Weapon (HIATUS) escrita por vadiaoriginal


Capítulo 4
Três Estágios


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores, caprichei no capítulo kkkk espero que curtam... Haverão muitas revelações. E obrigada pelos comentários, fiquei muito feliz



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– Claro que existem. Você é a prova disso. – Completou simples. Savana o encarou de cenho franzido e seu olhar exigia claramente uma explicação.

Ela no fundo sempre soube da existência desses seres sobrenaturais. Não sabia o motivo de acreditar nessas criaturas, mas algo dentro dela sempre dissera que eram reais. E agora esse desconhecido a falara que ela era uma... Sim, ela exigia, precisava, clamava por uma explicação.

A garota sacudiu a cabeça no intuito de afastar tais pensamentos. Ela só podia estar ficando louca. Não deveria deixar essas insanidades invadirem sua mente. Tudo isso era besteira, apenas contos de filmes de terror.

– Vou tomar um banho porque como você inteligentemente observou meu cheiro não está dos melhores. – Falou com desdém e ignorando completamente o comentário anterior, enquanto virava-se e tirava aos poucos sua roupa suja, jogando as peças no chão. Ela não deveria se deixar levar por aquela conversa sem sentido, mesmo que buscasse mentalmente uma explicação para a morte de Hanna e seu sangramento. – Vai mesmo ficar aqui?! – Despiu-se por completo, deixando seu corpo nu completamente à mostra. – Ótimo, adoro plateia. – Respondeu-se ao ver que ele não falara nada. Entrou no box e virou-se rapidamente para o híbrido, sorrindo cinicamente.

Klaus mirou a garota e se retirou do banheiro, o que a fez sorrir vitoriosa. Ele estava contendo-se para não mata-la ou fazer algo que a fizesse sofrer, ela definitivamente não tinha noção de com quem estava se metendo. Pela primeira vez em sua vida Niklaus conteve-se diante de um afronto, ele sabia que não podia matá-la, Savana deveria morrer na hora certa. Entretanto, se o homem ficasse no mesmo ambiente que ela por muito tempo, isso não iria acontecer.

O vampiro desceu as escadas por onde subira minutos antes e sentou-se no último degrau. Sempre que ficava sozinho não conseguia impedir que seus pensamentos se direcionassem à Hope. Ele imaginava constantemente como ela se encontrava, se estava bem, feliz... Klaus arrependia-se por ter feito tantos inimigos ao longo de seus mil anos. Era triste ver que sua filha sofrera as consequências de seus atos.

(...)

– Ai minha cabeça. – Agonizou enquanto descia as escadas, chamando a atenção de seu mais novo “hospede”.

Klaus surpreendeu-se ao vê-la, era ela. Provavelmente ele não a havia reconhecido por conta de seu estado deplorável, mas agora estava evidente de quem se tratava. Sem que ele pudesse conter, flashbacks tomaram conta de sua mente...

– Obrigada. – Agradeceu a pequena garota e Klaus sorriu involuntariamente. Ela lembrava-lhe um anjo... Loira, doces olhos azuis e baixinha, semelhante a uma boneca. – Você vai me levá pra casa? – Indagou sorridente, agarrando a mão do homem, que primeiramente hesitou ao toque da menina.

me olhando assim por quê? – Perguntou ao ver que ele mirava-a de forma estranha e sentou-se ao seu lado. O híbrido apenas ignorou-a. – Cadê a sua amiga Salvadora da Pátria? Ainda não chegou? – Indagou levando sua mão em direção à testa sussurrando um “Ai”.

– Não. Mas espero que chegue logo, para o bem dela. – Disse ríspido.

– Você não me é estranho. Tu é dono de algum bagulho? – Klaus apenas levantou-se e se dirigiu às janelas que ficavam ao lado da porta de entrada. Bernadet havia chegado. – Qual é o teu problema, cara? Seja educado e me responda! – Protestou o seguindo e viu uma mulher de uns 40 anos, branca e de cabelo um pouco grisalho, colocando vários objetos em seu jardim. – Essa é a Supergirl? – Foi ignorada novamente, o que a fez bufar.

Bernadet sentou-se sobre o gramado da residência e abriu um grimório aparentemente muito velho e não pertencente a ela. A bruxa cerrou os olhos e começou a sussurrar algumas palavras, fazendo com que as velas ao seu redor se acendessem.

– Bizarro... – Falou em um tom quase que imperceptível para ouvidos humanos. Ela observava a cena atenta, porém da escada, já que se chegasse muito perto sangraria até morrer.

À medida que as chamas das velas ardiam, Savana sentia uma tontura inexplicável. O calor vindo das chamas penetrava sua mente e a queimava por dentro, a torturava. Todavia, ela não podia gritar nem pedir socorro, estava estática, impossibilitada de se mover.

Klaus estava sentado em uma poltrona ao lado da porta, ele parecia estar perdido em pensamentos. A garota queria berrar e pedir ajuda, ele era forte, ele a ajudaria... Ela, de algum modo, sabia que sim. O fogo parecia querer saltar para fora, era como a sensação de quando vomitou sangue, mas esta doía mais. Era uma dor insuportável.

Não conseguindo mais conter-se, ela conseguiu gritar, gritar de uma forma tão avassaladora que era como se toda a dor fosse embora junto com seu fôlego. E, de fato, foi. Involuntariamente Savana abriu seus braços e chamas ardentes saíram através de seu peito, era uma sensação renovadora, uma sensação de alivio. Entretanto, junto com o fogo ia-se sua consciência, ela não sabia mais o que estava fazendo... Até que enfim tudo ficou negro e ela apenas pôde sentir sua queda ser amortecida por alguém que a segurou antes que sua cabeça fosse de encontro ao chão...

