O escolhido escrita por Claramelo


Capítulo 8
Violet Schreave




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Estava tomando café em meu quarto, quando ouvi uma das criadas comentar que meus pais já estavam sabendo da confusão de ontem. Me engasgo com o suco.
– A senhorita está bem? - Charlotte pergunta.
– Já disse... Para não me chamar de... Senhorita Charlotte.- Digo em meio a tosse.- Só me engasguei com o suco.
– Eu sei, é que eu esqueço senh.. Digo Violet.
Dou um sorriso para ela.
– Somos amigas agora, amigas não chamam a outra de senhorita.
Ela retribui o sorriso acanhada.
– O que elas disseram é verdade? - pergunto indicando as duas criadas que estão arrumando minha cama.
– Sim. Estava em uma revista hoje de manhã.
– Mas já? É incrível como as notícias correm rápido.
– Sobre vocês, é sim.
– Eu vou ver a minha irmã antes que meus pais falem com ela. Você fica aqui no quarto, precisamos conversar.
– Ok.
Levanto sem ter terminado a comida e saio do quarto. Sigo o corredor até chegar em uma curva, logo depois fica o quarto de Amberly. Assim q dobro, vejo minha mãe saindo do quarto. Tento voltar para que ela não me veja.
– Violet? Achei que estaria se arrumando agora.
– Me arrumando?
Ela sorri para mim.
– Esqueceu que Olívia está chegando, você não disse que iria buscá-la no aeroporto?
Com tudo que havia acontecido eu tinha esquecido completamente de Olívia.
– É, claro, só preciso... Ah, pegar uma coisa com a Ambs.
– Ah sim. - vejo uma certa tristeza em seu olhar.
– Está tudo bem mãe?
– Sim, é que eu odeio ter que ser dura com você ou sua irmã. Você com a seleção e agora sua irmã aprontando.
– Ei. - digo me aproximando dela e pegando sua mão. - Você é a mãe mais maravilhosa do mundo. Não existe melhor. Eu já disse que vou ficar bem quanto a seleção, quanto a Ambs, ela vai melhorar.
Dessa vez vejo um sorriso em seu rosto. Ela acaricia minha bochecha.
– Você e sua irmã são as coisas mais preciosas que tenho. - ela beija meu rosto e segue por onde tinha vindo.
Eu bato na porta da minha irmã.
– Entra. - ouço sua voz através da porta.
Abro a porta e vejo minha irmã JOGAR suas ROUPAS furiosamente em cima da cama.
– Aí sermão de você também não Ví, estou com dor de cabeça e acabei de saber que vou ser arrastada para Itália.
– Eu vim ver como você estava, mas se a minha presença incomoda tanto, eu vou embora.
Caminho lentamente até a porta para enfatizar.
– Voce pode ficar se quiser. - diz sentando no pouco espaço da cama que sobrou.
– Itália?
– A mamãe poderia ser mais compreensiva.
– Ela seria se soubesse o motivo.
– Lá vem você de novo com essa história de assumir pros nossos pais o meu namoro, eu não quero ta bom.
– Por que não? E nem venha com "eles não vão aceitar, vão querer que eu case com algum nobre de outro país", pois a mamãe adora o Ben e o papai o vê como um filho.
Vejo sua boca abrir e fechar, como se estivesse procurando uma resposta, mas nada lhe vem a mente.
– Eu tenho medo.
– Medo? Do que?
– Eu nunca tive algo assim, as vezes não sei como reagir, tenho medo de que assumindo pra todo mundo, isso que a gente tem mude.
Pela primeira vez em muito tempo, vejo medo em seus olhos, como quando ela ouvia barulho de trovões quando era pequena.
– Você o ama? - pergunto mesmo sabendo a resposta.
Ela pensa por alguns segundos.
– Eu acho que sim, quer dizer não consigo me imaginar sem ele.
– Então você não tem nada a temer, pois de uma coisa eu tenho certeza, ele te ama muito e qualquer um que passe um tempo com vocês pode perceber isso.
Ela me da um meio sorriso.
– Desde quando ficou tão boa nessas coisas?
– Eu leio muito e... - penso em contar sobre o garoto de ontem e de como ele não sai dos meus pensamentos, mas decido não contar.
Afinal eu só tinha conversado com ele por alguns minutos, o que achava que seria? Minha alma gêmea? Com certeza, eu estava era viajando muito.
Ouvimos batidas na porta, que me fazem voltar para realidade.
– Devem ser Emily e Joana, vieram me ajudar a arrumar as malas.
Olho para a pilha de roupas na cama dela.
– Acho que vai precisar de mais do que duas pessoas ajudando.
Ela ri, mas me da um tapa no braço de brincadeira.
– Eu já vou indo. - digo indo em direção a porta, quando abro vejo duas jovens paradas. - Boa sorte, vocês vão precisar.
– Cala a boca Violet.
Amberly atira uma almofada em mim e erra por centímetros, saio do quarto rapidamente para não ser atacada de novo, enquanto Emily e Joana riem.
Sigo o corredor de volta ao meu quarto. Assim que eu entro, Charlotte se levanta da cadeira onde estava sentada.
– Então? - ela me pergunta.
– Não tenho muito tempo, pra conversar sobre ontem a noite, tenho que me arrumar, Olívia deve estar para chegar.
– Ah sim, vou pegar a sua ROUPA, prefere alguma?
– A SAIA preta e a camisa azul florida. - sento em frente ao espelho para escovar o cabelo. - pensando bem, eu quero a calça preta e a camisa rosa clara de babado.
– Ok. Você disse que queria conversar comigo antes de sair, alguma coisa que eu possa ajudar?
– Sim, sim, já ia esquecendo, quero que você venha comigo a Itália.
– É sério? - percebo um certo tom surpreso em sua voz
Olho para ela através do espelho e sorrio.
– É claro que sim Charlie. Você é minha amiga. Falando em amiga, você precisa conhecer Olívia, ela é incrível. Tenho certeza que você vai adora-la.
Com o cabelo escovado, começo a trocar de ROUPA, enquanto Charlotte, procura alguma jóia que combine.
Alguém bate na porta, quando Charlotte abre, vejo um soldado parado na soleira. Ele é bem jovem e muito bonito.
Percebo que Charlotte fica extremamente vermelha. Ele olha para ela e sorri, então se dirige a mim.
– Senhorita Violet, o carro está pronto para levá-la ao aeroporto.
– Ah sim, já estou indo... Como se chama?
– Louis Stones.
–Louis, estou terminando de me arrumar, mas já vou indo.- volto a atenção para Charlotte que continua corada.- Charlie, enquanto eu busco a Olívia, vá se arrumar, vamos dar uma volta assim que chegarmos.
– Ah ok.


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