Winter Love escrita por The Mockingjay


Capítulo 37
Not always the next day is better


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Como vão?
Peço paciência, pois vou responder todos os comentários, ook?? Hahahahahahaha
Para quem está esperando Jelsa, estou fazendo u capítulo BEEEEEM especial, do tipo BAAAAAAAM!! Hahahahahaha
Até lá, continuamos com a campanha #ApareceJackFrost, para o nosso querido guardião gelado aparecer!
Boa leitura! :3



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Quando finalmente acordei, reparei que já era dia. Estava em um ambiente bem familiar: meu quarto. Deitada em minha cama, com a roupa mais leve que tinha, que comecei a lembrar da noite anterior.

Lauren revelando ter tentado matar minha mãe, que era namorada de meu pai, que ia fugir após me matar, que havia assassinado seu próprio marido e tentando me matar.

Depois congelando. E explodindo em pedaços, me lançando longe e abrindo um talho na minha testa.

Levei minha mão até minha cabeça, sentindo-a enfaixada. Comecei a arrancar aquela faixa, bem na hora em que Louise entrou, correndo para evitar que eu arrancasse o curativo da minha cabeça

– Não pode! - ela sibilava, enquanto recolocava o que eu já havia tirado - Ainda bem que acordou! Estávamos tão preocupados! - olhei em seus olhos e vi um misto de alívio e felicidade por me ver bem

– Acho que poderia continuar dormindo - comentei, sorrindo

Louise havia trazido uma bandeja com meu café da manhã e tentou ajudar-me a sentar para que eu pudesse comer. Embora eu me sentisse bem deitada, reparei que isso não aconteceria quando sentasse, já que sentia tudo rodava e ficava tonta. Deitei novamente e Louise me ajudou a comer

Após eu terminar a parca refeição (ordens médicas para uma refeição mais restrita), Louise me encarou e me fez a pergunta mais temida:

– Elsa, o que aconteceu?

Depois de um tempo, sem saber o que responder, resolvi tentar enrolá-la:

– Nós saímos para tomar um copo de água com açúcar - comecei, mas Louise me interrompeu

– Isso sabemos. Queremos saber como você foi parar no salão de bailes, ferida e com Lauren desaparecida - ela disse

Suspirei cansada. Mentir não ajudaria naquele momento

– Por onde quer que eu comece? - perguntei

Contei tudo. Que na verdade não fomos tomar água nenhuma, que aquela bruxa confessou ter envenenado a comida de August e a minha, que contou o motivo de seu verdadeiro ódio por mim e que me mataria sem remorso algum. Contei que ela tinha um amante, com quem fugiria, para depois aparecer e fingir inocência sobre minha morte e se tornar rainha em meu lugar

Excluí as partes que envolviam gelo, embora minha consciência pesasse, para que eu contasse que ela estava morta e que sua assassina estava confessando agora

Louise ouvia tudo, ora chocada demais, ora assustada demais. Ficou com uma expressão de choque. Quando finalmente abriu a boca para falar algo, uma batida ressoa na porta.

Sem nem esperar abriram

– Com licença, ela despertou? - uma voz familiar perguntou e Louise logo levantou para receber o convidado.

– Despertou sim ministro. - ela respondeu, humildemente

– Pode receber visitas? - a mesma voz perguntou

Louise me olhou rapidamente e eu acenei com a cabeça. Melhor acabar com isso logo.

Tentei sentar novamente, dessa vez mais devagar, e o quarto não pareceu rodar tanto

Louise recebeu o ministro Edgar que, assim que entrou, sussurrou alguma coisa no ouvido de minha dama de companhia que concordou com a cabeça e, com uma piscadela para mim, saiu do quarto.

