My angel whit blue eyes escrita por J J Ammy


Capítulo 1
Capítulo único - You are mine


Notas iniciais do capítulo

Então Hunters, espero que apreciem minha escrita! Haha Tenham uma ótima leitura. Até lá em baixo! :3



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A noite já havia caído e a lua pairava pelo céu estrelado. As ruas estavam praticamente vazias, raramente passava um carro.

Dean observava a paisagem silenciosamente da janela do quarto, perdido em seus pensamentos, relembrando os olhos azuis marcantes de Castiel, e, ao mesmo tempo, reprimia-se de seus desejos, repetindo várias e várias vezes que era errado, fazendo tais pensamentos o consumirem por dentro. Por que ama-lo era tão proibido?

– Dean! – Chamou a voz rouca, inundando sua realidade e o tirando de seus devaneios.

Mesmo entortou a cabeça levemente, encarando o moreno com os tais olhos azuis que o tanto atraíam. Sentia seu coração querendo pular para fora do peito em um misto de tristeza e mágoa.

''controle-se'' - Ordenou-se mentalmente.

– O que foi? – Perguntou grosseiramente, tentando disfarçar seu nervosismo.

– Onde está Sam? – O anjo questionou apreensivo, fazendo Dean remexer-se desconfortavelmente na cadeira.

Por que Castiel queria tal informação? Estava preocupado com Sam? Tinha assuntos particulares a tratar com ele? Questões martilizantes assombravam a sua mente.

– Não sei. – Deu de Ombros – Deve estar transando com a Ruby. – Cuspiu as palavras, quase que em um rugido.

Castiel entortou a cabeça, pensativamente, procurando palavras para tal atitude de Dean.

– Você está bem? – O frizou com suas grandes órbitas azuis causando arrepios em Dean, que se remexeu desviando o olhar.

– Estou ótimo! – Mentiu, com o tom sarcástico de sempre.

O moreno franziu o cenho, sentindo-se desconfortável. Por que Dean o negava tanto? Sua mente estava dolorida, igual ao seu coração, onde brotava inúmeras feridas.

Batidas compassadas ecoaram pelo quarto sendo logo seguidas por Sam, que adentrava o quarto carregando duas sacolas, uma em cada mão.

– Dean, sinto lhe dizer, mas não tinha torta... – Mesmo calou-se quando percebeu a presença do anjo, que o encarava inexpressivo, com o olhar semicerrado.

– Olá Sam. – Cumprimentou-o Calmamente – Preciso daquela sua ajuda.

Sam assentiu, sem dizer uma palavra, deixando Dean - Que estava de costas paras os dois - rasgar-se por dentro de fúria, imaginando os dois comunicando-se por língua de sinal.

– Olha, eu acho que estou sobrando aqui! – Anunciou-se Dean, grosseiramente – Então, acho melhor eu sair, divirtão-se!

Não esperou os dois responderem ou reagirem, simplesmente pegou seu casaco e suas chaves do Impala e saiu do quarto batendo a porta.

Castiel sentia-se mal por ver Dean daquela maneira, podia sentir a áurea de desgosto e raiva pairando sobre ele. Quando viu a porta se fechar brutalmente logo atrás de Dean, voltou a encarar Sam.

– Eu acho... – Deixou sua voz rouca tornar-se trêmula e insegura – Não tenho certeza Sam, preciso de sua ajuda.

[...]

Dean dirigia acelerando descompassadamente e cantando pneu pelas ruas, com finalidade de entrar e encher a cara no primeiro bar que encontrasse.

Avistou um bem chamativo na esquina, quase cegou-se pelo neon que sinalizava a entrada. Adentrou dando de ombros para a aparência precária que se encontrava o lugar, que, aparentemente, estava lotado. Por sorte o loiro avistou uma cadeira no balcão, onde sentou-se e chamou a mulher que servia os outros homens ao seu lado.

– Sim, amor? – Falou em tom sedutor, enquando debruçava-se pelo balcão, mostrando seu decote quase inexistente onde seus seios praticamente pulavam para fora.

– Um Whisky – Sorriu sarcástico – Dos mais fortes.

– Claro, Baby. – Se direcionou, rebolando em sua saia minúscula. – Coração partido? – Ironizou, enchendo o copo de Whisky.

Dean sorriu de lado, pegando o copo e virando completamente em sua boca, sentindo o líquido descer queimando pela sua garganta.

– Pode-se dizer que sim. – Soltou o copo bruscamente na bancada de mármore, soltando um sorriso sarcástico.