(...)

Savana viu-se em um quarto completamente desconhecido por ela. Todo seu corpo latejava. A garota vagarosamente levantou-se e flashes da noite anterior lhe invadiram a mente, fazendo-a quase perder o equilíbrio por sua intensidade. Onde diabos ela estava e no quê ela havia se metido?

Silenciosamente a loira abriu a porta do cômodo em que se encontrava, deparando-se com um extenso corredor e uma escada que levava em direção à área externa do local onde estava – que mais parecia uma mansão – o lugar era enorme. A madeira do corrimão e da escada era gasta e velha, o que evidenciava antiguidade.

Enquanto avaliava a mansão, ela ouviu vozes vindas de um dos quartos. Tomada pela curiosidade ela seguiu o som, com o intuito de escutar o que se passava.

“- Existem três estágios. Antes do fim do terceiro ela deve ser sacrificada, eu farei o trabalho. Mas não esqueçam que ela tem que ser mantida em segurança, tem que ser protegida.” – Era a mulher de seu jardim que falava. No quarto estava o homem que invadiu sua casa e mais dois, um negro e outro moreno – este estava vestido com um elegante terno – que andava de um lado para o outro enquanto ouvia a mulher falar.

Afinal, de quem eles falavam?

“- Quais são os estágios?” – Foi a vez do homem de terno pronunciar-se.

“- Mutação, vampirismo e bruxaria. O fogo foi um indicio de que os estágios irão iniciar em breve. Ela sugou a magia e depois a expeliu. Isso pode significar que o vampirismo virá primeiro. Não há uma ordem certa.” – A garota então percebeu sobre quem debatiam. Eles estavam falando dela...

Sacrificar? Mutação? Vampirismo? Bruxaria? Isso tudo era loucura para Savana, e ela precisava sair daquele lugar o mais rápido possível.

A loira voltou para o quarto em que a deixaram tentando fazer o mínimo de barulho possível, ela precisava fugir daquele lugar. Seus olhos giraram por todo o cômodo e pararam em uma direção. A janela. Era sua chance! Trevínna sentou-se na pequena estrutura, respirou fundo e jogou-se em direção ao chão, caindo em um pequeno beco sem saída. Seu pé doía, mas nada que ela não pudesse suportar.

A cidade estava movimentada, pessoas passavam por todos os lados, ela precisava se informar. Savana parou um homem loiro que estava passando, ele tinha uma grande estatura se comparado a ela.

– Senhor, qual o nome dessa cidade? – Indagou tentando parecer meiga. Ele seria sua próxima vítima.

– New Orleans. – Disse simples a fitando com um olhar desconfiado. – Vejo que está perdida. Como se chama?

– Savana. – Ao ouvi-la o homem surpreendeu-se, mas tentou não demonstrar.

– Savana... Venha, querida. Vou ajuda-la. – Disse e Trevinna assentiu. Ele não era de confiança. Mas, obviamente, também não sabia com que estava se metendo... Ele já estava morto.

(...)

Os dois se viam em um beco escuro e sem saída. Era uma parte do bairro deserta, poucas pessoas passavam por ali. O homem virou-se para Savana, e seu olhar estava diferente. Maldoso. Ele então, em um ato rápido, a imprensou na parede de tijolos. Uma de suas mãos estava em seu pescoço, impedindo-a de respirar. Ele era forte.

– Olá, Duplicata. – Dito isso, ele exibiu uma faca em sua mão livre, e cravou-a no estomago da garota. – Tchau, Duplicata. – Direcionou a faca outra vez para Savana, mas agora em direção à sua cabeça, não conseguindo continuar o que pretendia fazer.

O homem foi atingido por um ferro que atravessou sua barriga, o fazendo gritar e cair no chão, enquanto tentava retirar o objeto de si. Trevinna o enfiara um pedaço de um cano que estava atrás dela, preso dentre os tijolos. Sua barriga sangrava e latejava, mas ela o iria matar.

– Vadia! – Gritou e retirou o cano de sua barriga brutalmente. Seus olhos estavam estranhos. Um pequeno círculo amarelado agora se localizava em sua íris, onde há pouco tempo predominava a cor azul, e presas saiam de sua boca.

Savana tentou ataca-lo mais uma vez, todavia foi em vão, ele a prensara na parede novamente. Ela estava se sentindo impotente pela primeira vez em sua vida, e definitivamente odiou a sensação. Que pessoas eram aquelas?

Antes que pudesse continuar sua linha de raciocínio, seu corpo foi largado violentamente no chão e uma grande quantidade de sangue caiu em cima de si. Ao seu lado ela apenas pôde ver o corpo do rapaz que a atacara, sem a cabeça, esta por sua vez estava pendurada na mão de alguém. A garota levantou-se lentamente, pronta para atacar qualquer um que a ameaçasse, ela não cederia sem lutar. Porém, foi surpreendida por um homem que lhe sorria abertamente. E ele não era nenhum dos que estavam na casa debatendo sobre sua morte.

Olá, Protegida. – Cumprimentou-a largando a cabeça em suas mãos e encostando-se na parede do pequeno beco, ainda mantendo o sorriso inicial.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo kkkk e aí? Gostaram? Deem suas opiniões, elas são muito importantes para mim.

AVISO: Gente quando a palavra estiver em itálico e não representar fala de alguém, tipo, se não estiver entre aspas, significa que ela está informal ou errada propositalmente. Não esqueçam.