Como uma faca amolada, um espinho.
Marca-me!
Macula minha derme. Avermelhada, não mais imaculada.

Ardor, Queimação...
Uma dor tão pequena, comparada ao cenário de horror terreno.
Pobre alma...
Perdida em aflição, desgosto e lamúria.
Gostaria de ser livre, sem correntes.

A mente do homem atrai a perdição,
Oh! Coração Imundo!
Preenchido com orgulho, ego e ganância.
Devo mesmo coabitar o mesmo lugar que Vós¿

O gume deste instrumento, deveras impecável, beija minha derme suavemente de encontro ao ponto vital.
Só assim partirei, lentamente.

Oh Sombras! Harmoniosa, amistosa.

Escuridão!
Aos poucos se alastra nesse salão,
frio necrotério.
Fluidos sem fim! Esvazia-me, enquanto ainda tenho minha pobre lucidez.
Deixa-me degustar o sabor da dor! Deleitada no berço das sombras, encostada na mãe dos mortos.
A partida é cruciante, Mas a solidão é bela.
A partida pode ser ruim, Mas o fim sempre pode ter um novo começo.