Unconditionally escrita por Mel Salvatore


Capítulo 42
On Purpose - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei muuuiito, mas acho que essa história merece uma conclusão.



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—Como você pode estar vivo?

Sussurrei assim que me acordei deitada naquele sofá sujo. Ele estava bem ali, na minha frente, com uma droga de uma camisa azul quadriculada e botas de fazendeiro, ele estava sério, completamente, totalmente e inteiramente sério, eu não conseguia decifrar nenhuma de suas expressões, só perceber como tudo nele parecia diferente assim como igual.

Seus cabelos pretos estavam maiores que o habitual, Damon claramente não os cortava a muito tempo, além de seu corpo, muito maior e mais forte do que antes, mas ao mesmo tempo a expressão mais cansada, acabada, exatamente como a minha era, nem mesmo com maquiagem para cobrir.

Ele estava ali, bem na minha frente!

—Isso não importa agora, você precisa ir embora-disse ele se levantando e pegando minha bolsa no fundo da cabana, pequena e suja, exatamente como o sofá.

 

—O que? Não!-falei me sentando e o olhando confusa, e incrédula, aquilo era tão inacreditável!

—Não é importante, preciso que me ouça e vá embora—ele falou as últimas palavras quase como se ele estivesse falando com uma criança-Não é seguro.

Ele falou calmo, calmo demais.

—Mas que diabos Damon, nós não nos vemos à seis anos, SEIS ANOS DAMON!-eu gritei histérica prestes a chorar e bater nele, ele que parecia desesperado por eu ter gritado correndo em minha direção e tapando minha boca, tão perto, quase como se fosse real.

—Por favor não grite, você não faz ideia de como é maravilhoso ver você, mas você pode acabar morta, assim como as crianças-ele soltou minha boca deslizando sua mão para minha bochecha e alisando a mesma, quis fechar os olhos, mas não via seu rosto a tanto tempo, era exatamente como se finalmente estivesse em casa ao sentir seu toque depois de tantos anos-Deus sua pele ainda é tão macia quanto antes.

—Damon, o que está acontecendo?-falei segurando sua mão e sentindo a eletricidade percorrer pelo meu corpo, meu corpo inteiro reagiu, como se realmente respondesse ao seu toque, mesmo depois de todo esse tempo. 

Damon olhou para nossas mãos com os lábios entre-abertos e quando eu tentei retirar a minha com medo de meu toque não ser mais o que ele queria, ele as entrelaçou novamente, mais firme, como se dissesse.

 

—Não solte-ele sussurrou olhando nos meus olhos, nunca pensei que veria o azul dos dele, tão intensos exatamente como sempre foram-Charlotte morreu, mas a gangue do pai dela não queria me deixar ir, me usam como falsa mercadoria, eles sempre pegam o dinheiro, mas nunca me dão a alguém, além de me fazer trabalhar com maconha-eu tentei falar mas Damon já sabia o que eu ia perguntar-Megan, Olívia, Henry, você eu jamais arriscaria, mas você precisa ir agora, prometo que um dia vou achar um jeito de voltar, mas agora você precisa ir!-ele falou segurando minha mão com força como se sua vida dependesse disso.

—NÃO! Eu não vou, não vou deixar você ir novamente!-falei me soltando de seus braços e Damon fechou os olhos como se estivesse se irritando comigo.

—Elena entenda pelo amor de Deus! Eu não posso deixar você morrer!-ele tentava falar calmo e baixo, mas era notável que tudo que ele mais queria era gritar comigo e minha teimosia.

—VOcê não entende? Eu já estou morta,  desde que achei que você tivesse morrido naquele acidente!

Ele se aproximou segurando minhas mãos novamente, suplicando desesperado eu conseguia ver o pânico e desespero em seus olhos, não havia visto DAmon tão assustado, nem mesmo naquela noite.

—Você precisa voltar, pelas crianças, elas precisam de você!

—Não Damon, você está errado elas estão melhor sem mim, eu não fui ninguém pra elas desde que você se foi, mal consegui tocar em Megan, exatamente igual a você. 

