Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 23
Capítulo 6 - Passado


Notas iniciais do capítulo

FELIZ ANIVERSÁRIO CAM! TE AMO MUITO, MEU MARIDO, MEU AMANTE, MEU TUDO! (Meu Cam, tirem as patas u.u) Desculpa por ter dado o parabéns atrasado aqui, mas tenho certeza que você ouviu meu grito lá de casa, não é? Até meus vizinhos ouviram D:
Mas agora é sério, capítulo em homenagem ao Cameron Bright, vulgo Alec Volturi, o vampiro mais sexy do mundo e com as mãos mais lindas que alguém já viu (e que mãos -.-) e lábios (e que lábios -.-²).



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POV Heloisa

- Será que agora dá para me falar onde e porque estamos indo?

Alec e eu estávamos sentados em sua BMW. A capota estava levantada e os vidros fechados. Não que essas coisas fossem atrapalhar um vampiro de nos ouvir, mas era uma forma de me tranquilizar. Um pouco. Conhecia Gustavo muito bem para ficar com a guarda abaixada.

- Tem alguém aqui perto? – perguntei, sem olhar em seus olhos. Apesar de ter tido coragem o suficiente para ter ligado para Alec, essa coragem havia sumido no momento em que o vi saindo do elevador.

Tenho que admitir que fique paralisada por alguns segundos. Não por sua beleza, ela sempre me surpreendia e com o tempo aprendi a não demonstrar isso, mas sim por suas roupas, sua expressão facial. Alec usava uma calça jeans desgastada, uma camiseta marrom com alguns escritos, um moletom sem botões e All Star. Seu rosto não transmitia nenhuma emoção. Em todo o tempo em que o conhecia, nunca o havia visto tão... Acabado. Mas talvez fosse somente à ausência de sua costumeira jaqueta de couro e os tênis de skatista. Ele também não usava as lentes de contado, deixando a amostra seus olhos, que estavam com um tom vermelho escuro, quase preto, nada que alarmasse muito as pessoas, porém ainda estava um pouco preocupada. Alec nunca saia sem suas lentes de contato.

Balancei minha cabeça, voltando ao presente.

Alec bufou irritado.

- Não Heloisa, pela terceira vez, não tem nenhum vampiro por perto que não seja Jane, Heidi ou eu. A não ser que queira contar o maluco da esquina vestido de Drácula. Agora, que merda está acontecendo?

Respirei duas vezes antes de responder.

- Suponho que conheça um vampiro chamado Gustavo Frenatti?

POV Alec

Congelei ao ouvir seu nome. Gustavo? O que Heloisa tinha a ver com ele? Provavelmente deveria ser outro. Ri internamente, de forma sarcástica, pensando na idiotice desse pensamento. Não existiam dois Gustavo no mundo. O sobrenome Frenatti havia se extinguido há séculos. Aro havia feito questão de exterminar todos, eles eram um perigo para o mundo vampírico e humano.

Os Frenatti, ou como eram conhecidos antigamente e hoje em dia, demônios, era um clã de vampiros que se diziam “ajudante dos humanos”, mas na verdade, eles só lhe faziam favores para poder mata-los alguns anos mais tarde. Era sua forma de matar. O que um humano quisesse, eles realizavam, porém com a condição de a pessoa ter de morrer dez anos depois. Foram por causa deles que o mito dos demônios surgiu. Por causa dos longos anos que eles passavam sem caçar, seus olhos se tornaram pretos, raramente voltando para o vermelho. Gustavo foi o único que sobreviveu de seu clã, mas não sabia que ele seria tão burro a ponto de voltar a praticar os antigos hábitos de seus companheiros.

- O que você fez, Heloisa? – perguntei trincando os dentes.

- Nada de que eu me arrependa.

- Heloisa...

- O que? Eu não me arrependo! – disse ela inocentemente, mas voltando a ficar séria – Acho que você já pode imaginar muito bem o que aconteceu.