– Posso curar isso rapidinho... – Sussurou, próximo a orelha de Dean – Sabe...Geralmente eu cobro quinhentos a noite, mas para você... Faço por duzentos.

Dean deixou escapar uma risada irônica, observando a mulher expressar um sorriso malicioso em seus lábios tomados pelo vermelho vivo do batom.

– Você é doida? – Perguntou retoricamente, rindo, fazendo a morena de cabelos encaracolados desfazer seu sorriso, fechando a cara.

– Há! – Pigarreou – Querido, eu tenho cara de quê? – Estalou os dedos, balançando os quadris – Barata?

– E eu tenho cara de quê? – Cruzou os braços – Hétero?

A mulher arqueou as sobrancelhas, incrédula. Dean riu, puxando sua carteira, deixando o dinheiro em cima da bancada. Levantou-se e se direcionou há saída, onde saiu sem olhar para trás.

Entrou no carro, dando partida logo em seguida, preocupado com Castiel e Sam, onde sua imaginação fértil decidiu agir e tortura-lo enquanto dirigia.

Não estava dando a mínima para o que poderia ver se abrisse a porta do quarto, adentrou sem hesitar, se deparando com Sam e Castiel vidrados na tela do Laptop. Um sentimento de alívio tomou conta de si, mas mesmo assim Dean fingiu não dar a mínima para a presença dos dois. Deu de ombros soltando as chaves em cima da mesa, sentando no sofá e pondo os pés em cima da mesinha de centro.

Ligou a TV, pondo em um volume bem alto. Podia ouvir Sam resmungando.

A cada cinco minutos Dean virava a cabeça para trás, na finalidade de observar Castiel, que mantinha seus grandes e perfeitos olhos azuis concentrados na tela que transparecia uma cor esbranquiçada, realçando o tom de pele clara do anjo. O Loiro ficou admirando as expressões limitadas do moreno, até que mesmo olhou diretamente para Dean, fazendo seus olharem se cruzarem e um arrepio cruzou a espinha de ambos, que desviaram o olhar.

Dean se levantava de minuto em minuto, impaciente, e passava por trás dos dois, para bisbilhotar o que tanto olhavam, mas sempre recebia um olhar reprovador vindo de Sam.

O mais velho queria mesmo era chamar atenção de qualquer jeito. Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro pelo quarto, derrubando as coisas ao seu redor.

– Dean! – Repreendeu Sam, incrédulo com a atitude infantil do irmão.

– O que foi? – Perguntou retoricamente, mau humorado.

Sam revirou os olhos, ignorando Dean, que brincava com a fiação do telefone. Ele não entendia o por quê desta atitude. Bem, na verdade, ele desconfiava de uma possível crise de ciúme.

– Quer falar comigo lá fora? – Pronunciou-se o anjo, que mantivera-se em silêncio o tempo inteiro.

Dean assentiu sério, engolindo seco. Interiormente estava muito nervoso, tão quão na época que riscara sem querer o Impala do pai, e teve que assumir a culpa pessoalmente á ele.

Os dois saíram para fora, onde Dean se encostou no Impala estacionado logo á frente do Motel. Castiel Imitou o ato, ao lado dele.

– Você está bem mesmo, Dean? – O anjo pronunciou tal pergunta calmamente, enquanto encarava o loiro que fitava o chão com os braços cruzados.

Dean demorou para cogitar que teria que revelar o verdadeiro motivo de sua atitude, sem brincadeiras ou mudanças súbitas de assunto.

– Não quero que fique perto do Sam. – Confessou por fim, com a voz rouca, parcialmente trémula.

O anjo abaixou o rosto, deixando-se possuir pelo sentimento de mágoa. Será que Dean só estava preocupado com o irmão?

– Por que? – Questionou, observando o Dean com o canto dos olhos.

– Por que você é o meu anjo. – Dean disse a frase inexpressivo - contendo seu nervosismo - deixando seus lábios darem ênfase no ''meu'' .

Castiel processou as palavras calmamente. Ainda perplexo, deixou que elas ecoassem em sua mente, encarando-o com uma sensação diferente no peito. Talvez nunca tivera sentido tal coisa, mas, afinal, ninguém nunca provou que anjos são incapazes de amar.

– Está com ciúme do Sam? – Perguntou o moreno, arregalando os olhos.

– Não... Do Sam? Claro que não. – Sorriu irônico – Aquilo que eu fiz no quarto foi puro teatro. - Encarou o anjo, que sorriu de lado. – Você é o meu anjo. Só meu.

