A substituta escrita por AnneHwang


Capítulo 11
Noticia ruim




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No dia seguinte tínhamos uma apresentação para ir, saímos cedo na van da banda. Eu havia pensando a manhã sobre a foto que havia sido deixada para mim naquele envelope vermelho.

Quando chegamos ao local das gravações, todos nós descemos da van, guiados pelo Boris. Alexy saiu alegre.

—Ambre! —Ele correu sorrindo em direção a uma garota loira, ela era realmente bonita e bem vestida. —Você vai apresentar a cerimônia, não é? Eu sou seu fã. —Ela sorriu timidamente.

—Eu também sou fã da a.n.Jell. —Ela disse com uma voz doce.— você é o Alexy não é?

—Sim. —Ele disse alegre.

—E você o Lysandre. —Ela olhou pro Lysandre. —E aquele deve ser o novo membro o Tay. —Ela sorriu pra mim e sem seguida encarou o Castiel, parecia meio irritada. —E aquele... Não consigo me lembrar o nome dele. — Ela passou a mão na cabeça.

Aquilo deve ter ferido em cheio ego do Castiel.

—Você não conhece o Castiel? Ele é o nosso líder. —Alexy perguntou surpreso.

—Desculpe não consigo me lembrar dele. —Ela disse isso encarando o Castiel. —Nos vemos no palco. — Ela saiu andando com sua equipe.

—O que foi aquilo? Fada má. —Castiel cruzou os braços. — E pensa como criança.

Ele começou a andar então nós fizemos o mesmo, o espaço era muito grande então eu corria o risco de me perder. Boris saiu pra atender ao telefone no canto e eu acompanhei o resto do pessoal, íamos até o camarim reservado para nós.

—Tay, Tay. —Disse o Boris. —Venha aqui. —Ele me puxou no canto.

—O que foi?

—Uma senhora apareceu lá no escritório procurando por você.

—O que? —podia ser a pessoa que me deixou o envelope. —Vamos voltar agora. — Eu disse me virando, ele segurou meu braço.

—Não, não. E a apresentação? Devemos pensar nisso.

—E agora? —Me senti dividida.

—Eu irei lá, e você fica aqui. —Boris disse. —Se concentre na apresentação e não estrague tudo, ok?

—Sim. Quando encontrá-la me ligue. —Disse nervosa.

—Sim, vou ligar imediatamente então, por favor, vá se trocar.— ele saiu correndo gritando — Estúdio B, camarim. Rápido.

Eu fiquei olhando ele sair, com um sorriso nos lábios, também fiquei nervosa queria vê-la, saber quem era. Eu não iria desgrudar do meu celular.

Fui em direção ao estúdio D, estava vazio. Cadê todo mundo?

Caminhei pelo corredor até encontrar uma porta aberta, olhei pra dentro tinha uma mulher sentada sozinha. Resolvi perguntar.

—Com licença... — Comecei.

—Pegue a minha bolsa. — Ela me interrompeu.

—Perdão? —Eu disse.

—Tem uma bolsa ali. —Ela apontou pra uma mesa, sem olhar pra mim.

—Ah, sim. —Eu entrei no camarim, e peguei a bolsa dela. Quando cheguei perto pra entregar ela não pegou.

—Faz tempo desde que eu vi a luz do palco, estou com dor de cabeça. Massageie aqui. —Ela colocou as duas mãos na testa.

Eu coloquei a bolsa dela debaixo do meu braço e comecei a massagear a cabeça dela.

—Mais forte! — Ela disse.

—S - Sim. —Fiz meio desajeitada. — Mas eu estou meio ocupado...

Um rapaz entrou na sala.

—Sra. eu trouxe café. —Ele olhou surpreso pra mim. —Quem é você?

—Quem é você? —A mulher que eu estava massageando me olhou surpresa também.

—E - Eu sou do grupo A.N.Jell. Estava perdido então entrei aqui.—Ela se levantou.

—Ah... Está no mesmo grupo que o Castiel.

—Sim, ele é uma ótima pessoa. —Ela pegou a bolsa de mim.

—verdade? —Ela pegou um garrafa de bebida e colocou no seu café.

Ela começou a beber, fiquei olhando ela um pouco melhor, ela era uma mulher bonita, longos cabelos castanhos com as pontas vermelhas, aparentava ter uns 40 anos.

—Eu preciso ir.

—Foi um prazer conhecê-lo. —Ela disse.

—Sim, e desculpe pelo incomodo.

Saí do camarim dela correndo, eu tinha confundido me lembrei que o Boris disse estúdio B. vi a Rosalya e Faraize no corredor pareciam que estavam atrás de mim.

