Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 25
XXlV


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Demorei menos de uma semana, mas to postando com pressa pq meu irmão jah ta querendo o PC de volta!!!!
Espero q gostem!!!



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XXIV

Percy

Percy apoiou-se em uma única muleta, saindo do carro. De acordo com o ortopedista, ele precisaria usar a bota ortopédica por duas semanas após tirar o gesso. Então lá estava ele, com a perna imobilizada, mas já livre da prisão branca.

O rapaz fitou Connor, que fechava a porta do veículo, pondo-se de pé na calçada. Eles estavam em frente a escola de Mel, exatamente no horário saída.

O porquê era uma resposta um tanto simples. Annabeth lhe contara da insegurança da filha dos dois por conta de alguns amigos mal intencionados. Percy só queria que eles soubessem que ela não tinha só pai, mas também um amigo. E também, é claro, assusta-los um pouco não faria mal.

Percy trancou o carro e andou até o portão. Viera, por mais incrível que parecesse, dirigindo. Seu carro era automático, portanto a perna esquerda era inútil. Annabeth não gostava que ele praticasse tal ação, já que ainda estava imobilizado, porém o rapaz não aguentava depender de alguém para fazer as coisas mais simples. Ao menos pegar a filha na escola ele podia.

Percy acenou para o porteiro, que sorriu e liberou sua entrada.

– Foi algo grave, Sr. Jackson? - indagou ele.

Percy sorriu e negou.

– Só caí, nada demais - explicou ele - Mas obrigada pela preocupação, John.

Percy adentrou os portões, vendo a escola se erguer a sua frente e o barulho das crianças ecoar por seus ouvidos. Logo pode vê-las, brincando felizes pelo pátio. Algumas conversando nos bancos, ou até mesmo lendo ou desenhando. Alguns adultos, provavelmente pais de alunos, espalhados pelo ambiente, dialogando entre si, com um dos pequenos e, alguns, só observando.

– Achei ela, tio Percy - anunciou Connor, apontando em uma direção.

Percy seguiu seu dedo e logo viu a filha. Ela usava seu típico uniforme da escola e tinha a mochila no chão ao seu lado. Seus cabelos estavam presos em duas tranças, mas mesmo assim a menina mantinha uma postura madura, como se estivesse no controle da situação. Cercando-a pelos lados estavam duas meninas aparentemente idênticas, Marcia e Eduarda, ele supôs. Uma delas falava, claramente irritada, enquanto a outra sorria satisfeita. A frente das meninas, de braços cruzados e sorrisos implicantes, estavam três garotos que deviam ser da idade delas. O rapaz sorriu ao notar que, mesmo sendo maiores que Mel, eles eram significativamente mais baixos que Connor.

– Vamos até lá - ele disse colocando uma das mãos nas costas de Connor.

Enquanto caminhavam, Percy tentava distinguir quem era quem entre as gêmeas. As meninas, apesar de aparências quase iguais, chegavam perto de ser opostos na maneira de ser. Enquanto Marcia - a que Percy achava que estava falando naquele momento - era explosiva, inconsequente e desinibida, Eduarda era quieta, obediente e consciente. Em comum, de fato, as irmãs tinhas duas coisas: a inteligência, tal que Marcia tirava proveito e Eduarda aproveitava; e a traquinagem. As meninas se completavam de tal maneira que, juntas, eram uma dupla implacável.

Antes que chegassem até elas, Melany desviou os olhos da conversa e os viu. Um sorriso genuíno surgiu nos lábios da menina, que correu na direção deles sem dar motivo aos que a acompanhavam. A loirinha abraçou Connor com força, sendo levantada alguns centímetros do chão, e logo depois fez o mesmo com o pai, que se limitou a acariciar seus cabelos.

– Oi, pai - ela disse baixinho.

– Olá, meu amor - ele respondeu no mesmo tom.

Melany se afastou, ainda sorrindo, e segurou o amigo pela mão, puxando-o em direção ao grupo de que se afastara.

– Vamos! Quero apresentar você a algumas pessoas! - ela disse, praticamente arrastando Connor.

Percy riu da cena e seguiu calmamente, sabendo que não conseguiria aumentar o passo de qualquer maneira.

– O que você é dela? Primo? - perguntou um dos meninos a Connor.

– Não, sou o melhor amigo - ele contou.

Percy viu os outros dois garotos se entreolharem, temerosos.

Connor era o único da família que Melany recusava-se a considerar como tal. Para ela o garoto não era seu tio, como deveria, ou até primo, como era mais confortável, mas sim um amigo. Seu melhor amigo. Sem falar que o loiro pensava na pequena da mesma maneira, como se só fossem ligados pela amizade que tinham.

– Quantos anos você tem? - perguntou um dos outros meninos.

– Dez - respondeu Connor, dando de ombros, como se aquilo não fosse nada demais.

Marcia sorriu maldosamente para os meninos e Eduarda segurou o riso.

