Virtual Love. escrita por minatozaki


Capítulo 5
Capítulo 4 – Depressão? Essa palavra não está no meu dicionário.


Notas iniciais do capítulo

Oin, gente *u*
Saudades? Não, tá bom. ;n;
*desvia de um tijolo* Ain, eu sei, eu sei, demorei muito nesse né? É. ;-;
Bem... explicações no final.
Aproveitem! *u*



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Virtual Love

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Capítulo IV – Depressão? Essa palavra não está no meu dicionário.

Natalie – On.

Eu estava feliz. Não feliz do tipo, “ai, ganhei um carro!”, “ah, que sorte, eu ganhei na loteria!” ou “uhu, vou parar de estudar, adeus escola!”. Não, não é assim. Acredite ou não, é muito melhor. É algo que chamamos de “amizade”. Não uma amizade do tipo que o amigo só serve para lhe dar alguns conselhos esperando algo em troca. Não é o tipo de amigo que é bom nas horas certas, mas que quando você está mal, ele sai correndo. Não, não é esse tipo de amigo. O amigo que eu estou falando, primeiramente, nem é de “verdade”. Acho que a melhor forma de descrevê-la seria em uma única palavra. Miah.

Ah, não há palavras para demonstrar a compaixão, a felicidade, a alegria que eu sinto em conversar com a Miah! Ela é tão alegre, tão cuidadosa, tão atenciosa, tão fofa, tão carinhosa, tão amiga, tão meiga, tão... Tão Miah!

Eu nunca me senti assim com ninguém. Ninguém mesmo! Nós conversávamos já fazia um mês! Um mês, que passou rápido, rápido demais.

Eu já havia avançado muito sobre a minha timidez. Eu comecei a desabafar com Miah, percebi que ela era o tipo de pessoa que eu podia confiar. Ela era o tipo de amiga, que mesmo um vidro nos separando, podia me abraçar e secar minhas lagrimas. Miah era a amiga que eu sempre quis ter.

Miah morava perto de mim. Era apenas 150 km de distancia de minha cidade até a dela! Já pensamos em nos encontrar varias vezes, mas nós não tínhamos contado para nossos pais ainda, então não tinha outro jeito a não ser continuar conversando escondido deles. Mas eu já estava decidida, eu iria contar. E seria nessa semana.

30/09 – Terça-feira, 13h22min.

Eu estava estudando matemática com – infelizmente – minha mãe e Victor ao meu lado. Mamãe estava de férias a semana toda. Eles sempre me monitoravam, pois eu era/sou péssima em matemática. Mas, eu achei que seria uma ótima oportunidade para eu falar sobre a Miah, afinal, eu tinha parado de conversar com Victor, eu contava tudo á Miah desde que a conheci. Eu praticamente “esqueci” a existência de Victor. Mas, na verdade, era uma péssima ideia. Péssima, horrível. Victor e mamãe estavam brigados. Eu não sabia o que havia acontecido, afinal, nunca me contam nada, mas eu também não estava preocupada com eles. Eu apenas queria parar de “estudar” e ir conversar com Miah. Parece uma espécie de droga, depois que você conhece o amigo ideal, você não consegue ficar longe, quer conversar a toda hora, a todo momento com ele, mesmo que falte assunto, você fica feliz só de ver a pessoa on-line. Olhei no relógio, 13h25min, meu tempo de estudar havia acabado.

– Então gente, é isso, já estudei, tô de boas, agora tchau – levantei-me, arrumei as coisas rapidamente e virei-me.

– Ei, ei, ei, Natalie, espera! – mamãe disse.

– Argh, o que foi, mãe? – eu disse, com raiva.

– Nat, não fale assim com a mamãe! – disse Victor.

“Como se você não falasse com ela assim também.” – pensei.

– Ok, enfim, Natalie, você não quer comer alguma coisa antes de subir para seu quarto? – perguntou mamãe.

– Não.

– Ei, Nat, venha aqui, queremos falar com você – disse Victor, dessa vez, sério.

Voltei á mesa bufando, joguei meus materiais nela e cruzei os braços. Os dois voltavam á me encarar.

– Tá, vão ficar me olhando ou vão falar alguma coisa? – perguntei, já irritada.

– Olha filha... – começou mamãe. – Nós queremos saber...

– Você está fazendo amigos, Nat? – perguntou Victor, direto ao assunto.

– Não – respondi seca.

– Natalie, você já tentou, pelo menos, fazer amigos?

– E a Annie? – pediu Victor.

“Que gay, ele sabe que eu não me dou bem com Annie! Ele sabe que eu odeio Annie!” – pensei.

– Desculpem o palavreado, mas Annie é uma puta.

– Natalie! – exclamou mamãe.

– Nat, não fale assim! – exclamou Victor, também.

– Tá, era só isso? – levantei-me.

– Não, pode sentar aí de novo, Natalie.

– Ah, meu Deus! – reclamei. – O que vocês querem final?

– Nat, eu e mamãe pensamos... E achamos que você tem depressão – disse Victor.

– Que? – perguntei indignada. Não acreditei no que ouvi. Depressão? Eu? Fala sério! – Vocês estão loucos?

– Não, Natalie, nós realmente achamos que você tem depressão – disse mamãe olhando pro chão.

