Só Que Não escrita por SraPotter


Capítulo 18
Eu Sou o Número 42


Notas iniciais do capítulo

Oi, galera!
Beleza?
Bem, primeiro eu quero dizer que o livro do capítulo não existe, foi criado por mim.
E... bem, não tenho muito o que dizer, então aproveitem o capítulo e boa leitura!



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Quando acordei, já estava em frente à escola. Meu Deus, acho que nunca dormi tanto na minha vida inteira. Peguei minhas coisas e desci do ônibus junto com as garotas. Tive a infeliz visão de Leandro.

Meus sentimentos mudaram relativamente com relação a ele. Antes era amor, mas agora eu sinto quase ódio.

Bufei e olhei para outro lado. Eu iria resolver essa situação!

Fomos ao nosso quarto e depois fomos até o refeitório. Já falei que eu estava morrendo de fome? Peguei comida e me sentei à mesa, encarando furtivamente a mesa de Leandro. Ele parecia muito bem mesmo tendo me chamado de vadia. Ah, mas esse garoto me paga! Odeio que me xinguem, e não é porque ele é lindo que eu vou deixar passar. Quero dizer... ah, é isso mesmo!

Decidi que conversaria com ele mais tarde, até porque essa viagem foi muito desgastante, mesmo tendo dormido o tempo inteiro. Me levantei e fui até meu quarto.

Mas no meio do caminho topei com uma pessoa indesejada: Clara.

Agora eu podia ver seu rosto claramente. Olhos castanhos, nariz arrebitado e boca contorcida num sorriso desdenhoso. Odiei-a.

– Ah, veja só se não é a garota que estava namorando o meu Leandro - disse ela.

– Ah, queridinha, se eu estou namorando com ele é porque você o perdeu para mim. - contei uma mentira cabeluda. Ou melhor, insinuei. Ah, que seja.

– Ah, e ainda tá se achando a tal. Tadinha... tsc, tsc, tsc.

– Quer saber? Vai pegar seu o seu Leandro idiota que eu nem ligo para ele, e não ligo a mínima! E aliás, não é como se ele quisesse você, sabe? Eu posso me achar a tal, como você diz, mas pelo menos eu sou bonita e rica!

A cara dela se contorceu numa careta e ela saiu andando e jogando aquele cabelo gorduroso.

– Já vai tarde. - sussurrei, continuando a andar.

Cheguei ao meu quarto e me joguei na cama, pensando.

E quanto mais eu pensava, com mais raiva eu ficava. Qual é, Leandro é um filho... da mãe! Eu já havia tomado minha decisão.

Levantei-me com raiva e andei como um raio até o refeitório. Lá estava ele, rindo e brincando com o Pedro e com a Larissa. Andei com força até ele e falei com a voz dura:

– Venha comigo.

Ele virou lentamente para me olhar e parecia assustado e com raiva também. Levantou-se e me seguiu até o jardim. Não era nem de perto igual ao do lugar da viagem, sinceramente. Não tinha cachoeiras no fundo. Não tinha florestas.

Mas nada importava naquele momento.

– Eu posso não ter dito nada ontem, mas hoje você vai me ouvir! - falei para Leandro.

– Eu não vou voltar atrás! Eu falei o que eu pensava! - disse ele.

Era como se estivéssemos de volta à ontem.

– Então é isso o que você acha de mim? Uma vadia? - gritei.

– Acertou! - disse ele.

Os olhos deles estavam quase negros, com uma raiva que eu nunca tinha visto antes. Estavam tão quentes que eu podia quase me sentir ardendo.

Meus olhos arderam, mas as lágrimas que queriam cair eram de raiva.

– Eu odeio você! Como você ousa, caramba?! - não foi bem caramba que eu gritei, mas... - E você ainda me ama? Ah, nossa, que amor é esse, muito lindo e tocante, não acha?

– Eu não ligo a mínima para os meus próprios sentimentos agora, Branca! Sabe por que? Você os destruiu ontem! - gritou ele.

Me senti a pior pessoa naquele momento, quem era eu para continuar gritando com ele? Mas eu precisava explicar tudo.

– Eu era só uma amiga do Charlie. Mas ele entendeu errado, Leandro, errado! Não foi minha culpa! - murmurei, chorando já.

– Mas você deixou. Você o beijou. Isso foi... demais para mim, eu...

– Leandro, por favor... - me aproximei dele e toquei-lhe o rosto.

A cor nos seus olhos, que já estava quase acalmada, voltaram a arder de novo.

– Não! Saia já daqui! - falou ele com arrogância, afastando minha mão.

Chorei com mais intensidade que nunca e Leandro foi embora, me deixando só.

Droga, por que eu gosto dele? E por que ele não liga mais para mim?

Engoli as lágrimas e saí daquele jardim dos infernos. Chorar não me ajudaria mais. Só iria piorar minha situação.

Andei, andei e andei. Acho que só fiquei perambulando por aí, com um nó na minha garganta e uma p.. vontade de chorar. Droga!

Eu me odeio!

E adivinha onde fui parar? Justamente na biblioteca. Lugar totalmente improvável, já que eu não curto livros. Prefiro a vida real.

A biblioteca era uma sala meio desarrumada e cheia de livros, totalmente cheia. Prateleiras enormes do tamanho do teto estavam abarrotadas de livros. Diferente do resto da escola, que era totalmente moderna e essas coisas, a biblioteca tinha um aspecto antigo e meio aconchegante.

Peguei um livro aletoriamente e parei na primeira página para lê-lo. Depois de um tempo, a leitura estava me consumindo e o livro ficava cada vez mais interessante.

Nunca gostei de ler muitos livros, mas aquele... Era simplesmente ótimo!

Passei a maior parte do meu dia lendo. Aquilo me fez esquecer totalmente do Leandro.

O livro se chamava "Eu Sou o Número 42". Era simplesmente ótimo, mas era tão grande que precisei pedir a bibliotecária para levá-lo para meu quarto.

Ela me olhou com o rosto enrugado e severo e falou:

– Tudo bem, pode levá-lo, mas eu vou anotar a data de devolução num papel e você irá trazê-lo para mim se não quiser enfileirar todos esses livros e tirar a poeira deles!

Acenei que sim com a cabeça, levemente assustada, peguei meu papel e saí daquela biblioteca com o livro sob o braço esquerdo. Quase saltitei de felicidade! Eu ia levar o livro e só precisava devolver daqui a três dias!

Fui para o refeitório, comer. Tendo um livro grosso debaixo do braço, todos me olharam. Tanto faz, é bom ser o centro das atenções de vez em quando.

Depois de terminar de comer, fui ao meu quarto terminar de ler meu livro. Ao adentrar, vi Kioko deitada em sua cama. Ela me olhou e depois falou:

– Fico feliz que tenha arranjado uma forma de espantar a depressão.


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Notas finais do capítulo

O capítulo tá meio curto, mas é isso aí. Gostaram? Quero comentários!



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