– Quem são seus amigos, minha filha? - perguntou Percy, postando-se ao lado da menina.

O menino que estava a frente engoliu em seco.

– Fi-Filha? - ele indagou.

Percy estava gargalhando por dentro. Mais um pouco e aqueles garotos molhariam as calças. Mas manteve-se firme e fez-se desentendido.

– Sim, por quê? - perguntou.

Os garotos ficaram brancos.

– Eu disse que ela tinha pai - gabou-se Marcia.

– E eu disse que ele era grande - completou Eduarda.

Os três garotos pareciam não se importar com o fato de Percy estar debilitado fisicamente ou que Connor era somente cinco anos mais velho do que os próprios. Eles estavam claramente arrependidos do que tinham feito e aterrorizados com as possíveis consequências. Perseu sorriu de lado. Ninguém tinha mandado eles mexerem com sua menina.

– Vocês pensaram que ela não tinha pai? - perguntou o rapaz, vendo os meninos assentirem - E se realmente não tivesse, qual seria o problema? Ela seria menos importante que vocês por isso? Vocês gostariam que as pessoas implicassem com vocês se não tivessem pai?

Os garotos negaram freneticamente com a cabeça.

– Eu lhes fiz uma pergunta, respondam - mandou Percy, sério.

– Na-Não, sen-senhor - respondeu um deles, com as pernas trêmulas.

Novamente o moreno segurou o riso.

– Bom, então acredito que não teremos mais problemas com isso, não é mesmo?

Novamente eles negaram com a cabeça.

– Não escutei - comentou Percy.

– Não, senhor-or - responderam os três ao mesmo tempo.

Percy sorriu, olhando para as outras crianças. Connor parecia irritado e lançava um olhar matador para os garotos, Melany os fitava desafiadora, enquanto Marcia e Eduarda reprimiam o riso, sem muito sucesso.

Ao menos ainda tinha alguma diversão naqueles dias monótonos.

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Percy esticou a perna esquerda e sorriu, suspirando aliviado.

– É parece que está tudo bem - disse o médico - Está oficialmente livre, Percy.

O moreno sorriu, pondo-se de pé, pela primeira vez em um mês, sem dificuldade alguma.

– Obrigada, Apolo - agradeceu batendo nos costas da amigo.

O loiro sorriu.

– Não foi nada - garantiu - Agora vá. Annabeth e Mel já devem estar cansadas de esperar.

Percy assentiu e deixou a sala do amigo. Caminhou calmamente pelos corredores tão conhecidos, chegando com a facilidade a sala de espera hospital. Sua filha prestava atenção no programa qualquer que passava na televisão enquanto Annabeth terminava de trançar os cabelos loiros da pequena.

– Vamos - disse chamando a atenção de ambas.

Melany sorriu abertamente ao vê-lo e subiu em cima da cadeira em que estava sentada. A pequena posicionou-se mas parou, lançando-lhe um olhar indeciso. Percy sorriu.

– Pode vir - ele disse, estendendo os braços.

Mel sorriu e pulou nos braços do pai, que segurou-a contra seu corpo e a abraçou. Sentiu os braços dela rodearem seu pescoço e suspirou de alívio e alegria. Como sentira falta de algo tão simples como pegar sua filha no colo.

Olhou para frente e viu Annabeth, que sorria para os dois. Envolveu a cintura da namorada com o braço livre, trazendo-a para junto de si. A loira abraçou-o, recostando a cabeça em seu tronco. Percy beijou seus cabelos e sorriu.

Até aquele momento, Perseu pensou já ter se acostumado com o fato que, de uma hora para outra, formara uma família. Mas não. Só ali, abraçando as duas mulheres de sua vida no meio do hospital, a ficha realmente caiu. Estaria ligado para sempre a elas, e não se importava com isso. Queria passar anos e anos ao lado das duas. Estar ali para abraça-las a cada momento bom e ruim. Ver Melany crescer, se tornar uma adulta, formar sua própria família. Casar com Annabeth e envelhecer ao lado dela, sempre lhe dizendo o quanto era bela e especial, coisas que, para ele, ela sempre seria. Nunca seria capaz de amar alguém como as amava. Estava ciente disso e não se arrependia nem um pouco.

– Amo vocês - disse em um impulso.

– Também te amo, papai - respondeu Melany em seu ouvido.

Annabeth abraçou-o mais forte e fitou-o. Os olhos estavam cobertos por lágrimas, que aparentemente não cairiam. Percy sorriu e beijou sua testa, vendo-a baixar as pálpebras. Sabia que a namorada ainda não podia dizer o mesmo, mas para ele estava bem claro o que ela sentia. Como já dizia Da Vinci, as mais belas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar, e, naquelas íris cinzentas que ele tanto admirava, já vira diversas vezes transbordar amor por sua pessoa.

– Você não existe - ela disse voltando a esconder o rosto em sua blusa.

Porém Percy existia, e pretendia mostrar isso a ela todos os dias, por muitos anos.

