém como naquele momento.

Edward nunca havia sentido aquela avalanche de sensações antes de conhecer Isabella. Era verdade que ele saiu com muitas mulheres em sua vida, mas nenhuma delas despertou nada além de seu desejo.

Com Bella sempre foi diferente. Ela não saia de sua cabeça. Era a primeira pessoa que vinha em sua mente quando acordava, assim como era a última quando ia dormir.

- Foi naquele momento que percebi que precisava fazer algo para manter todos os seus admiradores longe. Porque o gosto dos ciúmes era amargo demais. E foi quando eu tive a brilhante ideia de pedi-la em namoro, enquanto você almoçava. Fazendo-a quase morrer engasgada. - Olhou-a divertido.

- Não teve nada de engraçado naquilo. - Respondeu emburrada.

- Oito meses depois fomos para a casa de praia da minha família. Foi lá que tivemos nossa primeira noite de amor.

Afagou a bochecha corada dela.

- Ali eu tive a confirmação que era você, sempre foi você quem esperei. Aquela não foi somente sua primeira vez, mas também foi a minha. - Ela olhou-o cética, estreitando os olhos. - Foi a primeira vez que realmente fiz AMOR. Não era só desejo carnal... Era algo mais forte, intenso e ao mesmo tão sublime... Algo que pensei não existir.

Para um homem como ele, acostumado a não falar sobre seus sentimentos, era muito difícl estar ali, abrindo seu coração. Mas sabia que essa era a única forma de não perder Isabella para sempre.

- Eu sei que a machuquei infinitas vezes com as minhas ações e omissões... - Segurou as mãos dela e entrelaçou os dedos de ambos. - Eu pensava que não precisava de palavras para demonstrar o quanto você é importante para mim. Eu te amo, Bella. Te amo mais que tudo na minha vida.

Isabella já chorava abundantemente. Edward sentiu algo quente molhar seu rosto e viu a surpresa nos olhos de Bella. Afinal, Edward Anthony Cullen não chorava. Mas ele não se importava em mostrar sua fragilidade. Não para ela. Não para a sua Bella.

- Eu não sei em que momento e nem quando passei a amá-la. Talvez tenha sido desde a primeira vez que a vi. Só sei que não suporto mais ficar longe de ti. Você é minha vida, Isabella. Você é o meu tudo.

Abraçou-a com força, enterrando o rosto na curva do pescoço feminino. Aspirou profundamente o cheiro de lavanda e erva-doce que tanto havia sentido falta.

- Perdão. Perdão por tudo. Perdoe-me por ter demorado tanto em dizer que a amo. Mas eu achava que só em demonstrar era o suficiente para você. - Abraçou-a com mais força. - Eu te amo tanto, Bella. Tanto que chega a doer.

- Eu também amo-te, Edward. - Bella sussurrou. Sua voz entrecortada pelos soluços. - Eu... Preciso tanto de você. Preciso tanto que você não tem noção do quanto.

- Volta para a nossa casa, Bella. Eu te dou minha palavra que de agora em diante será tudo diferente. Eu farei o impossível para fazê-la feliz.

Encostou a testa na dela e olhou profundamente dentro dos olhos verdes, antes de fazer a pergunta que mudaria a vida de ambos.

- Isabella Marie Swan, aceita casar-se comigo? Com um idiota orgulhoso, mas que a ama mais que tudo. - Tirou uma caixinha que tinha no bolso da calça e abriu-a, revelando um lindo solitário de ouro, com uma delicada pedra de esmeralda.

- Edward... - Sussurrou emocionada. - Eu... eu aceito.

Nunca duas palavras trouxeram tanto alívio e plenitude quando aquele "Eu aceito". Sorriu para ela, enquanto deslizava o anel por seu dedo, beijando a mão dela em seguida.

- Obrigado, Bella. Obrigado por me dar uma nova chance. Obrigado por não desistir de mim.

- Eu nunca poderia desistir de você, Edward. Sabe o por quê? - Sorriu docemente para ele. - Porque eu te amo. Porque desistir de ti, seria o mesmo que desistir de mim.

