Capítulo 4 –Loiras de Farmácia, Sorrisos Perfeitos

– Heloisa, você está bem? – perguntou Alec com aquele sotaque italiano lindo. Nem tinha reparado no quanto a voz dele é linda, não só a voz, o cabelo, o rosto, o corpo... Se concentra Heloisa! Tem uma garota que fica dando em cima do seu namorado e você fica pensando em como o garoto ao seu lado é bonito.

– To sim, pode me dar licença um minuto? – perguntei já indo na direção deles. Nem ouvi se Alec respondeu ou não, eu já estava longe dele. Assim que estava a uns 3 metros dos dois, coloquei meu melhor sorriso no rosto e me posicionei do lado do Chad.

– Oi amor – falei dando um selinho em seus lábios.

– Oi linda – disse Chad retribuindo o beijo – você já conhece a Jane?

– Não, na verdade, não. Prazer sou Heloisa Thompson.

– Jane Volturi – disse Jane dando um sorrisinho. Falsa. Idiota. Loira de farmácia do caramba.

– Ah, então você é a irmã do Alec?

– Sim, você já conhece o meu irmão? – ela perguntou surpresa.

– Aham. Na verdade, ele pediu para que eu apresentasse a escola a vocês, claro se você não se importar.

– Eu não me importo só que o Chad já se ofereceu para me mostrar a escola. Mas se o Alec já pediu a você...

– Eu podia mostrar a escola a você e a Helô mostra ao Alec. Que tal assim, amor? – Chad perguntou na maior inocência. Não queria brigar com ele agora, não sabendo que amanhã eu teria que terminar com ele. Suspirei derrota.

– Se você prefere assim. Foi bom te conhecer Jane – falei já me virando, mas ao sem antes me despedir do meu namorado – a gente se vê no refeitório?

– Claro – ele disse me dando mais um beijo. Depois de nos separarmos, me despedi dos dois e voltei para o lugar onde Alec estava.

– Então? – Alec perguntou tentando me incentivar a falar.

– O Chad – falei apontando para ele – disse que ia apresentar a escola a Jane. Então, se você não ligar, vamos ser só nós dois pelo resto do dia.

– Eu não me importo – meu Deus, o sorriso dele parece o do comercial da Colgate. Nos viramos para entrar no colégio, mas antes eu falei.

– Ah, já ia me esquecendo. Se sua irmã der em cima do meu namorado mais uma vez, eu juro que acabo com a raça dela. Entendeu?

Imediatamente, sua risada de sinos chegou aos meus ouvidos.

– Qual é a graça?

– Nada, nada. Recado dado – ele disse sério, mas logo em seguida voltou a rir.

– Acha que eu não conseguiria acabar com a sua irmã? – perguntei começando a andar e logo fui seguida por ele.

– Bom, Jane não é do tipo que se controla, então – ele deu uma pausa e ficou com cara de pensativo – não, você não teria chance contra ela – bufei.

– Você não me conhece, Volturi – nossa, eu acho que conheço esse nome de algum lugar. Melhor deixar pra lá, não vou ficar paranóica, não de novo.

– Correto, só que eu conheço a minha irmã e sei que ela quebraria a sua cara sem pensar duas vezes. É muito explosiva.

– Meu caro Alec, se você me visse nos meus piores dias, mudaria sua opinião.

– Duvido. Os seus piores dias devem ser os bons da Jane. Você não conhece minha irmã não pode falar nada.

– Do jeito que você a descreve, parece que ela é o assassino da serra elétrica ou coisa do tipo.

– Digamos que ela chega bem perto disso – disse Alec rindo.

– Você já foi pegar seus horários?

– Não.

– Ta bom, então nós temos de ir à secretaria primeiro para depois eu poder te mostrar a escola – ele assentiu – Pergunta. Você quer ter aula hoje?

– Como assim?

– No primeiro dia de aula os alunos novos não são obrigados a assistir as aulas.

– E os acompanhantes também?

– Está achando que eu só me ofereci para te ajudar para eu não ter de assistir as aulas Volturi?

– É exatamente o que eu estou pensando Thompson.

– Por acaso é isso que você pensa de mim? Que sou uma garota aproveitadora, que na primeira oportunidade mata aula, só para não ter de ouvir o professor de história falar como nós somos um bando de preguiçosos que vão para festas em plena quarta feira e ficam até mais de quatro da manhã lá, sendo que tem aula no dia seguinte? Ok se é o que você pensa.

– É por isso que sua amiga Marcela vai brigar com você? Porque ficou até tarde em uma festa em plena quarta feira?

– Você é bom – falei virando o corredor que dava bem na porta da secretaria. Assim que chegamos, parei e fiquei olhando para Alec.

– Mais ainda não respondeu minha pergunta. Vai querer matar aula ou não? – perguntei pondo as mãos na cintura.

– Se você não se importar – caramba, já, já, eu desmaio se ele sorrir mais uma vez.