– Victor, você sabe dos meus problemas para fazer amigos, como você pode apoiar a mãe nisso? – Victor não era mais o mesmo, eu estava estranhando sua seriedade.

– Nat, pense bem, você não consegue... – ele começou.

– Ei, quem cuida da minha vida sou eu! – interrompi-o. – Mãe, eu não tenho depressão! Olhe meus pulsos, apenas olhe.

Levantei-me e mostrei meus pulsos á ela.

– Está vendo algum corte? Está vendo? Não, né? Então, eu sou depressiva? Acha mesmo? Olhe meu corpo inteiro para ver se eu tenho algum corte!

– Natalie, se acalme! – disse mamãe, recuando.

– Não tem como eu me acalmar! – gritei. – Vocês acham que eu tenho a merda da depressão e falam para eu me acalmar!

– Natalie, já marcamos uma consulta para você no psicólogo – disse mamãe séria, mas sem me encarar.

– Mãe, olhe para mim. Olhe em meus olhos e diga que eu tenho depressão. Diga, você que nem participa da minha vida, que eu tenho depressão – aproximei-me dela.

– Natalie você... – ela ergueu o olhar e eu pude ver seus olhos lacrimejando. - ... Tem depressão.

– Quer saber? Querem saber? Vão os dois se ferrar! – sai da sala, correndo para meu quarto.

Subi as escadas, fechei e tranquei a porta e liguei meu computador. Queria contar tudo para Miah. Vi que a mesma estava on-line e a chamei.

“Oi, Miah – Nat.

Oin, Nat, tudo bem? – Miah *-*

Ahn, na verdade não. Eu preciso desabafar com você – Nat.

Me fale! Pode me contar tudo, vc sabe como eu sou, né, rsrs – Miah *-*

Sim... Então, minha mãe e o Victor estão falando que eu tenho depressão. Não é verdade, né? Ei, Miah, eu não tenho depressão, né? – Nat.

Claro que não garota! Bem, pelo um mês que eu conheço vc, tu nunca apresentou nenhum sintoma de depressão. Ou algo assim... – Miah *-*

Eu ia contar de vc hoje, mas eles estavam estranhos e depois veio essa de depressão, então nem contei de vc #xoroza – Nat.

Haha, Nat, isso a gente vê outro dia também! Vamos curtir a vida agora rsrs – Miah *-*

Sim, :3 – Nat.”

Levei um susto, de repente, o barulhinho do chat tocou em meu computador. Era uma nova pessoa me chamando para uma conversa. Uma tal de... “Sofi22”

“Oi – Sofi.

Olá – Nat.

Tudo bem? – Sofi.

Sim, e vc? – Nat.

Tô ótima. Ei, vamos ser amigas? – Sofi.

Claro, porque não? – Nat.

Então... Você mora perto do Rio de Janeiro? – Sofi.

Bem, na verdade, eu moro no Rio... – Nat.

É sério? Eu também! – Sofi.

Que legal – Nat.

O que acha de nos encontrarmos um dia desses? – Sofi.

Ahn, acho que tudo bem... – Nat.

Ok... Nat, tenho que ir agora, tchau. – Sofi

Tchau! – Nat.”

Bem, de algum modo, isso me alegrou. Eu realmente não conhecia nada dela, mas só o fato dela morar na mesma cidade que eu... Já me fez sentir-me melhor. Miah, vamos informar-te sobre isso!

“Miah, vc não vai acreditar! – Nat.

O que?? – Miah *-*

Conheci alguém que mora aqui perto! – Nat.

Sério? Não acredito! – Miah *-*

Sim... – Nat.

E então, essa pessoa é legal? – Miah *-*

Não sei – Nat.

Como assim não sabe, Nat? – Miah *-*

Sei lá, falei com ela agora – Nat.

Nat, vc precisa saber mais dela! – Miah *-*

Eu sei mas... Nhá – Nat.

Rsrs, ei, Nat, conversamos depois, blz? Tenho que ir, minha mãe tá chamando – Miah *-*

Ok, Miah, até amanhã! – Nat.”

Desliguei o computador. Eu não tinha nada para fazer, e era apenas 14h54min. Optei por ir até a cozinha comer alguma coisa, e eu também estava curiosíssima para saber o que havia acontecido com Victor e mamãe. Desci as escadas e não achei ninguém em casa. Havia um bilhete em cima da mesa da cozinha.

“Natalie, Victor foi embora pois precisava buscar a Marie em seu trabalho. Eu saí para fazer compras. Até, beijos. Mamãe”

Ah, que ótimo. Tenho a casa toda para mim. Estou “morrendo” de felicidade...

Optei por tomar um iogurte e depois dormir, pois estava sem vontade nenhuma de ajudar a mamãe com as compras. Eu sei, eu sei, sou um exemplo de filha. E de ironia também.

Subi as escadas, peguei meu celular, conectei os fones e coloquei uma música bem lenta. Peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

Então, gente, gostaram ? Espero que sim ;-;
Como sempre, os reviews! *u* - não vou falar aqui, vocês já sabem –
Mas então, eu não postei antes porque eu estava de mudança, então tava difícil ;-;
Ah, quero agradecer á vocês pelos comentários, acompanhamentos e favoritos na fic, sério, agradeço muito mesmo!
Bem... Eu não tenho muito que falar aqui, então é isso.
Beijos :33
~Nyaa.



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