Faz uma semana desde a morte de Haymitch, fiquei espantada com tudo isso, de acordo, com fofocas de alunos e alguns tabloides de revistas da Capital, a vida dele era mais lancinante do que pensava. Li na internet uma artigo que expressava a opinião, bem aprofundada sobre sua vida, a verdadeira e confirmada morte, que foi suicídio, ele estava drogado e se afogou na banheira, dizia que ele havia ficado mais desequilibrado após a morte da esposa que mesmo com apoio de alguns amigos para melhorar seu humor ele ainda ressentia a dor.

''Teve uma infância sem presença dos pais, moraram com os avós, quais lhe deram educação e moradia, começou a ter recaídas emocionais , quando perdeu os avós na adolescência, passaram a se sustentar, eles sempre quiseram que ele tivesse um futuro brilhante. Na mesma fase da vida ele se apaixonou por uma garota e a admirava, nunca teve coragem suficiente para se aproximar, até obter uma oportunidade, se agarrou e não desistiu. Ele a amou incondicionalmente, se entregou com tudo e durante isso não teve recaídas. Fez faculdade, arranjou um emprego e se tornou um professor admirado por muitos, momento de orgulho. Tentaram ter filhos, mas não era possível, pois a esposa tinha câncer de útero, depois disso ele se tornou um viciado em trabalho para pagar o melhor tratamento à mulher, ele deveria estar cansado de perder quem amava, a esposa resistiu à morte várias vezes por muito tempo ficou deitada na maca sem poder dizer nada, infelizmente, ela não conseguiu. ‘’

‘’ Uma história de vida onde o apoio era o amor, ele acreditava que isso movia as pessoas e quando o amor se vai, a alma também, acredito que ele também resistiu assim como ela, mas viver em mundo de tal modo deveria ser insuportável. O amor pode ter transformar, te destruir, te definir, ele vai te marcar eternamente como uma ferida que nunca se curará ou como um paraíso. No caso dele era como viver sem o paraíso. ''

Essa ultima frase me fez refletir bastante, sobre esse famoso amor, acho que nunca tive um amor tão intenso no qual Haymitch parecia ter.

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Era sábado de manhã e resolvi ler o livro que ganhará de Haymitch, até que as meninas chegassem para fazermos algo longe desse clima pesado que cercasse cada canto desse prédio.

Madge adentra o quarto e se senta a beirada de minha cama e me observa encontro meu olhar com o dela, ele é profundo e azul, percebo sua pupilar dilatar, até que ela quebra o silêncio.

– Bom, ficar aqui não está ajudando, precisamos de emoção, era um professor, você conheceu ele por – disse calmamente, notei que ela parou um instante para contar os meses que estávamos aqui. – por oito meses, Katniss. Sei que é doloroso, mas o que resta é superar. - sorriu.

– Verdade. - tentei esboçar um sorriso.

– Finnick teve a ideia de ir a um parque de diversão, meio infantil, mas da para dar uma distraída da vida, não acha?

– Sim, eu vou, estava mesmo querendo, viver. - nós duas soltamos um riso.

– Certo, iremos agora mesmo então. - disse me puxando ele braço.

– Andei observando e você sempre tem aquilo que quer. – disse brincando.

– Sim eu tenho mesmo. Eu posso. – falou.

– Mimada. – cantarolei enquanto seguia para o banheiro.

– Você vai ver mimada, Everdeen. – gritou para que escutasse através da porta

Tomei banho e vesti uma roupa básica, saí do banheiro já pronta. Madge entrou no banheiro, deixando somente eu e Annie, que chegará enquanto estava no banho.

– Eu e Madge estávamos, falando sobre... garotos. – disse ela.

– Imagino. – falei.

– Pois é – ela riu – Se interessou em algum? – perguntou Annie.

– Ah... Não, logico que alguns são bonitos e tal, mais nenhum em especial e você?

– Até que sim, mas acho que ele nem nota. – disse tristonha.

– É o Finn? – questionei.

– Finn? – perguntou ela. – Sim o Finnick, o loiro da festa. – respondi. – Sim é ele, ele nunca me disse o apelido dele, olha que o conheço a um bom tempo, acredito que ele me vê mais como uma irmã caçula. – disse ela. Senti-me culpada naquele momento. Não tinha mínima ideia do que dizer.

