O Olho do Fim escrita por Red


Capítulo 4
Capítulo 4: O Interrogatório de Will Foster.


Notas iniciais do capítulo

Publiquei seguidamente o episódio já pronto. Já no capítulo 4 e a fanfic vai começar a mudar. Boa leitura, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/543669/chapter/4

Bart Bar’s. Encontro de muitos criminosos perigosos e sangue-frios. Todo tipo de acerto de conta inundava as histórias daquele estranho bar, escondido da polícia. O dono do bar, Bartholomeu King, foi perdoado de muitos crimes contra os policiais. Famoso por seus crimes, ganhou muito dinheiro. Comprou o bar que casualmente visitava com seu antigo bando, e agora, observa vários “sucessores” se reunindo. Orgulho de mafioso, que orgulho importante!

– Eu preciso que você me esconda, Carl. – A mulher se dirigia até o bartender.

– Desculpa, mas estamos com o túnel de escape um pouco interditado, digamos assim. – Carl, o bartender, cutuca um homem dormindo em cima do balcão, ao lado da mulher. O homem faz sons de reclamação e volta a dormir.

– Arght, o que houve dessa vez?

– Uma parte do túnel desmoronou e agora não podemos atravessá-lo. Sinto muito, mas a famosa passagem secreta do Bart’s Bar para escapes está incapaz.

– Que seja. Não pode me levar pra sua casa que eu fujo de manhã? De repente podemos relembrar o passado...

– O que que você fez para estar tão desesperada assim, Moore?

– Nada. Absolutamente nada. Um cara veio na minha tranquila e triunfante partida de Blackjack lá no casino. Houve maior confusão. Parece que o cara era um detetive e o assistente dele me enganou. Os dois são bem gatinhos.

– Haha. Você se mete em cada uma...

– Eu entrei na viatura deles e fugi com ela. Algemas de duplo porte abertas nas diagonais. Eu poderia cozinhar a mãe deles no fogão com aquelas algemas de merda. – Bebe um gole da cerveja.

– Haha! Rude como sempre.

– Eles vão ver. Ah se vão! Eu estarei de olhos abertos da próxima vez que vê-los. A propósito, e o arsenal? Tá disponível?

– Sim. Nenhum problema. O Bart tá nele agora mesmo, afiando a arma branca dele.

– Hm. Esse cara só pensa em assassinato.

Lillian sai do balcão e desce por uma segunda passagem secreta até um arsenal de armas. Nele, de costas, estava Bart King, o dono do bar, afiando uma faca.

– Você reconhece quando uma faca consegue perfurar um osso... E quando ela consegue somente perfurar uma tangerina fresca.

– Está falando sozinho ou sabia que eu estava aqui? – Sentou-se sobre um apoio para armas e arrogantemente cruzou as pernas.

– Você estava no arsenal a muito tempo. Eu senti isso.

– Ok... Enfim, posso pegar uma arma? Posso pagar se quiser.

– Não, não. Não precisa. Essa vai ser por conta da casa. Uma Desert Eagle. Talvez pareça ruim agora, mas você se acostumará com ela. Ela é uma boa menina.

– Ok. Muito obrigada. Até mais, Bart!

Ela sobe as escadas de novo e o bar está vazio. Nem o bartender estava ali. Ela foi para fora do bar e olhou para os lados. Só encontrou o homem dormindo no balcão.

– Moço, acorda. O que aconteceu? Por que todos saíram?

– Me deixe dormir, menina!

– Ora, seu vagabundo! Levanta daí. Me diz por que todos saíram?

– Você quer mesmo saber, menina?

– Óbvio, né? Não que eu ligue, mas eu quero saber. Agora levanta esse seu rosto de mendigo e me conta.

– Eles... Correram. – O homem se levanta rapidamente e pega Lillian pelo pescoço. O cano da arma do detetive disfarçado estava frio. – Eles correram de mim.

Lillian chutou a perna de Marshall que como reflexo, soltou ela. Ela deu uma cotovelada na cabeça dele, esta que foi interceptada, e acabou recebendo um chute na perna que a fez cair. Sacou a Desert Eagle e atirou na cabeça de Marshall, que desviou. Ela retrucou o chute anterior e fez Marshall cair.

– Você... Nunca vai... Pegar Lillian Moore!

Uma briga de chutes com os dois deitados acontece. Movimentos muito rápidos, então, a interceptação era apenas uma sequência de reflexos. Outro tiro da Desert Eagle, que fez Lillian abaixar a guarda, e assim, Marshall bater o cano de sua pistola na cabeça dela. Lillian desmaia no chão do bar.

Marshall ouve o sacar de uma arma atrás dele. Indefeso agora, não podia fazer nada. A arma do homem era muito forte, precisa e rápida. Se ele ousasse respirar infalsamente, morreria.