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Annabeth


Annabeth estava sentada, ao lado de Thalia. Observava a filha brincar no grande gramado do orfanato, enquanto conversava com a melhor amiga. Melany insistira que esperassem até a chagada de Marcia e Eduarda para o início da "hora da história", como as crianças chamavam.

Thalia falava acariciando a grande barriga. O pequeno que lá estava, ainda sem nome, parecia inquieto, de tal maneira que sempre que Annabeth juntava sua mão a da morena, sentia um forte chute contra a mesma.

A loira já não era a única que tinha um cordão inseparável. A Grace, futura Di Ângelo, recusava-se veementemente a tirar o "colar de noivado" que ganhara de Nico. Sempre que falava do rapaz ela sorria bobamente e tocava o pingente. Com o tempo, Annabeth notou que fazia o mesmo com o seu próprio, várias vezes ao dia. Principalmente depois que Percy declarou claramente seu amor, 72 horas antes.

Ela não sabia dizer o que sentira naquele momento. Estava ciente de que ele a amava já tinham uns bons meses, mas ouvir isso da boca de Percy com todas as letras era algo inigualável. Quisera dizer o mesmo de imediato, mas refreara-se. Desde quando acreditava naquele sentimento? E se o que sentisse não fosse amor? E se ele não fosse a pessoa certa? E se...

Esse era seu problema, sua vida era cheia de "e se's". Precisava se arriscar mais. Deixar-se levar sem tentar controlar as consequências. Talvez fosse disso que precisava para ser feliz por completo. Para aceitar de vez que seu estilo de vida, indiscutível desde que se tornara adulta, havia sido alterado ou, até mesmo, jogado fora. Não podia voltar atrás em suas escolhas e não sentia falta de como era antes delas. Talvez aceitar que estava errada não fosse algo tão ruim.

– Olha isso - disse Thalia, tirando Annabeth de seus devaneios.

A loira seguiu o olhar da amiga e viu a roda de amigas de sua filha. As meninas falavam animadamente, gesticulando e apontando em uma direção, enquanto Mel mordia o lábio inferior, pensativa.

Annabetg viu Thalia fita-la e levantar as sobrancelhas.

– Como vocês conseguiram passar suas manias para a menina tão rápido?! - indagou ela, com falsa raiva.

Quando Annabeth abriu a boca para responder, notou que seus lábios estava doloridos. Ficara mordendo-os todo o tempo que estivera pensando. Corou levemente, notando o quanto a amiga estava certa, apesar de já saber daquilo, e voltou a mirar a filha.

Prestou atenção para onde uma das meninas apontava e viu que Connor estava exatamente na linha. O garoto jogava futebol com outros meninos. Annabeth levava-o sempre que podia até o orfanato. Seu irmão não tinha muitos amigos fora da escola, o que tornava-o uma criança um tanto sozinha, e ali ele parecia se divertir de verdade.

A loira voltou sua atenção para a filha, vendo-a suspirar e assentir, andando até o amigo. A pequena invadiu o jogo sem medo, o que não pode ser dito o mesmo de Annabeth, que sentira seu coração disparar só de ver sua menina em meio aqueles chutes e a veloz bola. Melany cutucou Connor, para que este a fitasse, e falou algo com o garoto. O loiro fez cara de insatisfeito e gesticulou, claramente explicando algo. Mel juntou as mãos, implorando, lançando-lhe um olhar pidão.

– Aposto dez dólares que ele cede em quinze segundo - disse Thalia.

Annabeth revirou os olhos para aquela mania ridícula da amiga, mas acabou entrando na brincadeira.

– Dez segundos - disse apertando a mão da morena.

Thalia sorriu.

1, 2, 3... Connor tentou argumentar, mas Melany não mudava de expressão 4, 5, 6... A loirinha disse algo, ficando na ponta dos pés 7, 8, 9... Connor deixou os ombros caírem e falou com a pequena 10... Mel pulou de alegria e pegou o amigo pela mão, arrastando-o dali.

Annaneth sorriu satisfeita e estendeu a mão para amiga.

– Bem que seu irmão podia ser cinco segundos mais resistente - resmungou Thalia, colocando a nota em sua mão. Annabeth riu e voltou a olhar a cena.

Connor agora estava em uma roda, como de ciranda, em que era o único menino. Ele olhava para tudo aquilo envergonhado, já que era notável que era significativamente mais velho do que todas as meninas, mas Mel sorria, como se estivesse mais feliz do que nunca.

Annabeth cutucou Thalia, que parou de resmungar e olhou para frente.

– Mas aonde esse garoto foi se meter... - sussurrou ela.

A roda começou a girar e a música se iniciou.

"A linda rosa juvenil
Juvenil, juvenil
A linda rosa juvenil, ju-ve-nil"


As duas meninas que estavam de mãos dadas com Melany a jogaram dentro da roda. A loirinha fitou as amigas, confusa, mas acabou dando de ombros e aceitando a brincadeira.

