Anything Can Happen escrita por monirubi2009


Capítulo 22
Capítulo 21 – Isso não deveria ter acontecido




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Era segunda manhã e todos se preparavam para irem trabalhar, outros para a escola e etc. Ellie levou Dominic na escola e depois levou Annie até o laboratório onde Mac, Stella, Lindsay, Sheldon e Adam a recebem muito bem. Pouco longe dali, em alguma parte da cidade, um homem andava pela calçada como se só ele existisse por ali. Pensamentos de todos os tipos passavam pela sua mente, mas ele tentava não pensar só que era em vão. Seguindo pela rua ele para em frente a uma casa, o homem percebe as viaturas da polícia passando de um lado para outro. Andando pelas sombras ele aproxima-se da casa. Uma senhora anda dentro da casa como se estivesse com medo de alguma coisa; o medo está estampado em seu rosto. O homem então consegue entrar na casa sem ser notado, ele então vai até perto de onde está a mulher e começa a observar o que ela está fazendo. Algum tempo se passa e a mulher já fez tudo o que precisava na casa e o homem ainda continua lá, como se fosse um fantasma. Algo no olhar dele mostra a loucura que estampa seu rosto por anos, há algo de misterioso nele. Pouco depois ele pega um pano e coloca um líquido nele; ele se aproxima da mulher e coloca o pano sobre a boca e nariz dela. A mulher desmaia e o homem a leva até o quarto da mulher e tranca a porta, fecha as janelas e persianas para poder ficar a sós com a mulher. Ele então a amarra bem firme na cama e espera a mulher acordar. Pouco depois a mulher acorda assustada olha ao redor e percebe o homem sentado na cadeira no canto do quarto.

 

— O que você quer? – pergunta a mulher tentando se soltar.

— Não adianta nem tentar, eu te prendi fortemente a cama. Eu quero você. – fala o homem calmamente.

— Por quê? O que eu te fiz? – pergunta a mulher ainda tentando se soltar.

— Como você é patética. Você o fez feliz. – fala o homem mostrando uma foto de um casal.

— Como assim? – pergunta a mulher assustada.

— Ele deveria ter sofrido como eu sofri, mas não ele teve que se casar e ser feliz. – diz o homem com raiva.

— Não estou entendo. – fala a mulher morta de medo.

— Seu marido me fez sofrer, ele merecia ter morrido antes, mas não ele teve que fugir. Daí ele te conheceu, esquecendo-se completamente do passado. – diz o homem com raiva.

— O que ele fez? Ele era só um empresário. – fala a mulher encarando o homem.

— Como você é ingênua. Nunca perguntou a ele sobre o passado? Nunca ficou tentada a saber de onde ele veio o que ele fez? – diz o homem se levantando.

— Ele nunca me contou nada, sempre mudava a decisão de me contar. – fala mulher soluçando.

— Oh, que pena. Bem, ele foi um agente da MGB na antiga União Soviética. Um dia ele chegou à minha casa junto do parceiro dele e alguns soldados. Ele e o parceiro dele permitiram que os soldados abusassem da minha mãe e da minha irmã de apenas 10 anos na frente do meu pai, minha e do meu irmão mais novo de apenas 8 anos. Os soldados as deixaram largadas no chão como se fossem sacos de batatas, mas eu achava que acabaria por aí e tudo passaria, mas me enganei. Seu marido e o parceiro dele atiraram a queima roupa na cabeça da minha mãe e irmã. Eu, meu pai e irmão, derramamos lágrimas naquela hora. Logo depois eles nos levaram para o edifício que botava medo em todo o povo, o Edifício Lubianka, sede da MGB. Ali seu marido e o parceiro dele torturaram meu pai na minha frente e na frente do meu irmão, meu pai ficou a beira da morte e eles nem se importaram. Logo depois, seu marido e o parceiro nos pegaram, nos levaram até um lugar onde seríamos transportados para um gulag, que ficava localizado extremo nordeste russo, na região de Kolyma. No meio do caminho da viagem de trem meu pai não aguentou e morreu, os homens que “tomavam” conta de nós jogaram-no em um caminhão para ser enterrado em algum lugar qualquer, dali em diante eu e meu irmão estávamos sozinhos, só tínhamos um ao outro. Fomos colocados em um navio de onde iríamos chegar até aquela região, assim que chegamos ao gulag tudo ficou difícil para nós. Eu conseguia trabalhar mais para que pudesse ganhar mais coisas e assim eu dividia entre eu e meu irmão, mas o clima congelante fez com que meu irmão ficasse doente e pegasse pneumonia. Eu cuidei dele, mas um dia ele morreu, não resistiu à doença e ao clima. Eu fiquei sozinho naquele lugar, sem família, sem ninguém. Um dia tudo ficou uma bagunça naquele lugar, eles falavam o que iria acontecer com a morte do líder. Stalin estava morto e nada poderiam fazer sobre isso. Eu aproveitei para fugir daquele lugar, sabia que era arriscado, mas eu tinha fugir e vingar minha família. Daí em diante eu cresci, fiquei forte, e comecei a arquitetar o plano de vingança. Primeiro foram os soldados, depois o parceiro do seu marido e por último seu marido. – fala o homem.