Logo ficou só eu e Edgar

– Olá Elsa - ele começou, se aproximando

– Ola, senhor ministro - comecei

– Oh, por favor. Já conversamos mais de uma vez. Me chame de Edgar, somente Edgar. - ele falou sorrindo

– Tudo bem. Por favor, sente-se Edgar - sorri minimamente

Ele sentou-se em uma poltrona perto de minha cama, onde minha mãe costumava ler histórias para mim a noite, antes de dormir

– Como se sente? - ele perguntou, parecia preocupado

– Me sinto bem, com exceção quando sento-me. Vejo tudo girando - disse com sinceridade

– Bem, o médico nos advertiu desses sintomas, vai passar logo. Sabe, você levou uma pancada bem feia na noite anterior. Perdeu muito sangue e achamos, por um momento, que não sobreviveria - ele respondeu. Assim como Louise, pude ver alívio em seus olhos por eu estar bem viva

– Bem, acho que ainda não era minha hora - brinquei, mas não ri

Ele também não

– Elsa, gostaria de pedir, por favor, que me diga exatamente o que aconteceu na noite anterior. - ele pediu e eu suspirei frustrada, reviver aquilo mais uma vez não era agradável - Por favor. Teremos que cuidar de tudo, uma vez que o que Lauren cometeu é um atentado à futura rainha.

Abaixei a cabeça, querendo dizer que Lauren pagara seu preço máximo, mas mesmo assim comecei a contar, pulando novamente os detalhes sobre o gelo.

Depois que eu terminei novamente de contar, Edgar não pareceu tão abalado como Louise, somente meio surpreso.

– Ela confessou que fugiria com um amante? - ele interrogou

– Sim. Acho que era capitão de um navio pirata. Estavam no fiorde, esperando. - respondi, automaticamente

– Entendo. E ela tentou bater em você quando bebe não? - confirmei com a cabeça - Mas parece que ela não conseguiu. Ela disse o porque?

Tentei me lembrar se ela dissera algo relacionado à isso, mas não conseguia. Minha cabeça doía ao tentar lembrar de muitos detalhes

– Não, ela não falou - respondi

E assim se seguiu boa parte da manhã, com Edgar fazendo perguntas, eu respondendo e minha cabeça doendo ao tentar se lembrar de tantos detalhes.

Em determinado momento, Edgar disse:

– Elsa, ela está numa situação bem encrencada. Tentou matar sua mãe, uma princesa na época e em seu lugar morreu uma jovem inocente. Tentou bater em você, quando ainda nem podia se defender, sendo você, princesa de Arendelle. Planejou a morte do próprio marido induzindo a própria filha a participar do plano. Tentou matar você de diversas maneiras: tanto envenenando, quanto em combate corpo a corpo, sendo que você é a única herdeira do trono. Depois fugiria com um amante, e a volta, clamaria inocência - ele sacudiu a cabeça negativamente - Essa mulher esta praticamente condenada

– Quanto tempo acha que ela pegaria de prisão? - perguntei, mesmo sabendo que ela jamais seria presa

– Pelas leis? Ela ficaria presa pelo resto da vida. Lesirih iria simplesmente linchá-la por ter matado o rei. - ele contou - Mas não se preocupe. Tanto os guardas de Arendelle, quanto os de Lesirih estão tentando localizar o navio no exato momento. O reino que encontrar primeiro, aplicará suas leis e, garanto, nossas leis são mais brandas em comparação com aquele reino. No momento, descanse. Qualquer sucesso na captura de Lauren, você será a primeira a saber.

Assenti e lembrei-me de algo

– Edgar, o incomodaria se eu perguntasse uma coisa? - indaguei

– Claro que não alteza. O que deseja saber?

– Como está Melissa?

Sabia que minha prima era um caso perdido, mas não podia deixar de me preocupar com ela. Havia perdido os pais. Embora não ligasse tanto para o pai, deveria amar mesmo a bruxa de sua mãe e deveria estar sofrendo.

– Neste momento, ela está em seu quarto, proibida de sair e com guardas zelando a porta - ele respondeu

– Ela também vai ser considerada culpada? Sabe, ela foi influenciada pela mãe, duvido que armaria um plano daquela magnitude - saí em defesa dela, sem nem saber exatamente o porque

Edgar sorriu u pouco antes de responder

– Tem muita clemência majestade. Lembra muito seus pais - corei e abaixei a cabeça - Respondendo a pergunta: isso ficaria a seu critério. Todos os ministros não conseguiam decidir o que fazer com a garota, de modo que ouve uma votação se consideraríamos culpada ou não. Ficou empatado e decidimos que a senhorita desempataria - ele revelou

– Bem, diga que após a caçada ao navio, Melissa está liberada para voltar para casa. Lesirih ainda precisa de uma rainha, certo? - orientei

– Como queira alteza. Vou comunicá-los agora mesmo. - antes que ele pudesse se despedir, houve uma outra batida na porta, que Edgar prontamente atendeu. Conversou com quem quer que fosse, fechou a porta e logo voltou.