"Vivia alegre em seu lar
Em seu lar, em seu lar
Vivia alegre em seu lar, em seu lar"


Mel saltitou pela pelo espaço dentro da roda, fazendo o papel da rosa. Annabeth sorriu involuntariamente coma cena.

"Um dia veio a Bruxa má
Bruxa má, Bruxa má
Um dia veio a Bruxa má, Bru-xa má"


Outra menina entrou na roda. Ela fazia cara de malvada e fingia assustar as outras crianças ao seu redor. Mel fingiu-se de apavorada, colocando as mãos sobre a boca.

" E adormeceu a Rosa assim
Bem assim, bem assim
E adormeceu a Rosa assim, bem as-sim"


A menina que interpretava a bruxa colocou a mão espalmada sobre a cabeça de Melany, fazendo um movimento circular. A loirinha foi se abaixando aos poucos e ao fim do último verso Annabeth pode ver, por entre as pernas das meninas que formavam a roda, a filha ajoelhada na grama. A "Bruxa" voltou a roda e a brincadeira continuou.

"O tem passou a correr
A correr, a correr
O tempo passou a correr, a cor-rer"


A ritmo da música se tornou mais rápido e as criança passaram a girar cada vez mais velozmente. Connor riu, pela primeira vez em todo aquele tempo, divertindo-se com aquilo.

" E o mato cresceu ao redor
Ao redor, ao redor
O mato cresceu ao redor, ao re-dor"


A roda parou e todos se abaixaram, levantando-se vagarosamente, simbolizando o crescimento do mato. Connor ficou perdido por um momento, mas logo tratou de imitar o que os outros faziam. Quantos já estavam de pé, voltaram a dar as mãos e seguiram no ritmo normal da música.

" Um dia veio um belo Rei
Belo Rei, belo Rei
Um dia veio um belo Rei, be-lo Rei"


Só então Annabeth entendeu o motivo de Connor estar ali, sem ele não haveria brincadeira. Duas meninas empurraram-no para dentro da roda. O garoto olhou para os lados, completamente perdido, mas por fim suspirou o colocou as mãos na cintura, fazendo pose de rei, o que causou risadas em sua irmã e Thalia.

" E despertou a Rosa assim
Bem assim, bem assim
E despertou a Rosa assim, bem as-sim"


O loiro olhou a amiga, que mantinha-se agachada, e deu de ombros, fazendo exatamente o mesmo movimento que a Bruxa fizera. Pelo jeito ele estava certo, pois Melany sorriu e levantou-se aos poucos, ficando de pé no fim do último verso.

"E deem vivas para o Rei!
Para o Rei! Para o Rei!
E deem vivas para o Rei! Pa-ra o Rei!"


A roda girou animada, finalizando a música, enquanto Mel e Connor faziam reverências, como que agradecendo a platéia. Em seguida a pequena abraçou o amigo, que se limitou a sorrir, bagunçar seus cabelos e correr em direção ao jogo de futebol.

– Corajoso esse garoto - disse Thalia, entre risadas.

– Por que? - perguntou Annabeth, já recuperada da cena.

– Ele voltou a jogar depois de ter brincado de cirandinha com meninas de cinco anos - explicou a morena - Tem ideia do quanto vai ser zoado?

Annabeth fez uma careta e fitou o irmão, que revirava os olhos para algo que um menino falava e sorria, como se ignorasse. Ele ficaria bem.

Quando voltou a olhar para frente, viu que duas figuras novas conversavam com sua filha. Elas tinham chegado.

– Vamos, Thalia - chamou levantando-se - As amiguinhas de Mel chegaram.

Annabeth estendeu a mão para a amiga, ajudando-a a levantar-se, e caminhou com o braço junto ao dela.

– Aquelas meninas me são familiares - comentou Thalia - Como disse que elas se chamavam?

– Marcia e Eduarda - disse Annabeth olhando para a amiga, mas sem deixar de caminhar.

Thalia arregalou os olhos, mas antes que Annabeth pudesse perguntar o por quê, um grito foi ouvido:

– Tia Thalia!

As gêmeas corriam em sua direção, seguidas por Melany. Marcia e Eduarda abraçaram Thalia, pulando de alegria.

– Oi, pestinhas - cumprimentou a morena.

Annaneth olhou para a filha, que deu de ombros, tão confusa quanto.

– Vocês conhecem a tia Thalia? - perguntou Melany as amigas.

Eduarda, que tinha uma faixa no cabelo com seu nome, soltou a grávida e olhou para a loirinha.

– Ela é nossa tia - explicou - Sabe, irmã-prima do papai.

Melany levantou uma sobrancelha.

– Irmã-prima? - indagou confusa.

– Thalia! - uma voz masculina chamou.

Annabeth levantou a cabeça e viu Jason sorrindo e correndo na direção delas. O rapaz carregava uma bolsa de bebê sobre o ombro e era seguido por sua esposa, Piper, que caminhava calmamente por estar carregando o bebê da família, Tyler.