 

A mulher na cama ficou sem reação, não queria acreditar que seu marido havia sido um agente russo e tão violento. A mulher então começa a chorar e a encarar o nada.

 

— E o que você pretende fazer comigo? – pergunta a mulher em meio às lágrimas.

— Você tem que sentir do que o seu marido era capaz Catherinne. – fala o homem se aproximando dela.

— Como sabe o meu nome? Qual o seu nome? – pergunta a mulher assustada e soluçando.

— Eu sei um monte de coisas sobre você, seus filhos e a família do outro agente. Chamo-me Mikhail Pavel Nastarov. – fala Mikhail.

— Você vai me matar? – pergunta a mulher soluçando.

— Talvez. Ainda não sei o que fazer com você. – fala Mikhail próximo da mulher.

 

Mikhail tampa os olhos da mulher com uma venda e coloca um pano na boca da mesma. Catherinne ainda tenta se soltar, mas é em vão, as amarras são muito fortes. Mikhail então se aproxima mais ainda e começa a torturar a mulher. Sua mente se tornara tão sádica com o passar dos anos que ele não se importa com mais nada nem ninguém.

 

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Algumas horas se passam. A delegacia estava mais calma, Ellie estava em sua mesa com Don sentado na cadeira da frente quando Danny se aproxima deles. Ellie e Don se assustam ao ver o estado do amigo.

 

— O que foi Danny? – pergunta Don confuso.

— Deixe-o respirar primeiro. – fala Ellie.

— Vocês devem ir até a casa da Catherinne, algo horrível aconteceu lá. – fala Danny puxando o ar.

— Como assim? O que aconteceu? – pergunta Ellie.

— É melhor vocês verem com seus próprios olhos. Os policiais estão tentando achar alguma coisa por lá, mas nada até agora. – fala Danny.

— Estamos indo então. – fala Don se levantando.

— O que pode ser. O Danny está pálido. – fala Ellie preocupada.

— Só saberemos quando chegarmos lá. – diz Don.

 

Ellie e Don deixam a delegacia rumo à casa de Catherinne. Assim que chegam notam a movimentação; policiais por todo lado, Ellie nota que há algo no ar.

 

— Mac o que aconteceu? – pergunta Don para Mac.

— Venham comigo. – fala Mac.

— O Danny nos falou que algo aconteceu aqui. O que pode ter sido? – diz Ellie preocupada.

— Melhor vocês verem com seus próprios olhos. – diz Lindsay na porta do quarto.

 

Assim que Don e Ellie adentram o quarto eles levam um susto daqueles. Há sangue por toda parte e o corpo de Catherinne está ainda amarrado em cima da cama. Ninguém ali acredita que aquilo está acontecendo. Ellie vê que há algumas coisas escritas em russo nas paredes. Annie e Lindsay tiram fotos para que Ellie possa traduzir depois. Andando pelo quarto Mac nota umas cartas em cima de uma cômoda, ele pega as cartas, mas elas estão em russo. Ele então mostra para Don e Ellie; Mac então coloca as cartas em saco para evidências e entrega para Don. Algum tempo depois eles deixam a casa. Todos seguem para o laboratório, para tentarem descobrir alguma coisa sobre o que realmente aconteceu. As fotos das escritas são passadas para o computador e Ellie se senta em frente à tela do computador. Ellie começa a ficar assustada com o que lê. Ela percebe que o assassino está ficando fora de controle. Ellie chama todos para perto e começa a mostrar a tradução do que estava escrito.

 

— Gente, esse assassino está ficando fora de controle. – fala Ellie assustada.

— Por quê? O que você descobriu? – pergunta Mac.

— Ele escreveu coisas que podem não fazer sentido para alguns, mas faz para mim. – diz Ellie.

— Então é mais fácil você nos explicar. – fala Don sorrindo.

— Está bem. – diz Ellie encarando a todos.

 

Ellie então começa a mostrar as escritas em russo, depois vem a tradução. As frases começam a se encaixar como um quebra-cabeça, mas nada o preparavam para aquilo.

 

“Eu ainda vou mostrar a família deles quem eles realmente eram no passado. Aqui está a primeira delas, agora vem os outros. Eu quero que eles conheçam e sintam na pele quem eram Vladimir Shamovik  ou Derick Flangs e também Cardien Desnikovik ou Gary Lamberg. As famílias deles tem que saber.”

 

Todos ali ficam chocados, o assassino agora estava apelando. Don e Ellie então tomam iniciativas de proteger as famílias. Não será fácil, mas eles têm que tentar. Agora a coisa complicou para ambos os lados.


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