Me afastei delicadamente de Violetta e me aproximei do médico que estava sério.

–A senhorita Carrara esta muito fraca, ficou muito tempo sem se alimentar...

–Por favor me responda, ela ta bem? -perguntei desesperado.

–Sim agora ela esta bem, só um pouco fraca mais bem.

Um enorme sorriso se brotou em minha face, e em todos ali presentes, principalmente Violetta que me deu um abraço de urso. O doutor Arthur também abriu um sorriso, sem mostrar os dentes.

–Ela pediu para ir até o quarto vê-lá... -ele fez uma expressão pensativa e eu com uma certeza que seria eu -Angélica.

Nem acreditei no que ouvi, mais afinal é a mãe dela. Angélica o seguiu até o quarto onde Angie estava.

POV'S Angie

Estava tudo completamente preto. Tentei abrir os olhos mas sem sucesso. Abri meus olhos lentamente, vi tudo branco e embaçado. Os Fechei e abri novamente para minha visão voltar ao normal.

Quando finalmente consegui, eu estava deitada numa cama, com uma roupa de hospital, coberta por um lençol branco e o quarto também era branco. Estava um barulhinho de maquinas de hospital, olhei pra mim e vi que eu estava com soro na veia, olhei pro lado e tinha um homem com um jaleco branco e estava escrevendo em uma prancheta.

Quando ele se virou pra mim abriu um sorriso, eu retribui sem entender.

–Senhorita Carrara finalmente acordou, como se sente? -perguntou o homem que tinha escrito no jaleco "doutor Arthur".

–Bem, só não me lembro de nada -eu disse me ajeitando na cama com muita dificuldade, eu estava me sentindo muito fraca.

–A senhorita tem bastante visita, você e seu sobrinho -ele disse sobrinho e eu arregalei os olhos.

–O que?!

–Acho melhor o seu namorado te explicar.

~Flashback on

–Se você voltar com ele, eu mato ele e a sua sobrinha querida, e claro, não posso esquecer do seu novo sobrinho esta ouvindo? -dava pra notar nos olhos do Leonardo, ele não estava mentindo. Raiva e ódio o consumia.

~Flashback off

Angie sem querer deixou uma lágrima escorrer.

–Angeles, esta tudo bem? -perguntou doutor Arthur.

–Sim está, por favor, chama a minha mãe, Angélica -eu pedi e ele foi chama-lá.

Não fiquei muito tempo esperando, logo minha mãe entrou no quarto.

–Filha! -ela se aproximou e me deu um abraço -Esta pálida, o que aconteceu?

Contei a ela tudo o que aconteceu,o jantar,o bosque, as surras,a ameaça. Acabei deixando lágrimas escorrerem sobre minha face, era doloroso lembrar isso.

–Eu não acredito que o Leonardo foi capaz de uma coisa dessa, você esta pálida, com machucados principalmente no rosto -ela me hospital e totalmente chocada.

–Mamãe eu jamais deveria ter voltado para Buenos Aires -mais lágrimas e lágrimas escorriam -Eu disse coisas pro German que jamais diria, minha sobrinha não esta bem emocionalmente como a senhora falou e meu novo sobrinho também esta em uma cama de hospital e tudo por minha culpa.

–Não Angie, a culpa não é sua...

–Sim, a culpa é minha, quando eu sair desse hospital eu vou voltar para França -eu afirmei praticamente desidratada de tanto chorar.

–É isso que você quer?

–Sim mamãe vai ser melhor para todos -eu disse e sequei meu rosto com as costas da mão livre, a outra estava com a agulha.

–Tia? -Violetta entrou no quarto, estava com o rosto vermelho e inchado.

–Vou deixa-las sozinhas -mamãe disse e saiu me deixando a só com Violetta que rapidamente me deu um abraço.

–Tia eu fiquei com tanto medo -disse ela chorando.

–Eu também, calma agora eu to aqui -acho melhor parar de enrolação, ela ta mal mais vou fazer isso para o bem dela.

–Vilu eu tenho que te contar uma coisa.

–O que? Angie ta me preocupando -ela rapidamente se separou de mim e ficou me encarando.

–Vilu, eu vou... Voltar pra França

–O QUE? PORQUE ANGIE?

–Calma Vilu, por favor não complica as coisas.

–Angie, porque você vai? -ela novamente estava chorando.

–Para o bem de todos, Vilu você já é grandinha por favor entenda.

–Tudo bem, eu apoio mais não sei como você vai estar fazendo o bem de todos desse jeito.

~Dois dias depois

Eu já sai do hospital, estava em meu apartamento, era da Jade mais agora ela esta morando com o Pablo e eu evitei todo o contato com German, pedi a Violetta que trouxesse minhas coisas sem dar satisfação ao German e toda vez quem ambo me procurava, eu fingia que não estava em casa mesmo mamãe e Violetta sempre desaprovaram meu ato. Mamãe nem tanto, já que sabia o motivo de tudo isso.

Eu estava em meu quarto arrumando minhas malas e bolsas, estava com aquela angustia de deixar tudo para trás, mais é pelo bem da minha família.

Desci com as bagagens arrumadas até o taxi que me esperava, na verdade nos esperava, mamãe iria comigo, pelo menos até aeroporto, ela iria voltar para Madri.

Já no taxi, minha atenção estava focada na janela, observando pela última vez a minha querida cidade natal, claro que iria visitar mais levaria o tempo.

Chegamos no aeroporto e quem estava ali para se despedir eram Violetta, Leon, Francesca, Camila, Olga e Ramalho.

Foi uma longa choradeira a despedida, mais depois do ultimo abraço em todos, me despedi da minha mãe com um forte abraço, peguei minha bagagem até ouvir alguém me chamar, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar?

–Angie!! -me chamou se aproximando de mim.

–German?