Ela e Percy haviam esclarecido um tempo antes com o casal o fato de serem casados e pais de Connor. Piper tinha rido e pedido desculpas pela confusão. Desde então, tinham criado uma amizade por conta da proximidade das crianças.

Marcia soltou a tia um segundo antes de seu pai abraça-la com força.

– Thata! Por onde você andou? - ele perguntou abraçado a Thalia - Não me da notícia diretas há um ano!

– Desculpe - Annabeth pode ouvir a amiga dizer.

Então Jason era o Jason de Thalia. O filho do tio da garota que a tinha acolhido em sua fuga de casa. O irmão-primo de sua melhor amiga.

O loiro se afastou e Annabeth pode ver as lágrimas nos olhos da morena. O rapaz fitou a barriga da mulher a sua frente, completamente abismado.

– Mas o que...? - ele perguntou, quase sem palavras.

Thalia sorriu.

– Estou grávida, Jason.

– Grávida? - indagou Marcia.

Melany revirou os olhos.

– Quer dizer que tem um bebê na barriga dela - explicou a loirinha.

– Quanto tempo? - perguntou Jason, aparentemente não escutando o diálogo entre as meninas - Você está casa...

– Noiva - Thalia interrompeu, sorrindo e passando as mãos pela barriga - Ele tem sete meses.

Jason continuava a fita-la, completamente encantado, quando Piper se aproximou, abraçando Thalia meio de lado, por conta do pequeno em seus braços.

– Quanto tempo, Thalia - afirmou a mulher se afastando - Vejo que tem muitas novidades.

Annabeth viu a amiga corar levemente, notando que Piper referia-se a sua grande barriga. Mas Thalia logo viu algo que lhe chamou mais atenção.

– Vocês também tem novidades - ela disse fitando o bebê - Não conhecia esse pequeno.

Thalia fez uma cosquinha de leve na barriga do bebê, que soltou uma gargalhada sonora, batendo palpas depois em aprovação.

– Esse é o Tyler - apresentou Piper, mostrando o menino - Ele tem 9 meses, adotamos-no há 7.

Annabeth sorriu, apreciando a cena. Sabia que Thalia não tinha muito contato com a família por conta do pai, estava sempre tentando esconder seu paradeiro dele. Saber que Jason, um pessoa tão querida dela, estava tão próximo e tão acessível, era simplesmente maravilhoso. Aos poucos as mudança na vida de sua melhor amigava ficavam claras. Um homem que a amava e merecia. Um filho a caminho. Os parentes por perto.

– Eu não sabia - disse Melany. Só então Annabeth percebeu que a filha estava a seu lado, enquanto os Grace conversaram animadamente, colocando-se a par das vidas uns dos outros.

– O que, minha filha? - perguntou a mais velha.

Melany deu de ombros.

– Que a tia Thalia tinha família.

Annabeth olhou para a filha.

– Todos tem uma família - explicou ela - Alguns só não a encontraram ainda.

Melany sorriu.

– Que bom que eu encontrei você e o papai, né mamãe? - ela disse feliz - Mas, mãe, famílias se amam não é? Isso quer dizer que você me ama?

Annabeth sentiu seu coração falhar algumas batidas. Ela fitou a filha, analisando-a cuidadosamente. Os cabelos loiros presos na frente e soltos atrás, assim como o seu próprio. Os olhos verde-claros brilhando em expectativa e alguns dentes sobre o canto dos lábios, mostrando a mania que ela adquirira tão facilmente. Sem falar que ela apoiava o peso do corpo em um único pé, para depois troca-lo, exatamente como Percy fazia.

Imediatamente lembrou-se de cada tentativa de Percy em faze-la acreditar no amor. "Fidelidade, carinho e proteção", ele chamara de amor fraterno. Depois, mesmo que involuntário, a família. Como se protegiam, preocupavam-se uns com os outros, eram capazes de dar a vida pelo próximo "Prazer Annabeth" ele dissera "Esse é o amor". O amor ideal, de conto de fadas, e o real, que faz sofrer com a perda. " Ninguém nasce sabendo amar" revelara Perseu uma vez "Nem mesmo o choro é algo voluntário em um recém nascido que dá seu primeiro suspiro. É, sim, uma reação de protesto, quando a primeira lufada de ar invade seus pulmões intocados, causando uma sensação não muito agradável de início, mas com a qual aprendemos a conviver.

Ter amor a sua vida é algo fácil, mas mesmo assim muitas pessoas não o sabem, não desenvolveram tal amor. Amar a si mesmo, aceitar-se como ser humano, levando em conta defeitos e qualidades, erros e acertos, já não é tão fácil. Mas amar outra pessoa... Não é algo que se desenvolve sozinho no coração do ser humano, esse amor começa através do exemplo. Por ações de outros para com a pessoa, ou até com alguém que nem é ele. O amor a vida dos outros não é algo que nasce conosco, mas que surge em nosso coração com a convivência com os mais diversos tipos de amor. Se alguém não tem acesso a esse amor... "


Não é capaz de amar, completou Annabeth mentalmente. Por isso existiam atos desumanos. Não porque o amor não existia, mas sim pois as pessoas que os cometiam não tinham acesso a tal sentimentos. Não era algo utópico, como a loira costumava acreditar, mas sim imperfeito, possível.

