Over My Head escrita por Nediar


Capítulo 1
Capítulo 1




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Poucos meses.

Escola construída.

Mais lugares para toques ousados.

Helena tinha muitos valores com os quais se envergonhava em tais atos, porém mesmo diante do militarismo de ensino da própria mãe as coisas nunca deixavam seu encanto. Ela tinha toda e qualquer razão para parar com aquilo.

O casamento estava próximo, aquele ainda não visto lembrava uma mera e distante visão de um futuro que ela torcia não existir. Mesmo ciente de que de um modo ou outro, Rowena conseguiria o que sempre quis. Ela tinha seus métodos e apesar de Helena não aprova-los desde que ela não lhe pedisse satisfações não dizia respeito a mais nova Ravenclaw.

Primeiramente, o início de tudo não foi mais do que leves olhares, ainda que de aversão um para o outro. Eles se odiavam, mas como poderiam se gostar afinal? Com a reputação que tinham.

As coisas não eram mais do que profissionais até ali.

Ele se mostrara um terrível preconceituoso, impiedoso e egocêntrico, porém desde mesmo modo tinha um charme incrivelmente intimidador, na melhor situação tudo o que Helena conseguia ainda enxergar era a cobra que jazia em seus aposentos e retratava tão bem sua personalidade excêntrica.

Foi então que a mãe lhe deu seu único e breve motivo para uma aproximação definitiva. Proibiu-a de ter qualquer mísero contato com o homem de verde e prata.

Ela, ainda jovem tinha variados motivos para não obedecê-la, entrementes a causa para fazê-lo não teve absolutamente nenhuma relação com a mãe.

Salazar tinha sua própria atração. Algo magnético que não a permitia desviar os olhos na mesa de refeições, mesmo quando todos estavam presentes. Porém sua mãe, tão preocupada nas conversas sobre Merlin se sabe o que diante á Godric nunca os notou. O guerreiro ainda menos, Helga não chegou a ser um problema, pateta como era.

Era uma boa amiga para quem perguntasse, possuía uma ingenuidade que como Salazar descrevia; enojava, e nisso Helena tinha que concordar. Era como uma criança no corpo adulto.

O primeiro encontro foi algo público. Ele servia-se dos cargos de DCAT e Poções, Helena nunca descobriu a razão. Ela havia derrubado algo corrosivo no vestido próprio e aquilo ultrapassou as três camadas de pano e queimou sua pele antes dele rapidamente livrar-lhe do mal estar com a varinha, porém ela não conseguia caminhar.

Outros alunos foram dispensados. Naquela época de poucos anos de funcionamento ainda não haviam concordado os quatro em bons curandeiros para servir aos alunos, portanto a ala hospitalar ficava vazia.

No momento ela não compreendeu o verdadeiro significado daquilo, porém agradecia-se mais tarde.

Quando ele a sentou sobre a poltrona de couro, ainda houve pequenas discussões sobre os toques das mãos dele em sua pele ser contra todas as etiquetas com as que cresceram, porém ele – que não se importava com quase nada não se dispôs a ouvi-la, e foi assim que Helena sentiu-se quente pela primeira vez na vida.

O primeiro toque de um homem era algo com o que se devia partilhar próxima a uma cama, esta seria uma lição que Helena nunca esqueceria. Ela não se deu conta dos primeiros beijos, sabia que não estava de fato tão obstinada a se guardar para o homem certo se este se parecia tanto com o errado.

Salazar era um homem experiente, inteligente e ágil. Arranjava horas e locais que ela nunca sequer havia cogitado. A levava á loucura a meras palavras rudes e toques violentos.

Ele não era sempre assim. Quando se reuniam com tempo e conforto, ele era o amante que toda mulher mataria para ter.

As noites viravam vício.

Ele era um vício e ela não conseguiu se livrar a tempo. Quanto mais tentava, mais presa ficava.

Até que o físico não era o suficiente. A cama dele tinha um conforto estranho, ele era uma companhia necessária. Helena tornou-se tão presa que sentia correntes entre ele e ela. Tornou-se capaz de tudo em prol dele. Pobre coitada não sabia que logo Salazar interessar-se iria por esta vantagem sob os outros.

Usou-a para livrar do Diadema poderoso que Rowena guardava com tanto carinho. Logo se tornou o mais forte dentre os três. Godric, grande amigo deixou-se ser contagiado pelas ideias de conquista de Salazar. Porém Rowena continuava irredutível e mesmo dispondo-se de Helena, ela não lhe serviu para induzir a mais racional dentre os fundadores.

Ele exaltou-se, antes disso houve outra situação comprometedora. O noivo de Helena era mesmo imprudente e sentimentalista, enlouquecido pelo orgulho de barão e recusa da bela matou-a sobre as costas de Salazar.

Aquilo completou ódio que o consumia. A morte do barão foi tomada como suicídio, porém a perda de Salazar era inestimável. Helena era a única que conseguira ver um mínimo de compaixão no coração congelado, ele não descobriu sobre as assombrações que retornaram ao castelo e claramente não voltou para presenciá-las.

Helena calou-se para sempre, alheia á presença do Barão no estado de sua morte. Nem mesmo com sua mãe voltara a falar, ninguém suspeitava de Salazar que assim como os próprios alunos que educara, fugiu quando o tempo fechou-se sobre sua cabeça.

Mais as coisas que lhe passavam pela própria mente enquanto vagava pelos corredores em que cresceu era a tortura que era fitar pequenos e silenciosos espaços em que os toques, as carícias e beijos que trocava com Salazar continuavam nítidos.

E apesar dele não ter lhe feito promessa alguma, nunca temeu pelo futuro deles. O legado que ele deixara era forte para sustenta-lo. Entrementes, ele nunca descobriu se conseguiu o tal Herdeiro.

Também nunca soube que o herdeiro de Slytherin só seria comparado a teus feitos caso possuísse uma mente Ravenclaw.


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Notas finais do capítulo

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