– Tenho notícias alteza. - ele começou - Encontraram o navio

Meu coração subiu até a garganta e devo ter pedido a cor

– Um guarda acabou de informar que Lesirih encontrou o capitão e, bem, não perderam tempo. Acertaram o navio com bolas de canhão e o navio afundou. Não houve sobreviventes - ele informou

Era isso, mais mortes. Por fim, para todos, Lauren teria morrido ali, afogada.

E não congelada.

– Vão avisar Melissa? - perguntei

– Claro que sim. Agora que essa busca acabou, ela poderá retornar ao seu reino, assim que a senhorita a liberar

– Tudo bem - assenti com a cabeça - Só mais uma coisa: quando me encontraram, como estava o salão? Tinha algo...hmm.... estranho?

Podia sentir meu medo, e seu viram o gelo? Como eu explicaria?

Edgar parecia estar pensando e finalmente respondeu:

– Não majestade. Havia somente a senhorita no pé da escada, desmaiada e com uma poça de sangue

– Mais nada? - pressionei

– Não senhorita. Perdoe-me o atrevimento, mas o que assusta a senhorita? - ele estava desconfiado.

Que maravilha! Se não queria atrair suspeitas, eu tinha conseguido estragar tudo

– Nada, achei que talvez eles tivessem invadido e acabado com tudo - minha desculpa esfarrapada funcionou, porque a expressão de Edgar se suavizou

– Se me der licença senhorita, tenho que informar Melissa sobre o caso. É aconselhado a senhorita ficar deitada e não sair andando. Descanse o máximo o possível - concordei e ele enfim saiu

Aquilo não fazia o menor sentido. Quem havia limpado todo aquele gelo? Pelo o que parece, os restos mortais de Lauren estavam naquela neve toda. De algum modo, mais alguém entrou naquela sala, depois do confronto, pouco antes de me encontrarem. Mas quem teria me encontrado e não me socorrido?

Minha cabeça doía tentando achar alguma ligação com o gelo emoldurado, mas nada batia.

Afundei minha cabeça nos travesseiros, para tentar abafar todos os sons, incluindo o choro de Melissa, que, comparado com a morte do pai, era de cortar o coração.

Só queria que aquilo acabasse logo

***************

Embora fosse recomendado repouso absoluto e não muitas visitas, minha tarde foi bem agitada.

Muitas pessoas vieram me ver, incluindo criadas, guardas e ministros. Alguns reinos ficaram sabendo do caso e mandaram cartas oferecendo apoio.

Tentava ser gentil e todos tiveram a educação de não me pedirem para repetir a longa história.

Após o almoço, Louise me deixou descansar e devo ter dormido por algum tempo, até ser despertada pela porta abrindo. Não liguei para o fato, devia ser alguma criada para levar a roupa suja.

Então senti a pessoa sentando em minha cama. Criadas não sentariam em camas certo? Não ligo para o fato, mas as próprias criadas do castelo são rígidas demais com si mesmas

Abri os olhos lentamente, ficando com os mesmos arregalados com a minha visita inesperada

– Olá - comecei cautelosa

– Não queria tê-la acordado - disse suavemente

– Tudo bem - sentei-me devagar, para não ficar tonta

Melissa parecia muito abatida. Havia perdido a cor, seus lábios estavam rachados, tinha olheiras profundas, seus olhos haviam perdido a malícia de sempre e estavam muito inchados. Seus cabelos estavam despenteados e, se ela estivesse em seu estado normal, estaria dando chiliquei por causa de seu vestido.

Mas ela não estava em seu estado normal

Ela pigarreou

– Tenho que ser rápida. Só queria agradecer por sua compaixão e me deixar voltar para casa. Tinha certeza que me condenaria por tudo o que lhe fiz. Não tenho realmente como me agradecer - ela começou e pude ver gratidão em seu olhar

– Todos merecem uma segunda chance - eu a respondi, sem saber se podia confiar.