Edward acabou com a distância entre os dois. Quando os lábios encontraram-se, descargas elétricas os envolveram, assim como aquele vendaval no estômago. A sintonia era nítida entre os dois. As bocas encaixavam-se com perfeição.

Um beijo que transmitia saudades, carinho, paixão e principalmente, amor.

Ah, o amor! Um amor de almas, um amor incalculável. Um arco-íris de infinitas cores e matizes, mostrando que o amor é um sentimento, um presente divino.

Quando o ar se fez necessário, Edward findou o beijo som singelos selinhos, encostando novamente as testas de ambos. Abriu os olhos e encantou-se com a imagem que viu.

Bella ainda estava com os olhos verdes ainda mais brilhantes, as bochechas coradas e um lindo sorriso adornando os lábios vermelhos e um pouco inchados por causa do beijo.

- Eu te amo, Bella. - Beijou demoradamente o pescoço dela, sentindo-a suspirar baixinho.

- Você não tem ideia do quanto desejei ouvir isso.

- Desculpe ter demorado tanto tempo. Eu vou compensar todos esses mil e quinze dias de atraso.

E iria mesmo. Essa era uma promessa. De agora em diante ele demonstraria seu amor por ela em todos os momentos possíveis. Não deixaria mais seu maldito orgulho ficar entre ambos. Não deixaria mesmo.

- Espera aqui, que tenho algo para você.

Levantou-se rapidamente e correu para o quarto. Minutos depois voltou com uma caixinha embrulhada com papel de presente nas mãos.

- Eu iria entregar no dia do nosso aniversário de namoro. Mas não deu. - Colocou nas mãos dele e incentivou-o a abrir.

Edward via o quanto ela estava nervosa a medida que ele desembrulhava o presente. Ao abrir a caixinha ficou surpreso e sem entender nada. Dentro do objeto havia dois pares de sapatinhos de bebê. Um roso e outro azul.

Levou mais ou menos trinta segundos para entender o que aquilo significava. Olhou várias vezes de Isabella para os sapatinhos.

- Eu sei que é tudo muito repentino Edward... Mas dá para falar alguma coisa! - Bateu o pé no chão e cruzou os braços.

- São gêmeos? - Indagou levantando-se e abraçando-a com força. A ficha dele ainda não havia caido completamente

- Não... Mas como ainda não sabemos se será menino ou menina, resolvi comprar dois sapatinhos. - Olhou-o cautelosa.

E ele conhecia aquele olhar desconfiado e frágil.

- Eu estou feliz, Bella. Esse é o melhor presente que você poderia me dar. - Tocou a barriga dela com carinho. - Um filho fruto do nosso amor. Então eu só tenho a agradecer por tudo, por absolutamente tudo o que fizestes e fazes por mim.

- Você promete que sempre estará comigo, que nunca vai me abandonar e que todos os dias vai dizer que me ama? - Fungou. - Droga de hormônios!

Então eu escuto meu espírito chamando

Imaginando se ela está ansiando por mim

Então eu entendo que não consigo viver sem ela

- Eu estarei contigo até mesmo quando você enjoar de mim. - Beijou a testa dela.

- Então será para sempre... Porque tenho certeza que isso jamais acontecerá.

- Para sempre, então.

Beijou com todo seu amor. Tentando transmitir todos os seus sentimentos.

Como ele amava aquela mulher que em pouco tempo tornou-se seu mundo.

E como ele já amava aquele bebê. Era incrível como em poucos segundos, outra existência já era uma das razões da sua.

Um(a) filho(a) fruto do amor.

Por eles. Por sua família ele faria de tudo.

Seria um novo homem. O mais dedicado dos maridos, dos amigos, dos amantes e dos pais.

Porque eles eram seu Universo, seu porto seguro, sua vida.

"Amor é dado de graça

É semeado no vento

Na cachoeira, no eclipse

Amor foge a dicionários E a regulamentos vários.

(...)

Porque o amor não se troca Não se conjuga nem se ama Porque o amor é amor ou nada Feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte

E da morte vencedor

Por mais que o matem

A cada instante o amor."

(Drummond)


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Bjs :*