—Desculpem, desculpem. Eu me perdi.

—Prepare-se agora. —Disse o Faraize.

Rosalya me puxou pra dentro do camarim. Eu me vesti rapidamente e me arrumei. Não desgrudei minha mão do celular esperando a ligação do Boris. Rosalya saiu da sala e eu fiquei sozinha. Lysandre entrou.

—O que está esperando pra sair? —Ele disse.

—Desculpe. —Eu disse me levantando.

—Temos que ir. Desligue o celular.

—Preciso desligar? Estou esperando uma ligação importante. — eu o encarei feliz. — Pode ser uma ligação da minha mãe.

—Espero que dê tudo certo. —Ele sorriu. —Vamos.

Ele saiu na frente e eu coloquei o celular no bolso da calça. A caminho do palco fiquei checando o celular a cada um minuto, Castiel puxou meu braço e me arrastou até a sacada.

—Me dê seu celular. —Ele disse bravo, tomando o celular da minha mão.

—Por que está fazendo isso?

—É sua primeira apresentação. Concentre-se e faça direito. Quer ser expulsa do grupo?—Eu pensei um instante.

—Talvez eu deixe o grupo. —Ele me olhou surpreso.

—O que?

—Encontrei a pessoa que procurava por mim. Vou encontrar minha mãe em breve. —Disse feliz.

—Isso é bom. —Ele olhou pros lados. —Então irá embora como prometeu?

—Sim, não irei mais te incomodar. Você me ajudou muito, obrigada. — agradeci sorrindo.

—Como não precisarei mais te ver, estou feliz. —Parecia desconfortável.

—Então me dê o celular, ligarão em breve.

—Não até o fim da apresentação. Mesmo que queira deixar o grupo tem que se apresentar hoje.

—Tem razão. Farei o meu melhor, cuide bem do meu celular. —Eu sorri e saí de perto dele.

Fui em direção ao palco, eu tentei me desligar de qualquer coisa fora dali, se fosse em outra situação aquela teria sido uma experiência que eu iria lembrar por dias. Mas a coisa única que consegui pensar depois de sair dali, foi procurar o Castiel que estava com meu celular, mas ele havia sumido.

—Alexy, me empresta seu celular. —Ele me olhou com cara de nada. —Tenho que falar com o empresário Boris.

—Por favor, não exagera. —Ele me estendeu o celular, mas quando eu fui pegar ele não soltou, assim que eu consegui pegar saí de perto dele.

Fui até a sacada e liguei, não demorou muito ele atendeu.

—Empresário, o que aconteceu? —perguntei com o coração batendo forte.

—Enviei uma mensagem pro seu celular agorinha, não recebeu? —A voz dele estava estranha.

—Não estou com o meu celular aqui. Me diz agora. — Minha voz quase não saía devido o nervosismo.

—Não vamos poder encontrar sua mãe, eu sinto muito. —Eu fiquei um longo tempo em silencio.

—Não conseguir encontrar quer dizer que não sabe onde ela está? —Falei pausadamente com medo da resposta, meus olhos começavam a encher de lágrimas.

—Parece que ela faleceu. —Boris disse com a voz embargada.

Senti um aperto forte no coração, não tive forças nem pra segurar o celular no ouvido. Parecia que tinha caído uma tonelada sobre o meu corpo, fixei meus olhos no longe, aquilo não podia ser verdade, as lágrimas começaram a sair sem parar dos meus olhos, comecei a soluçar e não consegui mais parar, o choro veio do fundo do meu peito como se fosse uma correnteza.

—Tay. Terminou com o celular? —Disse o Alexy se aproximando.

Eu estava chorando alto, olhei pra ele com os olhos marejados de lágrimas.

—Ei por que está assim? —Ele me olhou assustado.

Eu não consegui falar nada.

—Você está ferido? —Ele insistiu.

Eu deixei meu corpo cair no chão, caí sentada.

—Espere aqui, vou buscar alguém. —Ele disse e saiu correndo.

—Mamãe... —Eu sussurrei.

—Tay! — Alguém me chamou, me virei devagar era o Castiel.

—Ele disse que eu não posso encontrá-la, disse que ela não está mais entre nós. — Eu disse entre lágrimas. —Nunca mais verei a minha mãe...

Ele se aproximou de mim devagar, ficou me encarando de pé por um tempo, fiquei olhando em seus olhos por um longo instante, ele abaixou do meu lado e colocou o braço nos meus ombros, em seguida puxou a minha cabeça pra encostar em seu pescoço. Ficou em silencio do meu lado, passando a mão no meu cabelo e me segurando forte.


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