EU chorava, chorava lembrando de seu funeral, de dar à luz a Meg e não tela amamentado-a, a pegando nos braços direito, aproveitado cada primeiro passo da minha menina, eu nada sabia sobre ela, apenas aquilo que observava ela fazer, a cópia fiel dele.

—Entao faça diferente, volte, cuide dela, ame cada um dos nossos filhos e seja o pai e mãe que eles precisam que você seja, você é mais forte que isso Elena.

 

—Não Damon, não sou-falei soluçando e ele me envolveu com seus braços alisando meus cabelos e prometendo que tudo ficaria bem, assim do,o antes, o cheiro de lar, o conforto de lar, o sentimento de que nada faltava, que tódio o vazio no meu peito estivesse sendo preenchido, como se eu tivesse voltado a vida.

—Faça por mim-ele segurara minha cabeça entre suas mãos e então uniu nossos lábios, em um beijo molhado e intenso, tão familiar, exatamente como antes, a mesma maciez que seus lábios tinham, a mesma sintonia de antes.

Ele me abraçará de novo, e eu sabia que ele não iria me soltar, assim como ele não me soltaria, pelo menos não até que eu estivesse pronta, o que eu nunca estaria, nem nunca queria estar, queria morrer enterrada nos seus braços, queria passar o resto da eternidade neles.

Mas a porta foi arrombada e o pânico que eu senti com o estrondo foi substituída pelo alívio quando eu vi a Força Britânica lá, todos com metralhadoras e roupas enormes segurando Trevor algemado e mais uma quantidade absurda de homens também presos. Genteral Fraser tirou seu capacete aparentando estar tão chocado quanto eu ao ver Damon vivo.

—Majestade está a salvo, mas terá que ser levada como testemunha-Ele disse tentando manter a pose profissional e então caminhando até Damon o virando no colo e colocando algemas em seu pulso, ele não questionou nem se moveu-Damon Salvatore, você será levado sob custódia, está sendo acusado de sequestro, tráfico de drogas, venda ilegal de escrevo-a e assassinato, tem o direito de se manter calado até a presença de um advogado, caso não possa pagá-lo o governo providenciará um pra você. 

Dois soldados seguraram Damon pelo braço assim como outros quatro me acompanharam até a saída, enquanto saía vi a centenas de carro de polícias e homens algemados encostados. contra  o carro.

—Como me acharam General?-perguntei e James olhou para mim.

—Seu telefone Elena, rastreamos você 24 horas por dia, você sumiu, por 4 horas era o suficiente para uma busca-sorri entre lágrimas.

—Nunca pensei que fosse ficar tao feliz em ser perseguida. Muito obrigada-falei abraçando ele que se intimidou batendo nas minhas costas de leve mais oferecendo um sorriso simples.

—Não fiz mais do que meu trabalho alteza-ele disse fazendo sinal de soldado e então caminhou em direção ao carro.

Damon olhou para mim, um sorriso preenchia seus lábios, nãotao grande quanto o meu, mas na medida dela a representação de como aquilo significa a o universo para ele.

—Soldados um tempo com meu marido por favor-eu gritei e os homens olharam pra James que assentiu todos voltando a caminhar em direção aos respectivos carros.

E eu corri para seus braços me lançando neles com um enorme sorriso assim como Liv fez em meio de soluços e as lágrimas de Damon que também caíam sobe sua bochecha ao ver sua filha tão crescida.

—VOcê voltou papai-ela disse o abrandando novamente e então sorrindo para mim-Voce também voltou não foi mamãe?-ela disse sorrindo pra mim.

—Foi meu amor- falei recebendo ela nos meus braços vendo o pequeno Henry que nem era mais tão pequeno assim perguntando a Damon se papai era o nome dele, ele riu, chorando e assentindo abrandando seu filho tão forte, tão forte como se jamais fosse soltar, mas ele soltou, porque bem atrás dele Megan estava lá caminhando devagar em direção dele.

—Papai?

—Megan?


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