Thalia's Pov
O dia estava tão lindo, com o céu azul tão profundo, quase me fazendo acreditar que eu poderia tocá-lo se esticasse o meu braço. Perecia algum tipo te brincadeira, o dia estar tão maravilhosamente perfeito, quando acabo de receber uma notícia tão triste como essa. Annie veio em casa no dia seguinte, e me contou tudo o que aconteceu, desde a conversa com sua mãe, até a hora em que teve que se despedir do seu pai, porque o horário de visitas tinha acabado.
Ela estava tão triste, e não posso negar que não tenha ficado também, até porque conheço o pai dela a anos, e me afeiçoei á ele. Estavamos deitadas no gramado do quintal, e olhavamos o céu, sem nenhuma nuvem sequer.
— Sinto muito por tudo que está acontecendo, Annie. Gostaria de fazer algo pra mudar isso, mas não tenho super poderes, e infelizmente não sou uma deusa também. Me sinto meio inútil, até porque a única coisa que posso fazer é te dar meio apoio. — digo, o que faz com que ela funge.
— Te garanto que isso já é o bastante pra mim, Thalia, e te agradeço por ficar do meu lado. — ela diz, e em seguida eu a abraço.
Ficamos assim por algum tempo, até que a mãe de Annie liga pra ela.
— Tenho que ir, se não, ela me mata. —ela disse e foi em direção á frente da casa.
Nos despedimos, ela entrou no carro e foi embora. E antes que pudesse entrar em casa de novo, alguém me liga, e vejo pelo identificador de chamadas que é Luke. Então decido antender.
— Oi Luke.
— Oi Thalia, você está muito ocupada agora? — ele pergunta com nervosismo aparente na voz.
— Não, por que? —pergunto com curiosidade estampada na voz.
— Quer sair pra tomar um sorvete comigo? — ele pergunta.
— Ok, tem uma sorveteria bem legal aqui perto de casa, a gente pode ir andando se vc quiser. — eu disse, com plena consciência de que ele mora muito perto.
— Ok então, passo ai daqui meia hora, até mais. — ele diz, e assim que nos despedimos, eu entro em casa e subo para o meu quarto.
Procuro algo para vestir, e acabo optando por uma blusa azul e um jeans preto. Escuto a campanhia tocar e desço para atender, e assim que abro a porta vejo que é Luke.
— Nada mau. — ele diz me avaliando de cima a baixo, o que me deixa um pouco sem graça.
Ele estava com uma blusa branca e jeans azul, não muito claro, e tenho que adimitir que ele também não estava nada mal.
— Você também está ótimo, Luke. — digo e o faço corar.
— Então, vamos? — ele pergunta.
— Claro, só preciso pegar meu celular e minhas chaves. — e assim que o fiz, saimos e caminhamos lado a lado.
Ele olhava ao redor, e com certa frequência pra mim também, e eu simplesmente olhava pra frente, pensando no que poderia vir a seguir, até porque sei que ele gosta de mim, e até tenho ideia do que ele pode querer falar.
— Então Thalia, como foi seu dia? — finalmente Luke quebra o silêncio que havia entre nós.
— Meio triste, recebi uma notícia ruim. — eu digo cabisbaixa.
— O que hove? — ele pergunta, e então eu conto tudo o que Annabeth tinha me dito.
— Realmente muito triste mesmo, coitada da Annie. — ele diz por fim, e o assunto morre, até porque não queria continuar falando sobre isso.
Finalmente chegamos na sorveteria, e depois que compramos o que queriamos, fomos sentar em uma mesinha próxima. Não pude deixar de notar que ele me olhava, e isso me deixou meio desconfortável, pois nunca gostei de receber tanta atenção assim. Resolvi ignorar e terminar de tomar meu sorvete.
— Precisamos conversar. — Luke disse de repente, e eu me endireitei na cadeira, já podia imaginar o que viria. Acenti com a cabeça e então ele continuou. — Não consigo mais esperar alguma atitude sua, eu sei que aquele dia em que te contei o que sentia, você ficou bem suepresa, mas o negócio é o seguinte: eu realmente gosto de você, e preciso saber se você sente o mesmo por mim. — ele disse por fim, e eu fiquei sem reação por alguns segundos, mas decidi falar logo o que pensava sobre toda essa situaão.
