Fragmented escrita por Sachie
Notas iniciais do capítulo
Eu de novo, perdoem a demora, tive bloqueio criativo née ¬¬
Como prometido, compensei vocês >.
Amelia Pond cambaleou desengonçadamente pelos corredores imperturbáveis do hospital St. Melody. A Pond bem que queria caminhar normalmente como sempre fazia, mas a medicação que lhe era aplicada, por alguma razão, alterava seus sentidos de forma monstruosa. E já não bastasse isso, a garota começara a ter alucinações, de hora em hora podia ver um Dalek passando ao fim do corredor.
– Não é real. - Amy sussurrou para si mesma se apoiando nas paredes enquanto a voz de seu psiquiatra vinha-lhe à mente.
" Em sua mente existe um fantástico mundo além da imaginação, mas este mundo Amy, ele não é real."
– Exterminar! Exterminar! - Dizia o Dalek no fim do corredor.
E Amy lutou para ignorá-lo, para parar a alucinação...
– Exterminar! Extermi-
– Quer calar a boca por favor! - Amelia gritou enfurecida para o alienígena. O que logo se revelou uma má ideia quando Amy percebeu o olhar indiferente de uma enfermeira sobre si.
– Amelia Pond? - A enfermeira chamou-a um pouco assustada.
– Ah, sim? - A ruiva forçou um sorriso.
– Desculpe a demora, venha comigo, sua visita lhe espera.
A Pond seguiu a moça de branco sem contestar e embora se esforçasse para parecer amigável, a enfermeira insistia em apressar o passo todas as vezes que Amy tentava se aproximar. A escocesa deu graças aos céus quando chegaram a sala de visitas.
– Rory? - Ela pronunciou surpresa.
– Amy. - O rapaz proferiu sorridente indo ao encontro da Pond.
– O que faz aqui? - A ruiva indagou um pouco sem graça.
– Eu soube que havia retornado a esse lugar através de seus pais. Então...Quer dizer que o Doutor Maltrapilho retornou?
– Parece que sim. - Amelia suspirou sentando-se ao lado dele.
E por alguns instantes ambos ficaram em silêncio. Tirando Amelia, Rory Williams era a segunda pessoa que melhor conhecia o Doutor. Desde pequenos Amelia lhe contava histórias sobre ele, sobre como ele a salvou e também ao mundo do tal "Prisioneiro Zero". Rory ainda se lembrava de como Amy obrigava-o a vestir-se como o alienígena Senhor do Tempo. E por dentro, pelo bem de Amy, ele desejou que tudo fosse real. Quisera ele participar das fantásticas aventuras de Amelia Pond e o Doutor, mas para ela isso não tinha relevância. Para ela, ele estava presente, e isso era o que importava.
– Quer dizer que... Eu era feito de plástico? - Rory comentou meio que puxando assunto.
– Um centurião de plástico, sim. - Respondeu Amy.
E os dois riram das histórias insanas de Amy por incontáveis segundos.
– Só para constar eu acredito em você. - Rory soltou com um sorriso acolhedor.
– Obrigada. - Amy sorriu melancolicamente segurando-lhe a mão. - E só para constar, centuriões de plástico são os melhores maridos.
E novamente os dois tornaram a rir. Foi naquele instante que Amy se deu conta de que Rory conseguia fazer-lhe sentir-se bem, tão como o Doutor. E por algum tempo a garota matutou se não era a hora de encarar a vida real. Talvez o Doutor fosse mesmo imaginário, mas mesmo que fosse, mesmo que Amy não precisasse mais dele, Rory estaria ali por ela. Sempre presente.
– Quais são seus planos para hoje? - O Williams indagou entrelaçando seus dedos com os da ruiva.
– Bem, meu psiquiatra recomendou-me juntar-me à um grupo de outros pacientes para falar dos "problemas". Ele disse que desabafar com alguém, que não fosse um médico, seria bom.
– Uau, Amy Pond em um grupo de apoio, pode ser um desafio e tanto. - Rory comentou rindo.
– Calado. - Disse a Pond juntando-se à ele.
[...]
O tal "grupo de apoio" era basicamente um grupo de pacientes esquizofrênicos comentando sobre suas ilusões. Amelia Pond não pode deixar de sentir-se incomodada, ela não pertencia aquele lugar. E Pela última vez, seu Maltrapilho era real!
–...Então o homem-vermelho disse que eu teria de ir com ele. - Encerrou um dos pacientes à direita de Amy.
Amelia revirava os olhos tantas vezes, que por um momento acreditou que suas orbes iriam saltar, pelo menos tal fato encerraria com aquela torturante seção.
– Muito bem. - Disse a psiquiatra de loiros e encaracolados cabelos. River Song. - Acho que temos tempo para mais um. Amelia, porque você não vai?
Amelia mordeu o lábio inferior ao mesmo tempo em que um longo suspiro escapou de seus lábios, gerando um estranho som distorcido.
– Meu nome é Amelia. - A ruiva apresentou-se levantando da cadeira.
– Oi, Amelia. - O grupo repetiu em coro.
– E, bem, eu meio que tenho um... Um amigo imaginário, é isso. - Amy pronunciou sentando-se novamente.
– Ótimo. - River parabenizou um pouco desapontada. - Muito bem Amelia. Quer nos falar mais alguma coisa sobre esse tal amigo?
– Ele...ele é, bem... Ele é um alienígena...e...- Naquele momento a Pond se deu conta do quão maluca soava sua história, isso é, quando ela tentava descrever. E Amy desejou com todas as suas forças alguma coisa que lhe tirasse daquela situação embaraçosa.
E como que se alguém houvesse escutado as lamurias de Amelia Pond, novamente aquele som familiar preencheu sua mente e a escocesa viu-se sentada sobre uma toalha colorida, desfrutando de um piquenique com seu maltrapilho, Rory e por incrível que pareça, River Song.
Entretanto, havia mais alguém lá, no alto da colina coberta de areia, havia uma silhueta observando-os.
– Quem é aquele? - Amy indagou distraída.
– Quem é quem? - Disse Rory
– Desculpe, o quê? - Amelia proferiu se dando conta de onde estava. Havia retornado, retornado para o Doutor.
– Disse que viu alguém.
– Não, eu não disse! - A Pond negou dando um gole no vinho.
E por alguma razão, o Senhor do Tempo logo tratou de mudar de assunto. Havia algo estranho com ele, seu Maltrapilho parecia mais melancólico que o normal, como se soubesse de algo. Algo que não se atreveria a contar.
A reflexão de Amy foi interrompida por um som de um pneu tentando se locomover na areia, foi então que as coisas começaram a ficar muito mais esquisitas. E de dentro da água surgiu um astronauta, nenhum dos presentes podiam acreditar. Nem mesmo River, que estava presente a tanto tempo. Apenas o Senhor do Tempo mantinha-se frio perante a situação.
O Doutor levantou-se calmamente e caminhou até o tal astronauta e Amy só percebeu que era tarde demais para impedi-lo, quando o alienígena foi ao chão.Ele havia recebido um tiro. O Doutor recebeu um tiro. E no início de sua regeneração, outro estrondo agudo ressoou naquela praia. O Doutor havia morrido.
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Ja ne!