Annabeth, por fim, sorriu e abaixou-se, ficando na altura da filha. Com o canto dos olhos viu que a melhor amiga tinha parte da atenção sobre ela. Respirou fundo a acariciou o rosto delicado de Melany.

– É claro que eu te amo, meu amor - disse.

A pequena sorriu e a abraçou. Annabeth retribuiu o gesto. Seu coração pareceu ficar quilos mais leve e uma alegria descomunal a invadiu. A loira não viu, mas Thalia, ao longe, sorria feliz, acariciando sua barriga e pensava repetidas vezes, sua melhor amiga estava de volta.

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Annabeth batucou no volante do carro com os dedos, ouvindo sua filha perguntar pelo que parecia a décima vez:

– A gente ta chegando?

Percy riu, recostando a cabeça no banco, claramente entediado por não estar, excepcionalmente, dirigindo.

– Mais uns dez minutinhos, minha filha - contou Annabeth.

O suspiro da pequena foi audível, acompanhado de mais uma risada de Percy.

– E se eu contasse um história enquanto isso? - perguntou a loira.

Annabeth parou o carro no sinal e viu a menina, pelo espelho do carro, sorrir animada.

– Isso mamãe! Conta! - ela pediu.

Annabeth sorriu e acelerou, vendo a luz verde acender.

– Quando eu era pequena, mais nova que você, morava em outro estado, o Texas - começou ela - Sabe a tia Mary? Então, ela era casado com meu tio Max, irmão da minha mãe, e eles moravam bem do nosso lado.

Annabeth sentiu o olhar de Percy sobre si, notando que ele também prestava atenção ao que ela falava.

– Meu sonho era ter uma casa na árvore - contou com alegria na voz - Mas isso era meio impossível para mim, pois não tinha árvore na minha casa.

"Porém, no meu aniversário de 4 anos, tio Max disse que tinha uma surpresa para mim. No quintal da casa dele tinha uma árvore muito grande. Quando nós chegamos lá, ele tinha comprado uma casinha de madeira e colocado lá em cima.

– Então você tinha uma casa na árvore?! - indagou Melany surpresa.

Annabeth riu.

– Sim, eu tinha, e ela era meu lugar preferido no mundo - revelou a loira, girando o volante e virando a esquina - Eu costumava dizer que ela era um castelo e eu era princesa. Tudo o que eu quisesse podia acontecer lá, e meu tio sempre estava comigo.

– Quando eu vou conhecer o tio Max? - perguntou a menina, ansiosa.

Annabeth sentiu seus olhos lacrimejarem e a mão de Percy sobre seu joelho, confortando-a. Ela segurou a mão do namorado, respirando fundo e controlando seu emocional.

– Ele já morreu, meu amor - ela disse.

Annabeth sentiu Percy apertar sua mão mais forte. Só então notou que nunca chamara a filha daquela maneira na frente dele, mesmo que já tivesse declarado seu amor por ela alguns dias antes. Tentou ao máximo ignora-lo, seguindo com a história.

– Mas, voltando, eu gostava tanto da casa na árvore, que queria morar lá - disse, já voltando a sorrir com a lembrança - Meu tio perguntou se eu não ia me sentir solitária, mas eu disse que não ficaria sozinha. Eu teria meu melhor amigo, Tobias, um urso de pelúcia. Além disso, eu era uma princesa, aquele era meu castelo, nada mais justo do que viver com meu príncipe encantado.

Melany riu.

– Tio Max também riu - comentou ela - Mas acabou concordando, e disse que esse "príncipe encantado" herdaria a casa da árvore junto comigo.

– O que aconteceu com ela?

Annabeth parou o carro na frente da casa de seus pais. Percy a fitou confuso, mas a loira simplesmente sorriu. Logo já estavam de pé sobre o gramado. A mulher pegou a mão da filha e caminhou, rodeando a casa.

– Depois que a tia Mary se mudou aqui para Nova York, ela ficou lá, abandonada - contou Annabeth - Mas como meu tio tinha comprado uma casa e posto lá, era possível retira-la e coloca-la em outro lugar. Tia Mary fez isso escondido e a colocou aqui, na árvore do quintal dos meus pais.

Assim que finalizou a frase, eles chegaram nos fundos da residência. Melany abriu a boca ao ver a casa de madeira, ajeitada sobre alguns galhos da árvore. Annabeth sentiu uma da mãos de Percy entrelaçar na sua e um "Uau" sair de sua boca.