– Você conseguiu vencer ela. Lillian lutou bravamente mesmo com aquelas algemas. Tu lutaste bravamente também, detetive. Agora é a hora da sua recompensa eterna.

Bart ri. A última imagem que Marshall viria seriam os olhos sonolentos daquele homem, demonstrando o arbítrio de matar que ele tinha. Todavia, sirenes foram ouvidas proximamente. Bart poderia matar Marshall ali mesmo... Não. Não depois de seu nome estar limpo. Ele não sujaria as mãos por coisa alguma! Saiu do bar e chamou Marshall, que carregava Lillian.

No final, os policiais não podiam entrar no bar. Simplesmente não podiam. Mas Marshall não ligava. Segurou o formoso corpo de Lillian e a levou para uma viatura. Desta vez, a viatura saiu imediatamente, e Marshall pode voltar à Base dos Policiais, depois de dias sem informações.

Lá, o delegado andava de um lado para o outro.

– Ora, ora, ora, ora, ora! Estava pensando o que? Huh? Que sair assim e tentar resolver o caso sozinho é a coisa mais viável a se fazer? Huh? Uma pessoa baleada e danos da clientela ao casino. E ainda tem aquele maldito e protegido pela lei Bart’s Bar.

– Desculpa, delegado. Isso não se repetirá. Apenas achamos que...

– Sei bem o que vocês acharam. Mas se vocês contatassem as viaturas, a fuga de Lillian seria evitada brilhantemente. – Coça a cabeça, indignado. – Mas pelo menos... Ela foi pega, não foi?

Marshall sorri. O sorriso se desfaz. Como sempre, quando isso acontece, ele se lembra de alguma coisa.

– Marque uma entrevista. Minha e com o magnata velhote. Eu ainda não estou certo, mas assim que eu olhar pra ele eu vou ter certeza.

– Entrevista? Ele é um homem muito ocupado.

– Diga que se ele não vir eu incrimino ele na hora. – Marshall vai em direção à porta. – O poder dele não é nada comparado a minha forma de fazer justiça.

A entrevista foi marcada para o final do dia. O velho homem andando com sua frágil bengala aparece na delegacia. Ele está acompanhado de seu cachorro, treinado para defesa. Marshall e Will ficam sozinhos na sala.

– Estava ocupado? – Dizia, virado de costas para Will.

– Você sabe. Algumas vezes pela semana eu tenho que sair. Manter meu dinheiro.

– Hm. Você sabe que eu não sei. Mas não importa. – Ele vira o olhar para o cachorro, mas sua visão periférica o impedia de olhar totalmente a ele. – O que o seu cachorro faz aqui?

– Estava no veterinário com ele. O coitado estava com a pata machucada.

– Uma... Parede... De pedra.

– O que?

– Ele se machucou... Em uma parede de pedra. Um muro em que ele escalou, talvez.

– Como assim? Como você saberia disso?

– O que ele fazia na hora do assassinato?

– Ele estava no pet shop. Ele fica como guarda da casa pela madrugada, mas aquele dia foi uma exceção.

– Um... Pente... Amarelo.

– O que foi, detetive Marshall? O senhor está me assustando. Nem olhou para o cachorro ainda.

– Havia um pêlo diferente no sangue da idosa. Havia um pêlo diferente em um pente amarelo especial do pet shop. Uma aula exclusiva para um cachorro.

– A ala particular pro meu cachorro? O que isso quer dizer?

– Mas os que pularam do esgoto e correram entre prédios eram muito mais rápidos e magros do que você. E sabiam andar sem bengala. Para quem você trabalha?

– Trabalha? O que? Como assim?

– Me diga o que é... A décima badalada? Isso diz algo para você?

– N-Não... – Gagueja. – O que isso quer dizer? Está me incriminando?

– Na verdade, você sempre foi o suspeito mais óbvio pra mim desde o começo. Dentro de uma mansão com tantos guardas e tão rica, e uma mulher morrer dentro dela. Você é como uma mancha de tinta enorme em uma pintura da Renascência.

– Está me incriminando? De matar minha própria mulher? Que doente faria...

– Peter Chapman. Quem é Peter Chapman?

– Eu não sei! – Grita.

– O que o Olho do Fim significa? – Marshall se aproxima aumentando muito o tom da voz perto de Will.

– Eu não sei!

– Diga!

O homem dá um tapa na cara de Marshall e o cachorro rosna.

– Nem mesmo um homem idiota consegue guardar o segredo. Você fez uma coisa tão óbvia e clichê que descobrir isso foi entediante. Quantos estão com você? O que querem?