– Eu não. Como....como você aguenta? A perda - ela complementou - Precisei perder tudo, pra ver o quanto eu estava errada. Na hora parecia certo, mas agora... - ela fungou

Suas mãos estavam entrelaçadas no colo. Me estiquei e coloquei minhas mão sobre as delas. No começo ela se enrijeceu ao meu toque, mas depois, relaxou

– Eu entendo pelo o que você está passando. É uma dor que nunca vai passar - ela me encarou assustada - Mas a intensidade da dor diminui. Mas, de uma forma ou outra, eles sempre estarão lá com você - ela concordou com a cabeça e tirou uma das mãos, delicadamente, para enxugar as lágrimas

– Ser rainha. Há quanto tempo esperei isso, Mas agora também não faço questão mais. Mas não é uma escolha né? Você também está nessa saia justa - ela falou e eu concordei - Meu pai deve me detestar. Não fui a filha que ele merecia. - ela chorou mais

– Ele sabia, de uma forma ou outra, que o amava. Leve o exemplo dele para governar e ele vai se sentir orgulhoso - confortei-a - E o corpo? - perguntei por fim

Ela levantou a cabeça e enxugou algumas lágrimas

– Houve a maior discussão sobre isso. Eu gostaria que ele ficasse aqui, foi ode nasceu. Mas seria uma falta de respeito com o povo de Lesirih não enterrarem seu rei. Não podia levar um corpo no navio, uma viagem de um dia e meio. Por isso o cremamos, pegamos as cinzas e colocamos em jarro lacrado. O enterrarei quando chegar. Minha mãe, não vai ter sua cerimônia

– Eu entendo - disse com sinceridade, ainda encontraram o corpo dos meus pais, mais e se não tivessem encontrado? Assim como Anna? A ideia me desespera. Sabia como era enterrar alguém, sem que aquela pessoa estivesse realmente ali. -Lamento não poder ir ao funeral. Duvido que eles me liberarão à tempo

Ela balançou a cabeça negativamente, olhando para os pés

– Tudo bem. Você já fez demais. Lamento também, acho que não serei mais bem vinda em Arendelle como antes. Não virei para a coroação - ela disse, tão decidida, que ninguém a faria mudar de ideia. Assenti com a cabeça

– Tudo bem, mas se depender de mim, pode vir quando quiser - sorri um pouco

Ela apenas afirmou com a cabeça

– Eu sinto muito Elsa. Pela sua irmã, seus pais. Nunca imaginei como doeria, mas agora sei. Sinto muito também pelo o que minha mãe fazia com você. Sinto mais ainda por também ter feito. Entenderei se não der seu perdão, já que fez muito, permitindo que eu voltasse para casa - ela disse com sinceridade

– Melissa - chamei, em um tom que eu nunca havia usado, ela me olhou, temendo - Eu te perdoou

Ela não acreditava mas esboçou um sorriso, apertando minhas mãos em sinal de agradecimento

– Fique tranquila. Manterei seu segredo escondido - me senti imensamente agradecida

– Não a forçarei à isso - fui sincera

–Eu quero. É a única forma que eu tenho de realmente agradecê-la

– Obrigada - sussurrei tão aliviada, que não conseguiria realmente falar

Então, em gesto totalmente inimaginável, Melissa me abraçou forte e eu retribui, ainda chocada.

Ela não era má. Melissa era tão doce e inteligente quanto seu pai. Sua mãe queria torná-la seu reflexo, mas não conseguiu estragar toda sua doçura.

Quando nos separamos ela sorriu

– Adeus Elsa

– Adeus Melissa

Ela levantou-se e dirigiu-se à porta. Parou no parapeito da porta e, com um sorriso brincalhão, soltou uma de suas pérolas

– Sabe, eu espero nunca mais te ver!

– Eu também não - sorri, entrando em sua brincadeira

Ela riu e eu também e então, com um aceno, sumiu pelos corredores

E aquela foi a última vez que vi a princesa Melissa de Lesiriih


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Notas finais do capítulo

Hoje eu me superei né?? hahahhaha
Desculpem qualquer erro, não tive tempo de revisar :(
Melissa :'(
Quero muuuuuitos comentários, visto que responderei todos em breve!
Beijo, beijo, beijo