— Luke, você sabe que eu sou uma pessoa complicada..., eu não quero te magoar nem nada, mas não consigo ver em você nada além de um amigo pra mim, e a última coisa que gostaria de fazer é te magoar, me desculpa. — digo e então olho para ele e percebo que parecia triste, mas infelizmente não podia fazer nada pra mudar isso.
— Eu entendo, Thalia, não precisa pedir desculpa, mas a única coisa que não posso garantir é que te vejo como uma amiga, isso não vai mudar tão cedo, e sinto muito, mas a gente não manda nos sentimentos. Eu preciso ir pra casa, clarear os pensamentos, e colocar tudo no lugar certo, então até mais, Thalia. — ele diz, me beija no rosto, e simplesmente vai embora, e me deixa sozinha, pensando em tudo que eu tinha acabado de lhe dizer.
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Annabeth's Pov
Assim que cheguei em casa, cumprimentei minha mãe e subi pro meu quarto. Desde que conversei com meu pai não me sinto muito animada pra fazer nada, só ficar deitada pensando em tudo que ele me disse.
Peguei meu celular, e vi que tinha uma mensagem do Percy, e assim que vejo o nome dele lembro do que Thalia e eu conversamos, e percebi que não tinha pensado muito sobre o assunto. Ele estava perguntando se podia ir na minha casa, e respondo que sim, sem nem ao menos pensar muito bem. Então decidi esperar por ele na sala, e assim que a campanhia toca, eu atendo.
— Oi Annie. — ele diz me dando um sorriso encantador.
— Oi Percy, entra. — digo e retribuo o sorriso.
Sentamos no sofá e ficamos encarando a TV desligada, por alguns segundos, até que ele quebra o silêncio.
— Então... só passei pra saber, como você está? — pergunta virando em minha direção.
— Bem, eu não estou no meu melhor dia. — digo pra ele, sem muita emoção.
— Quer falar sobre isso?
— Sim, mas não aqui, vamos lá fora. — disse, e sai puxando ele até o quintal, o levando para se sentar embaixo de uma árvore que havia lá.
E assim que sentamos lá, comecei a explicar tudo o que aconteceu ontem, e ele não me interrompeu nem uma vez, só acentia com a cabeça algumas vezes, e assim que terminei, ficamos em silêncio durante poucos segundos.
— Sabe Annie, as vezes a vida é realmente complicada, ela tem dessas coisas, e o que vou dizer pode ter sido dito por outras pessoas, mas quero que saiba que sempre vou estar do seu lado, não importa o que aconteça, acredite em mim. — ele disse e segurou a minha mão, me puxando carinhosamente pra um abraço, e me deixei levar por ele. Ficamos abraçados por um bom tempo, e foi o único momento em que me senti bem.
Me separei um pouco dos braços dele para que eu pudesse olha-lo nos olhos, e percebi que nossos rostos estavam bem próximos, porém , não fiz nada para que a distância ficasse maior, e sim o contrário. Eu encarava seus lindos olhos verdes, que eram tão profundos, e toda vez me perdia neles. A distância foi ficando cada vez menor, e meu batimentos ficaram mais rápidos, até parecia que meu coração ia sair do meu peito. Quando nossosnarizes estam se encostando, o telefone toca. Droga, tinha que ser agora?, penso.
— Alô. — digo atendendo o celular, porém sem me separar de Percy.
— Oi Annie, você pode falar agora? — era a voz de Thalia, e ela parecia estranha.
— Claro, quer falar por telefone, ou quer vir aqui? — eu pergunto.
— Prefiro falar pesoalmente, daqui a pouco estou aí. — e sem esperar qualquer resposta, ela desliga.
Acabo percebendo que ainda estou nos braços de Percy, e fico corada.
— Bem, era Thalia, e pelo visto é algo importante. — eu disse sem jeito, me separando dele.
— Ok, tudo bem, eu posso vir aqui outro dia. — ele diz se levantando.
— Ok então, qualquer coisa eu te ligo. — digo me levantando também.
— Tchau Annie, e não se esqueça do que eu disse. — ele disse segurando minha mão, o que me arrepiou. Ele me deu um beijo no topo da cabeça, e foi embora, me deixando com pensamentos confusos demais para colocar em ordem. Então decidi sentar de novo debaixo da árvore e esperar Thalia.