Os dois se encaram por um tempo, deixando o silêncio sucumbir á eles, enquanto se perdiam em seus pensamentos e seus sentimentos mútuos.

– Então... - Começou Castiel, quebrando o silêncio – Por que toda vez que eu me aproximava... Você se esquivava? ...

Dean observou os olhos carentes de Castiel, sentindo um fervor interior se espalhando por seu corpo, despertando seu desejo que tanto mantivera trancafiado no fundo de suas emoções.

Ele se mantivera em silêncio, depositando o dedo indicador sobre os lábios de Castiel, o impedindo de continuar sua fala. Roçou de leve seu dedo sentindo os lábios rachados, porém macios, de Castiel, que o observava pasmo. Dean deslizou sua mão até a nuca do moreno, onde entrelaçou os dedos no cabelo bagunçado, puxando-o para perto de si, onde depositou um beijo leve em sua boca, onde fez questão de dar uma mordida no lábio inferior, puxando-o levemente para frente.

Mesmo cessou o beijo, onde continuava perto de Castiel, o observando, sem dizer uma palavra, somente se encaravam, encostando a testa uma na outra.

– Dean... – Castiel murmurou baixo, com sua voz rouca, causando um frio na barriga do loiro.

– Meu anjo – Começou – Quero te levar em um lugar. – Anunciou, separando-se do moreno e abrindo a porta do carro. – Entra, juro que será rápido.

– Mas e o Sam? – Perguntou, referindo-se ao irmão mais novo, que estava no quarto.

– Deixa, ele sabe se virar. – Piscou – Eu quero passar um tempo com você agora... E tem uma coisa que quero lhe dizer...

Castiel assentiu, soltando um sorriso por entre seus lábios, entrando no carro logo após Dean.

[...]

A noite consumia as estradas, que eram pouco iluminadas pelos postes mal posicionados deixando espaços sem luz. A lua cheia cobria quase todo céu, com o seu brilho vibrante.

Dean dirigia despreocupado, ao lado de Castiel, que observava a paisagem pelo vidro entreaberto. De vez em quando os olhares de ambos se cruzavam, causando um arrepio em mesmos.

O anjo se perguntara o que tanto Dean queria lhe mostrar, estava certo que depois daquele dia, o relacionamento de ambos iria mudar para sempre, talvez para a melhor, mas isso só o tempo iria dizer.

– Chegamos! – Anunciou o loiro, com um sorriso ansioso em seu rosto, tirando Castiel de seus devaneios.

O moreno saiu do carro logo após Dean. Observava o local com tamanha admiração. Estavam no alto de uma montanha, onde dava para enxergar a lua pairando pelo céu coberto de estrelas em cima da cidade iluminada e cheia de vida.

– Por que me trouxe aqui...? – Questionou, observando a expressão serena do loiro.

– Venho aqui ás vezes... – Sorriu de lado – Me ajuda a tomar decisões difíceis. – Assumiu.

Castiel se aproximou de Dean, escorando-se no capo do Impala.

– Castiel... – Retomou, Dean – Sobre o que você e Sam estavam conversando?

O anjo abaixou o olhar, tímido.

– Eu sou um anjo, Dean. – Levantou o olhar, para admirar o loiro com expressão séria – Eu nunca me aproximei de ninguém, sempre tive medo... E eu queria me aproximar de você... Então... – Desviou o olhar – Eu pedi ajuda ao Sam.

Dean riu da timidez de Castiel. Como pode ser tão fofo?

– Era só vir falar comigo... – Dean riu de lado, passando o polegar na bochecha levemente rubra do moreno. – Tem certeza que quer arriscar tudo e levar a diante isso?

O anjo assentiu, sentindo a mão pesada de Dean percorrer pelo seu pescoço, traçando uma trilha com a ponta dos dedos, o deixando totalmente arrepiado.

– Anjos são capazes de amar. – Sussurrou Castiel, convicto, enquanto fechava as pálpebras levemente e colava seus lábios parcialmente rachados aos de Dean.

Sentiu os braços do loiro ao redor de sua cintura, o puxando mais para perto, traçando uma trilha de beijos úmidos pelo rosto fervente do anjo, até chegar ao ouvido.
Você me pertence. – Sussurrou por fim, antes de tomar posse novamente dos lábios do anjo.

{~ The End ~}
...Será?


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até o final! Deixe um comentário se gostou, se não gostou deixe também dando sugestões. Qualquer erro de gramática ou escrita, pode me dizer que eu arrumo sem nenhum problema. Até mais, Kissus ~~



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