Antes que a loira pudesse perceber, já estavam os três dentro da casa. Mel vasculhava todo lugar rapidamente, enquanto Percy abraçava Annabeth por trás, escondendo o rosto em seus cabelos, claramente tentando se acostumar com altura que o incomodava.

Annabeth fitava seus antigos desenhos, feitos vinte anos antes, brinquedos que costumavam ser seus favoritos. Cada mínimo detalhe daquele lugar que era seu lar. Notou que, pela primeira vez em meses, lembranças de seu tio não a faziam querer chorar, e sim sorrir. Causavam uma nostalgia boa em seu coração, como uma saudade carregada de felicidade.

– Mamãe - chamou Mel, tirando-a de seus pensamentos.

A pequena segurava um urso de pelúcia claramente velho, visto que seu nariz faltava, porém incrivelmente limpo. A pelugem era cinza e os olhos negros, sem falar da gravata quadriculada em seu pescoço.

– Esse é o Tobias? - perguntou a menina.

Annabeth pegou o ursinho nas mãos. Por quanto tempo aquele brinquedo não tinha sido seu amigo? Confidente? Protetor? E depois de tanto tempo estava de volta em suas mãos, exatamente da maneira que ela deixara.

– Sim, é ele - afirmou Annabeth, devolvendo o urso para a filha.

A pequena o abraçou com força. Por um momento Annabeth se viu nela, como um flash de si mesma.

– Posso ficar com ele? - indagou ela.

Annabeth nem mesmo hesitou antes de assentir. A pequena deu um pulo e lhe abraçou, agradecendo inúmeras vezes, logo depois ela pode ouvir a voz de Connor gritando.

– Mel, desce aqui! Eu quero te mostrar uma coisa!

Antes mesmo que Annaneth pudesse pedir para que a filha tomasse cuidado com a escada, a menina já a descia em disparada, com Tobias nos braços. Em seguida ela estava no chão, correndo em direção ao amigo.

– Arrumamos uma espoleta, não é mesmo? - comentou Percy em seu ouvido.

Ele riu contra seu pescoço, causando um arrepio na garota.

– Fico imaginando a quem ela puxou - brincou Annabeth, fazendo-o repetir o ato anterior.

Annabeth virou-se para o rapaz, sem sair de seu abraço. Os cabelos pretos estavam parcialmente arrumados, a boca esticada em um lindo sorriso e os olhos verdes levemente fechados, formando pequena rugas de expressão ao lado dos mesmos. Uma bela visão, ela precisava admitir.

Levou uma das mãos a seu rosto, acariciando-o com cuidado. A expressão de Percy mudou de divertida para relaxada, fazendo com que seus olhos fechassem totalmente. Annabeth sorriu e levou a outra mão até seus fios negros, passando os dedos por eles, para em seguida beijar seu queixo. Percy suspirou e deitou a cabeça sobre sua mão.

– Preciso te contar - murmurou Annabeth - O verdadeiro motivo de termos vindo até aqui.

Percy abriu os olhos e a fitou curioso.

– Pensei que só fosse nos mostrar casa - comentou ele, no mesmo tom.

Annabeth negou com a cabeça. Acariciou os cabelos de Percy novamente, fazendo-o sorrir.

– Em parte - revelou ela - Queria que você conhecesse a casa, porque parte dela é sua.

Percy apertou um pouco mais sua cintura e franziu as sobrancelhas.

– Minha? - ele indagou.

Annabeth sentiu seu coração descompassar, mas limitou-se a sorrir e voltar a passar os dedos pelos fios negros dele.

– Sim, sua - ela contou, desviando os olhos - Porque, sabe, estou quase certa de que você é meu príncipe encantado.

Ela sentiu seu corpo chocar-se contra o dele e suspirou. Tentou se acalmar, mas naquele ponto seu coração já parecia fazer parte de um concurso de sapateado. " Sei que você não acredita nisso, ou não acreditava, mas tenho quase certeza de que o ama", as palavras de Thalia ecoaram por sua mente.

– Annie, olhe para mim - ele pediu. Annabeth mirou-o e o sorriso no rosto do namorado era algo sem igual - Por que você pensa assim?

Annabeth sentiu o estômago se revirar. Ela olhou-o nos olhos e sentiu as palavras saírem.

– Porque eu acho que te amo.

Se alguém lhe perguntasse, Annabeth não saberia dizer quanto tempo se passou entre o fim de sua sentença e sentir os lábios de Percy sobre os seus. Parecera algo tão rápido, e provavelmente fora, mas alguma coisa lhe dizia que demorara mais do que achara. A loira mal sabia o que sentir naquele momento. Felicidade, alívio, medo, apreensão... Havia acabado de entregar seu coração para um homem, pela segunda vez em sua vida, e na primeira a experiência não tinha sido muito boa. Porém, nos braços de Perseu, ela sentia-se tão... Segura.