- Sim, mas gostaria de ouvir de você, para ter certeza do que fazer depois – retruquei sorrindo sarcasticamente.

- Ok, ok. Já faz cinco anos desde a primeira vez que vi Gustavo. Eu era nova, idiota e estava desesperada.

“Benjamin estava morrendo. Dois vampiros estavam na cidade e nos atacaram, era quase meia noite, não havia ninguém nas ruas. A emboscada perfeita. Eu fui a primeira a ser mordida, foi tudo tão rápido que só consigo me lembrar de pedaços. Estava quase ficando inconsciente quando Ben me salvou. Ele conseguiu mata-los, mas isso quase o matou. Pensei que ia perdê-lo, quando Gustavo apareceu”.

“Ele disse que poderia salvar Ben, mas isso teria um preço: minha vida. Obviamente aceitei na hora. Gustavo me alertou que não seria assim tão fácil, mas não quis ouvir, só queria que Ben sobrevivesse. De tempos em tempos, ele vem me ver para ter certeza de que não me matei para tentar evitar o acordo. Claro que tentei uma vez, mas não deu muito certo. Ele fez questão de me deixar um lembrete constante do que ele poderia fazer se eu tentasse alguma coisa de novo” – disse ela, olhando para os próprios pés e completou – E agora, por algum motivo desconhecido ele decidiu adiantar meu prazo alguns meses.

- Para quando, exatamente?

- Hoje.

- Onde e que horas?

- Às dez horas, na frente do Big Bang. O relógio, não aquela lanchonete fast food horrível do subúrbio.    

Olhei no relógio, eram 09h10min, mas se eu corresse, corresse mesmo, indo no limite do velocímetro, dava para chegar a tempo. Não ia deixar aquele desgraçado tirar a vida de mais ninguém, não da minha Heloisa. Dei partida no caro e abri um pouco o vidro, para que o ar circulasse. Apesar de ser muito controlado, seu cheiro estava tão impregnado no carro que fazia minha garganta queimar, como se fogo a consumisse. Inspirei o ar sujo e fétido da cidade, me sentindo um pouco melhor.

- Ok, acho que ainda dá tempo, as vou ter que correr um pouco, então, ponha o cinto de segurança.

- Tempo de que? – perguntou ela confusa.

- De consertar a burrada que você fez.

- Alec, é de Gustavo que estamos falando. Duvido que você possa fazer alguma coisa contra ele.

- Assim me sinto ofendido – falei pondo a mão em meu rosto, teatralmente – Estou tentando te salvar e você nem põem fé em mim – revirei os olhos – Ponha o cinto de segurança.

- Não é que eu não ponha fé em você, só não quero que seja morto.

Fiquei quieto por um segundo. Fechei os olhos, e respirei, mesmo que não fosse necessário.

- O único que vai ser morto hoje é ele. Agora, só mais uma coisa.

- O que? – perguntou ela confusa.

 - Ponha o maldito cinto de segurança!

POV Jane

Pela janela do hotel, podia ver os dois conversando. Fechei minhas mãos em punhos, tentando controlar minha raiva. Essa humana ainda ia acabar matando o meu irmão. E ele ainda ia acabar se matando para realizar todos os caprichos dela.

Ir até Gustavo? Isso deixava ser masoquismo e se tornava suicídio, até mesmo para Alec. Ele pode lutar bem e ter um dom muito poderoso, mas nada disso seria útil contra aquele verme. E o pior de tudo era que meu irmão tinha muita consciência disso!

Sabia o que tinha que fazer.

Assim que o carro saiu a toda velocidade, pulei da janela e comecei a segui-lo. Meu irmão não iria morrer hoje.


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Notas finais do capítulo

Vejam o novo trailer da fanfic, feito por mua, Heloisa.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=VEvC_SEq9sA&feature=youtu.be
E comentem u.u, se não paro a fic nessa temporáda e não faço a terceira.
Beijos, XOXO