– Annie, desculpa. – me redimi.

– Não precisa se desculpar, não tenho nada a fazer. – resmungou.

– Nada? Qual é? Já pensou em, sei lá, dizer pra ele? – perguntei.

– Não é tão simples, posso assustar ele, afasta – ló ainda mais de mim e não ser correspondida. - fizemos uma pausa. – Katniss, você já se apaixonou por alguém? – perguntou Annie.

Madge sai do banheiro, cantando. Resolvi não responder Annie, que me lançou um olhar que indicava que ela iria continuar a conversa, não agora, mais iria.

Fomos para o parque e ele era o triplo do distrito 12, incomparável, tudo era melhor mesmo, fui a alguns brinquedos, almoçamos fora e depois voltamos para a faculdade.

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Inicio de semana, espero que tudo tenha se encaixado novamente nos eixos, recebemos um aviso que arranjaram um professor substituto para as aulas de literatura. Arrumo-me e vou para a aula.

Coin adentra a sala pedindo silêncio e atenção.

– Bom aluno, depois do infeliz acidente que nós causou grande dor, teve tempo para uma recuperação e como não podemos ficar parado, conseguimos um substituto definitivo por tempo ilimitado, até segunda ordem. Ele é novato como professor em faculdades, mas é capaz e tem qualificações admiráveis. – fala Coin até que entra o novo professor ele é loiro e está muito bem vestido para uma aula e para o calo que faz. – Esse é Peeta Merllark, de quem falava, tenho coisas a fazer vou deixa- ló dar aula. – falou, Coin tinha uma forma de falar correta e firme. Ele assentiu.

– Bom, Sou Peeta Merllark, como Coin disse, acho que fiz literatura porque amo esse universo e sempre quis ser professor, tento ao máximo tornar as coisas mais fáceis para os alunos, mas se for preciso posso pegar no seu pé. – falou por fim. – Inicialmente quero propor um trabalho de interpretação não só um livro fiz uma lista deles e não se preocupem que terão tempo suficiente para ler todos eles é para o fim do semestre. – disse ele, houve certos resmungos da parte de alguns alunos. Ele ignorou e foi pegar a lista na sua pasta e passou aos alunos. Olhei a lista e o que ele chamava de livros era na verdade filmes sobre eles. Houve suspiros de alivio

– Sr. Merllark, não questionando seu profissionalismo, porém acredito que nem todos os filmes sejam e expressem a mesma coisa que os livros, nosso antigo professor sempre criticava, dizendo que pouquíssimos seguia o livro. – falei.

– Olha Sra...? – me olhou perguntando meu nome ou sobrenome. – Katniss – respondi.

– Sra. Katniss, não precisa de tanta formalidade sou só um professor e acredito que eu não seja tão velho assim, entendo o que seu antigo professor dizia porem todos temos formas e métodos diferentes de ensino e esse é o meu, então acostume – se se conseguir, claro. – disse num tom que achei desafiador da parte dele. A turma deixou escapar grunhidos fracos de espanto e de admiração com a patada. Minhas bochechas enrubesceram.

Tive uma súbita vontade de respondê-lo, mas meu censo de aluna bajuladora fez ao contrário se calou. Ou não.

– Pelo que entendi foi um desafio, se for, irá se impressionar com o que sou capaz. – disse olhando para ele, que mantinha sua postura de impenetrável.

– Veremos Sra. Katniss. – disse.

A aula prosseguiu, em sua maior parte ele só se apresentou e disse o que pretendia fazer e o que queria que a gente alcançasse até o final do semestre.

A aula acabou me dirigia à saída, quando ele me chamou.

– Olha, Katniss adoro alunos que questionam porem tente se controlar, posso te expulsar da sala pra próxima vez e não se esqueça de que temos um desafio. – falou ele como um superior.

– Desculpe não irá se repetir, pois te desejo boa sorte – falei com certa calma, mas minha vontade era de gritar, nenhum professor nunca me chamou atenção, serio nunca, meu lado aluna perfeita falando, obvio que vou fazer ele morder a língua e isso não vai ficar desse jeito.