Suspirou entre o beijo ao sentir as mãos dele apertando sua cintura e envolveu seu pescoço, prendendo-o junto de si. O coração dele batia forte, tal que ela podia sentir pela proximidade, porém ela não estava diferente. Percy afastou-se cuidadosamente e beijou seu pescoço.

– Repete - ele sussurrou em seu ouvido.

– Eu acho que te amo - ela disse em fio de voz.

Então o aperto dele se afrouxou, as mãos a soltaram e Percy voltou a rodea-la com os braços. A cabeça do moreno descansou em seu ombro e ela pode senti-lo rir.

– Eu só posso estar sonhando - ele concluiu.

Annabeth riu e voltou a acariciar seus cabelos.

– Pode parecer, mas te garanto, não é um sonho - ela afirmou, minutos depois.

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Percy


Percy observava Annabeth caminhar pelo quarto. Como que prevendo seus pensamentos, a loira vestira uma blusa dele, que cobria-a bem até pouco acima dos joelhos. Os cabelos loiros balançavam a cada passo, junto do cordão em seu pescoço, enquanto os pés descalços tocavam o piso de madeira.

Percy sorria abertamente. Em verdade, desde que ela declarara seu inseguro amor por ele naquela tarde, aquilo era tudo que o rapaz conseguia fazer, sorrir.

Estava há um ano tentando fazer com que ela acreditasse, e pouco menos querendo que tal sentimento fosse direcionado a ele. Percy fora bem sucedido em sua empreitada. Pela primeira vez na vida teve certeza de que sabia quem era a mulher de sua vida e ela o amava. Bem, ao menos ela achava que sim. Mas para ele aquilo já era mais que o bastante.

Annabeth apagou a luz do quarto, deixando a do corredor acesa para caso Melany acordasse. A menina não era exatamente fã do escuro, assim como quase todos os seres racionais.

Percy observou a namorada andar até a cama e sentar-se sobre ela.

– Boa noite - ela lhe desejou, deitando-se.

Percy ajoelhou-se sobre o colchão e apoiou o corpo nas mãos, abaixando-se para colocar o rosto acima do dela.

– Mas eu não ganho nem um beijinho de boa noite? - brincou ele.

Annabeth riu melodiosamente e ajeitou a blusa em seu corpo. Ela, oficialmente, ficava ainda mais linda com as roupas dele.

A loira apoiou-se nos cotovelos e lhe deu um selinho, deixando-se cair novamente na cama.

– Ah, assim não vale - ele reclamou.

– Tudo bem - ela cedeu.

Annabeth ergueu o corpo e colocou uma das mãos em seu pescoço, em busca de apoio. Quando seus lábios se tocaram, Percy soube que ela queria um beijo rápido, porém ele não iria permitir.

Segurou o corpo dela com uma das mão e aprofundou o beijo, fazendo-a desistir de se afastar. A loira agarrou seus cabelos com as duas mãos, o puxando para mais perto, e logo Percy estava sobre ela. Sem pensar direito, o rapaz deixou que uma de suas mãos descesse até a uma das coxas descobertas da garota, acariciando-a e apertado-a, o que fez Annabeth gemer baixinho. Ele afastou sua boca da dela e seguiu para o pescoço, distribuindo inúmeros beijos ali enquanto ela o abraçava forte, suspirando cada vez mais. O cheiro que emanava dela era algo completamente inebriante. Uma mistura de seu próprio perfume, por conta da blusa, e o dela. E mesmo não vestindo nada além do short de pijama, sentiu calor.

– Percy - Annabeth chamou baixinho - Percy.

Ele ergueu-se levemente, fitando-a. A loira estava ofegante e tinha uma das mãos sobre o coração. Só então Percy percebeu o que estava fazendo. Afastou-se rapidamente e sentou-se na cama, passando a mão pelos cabelos. Havia ido longe demais.

– Desculpe, Annabeth. Eu...

Ele foi interrompido por um beijo rápido em seus lábios.

– Está tudo bem - garantiu ela - É que eu sou virgem e sempre quis me guardar para a lua de mel.

Percy abriu a boca surpreso e ela corou.

– Eu sei, parece bobagem - disse a garota, encabulada.

Percy sorriu e colocou uma mexa atrás de sua orelha. As bochechas rosadas davam-lhe um ar a mais de inocência, o que só o fazia ama-la ainda mais.

– Eu acho um gesto muito bonito - contou ele, ainda sorrindo - Além do mais, posso esperar até lá.

Annabeth sorriu, claramente notando a declaração, e deitou-se novamente, puxando-o para junto de si. Percy a abraçou e respirou fundo. E foi inalando aquele aroma espetacular, que ele adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Bem, gente, eh isso!!!! Espero q estejam felizes com os acontecimentos!! Alguns esperam ansiosamente por eles kkkk
Quero agradecer muito a BabyPeach (q comentou a fic toda nos últimos dias) e a domi beatriz pelas DUAS recomendações!!! Vocês fazem o coração da autora feliz XD
N deixem de dizer o q acharam!
Bjs, EuSemideus