– Um reles detetive nunca adivinharia os nossos planos. Somos uma pirâmide de complexidade. Imagine o maior criminoso de todos os tempos e multiplique-o por seis. Somos nós.

– Seis, huh? Obrigado. Agora eu já posso prender você nos confins do inferno, já não me será útil.

– Me prender? Hah. Você consegue me fazer rir, garoto.

– Eu aprendi a rir ouvindo o que você acabou de falar. Eu não adivinharia seus planos? – Sorri, de um modo sarcástico. – Então podem tentar me destruir.

– Com prazer, senhor Marshall.

O velho levanta a bengala e ataca Marshall. Seus ataques eram bem mais rápidos do que deveriam ser na idade dele. Marshall consegue defender, mas no primeiro ataque atingindo a cabeça do detetive, o cachorro morde furiosamente a perna de Marshall. Leva pouco tempo até o chão se encher de sangue. Marshall sabia que o cachorro ia atacar, mas não sabia que seria tão rápido. E tão espontâneo.

– Foi um prazer lutar com você, detetive. Mas essa luta na verdade me deixou entediado. – Aperta um botão na outra ponta da bengala e esse botão explode a parede contrária à porta, já que os policiais já estavam tentando entrar no interrogatório. – Até mais.

Outra explosão no chão causa uma fumaça com um cheiro intoxicante. Os guardas e cachorros que estavam do lado de fora da delegacia correram em direção à fumaça. Mas acabou que um policial se encontrava com o outro e vice versa. Will já tinha fugido. E Marshall já tinha desmaiado.

********

Um ventilador. Que fazia um barulho irritante. Um teto branco. Marshall não tinha muita escolha do que olhar quando acordasse. Mal sabia que tinha apagado. Seu corpo estava preguiçoso na cama, assim como seus olhos. A sua consciência volta, e ele olha para os lados confuso. O que ele fazia em um hospital?

Algo impedia ele de se levantar da cama. Uma dor extensa pelas costas, mas sua perna não contraía. Ele estava muito tranquilizado, descansado, anestesiado. De repente, Dave entra.

– Você acordou. Bem na hora da minha visita. Gente, ele acordou.

O delegado e o policial que o ajuda estavam presentes, junto com Owen.

– Rapazes? O que houve aqui? Me sinto estranho. Dormente.

– Nós achamos que você tinha morrido.

– Se lembra de alguma coisa, Marsh? – Owen pergunta.

– Algo confinado. Paredes de ferro... A sala de interrogação. Eu estava interrogando um homem velho...

– Will Foster mandou seu cachorro morder sua perna. O ferimento foi o bastante para fazer você desmaiar. Sua vida estava por um fio, aqueles dentes pareciam de diamante.

– Will... Foster? Sim. Me lembro de muita fumaça. Ele me falou algo... Eu não me lembro. – Coloca as mãos na cabeça e começa a bater. – Ah! Claro! Ele me disse que ele estava em um grupo de seis. Mas não me lembro se ele falou mais alguma coisa.

– Grupo de seis?

– Isso não importa agora. O que aconteceu com minha perna, Owen?

– Uh? Ah sim. Sinto muito, mas ela está totalmente inútil agora. Mas, hey, você está vivo. É o que importa. Quando as pessoas desmaiam e a perna delas perde a função, elas geralmente tem uma hemorragia muito alta e morrem. Alguma artéria importante se rompe. Mas você foi um completo milagre.

– Minha perna... Perdeu a função?

– Bem... Sim. Precisávamos de saber se você iria acordar ou não para poder amputar, mas é a verdade. Desculpa.

– Droga. Isso atrapalhará muito. – Marshall olha para as pessoas presentes. – Dave? Você já está bem?

– Sim, sim. Aquilo não foi nada demais. Saí do hospital a alguns dias.

– Dias...?

– Você ficou um mês aqui. Owen nos disse que a data era indeterminada. Foi um mês longo, parecia que o tempo não passava.

– Obrigado a todos. Agora... Como fica a investigação? Esse tempo todo foi perdido...

– Oh... É mesmo... Você não sabe.

– Não... Sei? O que houve? – Todos começam a olhar para o chão. – Por que estão todos assim? O que aconteceu enquanto eu apaguei?

– Marshall... A cidade está... Dominada pelo crime.

As palavras do delegado atingiram como uma flecha o peito de Marshall. Ele encara o vidro perto da maca dele e observa. A calamidade instalada por todo lugar da cidade. Onde estava a polícia? Por que o delegado não fez nada? O que aconteceu nesse mês?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O acidente de Marshall terá um propósito nos próximos episódios. A fanfic começa agora. Comente sobre o que achou do capítulo, se acha que algo deve ser melhorado ou algo assim. Até mais!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Olho do Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.